Princípios de ética para pastores e líderes de igreja

Princípios de ética ministerial


1. Explicações introdutórias

2. O código profissional do obreiro

3. O decálogo do ministro

4. Comentários finais


O código profissional e decálogo do ministro


1. Explicações Introdutórias


a. A revista O Ministério deveria ser lida regularmente por todos os obreiros e por todos os estudantes ministeriais.

(1) Ler número após número dessa revista é familiarizar-se com tudo de novo que há relacionado com o ministro.

(2) Sua leitura é altamente ilustrativa pelos temas variados que trata.

(3) O ministro que não lê esta revista fica logo muito aquém em seus conhecimentos que deveria ter para o bom desempenho de seu trabalho.


b. No número de julho-agosto de 1959 saiu um “Código Profissional para Obreiros”.


(1) Há a seguinte nota explicativa: “Quando os ministros da União Sul Africana se reúnem em assembleia de obreiros, concordam em aceitar e a ser leais ao seguinte código de ética profissional. Durante a assembleia, cada manhã revisam estes princípios que os fazem recordar sua sagrada vocação”.

(2) Um breve estudo deste código é muito útil para todos os ministros e estudantes ministeriais.


c. No número de julho-agosto de 1960 há outro trabalho interessante, preparado pelo pastor Paulo R. Gomes, da Argentina, intitulado “O Decálogo do Ministro”.

(1) Trata-se de uma paráfrase dos dez mandamentos adaptados ao ministério e seu trabalho.

(2) O estudo dessa paráfrase também é interessante e ilustrativa.


d. Pelo que foi explicado estamos incluindo nesta série de lições sobre Ética Ministerial os dois trabalhos mencionados.


2. O Código Profissional para Obreiros


“Reconhecendo a elevada e sagrada vocação do obreiro evangelístico considero um privilégio ter uma parte na obra final de Deus na terra”.


a. Minha relação com a organização.

(1) Considerarei confidencias os temas de caráter reservado que se tratem nas comissões e mesas.

(2) Serei leal às decisões das mesas administrativas, e evitarei toda crítica negativa.

(3) Não me ocuparei em trabalhos particulares ou em negócios especulativos enquanto trabalho como obreiro de tempo integral.


b. Minha relação com meus companheiros na obra.

(1) Não farei insinuações desfavoráveis a meu antecessor ou sucessor mediante palavras, olhadas ou indiretas.

(2) Não permitirei que os zelos profissionais anuviem meu juízo santificado, e recordarei este princípio: “Quanto à honra, preferindo cada qual ao outro”.

(3) Darei o crédito devido às idéias e ao trabalho dos demais, e farei humildemente tudo o que me seja possível para cooperar com eles e fazer que sua obra tenha êxito.


c. Minha relação com a irmandade.

(1) Considerarei sagrada a confiança posta em mim pelos membros leigos.

(2) Incentivarei a lealdade dos irmãos para as decisões das mesas e das comissões.

(3) Não minarei a influência de um companheiro da obra entre os irmãos.

(4) Terei cuidado na aceitação de presentes da parte dos membros leigos.


d. Minha promessa pessoal: Prometo voluntariamente aceitar estes princípios a ser leal a eles.


O Decálogo do Ministro


a. Não terás amigos íntimos alheios a tua igreja. Lembre-te que se queres evitar que os jovens os tenham, deves dar-lhes o exemplo.


b. Não farás para ti ídolo de nenhum dos membros de tua igreja. Não lhe renderás preito desculpando seus pecados, nem na igreja, nem em sua casa, nem em seus negócios. Não mostrarás preferência por ele nem o adularás por seu dinheiro, por sua influência ou por seus talentos, porque o Senhor teu Deus te pôs para que repreendes o pecado em todos.


c. Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, e mesmo em teus sermões e orações deverás pronunciá-lo com reverência, evitando sua repetição desnecessária, pois o Senhor não terá por inocente ao que tomar o Seu nome em vão .


d. Lembra-te do dia de repouso para santificá-lo, pregando sermões espirituais e apresentando sempre ao Crucificado como único remédio para todos os males. Só assim conseguirás corrigir os erros de teus fiéis e poderás induzi-los ao arrependimento. Seis dias visitarás aos membros de tua igreja e no sétimo deverás apresentar-lhes a Palavra de Deus, mostrando-lhes que o Senhor fez os céus e a terra em seis dias de 24 horas e descansou no sétimo dia, abençoando-o e instituindo-o como dia de descanso.


e. Honra a cada um de teus membros diante dos demais, e nunca fales mal de nenhum, pois Jesus morreu por todos. De modo que, se queres ser grandemente apreciado na igreja, deves honrar a todos por igual.


f. Não matarás por tua indiferença aos membros humildes ou sem talentos destacados, ou àqueles com os quais não simpatizas.


g. Não adulterarás a Palavra de Deus mesclando-a com teorias e ensinos humanos.


h. Não furtarás a reputação do membro que te tenha criticado; antes deverás corrigir-te se sua crítica é razoável.


i. Não levantarás falso testemunho contra nenhum de teus membros, exagerando um simples erro ou tratamento de fazê-lo aparecer como um pecado grave; antes deverás ser justo e eqüitativo em tudo.


j. Não cobiçarás a igreja de teu colega no ministério, não cobiçarás seus talentos, sua simpatia pessoal, seu dom de administração, sua oratória, nem coisa alguma dele.


