Como acalmar a ira? Isso significa ter plena consciência de nossos sentimentos e controlá-los (em vez de permitir que nossos sentimentos nos possuam e nos domine).
Quatro passos no processo do abandono da ira:
1. Admitir que estamos zangados.
2. Atrair nossa mente para longe da nossa ira, usando algo que desvie a nossa atenção.
3. Reconhecer a causa subjacente da nossa ira.
4. Verbalizar apropriadamente a nossa ira.
1. Admitir que estamos zangados.
Reconhecer os primeiros sinais de alarme ou avisos com bandeira vermelha - Provê tempo para lidar com os seus sentimentos antes que eles se tornem destrutivos. Para descobrir seus sinais, escreva os fatos sobre as três últimas vezes em que explodiu.
Depois relembre como se sentiu quinze minutos, dez minutos e cinco minutos antes das erupções. Se não conseguir lembrar de detalhes, fique então atento nas próximas três vezes em que acontecer. As probabilidades são que venha a descobrir um padrão de avisos nos três incidentes.
Quando você tomar consciência dos avisos da sua bandeira vermelha pessoal, compreenderá que sua contagem regressiva dos quinze minutos começou. Pode então quebrar o ciclo usando uma “distração”, que faz parte da segunda fase.
2. Desvie-se da ira.
O segundo passo é interter sua mente, afastando-a da ira, mediante uma distração. A distração é qualquer coisa que você possa usar para desviar a sua mente da ira, mesmo que seja por alguns minutos.
Isto lhe dá oportunidade de acalmar-se. A ira sempre causa tensão a energia física, mas a distração ajuda a aliviar essa tensão antes de você explodir com outra pessoa.
Distrair-se por alguns minutos permite que voltemos a situação com uma perspectiva melhor, mais calma. Da mesma forma que chaleira apita quando ferve, o vapor da nossa ira é liberado.
A causa da ira continua ali (isso é tratado no terceiro passo), mas pelo menos a energia que nos impele a atacar alguém desaparece. Estas são algumas possíveis distrações:
◼ Dê uma caminhada vigorosa.
◼ Corra onde estiver.
◼ Esmurre em travesseiro ou coisa semelhante.
◼ Tome um banho de chuveiro (gelado ou não).
◼ Cante alto.
◼ Respire dez vezes profundamente, conte em voz alta cada respiração.
◼ Toque um instrumento musical.
◼ Recite um versículo bíblico edificante.
◼ Telefone a um amigo ou a um conselheiro profissional.
3. Reconheça a causa da ira.
O terceiro passo é reconhecer a causa subjacente da sua ira. Na maioria dos casos, as circunstâncias imediatas não são a causa da ira.
Em lugar disso, deslocamos nossa ira da causa real. Lembre-se do deslocamento? É a transferência de uma emoção para um objeto logicamente inadequado. Estas são algumas perguntas que você pode considerar:
◼ Físico: Estou cansado? Preciso de algum exercício? Se for mulher, Estou com tensão pré-menstrual?
◼ Psicológica: Estou pensando negativamente sobre algo?
Estou preocupado?
Um relacionamento está me perturbando?
As expectativas que tenho a respeito de mim mesmo são irreais?
Estou me sentindo embaraçado, frustrado ou inseguro por causa de alguma coisa?
Minha autoestima é baixa?
Meus alvos ou desejos foram bloqueados?
Meu filho espelhou um mau hábito meu?
◼ Espiritual: Não estou confiando em Deus?
Tenho algum pecado não confessado?
Tenho que perdoar alguém?
Estou sentindo amargura em relação a alguém ou a Deus?
É importante descobrir a causa subjacente e expressá-la. Podemos depois reconhecer que o que está errado provavelmente não merece o tipo de reação intensa e comportamento que estão crescendo dentro de vós.
4. Verbalize a ira.
O último passo é verbalizar apropriadamente a sua ira. Isto significa usar mensagens do tipo “eu” em lugar de mensagens do tipo “você”.
As mensagens “eu” expressa como você se sente ou qual é a sua opinião, sem dizer a outra pessoa o que ela deve fazer a respeito (a não ser que ele ou ela peça).
