Antes de começarmos o estudo da
Bíblia, temos que apresentar algumas questões básicas que orientarão todos os
estudos que estão por vir.
A questão central em qualquer estudo do evangelho é
a pergunta simples: o que é pecado?
O que Jesus veio fazer?
"E lhe chamarás JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados." Mateus 1:21
(A) _____ Jesus tornou-se um bom professor.
(B) _____ Jesus veio salvar a
humanidade perdida.
É o pecado que faz com que estejamos perdidos, e o
evangelho são as boas novas de como Deus nos salva do pecado.
Agora, muitos de
nós assumimos que sabemos o que é pecado, mas como é tipicamente verdadeiro na
maioria dos casos que achamos alguma coisa sem examinar cuidadosamente, nossas
suposições podem ser simplesmente não comprovadas e precisam ser repensadas com
mais atenção.
Nesse ponto, nos parecemos um pouco com um paciente que marca uma
consulta médica. A coisa mais importante que o médico pode fazer por esse
paciente é dar ele ou ela um diagnóstico correto do que está errado. Se o
diagnóstico estiver errado, o remédio prescrito não funcionará e pode até
piorar as coisas.
Mas se o diagnóstico estiver correto, o remédio tem uma boa
chance de sucesso. É exatamente o mesmo no estudo sobre salvação. Se o
diagnóstico do pecado estiver correto, então o remédio do evangelho para o
pecado resolverá o problema, e podemos ter garantia de salvação.
Por outro
lado, se nossa definição de pecado não é bíblica e com base em informações
erradas, é provável que nosso evangelho seja igualmente não-bíblico e baseado
em séculos de tradição cristã em vez da Palavra de Deus.
A questão crucial é:
Qual é a natureza do pecado pela qual o homem é considerado culpado, tão
culpado que ele deve morrer no fogo do inferno a menos que seja resgatado pela
graça de Deus?
Devemos ser precisos ao definir a natureza desse pecado, para
que possamos saber exatamente do que o evangelho nos resgata. Do que devemos
ser perdoados?
O que deve ser curado para escapar da morte eterna?
Qual é o problema mais sério da humanidade?
"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus."Romanos 3:23
(A) _____ Nosso problema é a pobreza.
(B) _____
Nosso problema é a falta de estudo.
(C) _____ Nosso problema é o pecado.
A
verdadeira questão é: Como é que todos nós pecamos? O que nos levou a ficar sem
a Glória de Deus?
A resposta que dermos a essas perguntas afetarão todas as outras
decisões que fizermos sobre como somos salvos. Sabemos que Adão escolheu o
pecado voluntariamente.
Sabemos que ele se tornou culpado por causa de sua
escolha.
Mas e nós?
Somos culpados por causa do pecado de Adão; por que
nascemos como descendentes dele?
Somos culpados porque herdamos dele uma
natureza caída?
Ou somos culpados porque escolhemos repetir o pecado de Adão?
A
essa pergunta, duas respostas básicas foram dadas na história cristã.
Vamos
classificá-las como definição A e definição B.
Definição A - Nossa condenação
diante de Deus é o resultado de algo chamado "pecado original."
Pecado original não significa a escolha de Adão para pecar, mas significa o
estado em que nascemos por causa do pecado de Adão.
Por causa do pecado de
Adão, nascemos pecadores. Alguns dizem que somos culpados ou condenados porque
herdamos o pecado de Adão.
Alguns dizem que somos culpados ou condenados porque
nascemos como filhos e filhas de Adão, que era o cabeça da raça humana. Alguns
dizem que somos culpados ou condenados porque nascemos num estado de separação.
Nascemos separados de Deus, e essa separação é a nossa culpa. Alguns dizem que
não somos culpados por nenhuma dessas coisas, mas que nascemos condenados por
fazermos parte de uma raça caída.
Mas o denominador comum em todas essas visões
é que somos culpados ou condenados porque nascemos na família humana. Nossa
condenação está baseada em nosso nascimento em um mundo caído com uma natureza
caída. Nascemos perdidos por causa de nossa herança de natureza caída.
Mesmo que
possamos escolher fazer muitas coisas erradas em nossas vidas, somos pecadores
perdidos principalmente por causa de nosso nascimento, antes que qualquer
escolha ocorra. O pecado existe em nós antes da escolha ou mesmo antes de haver
conhecimento (entendimento).
O pecado existe em nós antes que possamos entender
algo sobre certo e errado. O pecado reside dentro de nós por causa de nosso
nascimento em uma raça caída.
Pergunta para reflexão:
Qual é a solução aceita
para esse problema? Essa definição de pecado é a razão pela qual alguns
cristãos acreditam na necessidade de batismo infantil.
Se estamos perdidos já
no nascimento por causa de nossa natureza decaída, seria extremamente
importante que fôssemos batizados imediatamente para lavar nosso pecado.
Definição
B - Esta outra definição diz tudo o que a definição anterior diz, exceto por
uma coisa diferente.
Essa definição diz que quando Adão pecou, algo mudou na
natureza de Adão, mudando sua natureza que era perfeita e obediente, numa
natureza distorcida e egoísta, centrada em si mesma.
Todos nós herdamos essa
natureza decaída de Adão, o que significa que é mais natural fazer o que é
errado do que fazer o que é certo. A única diferença entre essa definição e a
definição anterior de pecado é que nós não herdamos a culpa ou condenação.
Herdamos tudo o que Adão poderia haver transmitido a seus filhos, mas não
nascemos pecadores condenados. Nos tornamos pecadores diante de Deus, perdidos
e condenados, quando escolhemos pessoalmente nos rebelar contra a vontade revelada
de Deus.
Pergunta para reflexão:
O batismo infantil seria necessário nessa
última definição?
Estas são as duas definições clássicas de pecado no
cristianismo. Dependendo de qual definição escolhemos crer, as questões da
justificação pela fé serão entendidas também de forma diferente.
O que
acreditamos sobre justificação, santificação e perfeição será diferente também,
dependendo da decisão que tomarmos sobre a natureza do pecado. A definição A
chega até nós com credenciais impressionantes.
Foi desenvolvida muito cedo na
história cristã.
A partir do século IV, essa definição tem sido a crença
ortodoxa aceita entre a maioria dos cristãos. Essa era até a crença aceita
durante a Reforma Protestante do século XVI.
Inevitavelmente, essa crença
tornou-se a visão dominante da maioria das igrejas hoje. Mas como é verdade com
todos crenças aceitas, devemos fazer a pergunta: Essa crença é baseada nas
Escrituras ou em tradição?
Muitos ensinamentos que foram aceitos no
cristianismo moderno não são baseados nas Escrituras, mas em tradições antigas.
Nossa pergunta deve sempre ser, o que Deus diz? Por mais estranho que possa
parecer, dois evangelhos diferentes são construídos sobre essas duas diferentes
definições de pecado.
Um evangelho tenta resolver o problema de nascer um
perdido pecador e viver em um constante estado de pecado, enquanto outro
evangelho lida com o problema da vontade rebelde e das escolhas negativas.
Um
evangelho está preocupado coma natureza que herdamos, enquanto outro evangelho
se concentra no caráter que Deus quer desenvolver em nós. Se quisermos estar
certos de que estamos acreditando e vivendo o verdadeiro evangelho bíblico,
então devemos ter muito cuidado para aprender com a Bíblia o que realmente é
pecado, e baseado em que somos considerados pecadores condenados aos olhos de
Deus.
Agora estamos prontos para abrir a Bíblia e aprender o que ela nos diz.
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