Observações finais


1. Tanto o Código Profissional para Obreiros como o Decálogo do Ministro têm material muito útil para meditar e estudar.


2. Cada um de nós faria bem em esboçar um código de ética ministerial pessoal, incorporando nele nossos principais deveres.


3. Não estaria mal que elaborássemos também um decálogo ministerial para nosso próprio uso pessoal, para que nos servisse de espelho revelando-nos nossa verdadeira imagem como ministro.


4. É claro, além de elaborar o código e o decálogo, haveria que colocá-lo em prática, pois do contrário não teria valor algum.


Código de ética do evangelista


1. Fundamentos de sua ética

a. Conduz-se por onde quer que atue, como à vista de Deus.

b. É íntegro: suas palavras e sua maneira de tratar são o reflexo fiel do que pensa e é. OE, 141.

c. Usa de diplomacia, porém não de politicagem.

d. Cabe-lhe bem a qualificação bíblica: “Não bilingüe”. I Tim. 3:8

e. Não confunde preconceitos cm princípios. 

f. Seu cristianismo não é um verniz nem uma vestidura para cobrir pecados inconfessados, é uma experiência vívida, e um caráter modelado segundo o MODELO CRISTO JESUS. 

g. Pratica a “Regra de Ouro” Mateus 7:12 em todas as relações humanas.


2. Relação com a Organização


a. Reconhece que não pode ser leal a Deus e desleal à Obra de Deus. Segue as diretrizes da Organização.

b. A não ser por impedimentos de saúde ou incapacidade manifesta, aceitará a responsabilidade e o lugar que lhe seja designado.

c. Sabe que Deus e a Organização esperam resultados.

1. Não procurará  cobrir sua improdutividade com uma cortina de desculpas, elaborada a força de dialética.

2. Se disporá a escutar conselhos.

d. Considera uma honra trabalhar na Obra de Deus.

1. Nenhum cargo ou trabalho lhe parecerá demasiado humilde, se reconhece que tem sido chamado por Deus.

2. O cargo que parece humilde se agiganta promocionalmente ao tamanho de quem o ocupa.

3. O. E. pp. 142 e 143.


e. Não cria problemas à Organização, antes os resolve.

f. É generoso e desprendido. Dá à Obra de Deus seu tempo, suas forças, suas aptidões, seus recursos.

1. Há aqueles que são devidamente aproveitados pela Obra. Outros se aproveitam da Obra.


g. Cuida de seus deveres mais que de seus direitos.

h. Preocupa-se mais pelos resultados de seu trabalho que pelo salário. Os queixosos fariam melhor se averiguassem o que custa à Organização cada alma ganha. (seu salário e despesas, dividido pelo número de almas ganhas).


3.  Relação com os Dirigentes

a. Tem conceito de Organização. Sabe que não há organização possível se não tem responsáveis ou dirigentes. Constitui-se em um imediato colaborador.

b. Procede com lealdade.

1. Se discorda com o dirigente, exporá com humildade seus pontos de vista, mas não retira sua colaboração se não os aceita.


c. “Não é lisonjeador, é respeitoso, serviçal, cortês, cumpridor e diligente com as instruções recebidas”. O. E. pág.

1. Diligência: Fazer as coisas devidas, no tempo devido e na forma devida.


d. Não tratará de fazer ressaltar um defeito ou um equívoco do dirigente. “A desumanidade do homem para com o homem, eis nosso maior pecado”. O. E. p. 140

e. Sabe que não sobe pela escala, senão que é chamado por Deus a uma responsabilidade. Não culpa aos dirigentes de que não lhe dão oportunidade.

f. Afasta de si a inveja. Sabe que Deus e a Organização guiarão as coisas para que ocupe o cargo, a responsabilidade e o lugar que mais convenha aos fins da Obra.

1. “Nunca somos chamados a fazer um sacrifício real para Deus”. C. B. V. pág. 474


g. Não guarda amarguras.

1. Ef. 4:31 “Longe de vós toda a amargura...”

2. Hb. 12:15 “...nem haja alguma raiz de amargura, que...”