CONDIÇÃO DO HOMEM
1. Existe algum homem justo na Terra que nunca peque?
R.: “Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça bem, e nunca peque”. Eclesiastes 7:20
Depois que o pecado entrou no mundo não há homem na face da Terra que seja justo diante de Deus. Não há homem que faça o bem e que nunca venha a pecar. Na verdade o homem peca porque já nasceu em iniquidade, nasceu deficiente espiritualmente, é incapaz de fazer o bem. Observe a afirmação do salmista:
“Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe”. (Salmo 51:5).
Devido a sua natureza carnal, o homem possui um pendor natural para praticar o mal. Todas as intenções do seu coração são mesquinhas e egoístas. Tudo o que faz gira em torno do seu próprio “ego”, a tal ponto que todos os seus atos são pecaminosos diante de um Deus Santo e Justo.
“Como pois seria justo o homem perante Deus, e como seria puro aquele que nasce da mulher?” (Jó 25:4).
Ao comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, o homem rebelou-se conscientemente contra Deus. O pecado de nossos primeiros pais acabou alterando a natureza física, emocional, e espiritual do homem. O seu caráter deixou de estar em harmonia com o caráter puro e santo de Deus. Com isso o homem perdeu todo interesse de ter comunhão com o Seu Criador, e sua natureza se transformou de justa para ímpia, e de santa para perversa. A Bíblia Sagrada diz que
“O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um”. (Salmos 14:2-3).
2. Qual é o salário do pecado?
R.: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. Romanos 6:23
A remuneração do pecado é a morte do pecador. Todos os seres humanos nascem designados a receberem o salário do pecado, posto que todos possuem uma natureza pecaminosa. Diz o salmista:
“Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, proferindo mentiras”. (Salmos 58:3).
Em razão do pecado de Adão e Eva, todos os seres humanos já nascem condenados à morte eterna. Mas Deus em Seu infinito amor e misericórdia pela raça caída, enviou o Seu Filho Unigênito a este mundo de trevas e dor para morrer no lugar do pecador.
Com esse ato Deus concedeu aos homens o dom gratuito da vida eterna por intermédio de Cristo Jesus nosso Senhor. Mas, por causa do livre arbítrio e da capacidade de compreensão que todos os seres humanos são dotados, a salvação do homem foi condicionada somente ao ato de crer em Jesus.
“Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida”. (João 3:36).
ARREPENDIMENTO
3. O que fazer para que sejam apagados os nossos pecados?
R.: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor”. Atos 3:19
Após crer que Jesus Cristo é o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (João 1:29), o pecador precisa dar o primeiro passo para a sua salvação pessoal: Ele precisa alcançar o arrependimento dos seus pecados. Quando o pecador se arrepende de seus pecados, ele reconhece voluntariamente as suas próprias faltas.
Não procura justificar os pecados que cometeu. Mas sente em sua própria consciência uma profunda tristeza por ter agido contra os preceitos divinos, os quais expressam a vontade de Deus para com ele. Quando um pecador se arrepende há alegria no céu:
“Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”. (Lucas 15:10).
É reconhecendo-se culpado pelos pecados dantes cometidos, que o pecador é levado pelo Espírito Santo a cogitar em sua consciência o arrependimento e o perdão de Deus. Mas o simples medo da conseqüência do ato pecaminoso não leva ao arrependimento genuíno, mas a uma forma de arrependimento chamado “remorso”.
4. O que opera a tristeza segundo Deus e segundo o mundo?
R.: “Agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque foste contristados para o arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte”. II Coríntios 7:9-10
Segundo estes versículos no arrependimento existem duas formas de tristeza pelo pecado:
(1) A primeira forma é a tristeza segundo Deus, a qual opera o arrependimento para a salvação. Nessa forma de arrependimento o pecador se reconhece culpado pelos pecados que cometeu e fica contristado.
(2) A segunda forma é a tristeza do mundo que opera a morte. Esse tipo de arrependimento é chamado por “remorso”. No remorso o pecador não se reconhece culpado pelos pecados que cometeu, mas teme unicamente as conseqüências que seus atos pecaminosos.