As mensagens “eu” expressam as suas necessidades. As mensagens “você” expressam culpa como em “você me deixa zangada”, “você não deve fazer isso”, etc. Além de vigiar as palavras, precisamos monitorar nossas motivações.
Não devemos usar mensagens “eu” para modificar sutilmente a outra pessoa. Em vez disso, devemos compartilhar sinceramente os nossos sentimentos, enquanto confiamos em Deus para controlar nossas circunstâncias. Podemos verbalizar também a nossa ira, telefonando a um amigo que guardará sigilo e não nos desprezará por causa das nossas emoções.
Outra possibilidade é telefonar para um conselheiro profissional ou um pastor. Ao expressar sentimentos devemos seguir a verdade em amor (Efésios 9:15). Isso começa por assumir responsabilidade pelas minhas reações, ninguém me faz ficar zangado, sou eu quem tomo a decisão.
Uma vez que sou responsável pela minha reação, preciso expressar adequadamente meus sentimentos e pedir perdão pela minha parte do problema. Quer a outra pessoa aceite quer não minhas desculpas ou mude o seu modo de pensar e sua atitude, posso ter reações sadias sem tentar controlá-las.
Posso confiar em que Deus opera em nossa vida.
Examinando a ira. Por que Deus deu aos seres humanos esta forte emoção? Ele não sabia que teríamos muitos problemas por causa dela?
A ira, como todas as outra emoções, gera energia. No caso da ira, essa energia nos dá uma nova motivação para lutarmos pela vida.
I - A diferença entre sentimentos e atitudes
Foi a pouco tempo que aprendi a diferença entre sentir ira e ter uma atitude de ira. O sentimento é aquele primeiro relâmpago de emoção dentro de nós, sobre o qual não temos controle. Ele cresce em nosso íntimo antes de compreendermos que existe. Uma atitude é o que decidimos fazer com um sentimento quando ele aparece. Isso envolve uma escolha consciente, que nos leva a agir.
Geralmente não temos muitos problemas em permitir que os sentimentos agradáveis se transformem em atitudes adequadas. Isso é fácil.
O sentimento de felicidade pode transformar-se em atitude de animação, alegria ou generosidade. Mas, em relação ao sentimento desagradável, temos uma escolha mais difícil no sentido de transformá-lo em uma atitude positiva ou negativa.
A . Esclarecendo a diferença
1. Um sentimento
◼ não é moral.
◼ É uma relação inconsciente e espontânea.
◼ É uma emoção que é dada por Deus.
◼ É agradável ou desagradável.
2. Uma atitude
◼ É moral.
◼ É uma escolha consciente.
◼ É uma decisão que tomo sobre o que fazer com o meu sentimento.
◼ É certa ou errada.
Se decidirmos permitir sempre que os sentimentos de raiva se transformem em atitudes iradas, logo seremos apanhados em um hábito ou padrão de ira.
Quanto mais descermos este espiral, tanto mais difícil será ter reações positivas de amor. Este mesmo ponto é citado em Efésios 4:26 e 27. “Quando estiverem irados , não se ponha o sol com vocês ainda irados - resolvam isso logo; por que quando vocês estão irados oferecem um fortíssimo ponto de apoio ao diabo.” (Bíblia Viva).
Paulo escreve “...não pequem alimentando seu próprio rancor”, o que nos informa que a ira pode transformar-se em pecado se deixarmos que ele continue. Em vez disso, Deus quer que tratemos rapidamente com ela, sem permitir que nos corroa por dentro. “Não deixe que o sol se ponha com vocês ainda irados”. V.26.
Nosso sentimento de zanga não teria tempo de transformar em atitude negativa ou hábito se seguíssemos esse mandamento. Se resolvêssemos nossa ira antes do pôr-do-sol, não iríamos para a cama zangados com o nosso cônjuge e nem acordaríamos criticando violentamente nossos filhos.
Não daríamos oportunidade a nossa ira de transformar-se em amargura ou ressentimento...e em uma úlcera.
