1. Que conhecimento você adquire pela Lei de Deus?
R.: “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado”. Romanos 3:20
A palavra “lei” pode ser definida como uma norma de conduta emanada por autoridade competente. E, segundo os ensinos do apóstolo dos gentios, ninguém será justificado – perdoado – diante de Deus por praticar a Lei. Portanto, nenhum ser humano será salvo porque guarda a Lei de Deus.
A função da Lei não é a de salvar as pessoas. Conforme o apóstolo Paulo ensina, a função da Lei consiste em trazer ao homem o conhecimento do pecado. A Lei de Deus revela o que é pecado, mas não possui nenhuma virtude para expiar os pecados.
Mas sem a Lei de Deus o cristão não possui nenhuma condição para dizer biblicamente o que é pecado, pois só a Lei de Deus pode revelar e definir o que é pecado. Diante do exposto, conclui-se que a Lei de Deus nunca foi dada como método de salvação para ninguém. Somente Jesus Cristo é quem salva o pecador arrependido que nEle crê.
A Lei de Deus não possui a virtude para libertar o pecador do poder do pecado. Somente Jesus tem o poder para nos libertar do domínio que o pecado exerce sobre nossas vidas. (João 8:36). O objetivo da Lei é o de mostrar ao homem o que é pecado, e condenar o transgressor à morte. Pois o salário do pecado – da transgressão da lei de Deus – é a morte.
2. Como você pode conhecer o pecado?
R.: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum: mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás”. Romanos 7:7
Por acaso a observância da Lei pelo cristão é pecado? A resposta do apóstolo Paulo é um retumbante: “De modo nenhum”. Não é pecado guardar a Lei de Deus, mas muito pelo contrário, Paulo acrescenta que jamais conheceria o que é pecado a não ser por intermédio da Lei.
Para mostrar que se referia ao decálogo ele ilustra a sua afirmativa usando como exemplo o décimo mandamento da Lei de Deus (Êxodo 20:17), ao dizer que não conheceria a concupiscência (cobiça), se a Lei não dissesse: “Não cobiçaras”.
Logo, a função especifica da Lei de Deus é a de mostrar ao homem o que é pecado. Quando o homem desobedece a Lei de Deus, ele comete pecado, porque pecado é transgressão da Lei (I João 3:4-ARA).
Desse modo pelo conhecimento da Lei o cristão pode conhecer o que é pecado para poder evitá-lo, pois o salário do pecado é a morte do pecador impenitente. É por intermédio da Lei de Deus que o Espírito Santo convence o homem do pecado, levando-o a crer em Jesus Cristo, a fim de alcançar o perdão dos pecados cometidos, conforme indicado pela Lei. (João 16:8-9).
3. Onde não há lei, o que também não há?
R.: “Porque a lei opera a ira. Porque onde não há lei também não há transgressão”. Romanos 4:15
“A Lei opera a ira”. Isto quer dizer que a Lei condena todos aqueles que transgredirem seus mandamentos. As Escrituras Sagradas ensinam limpidamente que aquele que transgride a Lei de Deus comete pecado (I João 3:4-ARA), e que o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23).
Logo, a pena pela transgressão da Lei de Deus é a morte do pecador. Lei sem sanção é ineficaz. Por essa razão a pena que a Lei de Deus estabelece para o seu transgressor é a morte. A Lei não salva ninguém, mas indica claramente o que é pecado e condena o pecador à morte.
Onde não existe lei para indicar às pessoas o que é certo ou errado, é evidente que também não existe transgressão de nada. Como alguém poderia ser condenado por transgredir uma lei que não existe?
Portanto, não havendo uma norma de conduta, a pessoa é plenamente livre para fazer o que bem entende, sem que ninguém possa impedi-la ou condená-la de proceder do modo como quer, posto que não existe nenhuma lei sendo transgredido.
Por exemplo, se não existe lei estabelecendo que determinada rua é de mão única, então qualquer motorista poderá fazer o uso das duas mãos, sem que qualquer policial tenha autoridade para multá-lo por agir desse modo. “Porque onde não há lei também não há transgressão”.
Todavia, se houvesse lei estabelecendo que aquela rua é de mão única, e o motorista fizesse uso das duas mãos, então o policial teria autoridade e a obrigação de multar o infrator da lei. Porque onde há lei também há transgressão.
