I – FALSOS INVESTIMENTOS DA VIDA
A – Muitos de nós sonhamos com investimentos
na vida. Poucos conseguem ficar ricos apenas estando no lugar certo e no
momento certo, mais ainda ficam de olho em busca dessa perfeita aquisição.
1 – Cinco empresários, de Paris, foram
convidados para ir ao escritório do
Conde Victor Lustig, um alto oficial do Ministério Francês de Edifícios Públicos,
para uma reunião secreta. Lustig explicou que a Torre Eiffel seria desmontada
porque os custos de manutenção eram muito altos e o Governo havia deixado de
considerar prática a preservação de sua estrutura. Lustig disse aos homens,
todos negociantes de sucata, que eles haviam sido escolhidos para apresentar os
seus lances para o desmonte da Torre. Eles poderiam contar com pelo menos 7 mil
toneladas de ferro de alta qualidade. Cada um deles considerou que poderia ser
o investimento de sua vida. Os lances chegaram rapidamente ao escritório de
Lustig.
No dia seguinte, André Poisson foi informado que seu lance havia vencido a concorrência. Aquele homem possuía certa fortuna e conseguiu levantar o dinheiro necessário em uma semana. Uma reunião final foi marcada num hotel de Paris. André chegou um tanto curioso; por que estavam se reunindo em um hotel em lugar de no Ministério? Lustig então explicou, com alguns rodeios, que era costume o funcionário encarregado de um contrato do Governo receber uma espécie de compensação. André entendeu imediatamente que para poder fazer negócio, seria preciso algum dinheiro de propina e obviamente uma transação desse tipo não poderia ser realizada dentro do Ministério.
André, empolgado, entregou o cheque além de
uma carteira cheia de dinheiro e recebeu de Lustig o recibo de venda. A Torre
Eiffel agora era dele, ao menos ele pensou que era.
Na verdade, Victor Lustig não tinha nada a
ver com o Ministério, ele era apenas um grande vigarista. Toda a transação
havia sido forjada. Quando André descobriu que o Governo Francês não tinha a
intenção de desmontar a Torre Eiffel. Seu cheque já havia sido sacado e Lustig
havia deixado o país.
É difícil acreditar que alguém pudesse de
fato ser persuadido a comprar a Torre Eiffel, mas quando um investimento
sonhado é oferecido às pessoas, elas, às vezes, deixam o bom senso para trás.
Pessoas foram convencidas, através de golpes parecidos, a comprar a Estátua da
Liberdade, a Casa Branca, o Palácio de Buckingham e o Big Ben por uma
verdadeira pechincha de mil libras.
2 – Em 1920, um escocês chamado Arthur
Ferguson conseguiu se colocar no lugar certo na hora certa e ludibriou vários
indivíduos ingênuos que acreditaram ter comprado todas essas estruturas. Todos
esses investimentos sonhados não passavam de contos do vigário, é claro! O
dinheiro deles desapareceu nas mãos de
Ferguson o super vendedor.
B – Existem outras pessoas, entretanto, cujos investimentos sonhados terminaram de modo bem diferente. Eles arriscaram suas energias e seus recursos em cima de um sonho e conseguiram algo bastante substancial.
1 – Henry P. Crowell contraiu tuberculose
quando menino e não pôde frequentar a escola. Ele passou sete anos trabalhando
duro na rua a fim de recuperar sua saúde. Então ele comprou um moinho pequeno e
decaído em Ravenna, Ohio. Esse moinho se chamava Quaker. Dentro de dez anos,
Crowell fez da Aveia Quaker um nome conhecido por milhões.
2 – William um garoto de 16 anos, chegou à
cidade de Nova Iorque em busca de fortuna, com todos os seus pertences dentro
de uma pequena trouxa. Ele sabia fabricar sabão e vela e conseguiu um emprego
seguro. William economizou seu dinheiro e conseguiu ser sócio e finalmente
proprietário da fábrica de sabão onde trabalhava. William Colgate transformou
seu pequeno investimento num vasto império financeiro.