II - Três reações à Ira
◼ Negar.
◼ Dirigir.
◼ Demonstrar sua ira.
1. Negar a nossa ira - é a escolha mais destrutiva que você e eu podemos fazer quando sentimos aquele primeiro lampejo de raiva. Negar significa que nos recusamos a aceitar que estamos zangados. E quando dizemos: “Quem, eu? Zangado(a)!
Não estou! Nunca fico zangado(a)!”.
Quando negamos a ira, nós acumulamos em nosso íntimo. Depois, numa hora imprópria, explodimos, espalhando os estilhaços de vidro com os outros. 2. Dirigir nossa ira - Isto significa que reconhecemos a ira tentamos controlá-la fazendo algo físico.
Quando dirigimos a nossa ira, compreendemos que estamos zangados e depois orientamos a energia resultante. Talvez limpemos o chão ou empurremos furiosamente o aspirador para cá e para lá.
Dirigir a ira pode ser bom em si, mas, se não descobrirmos a verdadeira razão de nossa ira e tratarmos dela, não resolveremos o problema subjacente e a ira voltará. Portanto, a melhor maneira de reagir a nossa ira é combinar a modalidade de dirigir com a terceira escolha.
3. Demonstrar ou declarar a nossa ira - significa comunicar nossos sentimentos de maneira que as outras pessoas envolvidas possam recebê-las e aceitá-las. Se falarmos muito e criticarmos, acusando e culpando, só faremos com que os outros não colaborem e fiquem zangados mesmo que nos sintamos melhores.
Ao declarar a nossa ira de maneira sadia, estaremos no controle e influenciaremos positivamente os demais.
BÔNUS
QUEM PRODUZ UMA AUTO-IMAGEM NEGATIVA EM NOSSOS FILHOS.
Nenhum pai é perfeito. Os pais e as mães cometem erros e alguns descarregam fisicamente sua ira e frustrações nos filhos. Desse modo, a autoimagem desses filhos é negativa, e sua capacidade de ser bons pais fica extremamente diminuída. Isto dá início a um circulo vicioso.
Como resultado, 60% dos entrevistados pela organização de autoajuda é intervenção em momentos de crise, pais anônimos, contam que foram molestados quando crianças.
I - O que é abuso de crianças?
As pessoa em geral identificam como uma forma extrema de castigo. Elas podem pensar num pai colocando uma parte de cigarro acesa contra a pele jovem, ou em homem espancando a namorada do filho até que ela fique inconsciente ou morra. Todavia, a organização pais anônimos lista seis tipos diferentes de abuso:
1. Abuso físico: qualquer ferimento que não seja acidental.
2. Negligência física: Falta de alimentação adequada, roupas, cuidados médicos, orientação ou supervisão dos pais.
3. Abuso sexual: Realizar atos sexuais com uma criança, ou saber que isso ocorre e não tomar providências.
4. Abuso verbal: Uso de insultos , palavrões, repreensões severas ou aviltantes.
5. Abuso emocional: Promover uma atmosfera emocional negativa, fazendo a criança sentir-se inadequada, inferior ou pouco importante
6. Negligência emocional: os pais não dão atenção nem positiva nem negativa; não demonstram nenhum sentimento em relação a criança.
II - Causas do Abuso de Crianças.
Todos os que abusam de crianças tem praticamente baixa autoestima e muitos possuem uma vida conjugal perturbada. Eles são em geral isolados socialmente, tem pouco apoio por parte dos familiares, e raramente se afastam dos filhos.
Podem ressentir-se do fato de as exigências e os cuidados de outra pessoa perturbarem a sua vida.
Os que abusam de crianças tendem a ser pessoas deprimidas, solitárias e medrosas. Quase sempre se sentem inadequadas no papel de pais e sabem pouco sobre o desenvolvimento infantil.
Os pais são mais suscetíveis durante uma rápida série de mudanças ou crises. Muitos que abusam de crianças são também vítimas de um leve problema, algo talvez não detectado, mais que diminui sua tolerância à frustração.