Disso se pode inferir que, se a Lei não estivesse vigorando nos dias de hoje, qualquer cristão teria plena liberdade para transgredir todos os seus preceitos, tais como: tendo outros deuses diante de si, idolatrando imagens, matando, adulterando, dando falso testemunho, cobiçando, enfim, poderia quebrar livremente qualquer um dos dez mandamentos.
O que é um absurdo! Pois a Bíblia Sagrada prega o arrependimento dos pecados, além de condenar severamente o pecado. E sabemos que o pecado é a transgressão da Lei de Deus. E que o salário do pecado é a morte.
4. Se não houvesse lei, o que não poderia ser imputado?
R.: “Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei”. Romanos 5:13
Esse versículo é semelhante ao anterior. Ele esclarece que até o momento em que Moisés recebeu no monte Sinai a Lei de Deus, o pecado já existia no mundo. Tanto é que existia, que a Bíblia informa que Caim pecou ao matar o seu irmão Abel, por isso foi separado de Deus e andou fugitivo e errante no mundo.
Esclarece que os antediluvianos eram grandes pecadores, por isso foram destruídos pelo dilúvio universal que devastou o mundo antigo. Também afirma que Sodoma e Gomorra eram cidades pecadoras, por isso foram destruídas pelo fogo. Isto prova que antes do Sinai já existia pecado no mundo. E se havia pecado é porque havia a lei, a qual foi transgredida.
Todavia, o pecado não é imputado se não houver Lei. Mas, justamente por haver uma lei em vigor antes do Sinai é que o pecado foi imputado a Caim. Justamente porque a Lei estava em vigor antes do Sinai é que Deus pode imputar os pecados aos antediluvianos e assim condenar o mundo antigo através das águas do dilúvio.
Justamente pelo fato da Lei estar em vigor antes do Sinai é que os pecados de Sodoma e de Gomorra lhes foram imputados e as cidades condenadas à destruição pelo fogo. Caso não houvesse Lei em vigor antes do Sinai, Deus não teria imputado pecados a essas pessoas, nem mesmo condenando-as, pois segundo o apóstolo Paulo “onde não há lei também não há transgressão”; ou “o pecado não é imputado, não havendo lei”. Disso se conclui que a Lei de Deus existe desde o princípio do mundo.
VIGOR DA LEI DE DEUS
5. A fé anula a lei de Deus?
R.: “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei”. Romanos 3:31
Paulo diz que de nenhuma forma o cristão anula a Lei pela fé. Não é porque nos tornamos cristãos é que a Lei de Deus se torna nula em nossa vida. Não! De maneira nenhuma! Antes pelo contrário, agora como cristãos, mais do que nunca estabelecemos a Lei de Deus em nossa vida.
A graça de Deus é concedida pela fé, mas não para que o pecador continue em sua vida errada de pecados. E sim para que o pecador se arrependa e obedeça aos preceitos da Lei divina, caso contrário ele será condenado à morte, posto que Paulo ensina que o salário do pecado é a morte.
A Lei não salva ninguém. Mas com a conversão do homem ao Evangelho de Cristo, a Lei se estabelece em sua vida. Se antes de se converter ele era um transgressor da Lei – praticante da iniquidade – agora como cristão ele não continuará mais sendo um transgressor da Lei.
Não continuará mais a sua vida de roubos, adultérios e assassinatos. Pois é inconcebível que o homem se converta a Cristo e continue com as mesmas práticas iníquas de sua vida anterior, como por exemplo: matando, dando falsos testemunhos, adulterando, idolatrando imagens, tendo outros deuses, usando o nome de Deus em vão etc.
Pois tudo isso é transgressão da Lei de Deus. E aquele que transgride a Lei de Deus comete pecado. E o salário do pecado é a morte eterna do pecador. O fato de o cristão observar os dez mandamentos não implica que ele o faz para alcançar a salvação, mas é uma expressão natural e espontânea dele haver sido salvo pela fé no sangue remidor de Cristo Jesus, e estar sendo santificado na verdade: A Palavra de Deus (João 17:17).