3 – Um jovem chamado James C. Penney decidiu
tentar um negócio como proprietário de um açougue na cidade de Longmont,
Colorado. Foi muito difícil, a princípio, porque ele se recusou a subornar um
grande comprador, o cozinheiro do hotel local. Mas James seguiu adiante e
montou um dos mais bem sucedidos negócios varejistas na América, J. C. Penney
com uma receita de milhões.
4 – Um jovem chamado Welch decidiu investir no ramo de negócio do
seu pai: fabricar vinho não fermentado para os cultos religiosos. Eles usavam
uma uva especial chamada “concord”. O negócio se transformou em uma grande
indústria e a família Welch fez de seu nome um sinônimo de suco de uva de qualidade.
Esses investimentos transformaram-se em algo grande; sonhos tornaram-se realidade e a questão é: o que faz a diferença?
Estes são alguns exemplos espetaculares, porém temos visto outros investimentos
que desapareceram por completo, que viraram fracassos e desapontamentos. O que
faz a diferença entre o desastre financeiro e investimentos bem sucedidos?
II – SEGREDOS DE UM INVESTIMENTO DE SUCESSO
A – É claro que podemos apontar para o bom
senso e a habilidade para os negócios como fatores chaves. Algumas dessas
pessoas manipulam o dinheiro melhor do que outras, mas eu descobri uma linha
interessante que prende junto todas as histórias de sucesso que acabei de
mencionar; é um laço comum sobre o qual podemos ponderar.
1 – Algum tempo antes de Henry Crowell
comprar o moinho Quaker, ele ouviu um sermão por Dwight L. Moody que o
impressionou profundamente. Crowell entregou sua vida à Cristo e orou:
- “Não posso ser um pregador, mas posso ser um bom negociante. Ó Deus se me deixar ganhar dinheiro, vou usá-lo em Seu serviço.”
Assim, desde o princípio de sua entrada nos negócios,
Crowell dedicou dez por cento de seus lucros ao trabalho de Deus. O Senhor
abençoou os empreendimentos desse homem. As contribuições de Crowell se
multiplicaram porque, por mais de 40 anos, o fundador da Aveia Quaker deu de 60
a 70% de seus lucros para as causas cristãs.
2 – Quando William Colgate se dirigia para a
cidade de Nova Iorque em busca de fortuna, ele conheceu um piedoso capitão de
barco do canal que definiu o sucesso nestes termos:
- “Filho, seja um homem bom. Entregue seu coração a Cristo. Devolva ao senhor tudo o que Lhe pertence. Fabrique um sabão honesto, não roube no peso.”
Colgate lembrou-se desse bom conselho. Ele
deu a Deus um décimo do primeiro dólar que ganhou e daí para frente ele
considerou dez centavos de cada dólar sagrado ao Senhor.
À medida que os negócios de Colgate
aumentaram, aumentou também sua generosidade. Eventualmente, ele chegava a
contribuir com metade de seus lucros para a obra religiosa.
3 – O fundador da J. C. Penney também foi um
homem que considerava a contribuição um assunto
sério para com Deus. Ele ficou conhecido em toda a nação por sua
honestidade nos negócios e por sua generosidade. Ele disse:
- “Eu preferia ser conhecido como cristão a ser conhecido como comerciante.”
Este homem devolveu fielmente a Deus o
dízimo de tudo que recebeu durante toda sua carreira.
Aquele jovem da família Welch que começou
trabalhando com uvas concord, iniciou sua vida profissional através de uma
vocação bem diferente. Ele estava se preparando para ser missionário na África,
mas durante os preparativos finais ele descobriu que sua esposa não tinha
condição de suportar o clima em virtude de problemas de saúde. Voltando para
casa , ele decidiu trabalhar duro, investir com sabedoria e usar o dinheiro
para ajudar a difundir o Reino de Deus. Eventualmente o Sr, Welch contribuiu
com centenas de milhares de dólares para a obra das missões.
B – Amigo, quando olhamos para cada uma
dessas histórias de sucesso, encontramos o mais inesperado denominador comum:
doar. Dedicar uma percentagem da renda para a obra de Deus.
