Suas garagens não tem carro, seus olhos não tem rimel, seus pés não calçam salto alto, sua alegria consiste em por um momento esquecer quem são e como estão.
De que planeta são?
Algum dentre tantos no espaço o qual o homem não descobriu, talvez um dia o encontrem quando voltarem à sua órbita para ver que esqueceram uma civilização enquanto procuravam por fungos em marte.
Enquanto andamos apressados, comprando e comendo, eles dormem na miséria, definhando e morrendo.
Mas por que não reagem e mudam de vida?
Por que algo os prende, para fazê-los andar em círculos ininterruptos na engrenagem da máquina que nos alimenta.
Vejam, eles não podem ver, suas roupas estão sujas, seus pratos estão vazios, sua mentes vagam na alienação.
Certamente não estão em seu bairro, quem os vê? quem os ama?