Pois sem santificação ninguém verá o Senhor, mesmo se dizendo cristão. A fé do cristão se manifesta em obediência a Deus, caso contrário a sua fé não passaria de presunção. Observe o que diz a Bíblia:
“Mas dirá alguém: Tu tens a fé e eu tenho as obras: mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”. (Tiago 2:18).
Quando o cristão guarda a lei de Deus ele está mostrando o resultado de sua fé.
6. Em que se torna aquele que tropeçar num só ponto da Lei?
R.: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei”. Tiago 2:10-11
Tiago, inspirado pelo Espírito Santo, diz que qualquer pessoa que guardar toda a Lei de Deus, mas vier a transgredir um só mandamento do decálogo, ela se torna culpada de transgredir a Lei. Portanto, o cristão precisa observar e praticar todos os dez mandamentos, exatamente como se encontra registrado no Santo Livro de Deus em Êxodo 20:3-17.
Para mostrar que estava se referindo ao decálogo, Tiago citou dois preceitos da Lei de Deus ao dizer: “Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois não cometeres adultério, mas matares estás feito transgressor da lei”.
Portanto fica claro, que não basta guardar apenas nove mandamentos do decálogo, mas é necessário guardar todos os dez para não se tornar um transgressor da Lei. Pois a transgressão da Lei é pecado e o salário do pecado é a morte.
A Bíblia ainda diz que aqueles que vivem na carne não podem agradar a Deus, pois a carne não é sujeita à Lei de Deus. (Romanos 8:7-8). Portanto, aqueles que ainda não nasceram de novo não possuem poder para guardar a Lei de Deus, pois o pendor da carne os leva diretamente à pratica do pecado. Foi por isso que Jesus disse: “sem mim nada podeis fazer”. (João 15:5).
Somente aqueles que nasceram de novo pela fé em Cristo Jesus, é que realmente possuem o poder para guardar a Santa Lei de Deus, pois como diz o apostolo Paulo: “Posso todas as cousas naquele que me fortalece”. (Filipenses 4:13). Quem falar que a Lei de Deus não pode ser guardada, é porque ainda está vivendo na carne e não no Espírito, razão pela qual não conhece o poder santificador de Deus em sua própria vida. Essa pessoa precisa nascer de novo para poder ser santificada na verdade (João 17:17).
ESPIRITUALIDADE DA LEI DE DEUS
7. O que sabemos sobre a natureza da lei de Deus?
R.: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado”. Romanos 7:14
Paulo diz que a Lei é espiritual. Isto significa que a Lei de Deus é inscrita no coração daquele que nasceu de novo (Hebreus 10:16). E isto para que do interior do coração não “saiam os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura”. (Marcos 7:21-22).
Pois somente os limpos de coração verão a Deus. (Mateus 5:8). Jesus não quer sepulcros bonitos pelo lado exterior, mas tendo todo o tipo de imundícia em seu interior (Mateus 23:27). Portanto, a prática da santa Lei de Deus começa com as intenções do coração do cristão, razão pela qual é dito que a Lei é espiritual e inscrita no coração do cristão. Pois Deus está interessado em santificar o caráter do crente.
8. Como Jesus considerou a transgressão da lei?
R.: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”. Mateus 5:27-28
Em seu sermão, Jesus indicou claramente que a Lei de Deus – expressa no decálogo – é espiritual. Para isso afirmou que comete pecado de adultério em seu coração aquele que atentar numa mulher para a cobiçar. Isso significa que para cobiçar e adulterar não é necessário praticar exteriormente o ato pecaminoso. Basta ter intenção ou desejo de praticá-lo.
O simples desejo de querer realizar o ato pecaminoso é mais do que suficiente para que o indivíduo se torne transgressor da Lei de Deus. Sendo que o salário desse pecado intencional é a morte.
O pecado passa por diversas fases. A fase de tentação, cogitação, preparação, execução e consumação. Sendo que a Lei de Deus condena o pecado já na fase de cogitação, quando ele passou da fase de tentação e está sendo acariciado no coração do ser humano.
A tentação é uma sugestão que aparece no coração do ser humano. E constituindo-se apenas numa sugestão, e pode ser ou não ser aceita pela pessoa que está sendo tentada. Ser tentado não é pecado, pois mesmo Jesus foi tentado em todas as coisas, mas permaneceu sem pecado (Hebreus 4:15).