Os homens por trás da Aveia Quaker, Colgate,
Penney, Golden Cross, Welch, não atingiram o topo pela prática do roubo,
trapaceando ou fazendo negócios escusos. Eles atingiram o topo através da
generosidade acima de tudo. Para ser específico , estes homens estão ligados
por uma coisa chamada prática de dízimo. Antes de fazerem os investimentos de
suas vidas, eles fizeram um investimento muito especial para com Deus. Existem
outros homens famosos que podemos juntar a estes homens que praticam o dízimo,
devolvendo-o fielmente como parte de seus negócios.
Homens como: Harshey, Wrigley, Wollworth, Kraft, Heinz,
Rockfeller.
C – Dízimo quer dizer literalmente um
décimo.
1 – Encontramos a primeira menção de dízimo
no Velho Testamento, no livro de Gênesis. Logo no início do capítulo 14, há uma
descrição de um interessante encontro entre Abraão, o pai do povo hebreu, e um
rei chamado Melquisedeque que era o “Sacerdote do Deus Todo-Poderoso”.
Abraão acabara de recuperar uma porção de
coisas de seus inimigos. Esse sacerdote deu a Abraão uma bênção especial: “...
Abraão deu-lhe o dízimo de tudo” (Gênesis 14:20).
2 – O neto de Abraão, Jacó, decidiu
continuar essa tradição em um momento crítico de sua vida. Ele acabara de
encontrar o Deus de seu pai de um modo muito poderoso. Deitado, sozinho, no
deserto, longe de casa, Jacó teve uma visão de anjos subindo uma escada até o
céu e teve a certeza de que Deus ainda estava muito interessado nele.
Assim,
esse jovem resolveu aceitar o Deus do Céu como seu Senhor. E como parte de seu compromisso, ele disse:
“... e de tudo quanto me deres te darei o dízimo” (Gênesis 28:22).
3 – Mais tarde esta prática de dízimo
tornou-se um sinal de compromisso para todos aqueles que invocavam o Deus
celestial.
“Certamente darás os dízimos de toda a novidade da tua semente que cada ano se recolher no campo”(Deuteronômio 14:22).
4 – O último livro do Velho Testamento
sugere que o dízimo deve continuar como um meio de afirmar a soberania de Deus
sobre nós e também para receber Suas bênçãos. Malaquias, de fato, cita a Deus
como tendo feito uma promessa um tanto extravagante:
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos...” (Malaquias 3:10).
5 – O dízimo é algum tipo de suborno que
pagamos para que possamos receber certas
coisas lá do alto? Deus precisa das nossas contribuições para poder manter Seu
estoque de bênçãos abarrotado? Eu creio que não.
Eu creio que Deus quer muito abençoar todos nós em todos os
sentidos. Mas Ele não pode abençoar o egoísmo. Ele não vai dar força a hábitos
errados. Nosso Senhor quer acima de tudo que experimentemos o prazer da
generosidade e assim Ele prometeu recompensar a generosidade. É isso que Ele quer
incentivar.
6 – Ao separarmos o dízimo de todos os lucros , afirmamos a
soberania de Deus em nossa vida. Ele é o primeiro em tudo. Então, como esses
bem-sucedidos homens de negócio continuaram dando por dar? O que foi que os
impediu de dar para receber? Eles simplesmente deram mais.
7 – William dedicou dez por cento de sua renda. Depois 20%, 30%, depois 40% e 50%. À
medida que Colgate experimentava mais e mais a generosidade de Deus, ele se
tornava mais e mais generoso também. Deus podia confiar àquele homem uma enorme
prosperidade.
8 – Ocorreu o mesmo com Crowell, fundador da
Aveia Quaker. Ele eventualmente foi
capaz de dar até 70% de seus lucros para a causa de Deus. Esses homens não
permitiriam que o dinheiro se tornasse um fim em si. Eles cresceram em
generosidade e assim fugiram das armadilhas tão comuns da ganância e do
egoísmo.
CONCLUSÃO
A – O dízimo, amigo nos ajuda a fugir de um
dos maiores problemas espirituais da atualidade: a tirania do materialismo. Ao
darmos o primeiro da nossa renda a Deus, declaramos que o dinheiro e as coisas
não irão nos governar.