Somente um profundo sentimento de tristeza que reconhece ter o pecador ofendido e desagradado a Deus é que resulta no genuíno abandono e perdão do pecado. Deus espera que pelo conhecimento do Evangelho você venha a se arrepender de todos os seus pecados:
“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam”. (Atos 17:30).
CONFISSÃO
5. Quem nunca prosperará? Quem alcançará misericórdia?
R.: “O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”. Provérbios 28:13
Ao dar o segundo passo para a salvação, o pecador espontaneamente deverá confessar os seus próprios pecados. O pecador que não reconhece em seu coração as suas transgressões nunca poderá prosperar em sua vida espiritual, nada alcançará de Deus, pois o pecado é uma barreira entre Deus e o homem.
Mas o pecador que confessa as suas transgressões e as deixa, esse sim, alcançará a misericórdia e o perdão de Deus. Esse prosperará em sua vida espiritual. O verdadeiro arrependimento sempre se manifesta com a disposição do pecador em confessar de coração o seu pecado. A confissão do pecado não pode ser feita em sentido geral, mas deve ser específica e consciente.
É necessário que o pecador mencione cada pecado que o Espírito Santo venha a lhe trazer à consciência. Observe a aflição do salmista por causa da consciência de seus pecados:
“Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim”. (Salmos 51:1-3).
6. Qual é a condição para alcançarmos o perdão?
R.: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”. I João 1:9
O pecador que confessar os seus pecados alcançará misericórdia do Senhor. Porque Deus é fiel e justo para perdoar os pecados. Deus também é fiel e justo para limpar o coração do pecador de toda impureza e malícia. Assim se expressou o salmista ao confessar a Deus o seu pecado:
“Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado”. (Salmos 32:5).
Portanto, existe uma condição para o pecador alcançar o perdão dos seus pecados e a purificação de sua consciência: ele deverá confessar o seu pecado e suas faltas a Deus. A confissão do pecado deve ser precedida de genuíno arrependimento, o qual se manifesta numa profunda e sincera tristeza pelos pecados e ofensas feitas a Deus.
Esse foi o exemplo deixado pelo salmista: “Porque eu confessarei a minha iniquidade; afligir-me-ei por causa do meu pecado”. (Salmos 38:18).
7. Em que seus pecados se tornarão?
R.: “Vinde então, e argui-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve: ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã”. Isaías 1:18
A confissão de todo e qualquer tipo de pecado deverá ser feita em oração a Deus. E por piores que tenham sido os pecados cometidos apresentados diante de Deus, eles se tornarão brancos como a neve ou como a lã. Se pecarmos contra o nosso próximo, além de confessarmos a Deus, também devemos confessar ao nosso próximo o nosso arrependimento, procurando reparar as conseqüências do ato pecaminoso e a reconciliação com a parte ofendida ou prejudicada.
É claro que todos os pecados deverão ser confessados a Deus. Mas na confissão do pecado ao nosso próximo, o pecador deverá observar o seguinte princípio: “Se o pecado foi público a confissão deverá ser pública; se o pecado foi privado a confissão deverá ser privada; se o pecado foi oculto deverá ser confessado em oculto unicamente a Deus”.
Não deve ser motivo para aborrecimento, desanimo ou tristeza, se a parte ofendida não quiser perdoar. Isso é problema unicamente dela com Deus. Quanto a você, pode ficar sossegado com sua consciência, pois fez o que lhe cabia cumprir, confessando seu pecado à parte ofendida e a Deus.
CONVERSÃO
8. Em que nosso Deus é grandioso?
R.: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar”. Isaías 55:6-7
Depois que o pecador se arrependeu e confessou os seus pecados a Deus, é necessário que ele dê o terceiro e último passo para o perdão e sua salvação. Esse passo consiste na conversão. Converter significa mudar o rumo de sua vida em direção à vontade de Deus.
Não é suficiente o arrependimento e a confissão do pecado, se ainda o pecador persistir em continuar na prática do pecado. É preciso que ele deixe definitivamente de praticar o pecado. Somente assim terá ocorrido a sua conversão.
Portanto, segundo as instruções das Escrituras Sagradas, o ímpio deverá deixar o seu caminho pecaminoso e o homem maligno deverá abandonar os seus pensamentos malignos, e se converter a Deus, que terá compaixão do pecador arrependido e perdoará todos seus pecados.