O que é pecado é consentir com a tentação. É desejar praticar o ato sugerido pela tentação. É tomar a decisão de praticar o ato pecaminoso. O consentimento do indivíduo com a tentação têm como resultado a concepção do pecado no coração dessa pessoa. Se por ventura a pessoa que consente com a tentação não consegue executar o ato é porque não teve oportunidade, posto circunstâncias alheias à sua vontade o impedem de consumar o pecado concebido em seu coração.
OBEDIÊNCIA
9. Se amar a Jesus o que você guardará?
R.: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos”. João 14:15
Se você amar a Jesus, você guardará os Seus mandamentos. O amor a Deus leva o cristão à obediência. Se você não guarda os mandamentos de Jesus, isto prova que você ainda não O ama de fato, mas o seu amor é apenas de boca para fora. Não importa o que você diga sobre o amor que sente por Jesus, tudo não passa de presunção e pretensão de sua parte.
Pois, se você realmente amar a Jesus você também estará guardando os Seus mandamentos. O verdadeiro amor se manifesta em obras. O amor a Jesus somente pode ser traduzido em atos de obediência aos mandamentos de Deus. Destarte, é impossível alguém querer demonstrar seu amor a Jesus, se não estiver observando os Seus mandamentos.
10. Como você pode passar por mentiroso?
R.: “Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade”. I João 2:4
Aquele que diz que conhece a Deus, mas não guarda os Seus mandamentos é uma pessoa mentirosa, e em suas palavras não está a verdade. Essa pessoa não é digna de nenhum crédito. Ela pensa, supõe e imagina que conhece a Deus, mas engana-se a si mesma.
Esta pessoa vive uma ilusão. Pois, somente conhece a Deus aquele que guarda os Seus mandamentos. Portanto, não adianta você me dizer que conhece a Deus, se não guarda os Seus mandamentos. Você não passa de um mentiroso! Na verdade você não conhece a Deus, pois se O conhecesse guardaria os Seus mandamentos.
ÚLTIMOS DIAS
11. Que duas características identificam a Igreja de Deus?
R.: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”. Apocalipse 12:17
O “dragão” simboliza o “diabo” e a “mulher” simboliza a “Igreja de Deus”. Portanto, este versículo afirma claramente que o diabo irou-se contra a Igreja fundada por Jesus Cristo, e foi fazer guerra contra o povo que restou da Igreja de Deus. É contra o remanescente da verdadeira Igreja que o diabo tem ódio mortal e está em guerra.
Todavia, apesar das adversidades os santos do Altíssimo são perseverantes em guardar todos “Mandamentos de Deus”, conforme constam nas Escrituras Sagradas. Para escaparem dos enganos dos últimos dias, eles são orientados pelo “Testemunho de Jesus Cristo”. Sendo que por estas duas características, Deus identifica um remanescente fiel que estará vivendo na face da Terra no final da história deste mundo.
12. Que duas características distinguem os santos?
R.: “Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”. Apocalipse 14:12
Mais uma vez as Escrituras Sagradas declaram que os santos do Altíssimo possuem duas características distintivas em seu caráter. Primeiro: guardam todos os mandamentos de Deus, conforme estão registrados na Bíblia Sagrada. Segundo: possuem a fé de Jesus. Isto significa que se trata de um grupo religioso de pessoas cristãs.
E, como cristãos, crêem na Bíblia Sagrada como sendo a Palavra de Deus revelada aos homens; na justificação unicamente pela fé no sangue remidor de Jesus Cristo; no perdão dos pecados; na vida eterna oferecida unicamente por crerem em Jesus Cristo, no poder da oração, no juízo final com a vitória do bem sobre o mal.
E, finalmente, pode-se acrescentar que eles são declarados “santos” porque estão santificados na verdade, a Palavra de Deus é a verdade (João 17:17).
E quanto a você? O que pretende fazer com o conhecimento de que a Lei de Deus ainda está vigorando? Venha para junto dos santos. Venha guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, conforme estão declaradas nas Sagradas Escrituras.
FONTE: Esse artigo é de autoria de Leandro Bertoldo, para conhecer e adquirir o conteúdo integral acesse 👉 Leandro Bertoldo clube de autores.