Tratando-se de pessoas que não são membros da igreja, podem ser recebidos, pois em quase todos os países estes meios de obter dinheiro são lícitos e aprovados por lei.
A igreja não aprova a participação em loteria esportiva, rifas, jogo do bicho, quina, loto, etc; de modo que um bom membro da igreja não participa dessas atividades.
Se, por ignorância ou outra razão, participou e obteve um prêmio, e deseja dizimá-lo, é decisão e problema da consciência dele. Se a igreja está inteirada do fato, deverá chamar-lhe a atenção para não voltar a praticar um ato semelhante.
OUTRA QUESTÃO
1) Podemos aceitar dízimo de prostitutas, traficantes, sequestradores, bicheiros e outras fontes ilícitas, quando temos conhecimento dessas origens?
Veja a seguir o posicionamento da igreja a respeito dos dízimos que são de origem duvidosa:
Tais respostas foram dadas por Roberto R. Roncarolo num livro publicado pelo Departamento de Mordomia e Desenvolvimento da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia em 1984, intitulado Perguntas Sobre o Dízimo (página 77):
O DÍZIMO DE DINHEIRO GANHO ILICITAMENTE
Deveria a igreja receber o dízimo de dinheiro obtido ilicitamente como o produto de fraudes, assaltos, roubos, logros, etc?
“A igreja não foi estabelecida por Deus como departamento de investigações para determinar que dízimos provêm de dinheiro obtido ilicitamente e quais não. Mas, se o dizimista der a conhecer a origem ilícita do dinheiro, deverá ser ajudado a ver que o dízimo que pretende devolver, assim como o restante, precisa ser restituído ao seu legítimo dono e, portanto, não deve ser recebido”
O DÍZIMO DO NÃO CRENTE OU DO PRODUTO DE ATIVIDADES DUVIDOSAS
Deveria a igreja receber dízimos do produto de atividades que estão em aberta transgressão aos mandamentos de Deus ou de uma pessoa que não é crente?
“Geralmente estas pessoas procedem assim porque de alguma maneira conhecem a vontade de Deus com relação ao dízimo e desejam fazer Sua vontade neste aspecto, embora sejam transgressores de outros mandamentos divinos ou, inclusive manifestem que não são crentes. E quem está autorizado a impedir que alguém faça a vontade de Deus? Talvez isto possa ser o meio inicial pelo qual cheguem a arrepender-se totalmente e se convertam ao Senhor.
“Ás vezes, é alegado que esse dízimo é dinheiro sujo e indigno, porque provém, por exemplo, de uma prostituta, um homossexual ou de uma pessoa que faz negócios dúbios e, em conseqüência, não é digno de ser recebido por Deus. Mas, na realidade, não há dinheiro limpo ou sujo, digno ou indigno. O dinheiro em si mesmo é neutro. Sujos ou indignos são os meios usados para obtê-lo, não o dinheiro. Por conseguinte, quando o dinheiro é dedicado a Deus pode ser legitimamente recebido, salvo no caso excepcional mencionado na pergunta anterior ou situações semelhantes.
“A preocupação da igreja deveria ser a de procurar corrigir a conduta desviada do dizimista e não o destino do dízimo”.