O pecador deverá se converter unicamente a Deus, porque Ele é grandioso em perdoar os pecados. Logo, além do arrependimento e da confissão, também é necessário que o pecador se converta a Deus. Sem conversão não há perdão!
9. O que você deve fazer para viver?
R.: “Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeová: convertei-vos, pois, e vivei”. Ezequiel 18:32
Sabemos que o salário do pecado é a morte eterna do pecador. Mas as Sagradas Escrituras ensinam que Deus não tem nenhum prazer na morte do pecador impenitente. Mas o Senhor deseja que todos os pecadores se convertam dos seus maus caminhos e conseqüentemente venham a alcançar o perdão dos pecados e a vida eterna oferecida a todos aqueles que creem no Evangelho.
Somente pelo nome de Jesus Cristo é que alcançamos o perdão dos pecados:
“Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados”. (I João 2:12).
Sem conversão não há perdão de pecados.
“Mas se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá. De todas suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele: pela sua justiça que praticou viverá”. (Ezequiel 18:21- 22).
Deus é misericordioso e compassivo para com todo pecador arrependido. Não importa quão grande seja o teu pecado. Ele está sempre pronto e disposto a perdoar. O perdão de Deus somente se tornou possível porque Jesus veio ao mundo e morreu pelos nossos pecados, caso contrário não haveria possibilidade de perdão e salvação.
“A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele creem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome”. (Atos 10:43).
10. A quem você deve se converter?
“Tu, pois, converte-te a teu Deus: guarda a beneficência e o juízo, e em teu Deus espera sempre”. Oseias 12:6
Para que você tenha direito ao perdão do pecado e à vida eterna, você precisa se converter a Deus. O versículo bíblico é muito claro em dizer que devemos nos converter a Deus. “Se te converteres ao Todo-poderoso, serás edificado; afasta a iniquidade da tua tenda”. (Jó 22:23).
Ao se converter a Deus você deverá observar o seguinte:
(1) guardar a beneficência – prática de fazer o bem;
(2) guardar o juízo – guardar a vontade de Deus, conforme revelada nas Escrituras Sagradas;
(3) e confiantemente esperar sempre em Deus.
E uma vez convertido você deverá permanecer “fiel até a morte”. (Apocalipse 2:10).
CONCLUSÃO
11. Com que profundidade deve ser nossa conversão?
R.: “Ainda assim, agora mesmo dia o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência, e se arrepende do mal”. Joel 2:12-13
A conversão do pecador a Deus não deverá ser algo superficial, ou apenas uma manifestação formal do exterior. Mas o interesse do pecador deverá partir com sinceridade do interior do coração. E isso com jejuns, choro e pranto, em total contrição pelos pecados dantes cometidos.
O coração inteiro do pecador precisa se submeter a Deus, caso contrário não ocorrerá a tão necessária modificação do caráter carnal para espiritual. Todos desejos do coração devem ser colocados em perfeita harmonia com a vontade de Deus. Então Ele transformará nosso coração de pedra em um coração de carne.
“E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne, e vos darei um coração de carne”. “E porei dentro de vós o meu espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis”. (Ezequiel 36:26-27).
O Espírito Santo, através da Palavra de Deus, está chamando para que você se renda e converta ao Senhor nosso Deus, porque Ele é misericordioso, compassivo e grande em beneficência.
Não procure dar justificativas para o seu pecado, mas aceite o plano que Deus tem para a sua vida, “não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal”. (Provérbios 2:7).
12. O que é necessário para entrar no reino dos céus?
R.: “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus”. Mateus 18:3
Se você não se converter, e não se fizer humilde, e ter a simplicidade das crianças, de modo algum você poderá entrar no reino dos céus. Fazer-se como meninos significa lançar fora do coração
“os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias”. (Mateus 15:19).
Significa desalojar do coração a impureza, a malícia, a arrogância, a vaidade, o orgulho etc. Fazer-se como meninos é ter a humildade e simplicidade das crianças. É perdoar para esquecer e reconciliar-se. É ter o “coração purificado da má consciência”. (Hebreus 10:22).
FONTE: Esse artigo é de autoria de Leandro Bertoldo, para conhecer e adquirir o conteúdo integral acesse 👉 Leandro Bertoldo clube de autores.