O QUE É FUTURISMO? É POSSÍVEL NÃO SERMOS ENGANADOS?
Ao surgir a Reforma, no século dezesseis, muitos protestantes começaram a acusar o papado de ser o Anticristo! Os ataques eram frequentes. Diante disto, levantaram-se em defesa do papado dois jesuítas espanhóis.
Um deles, Luiz de Alcazar (1554-1613), criou um sistema de interpretação chamado preterismo, que coloca o cumprimento da maioria das profecias no passado distante. Este sistema teve pouca aceitação.
COMBATE A REFORMA
O outro jesuíta, Francisco Ribera (1537-1591), criou o sistema de interpretação chamado futurismo, o qual teve muita aceitação nos círculos católico romanos até o século dezenove. Outro jesuíta, Cardeal Belarmino (1542-1621), rejeitou o princípio dia-ano na interpretação das profecias apocalípticas.
Jamais o jesuíta Ribera teria sonhado que o seu futurismo, que coloca o Anticristo como sendo um personagem que se levantaria no final dos tempos, teria tanta aceitação nas igrejas protestantes a partir do século dezenove!
Também no século dezenove surgiu o dispensacionalismo, invenção do teólogo inglês John Nelson Darby (1800-1882) que aceitou as ideias futuristas de Ribera e ainda criou outras fantasias como o arrebatamento pré-tribulacional ou arrebatamento secreto.
As igrejas protestantes tradicionais geralmente não aceitam o dispensacionalismo, mas aceitam as ideias da reconstrução do templo de Jerusalém, do Anticristo como sendo um personagem final e do reinado milenial de Cristo aqui na Terra!
Destarte, o protestantismo apostatado [que inclui o dispensacionalismo] abandonou completamente a ideia do papado como sendo o Anticristo.
[Convém lembrar que todo aquele que se opõe a Cristo, rejeita os seus princípios ou procura tomar o lugar de Cristo é um anticristo, mas o papado é o Anticristo da profecia, como acreditavam os Reformadores e a maioria dos protestantes até o século dezenove].
Sendo que puseram na cabeça de milhões e milhões de pessoas essas ideias futuristas e dispensacionalistas, quando o verdadeiro Anticristo tiver a sua ferida mortal totalmente curada e, com o apoio da super-potência, iniciar a crise final, muitos serão iludidos!
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Não é de admirar que essas ideias futuristas estão batendo à porta da Igreja Adventista e obtendo aceitação! Alguns pregadores tem tido acesso aos púlpitos das igrejas no Brasil e nos Estados pregando ideias futuristas!
Como colocar no futuro os sete selos, as sete trombetas e outras profecias que já se cumpriram! Quem não quiser ser enganado precisa conhecer as obras dos bons historicistas. Não as obras de qualquer um que se diz historicista.
São bons autores: Uriah Smith, Aracely de Mello e Ellen G. White!
Portanto, nem preterismo, nem futurismo, nem dispensacionalismo, nem amilenismo, nem princípio apotelesmático. Diga não a tudo isto! São distorções satânicas!
HISTÓRIA DA CONTRA REFORMA
Com o êxito da pregação de Lutero os jesuítas foram comissionados pelo papa para desenvolver uma nova interpretação das Escrituras que neutralizasse a aplicação protestante das profecias bíblicas sobre o Anticristo à Igreja Católica Romana.
Todos os estudos dos reformadores apontaram o dedo diretamente para a Igreja Católica Romana como o poder do Anticristo descrito em Daniel como o “chifre pequeno”.
Francisco Ribera (1537-1591), um brilhante padre jesuíta e doutor em teologia da Espanha, respondeu ao chamado do papado. Como Lutero, Francisco Ribera também leu à luz de velas as profecias sobre o Anticristo, o chifre pequeno, o homem do pecado e a besta do Apocalipse.
Ele então desenvolveu a doutrina do futurismo. Sua explicação foi que as profecias se aplicam apenas a um único homem sinistro que surgirá no final dos tempos. Roma rapidamente adotou esse ponto de vista como a posição oficial da Igreja sobre o Anticristo.
Em 1590, Ribera publicou um comentário sobre o Apocalipse como uma contra-interpretação à visão prevalecente entre os protestantes que identificaram o papado com o Anticristo. Ribera aplicou toda a Revelação ao tempo do fim, ao invés da história da igreja. O Anticristo, ele ensinou, seria uma única pessoa má que seria recebida pelos judeus e que reconstruiria Jerusalém.
Ribera negou o Anticristo Protestante das Escrituras (2 Tessalonicenses 2) como assentado na igreja de Deus - afirmado por Agostinho, Jerônimo, Lutero e muitos reformadores. Ele se estabeleceu em um anticristo infiel, fora da igreja de Deus.
O resultado desse trabalho foi uma deturpação e difamação da verdade profética histórica.
O cardeal Robert Bellarmine de Roma (1542-1621)
Entre 1581-1593, o Cardeal Bellarmine concordou com Ribera em seu trabalho Polemic Lectures Concerning the Disputed points of the Christian Belief Against the Heretics of the Time.
Os ensinamentos futuristas de Ribera foram popularizados por um cardeal italiano e pelos mais renomados controversistas jesuítas. Seus escritos afirmavam que Paulo, Daniel e João não tinham absolutamente nada a dizer sobre o poder papal. A escola dos futuristas ganhou aceitação geral entre os católicos. Eles foram ensinados que o anticristo era um único indivíduo que não governaria até o final dos tempos.
Através do trabalho desses dois inteligentes estudiosos jesuítas, o futurismo jesuíta nasceu.
NOTA:
E desde então a teologia jesuíta tem ganhado terreno nas igrejas evangélicas, muitos seguem o dispensacionalismo e o futurismo sem nem sonhar que sua origem está no trabalho de padres que intentavam com ela, destruir a reforma.
FONTE:
- Amazing Discoveries (Traduzido)
- Francisco Alves de Pontes (Chico Bíblia)