III - Ajuda e cura. Se você tem esse problema, podes quebrar o ciclo do abuso de crianças que talvez tenha sido transmitido à você quando pequeno, reconhecendo as causas de sua autoimagem negativa. Este é o primeiro passo para a cura. A primeira causa é que seus pais o trataram como se você fosse indigno de amor ou não tivesse valor.
É claro, portanto, que você começou a pensar nesses termos. A sua conversa interior quando criança era provavelmente negativa por que seus pais podem ter-lhe dito que você não era importante, ou inúmera outras coisas depreciativas.
A maneira como o trataram, quer tenha sido abusiva ou simplesmente um caso de negligência, faz você pensar que não tinha valor ou importância.
A segunda causa de sua baixo autoestima é que ao sofrer abuso, você provavelmente sentiu ódio, ira e ressentimento com seu pai (ou sua mãe); Mas, por ter sentido culpa decorrente dessa reação, tentou reprimir esses sentimentos desagradáveis. A culpa continua porém, e isso fez com que pensasse negativamente a respeito de si mesmo.
Afinal de contas, uma criança mal tratada pode pensar, “não devo ficar zangada com meu papai e mamãe. Eles são adultos. Devem saber o que estão fazendo. A culpa deve ser minha. Se eu não fosse desobediente, eles não ficariam zangados comigo. “Se eu não atraísse o papai ele não me tocaria em lugares proibidos.”
É errado odiá-los. Além disso, papai não compra coisas bonitas para mim? Ele deve amar-me. Mamãe não me diz para tirar boas notas? Ela deve amar-me. Se eu melhorar, eles não vão mais maltratar-me.
A criança racionaliza continuamente o comportamento dos pais por que mamãe e papai são adultos. Evidentemente, a criança não pode ter literalmente tais pensamentos, mas esse são em geral os seus sentimentos.
Infelizmente, a criança continua irada, embora tente convencer a si mesma de que não deveria estar, e reprime ainda mais seus sentimentos. Ela cresce, tem seus próprios filhos e fica se perguntando por que perde tanto o controle e age com violência desnecessária contra os filhos. A sua ira resulta da culpa e ira reprimidas que experimentou na infância.
Se este é seu problema, em primeiro lugar, expresse as suas emoções de maneira construtiva. Fale com Deus, seja sincero. Diga a Ele que você está zangado com a maneira como foi tratado. Você tem o direito de estar zangado e precisa liberar essas emoções.
A ira reprimida é prejudicial a você, tanto física como emocionalmente. Seja sincero com Deus mesmo que esteja zangado com Ele por permitir o abuso contra a sua pessoa. Do contar a Ele seus sentimentos, você fica livre para aceitar o seu amor. Quando você sofreu naquelas ocasiões, Ele também sofreu, pois não queria que você tivesse sofrido o abuso.
Segundo, uma vez que a ira do seu passado tenha sido expressa, aceite a responsabilidade pela maneira como está agindo agora. Embora esteja profundamente magoado com seus pais, não pode culpá-los pelo modo como você trata seus filhos.
Em vez disso, seja responsável pelo seu comportamento e aprenda novas reações. Terceiro, procure aconselhamento profissional cristão.
Algumas vezes as pessoas não podem fazer isso sozinhas, sem ajuda de um conselheiro ou psicólogo. Peça a Deus para guiá-lo a um profissional cristão que possa ajudar você.
Ele dará a orientação certa, pois quer que você seja uma pessoa completa. Em último lugar, ore por seus pais. Não quero dizer que faça com sentimentos de vingança.
Ore pela felicidade deles e para que Deus opere em suas vidas. Isto é difícil, mas você descobrirá que é difícil sentir amargura em relação a eles ao pedir que Deus os abençoe. Amargura e oração não podem coexistir no coração.
Orar por eles capacitará você a perdoá-los. Considere também que, quando eles abusaram de você, não o(a) odiavam, mas odiavam a si mesmos. Eles não sabiam como tratar dos aspectos difíceis da vida, e você estava ali para eles descarregarem a sua frustração. Eles podem ter sido também ter sido maltratados quando crianças.
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