O objetivo de Hebreus é mostrar a superioridade de Cristo e de Seu Sacerdócio. Podemos dizer que Hebreus é uma carta que nos mostra que Jesus é Deus. A divindade de Cristo e Seu Sacerdócio no Santuário Celestial são temas predominantes.
No capítulo 7 o apóstolo Paulo continua a sua argumentação, demonstrando que Cristo é melhor e maior que tudo e que todos. Em Hebreus 7 ele usa um personagem pouco conhecido chamado Melquisedeque, para dizer que ele é um tipo, um símbolo de Cristo. Duas lições básicas são passadas pelo autor:
FIGURAS
1) Melquisedeque era Sumo Sacerdote. Cristo também é Sumo Sacerdote, só que de um ministério superior. Assim como Melquisedeque era rei, Jesus é Rei, mas, um Rei universal.
2) Sendo que Melquisedeque “não tinha origem” (ou seja, não se sabe de que família descendeu), Cristo também não tem origem, ou seja, não foi criado . É eterno.
Em meio à sua argumentação de que Cristo e Seu Sacerdócio são superiores, o autor de Hebreus faz menção ao dízimo. Conquanto o propósito dele não seja falar do dízimo (e sim da superioridade de Cristo), fica evidente na carta o apoio que a igreja cristã dava ao sistema de dízimos.
Hebreus 7 vai ao passado, a Abraão, e relembra que ele dizimou, em reconhecimento de que Deus é o dono de tudo o que ele (Abraão) tinha e a causa de tudo o que ele (Abraão) era.
Assim, vemos que um texto do Novo Testamento (Hebreus 7) chama-nos a atenção para um texto do Antigo Testamento (Gênesis 14:17-20) para nos ensinar que (1) toda a Bíblia deve ser estudada e não apenas o Novo Testamento e que (2) se o pai da fé, Abraão, dizimou, como descendentes espirituais de Abraão, devemos fazer o mesmo.
O dízimo é mencionado de maneira positiva 6 vezes em Hebreus 7:1-10 (versos 2, 4, 5, 6, 8 e 9), o que reforça a ideia de que o sistema de dízimos era bem conhecido pelos cristãos a quem estava sendo escrita a carta.
Que o Senhor Jesus Cristo seja para nós superior a tudo e a todos e que tenhamos a disposição de seguir o exemplo de fé e fidelidade de Abraão em dizimar.