35. Cirilo de Alexandria

35. Cirilo de Alexandria

Cristologia – Século V – Éfeso

A natureza de Cristo é única. Ela é o resultado da amalgamação de sua natureza humana e divina.

Por ocasião da controvérsia nestoriana, Cirilo de Alexandria (378- 444), passou a defender a tese cristológica de que em Cristo havia duas pessoas distintas, uma divina e outra humana. 

Eram duas naturezas distintas antes da união. Porém, após a união, ambas resultaram numa só natureza.

Essa doutrina cristológica ficou sendo conhecida pelo nome de miafisismo.

A palavra “miafisismo” é de origem grega. Ela foi criada como uma reação ao nestorianismo, que ressaltava que Cristo tinha duas naturezas distintas habitando num mesmo corpo.


Cirilo foi um escritor prolífico, mas pomposo e de difícil leitura. Suas frases são longas e intrincadas, com várias orações subordinadas e construções desnecessariamente complicadas. Ele foi protagonista de todas as controvérsias cristológicas ocorridas no final do quarto até meados do quinto século.

Em 431, a formula cirílica foi adotada pelo Concílio de Éfeso. Posteriormente essa teologia cristológica foi denominada por miafisismo.

O miafisismo acabou tornando-se a fórmula cristológica das igrejas ortodoxas orientais. Como foi dito, a fórmula afirma que Jesus tem as duas naturezas, humana e divina, fundidas numa só. 

As duas naturezas estão unidas sem separação, sem confusão e sem alteração. Ou seja, o Cristo encarnado tinha uma natureza, mas uma natureza que é ainda tanto divina quanto humana, com todas as características de ambas.

Os miafisistas rejeitaram a fórmula apresentada pelo Concilio de Calcedônia (451), pois nele foi adotado o diofisismo.

A definição ciriliana foi adotada apenas pelos três primeiros concílios ecumênicos. Para os miafisistas a natureza de Cristo é única, fruto da uniãoda natureza humana e divina.

A fórmula definida pelo Concílio de Calcedônia continua sendo o ensinamento oficial da Igreja Ortodoxa, Católica e dos Protestantes tradicionais.

As igrejas agrupadas sob a Ortodoxia Oriental seguem a fórmula cristológica de que em Jesus há uma parte humana e a parte divina, mas estas duas partes estão unidas formando uma única natureza de Cristo.

As igrejas ordotoxas orientais incluindo os coptas que se consideram miafisista são as seguintes: Igreja Apostólica Armênia, Ortodoxa Síria, Ortodoxa Alexandrina (copta), Ortodoxa Etíope, Ortodoxa Eritreita, entre outras.

As igrejas orientais estão separadas das Igrejas Católica e Ortodoxa. Elas aderiram somente aos três primeiros concílos ecumênicos e rejeitaram a formula proposta pelo Concílio de Calcedônia.

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