Consultoria Bíblica
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2.A - Porquê Deus perdoa e não nos livra das conseqüências do pecado?
Davi, por exemplo, pecou, se arrependeu, chorou, se humilhou, e mesmo assim Deus não poupou de castigá-lo tirando a vida de seu filho que teve com Bateseba.
Se Deus não tira as conseqüências, para que serve o perdão então?
RESPOSTA
Premissa: O pecado entrou no mundo pela escolha de nossos primeiros pais, segundo relata Gênesis 3:14 e atingiu toda a raça humana, Romanos 5:12 diz
“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.”
Logo, concluímos que todos pecaram. As conseqüências do pecado, do erro são para todos. Gênesis 3 diz que a mulher recebeu o castigo que o parto seria com dor, e Adão teria o seu sustento com cansaço e suor.
Portanto, toda a raça humana recebe as conseqüências do pecado.
2.B - Recebemos as conseqüências do pecado, porquê?
Gálatas 6:7 diz “Não vos enganeis, de Deus não se zomba, pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” Colhemos aquilo que nós mesmos plantamos. Deus não interfere nos resultados de nossa própria escolha.
Ele nos dá o livre arbítrio. Se uma pessoa fuma muitos cigarros durante sua vida, e tiver câncer do pulmão, não foi Deus quem colocou o câncer na pessoa, mas sim ela mesma que escolheu o vício sabendo de suas conseqüências.
2.C - Porque existem leis, que precisam se seguidas? Porque temos que pagar pelos nossos erros?
Já imaginou o que seria um trânsito numa grande cidade sem sinaleiras e placas? O que seria do Universo, se não houvesse sincronia dos planetas, estrelas e cometas?
As leis não tiram nossa liberdade, antes o contrário, elas mostram o caminho para vivermos bem, sem afetar os outros, respeitando uns aos outros para todos vivermos bem.
Logo, as leis de Deus, não devem ser um fardo, mas uma satisfação, pois elas nos fazem livres e felizes.
2.D - O que Deus faz, para que eu não peque e não tenha castigo?
O amor de Deus se revela, segundo a Bíblia em I Cor. 10:13 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana, mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá o livramento, de sorte que a possais suportar.”
É uma ótima notícia, sabermos que nenhuma tentação vem até nós, sem que possamos vencê-la ou que Deus nos dê a saída. Ou seja, não somos provados além de nossa capacidade, logo se pecamos e erramos, pagamos o preço porque merecemos.
Além de não sermos tentados além do que poderíamos, Deus ainda promete auxílio para o cristão. “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do séculos.” Mateus 28:20 e ainda Isaías 40:10 e 13
“Não temas porque Eu sou teu Deus, Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel. Porque Eu...te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas que Eu te ajudo.”
Deus é amor, não permitindo que seja tentado além das suas forças, e ainda promete estar contigo e te fortalecer em tua caminhada.
2.E - O castigo do pecado, é uma manifestação do poder de Deus?
Sem dúvida, Apocalipse 3:19 diz: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo, se pois zeloso e arrepende-te.” Um pai ou uma mãe, por amar seu filho, nunca irá discipliná-lo? Sem dúvida que sim.
Quando gostamos sinceramente de alguém, somos tão interessados no sucesso dos outros, que não temos receio de falar com muito tato, o que está prejudicando e como poderia ser melhor.
A correção e a disciplina é uma prova que se está interessado na pessoa, no seu bem, no seu melhor.
2.F - O que aprendemos com as conseqüências do pecado e os castigos de Deus?
I - É uma conseqüência do pecado que está no mundo, é uma conseqüência de nossa própria escolha.
II - Quando somos castigados pelos nossos pecados, é uma prova que Deus nos ama, pois a Bíblia diz que Deus castiga quem Ele ama.
III - Quando pagamos por nossos erros, é uma demonstração de Deus a nós, que aquele tipo de atitude ou estilo de vida, não compensa, precisamos nos arrepender e mudar de vida.
IV - Nem sempre as disciplinas de Deus são castigos por nossas atitudes, podem ser também provocações como foi com Jó. Para provar a nossa fé.
V - O ouro precisa ser purificado em altas temperaturas no fogo, depois é burilado, trabalhado para dar o seu brilho e beleza sem igual.
Assim é com o cristão, ao ser ele provado, com algumas provocações, sofrer algumas conseqüências de decisões erradas, ele é burilado para como diz os provérbios. “é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.”
Um exemplo:
Davi que cometeu o adultério com Bateseba, mandou matar o seu marido, teve consciência que errou, chorou, se humilhou, se arrependeu profundamente, mas Deus não impediu que tivesse o castigo de seu erro, tirando a vida de seu filho.
Deus também perdoou a Jacó, quando traiu seu irmão para ganhar as bênçãos do pai, mas ele ficou quase vinte anos trabalhando para voltar a rever o irmão. O “bom ladrão” na cruz, Jesus disse que ele estaria salvo, no entanto, não impediu que ele morresse por seus pecados, sua recompensa vem depois.
CONCLUSÃO:
Deus não é excessivamente justo e nem condescendente com o ser humano. Com equilíbrio e sabedoria, Deus age com justiça e misericórdia na medida certa, diferente de como o ser humano age.
Embora vivamos num mundo de pecado, hoje ele pode pelo Seu poder, nos livrar do poder do pecado, e na sua segunda vinda, Ele poderá nos livrar da presença do pecado.
Sofremos as conseqüências dos nossos erros, para a nossa própria correção, porque é a conseqüência do pecado, que Deus permite porque nos ama, para que possamos aprender a andarmos na luz, e sabermos que a verdadeira felicidade está em seguirmos seus caminhos e suas leis escritas em Sua palavra.
É melhor pagar o preço de nossos pecados aqui, e termos o perdão de Deus agora, para no dia do Juízo, nossos pecados estarem perdoados pelo sangue de Cristo, que nos salva e nos purifica.
Após termos o perdão de Deus, nossos pecados diz Miquéias 7:19 são lançados no fundo do mar, simbolizando claramente que Deus os esquece e não é mais imputado para o dia do juízo.
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Compilação do Pr. Irineo E. Koch
Colaboração: Amiltom de Menezes
Digitação: José Ricardo Garcia