B – John Wesley, fundador dos metodistas,
ofereceu alguns sábios conselhos de planejamento financeiro. Ele disse: Ganhe
tudo que puder, guarde tudo que puder, então dê tudo que puder. Antiga, sólida
sabedoria, você concorda?
C – Mateus, capítulo 6, verso 33 diz:
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas.”
D – Colocar Deus em primeiro em nossa vida
significa também colocá-lo primeiro em nossas finanças, mantê-lo em primeiro
nos mantém em primeiro. Prov. 3, versos 9 e 10: “Honra ao Senhor com teus bens,
e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus
celeiros...”
E – Anos atrás, em uma das populosas cidades
da Índia, um táxi em velocidade atropelou um garoto de rua. Um pequeno garoto,
sem pais, um órfão. Um oficial do governo, que assistiu ao acidente levou o
garoto ferido para o hospital mais próximo, onde ele se recuperou gradualmente. Todos os dias, o oficial e sua
esposa visitavam o jovem enfermo, tornando-se muito amigo dele. Como ele não
tinha família, eles decidiram adotá-lo.
Depois que ele recebeu alta do
hospital, eles o levaram alegremente para sua mansão como um verdadeiro membro
da família. Todos os dias, a mãe levava o seu filho de volta para o hospital
para trocar curativos. Uma manhã, ela se encontrava muito ocupada e perguntou
ao garoto se ele poderia ir sozinho. “Mas é claro!” - ele respondeu
orgulhosamente - “eu conheço todos os becos desta cidade.”
A mãe lhe deu um dólar e vinte e cinco
centavos para pagar o médico e, com um beijo e um sorriso despediu-se dele. O
garoto partiu para hospital. Então, enquanto ele dobrava a esquina, uma
tentação lhe passou pela mente. Ele parou, abriu a sua mão e olhou as
brilhantes moedas prateadas. Nunca antes ele havia segurado tanto dinheiro. Por
que ele tinha que dá-lo ao médico?
Agarrando suas moedas, o garotinho começou a
correr pela rua abaixo, para nunca mais ser encontrado.
O pai que ele abandonara tinha uma considerável riqueza. Todos os seus outros filhos eram universitários
graduados que acabaram ocupando altas posições no governo e nos negócios. Ele
planejara dar toda ajuda ao seu novo filho, e até torná-lo um herdeiro da
fortuna da família. O pequeno garoto jogou tudo fora. Ele desperdiçou sua vida
por um dólar e vinte e cinco centavos.
Que trágico! O garoto ganancioso fez um
investimento imprudente. Precisamos ficar atentos para não fazer os mesmos
investimentos, em tais coisas como, sexo ilícito, álcool, narcóticos e carros extravagantes. Valores materiais não
satisfazem realmente quando Deus nos instrui para sermos mordomos fiéis,
entregando o que possuímos para ser usado para a sua glória. Ele garante nossa
felicidade genuína.
1 – Qual é o plano de Deus para o mordomo
fiel? Encontramos aqui descrito pelo profeta Malaquias no último livro do
Antigo Testamento. Malaquias, capítulo 3, versículo 10. Palavras garantindo
segurança financeira e sucesso: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro,
para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos
Exércitos, se eu não vos abrir a janela do céu, e não derramar sobre vós bênção
sem medida.”
Note esta interessante conversa sobre
investimentos que o apóstolo Pedro teve com Jesus. Pedro queria saber o que ele
e os outros discípulos iriam receber por seguirem a Jesus. Veja como o assunto
foi tratado.
Marcos 10:28 a 31:
“Então Pedro começou a dizer-lhe: eis que nós tudo deixamos e te seguimos. Tornou Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim e por amor ao evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas... com perseguições; e no mundo por vir a vida eterna. Porém, muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros.”
Você entendeu isto? Um retorno centuplicado
de nossos investimentos! Isto significa 10.000% de juros acumulados para nós
agora mesmo, neste mundo. Não necessariamente na forma de riquezas materiais.
Provavelmente, não. Antes, uma riqueza da amorosa bondade de Deus, consciência
limpa, e a certeza da salvação. Dez mil por cento de juros agora, mais a vida
eterna depois.