Consultoria Bíblica
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35 - Qual é a posição da Bíblia com relação ao vinho? Jesus bebia vinho?
No Velho Testamento há duas palavras hebraicas geralmente empregadas para designar o vinho: YAYIN, que se refere a suco fermentado de uvas e TIROSH, que se refere a vinho doce, fresco, sem fermento, não alcoolizado.
Por exemplo, no Salmo 104:15; Provérbios 20:1; Isaías 5:11 e Habacuque 2:5, se emprega a palavra YAYIN, vinho fermentado. Há um caso curioso em Isaías 25:6, sobre vinho clarificado, sem borras. Era um vinho que devia ser filtrado antes de ser usado.
A palavra TIROSH geralmente designa suco de uvas ou outras frutas, embora, algumas vezes e raramente, indica mosto, que é o suco em fase de fermentação. Assim em Gên. 27:37; Números 18:12. etc.
Outra bebida intoxicante mencionada no Velho Testamento é o SHEKAR, feito de grãos fermentados, mel ou tâmara. É geralmente traduzido por “bebida forte”.
No Novo Testamento há três palavras gregas que são traduzidas por “vinho”. A mais usada é OINOS; as duas outras palavras são empregadas apenas uma vez, fazendo alusão ao vinho fermentado (em Lucas 1:15 e Atos 2:13).
OINOS pode tanto se referir à bebida inebriante como ao suco de uvas ou xarope. Esse xarope era obtido pela fervura do suco até tornar-se como o mel, e então guardado em vasos para uso futuro.
Numa região de clima quente, essa era a forma de conservar o derivado de uva para consumo posterior, sem que ocorresse a fermentação. Esse xarope diluído em água quente ou fria, era a bebida preferida nos tempos de Jesus.
Como a palavra grega não define se o vinho era fermentado ou não, com muito bom senso deve-se considerar o contexto em que a palavra se encontra.
No casa do casamento em Caná da Galiléia, por exemplo, é inconcebível que Jesus, após o recebimento do Espírito Santo, haja em Seu primeiro milagre, produzido bebidas alcóolicas, pois elas são, segundo a Bíblia o maior oponente da vida do Espírito.
Efésios 5:18 diz: “Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”.
Tampouco, em hipótese alguma, Cristo, o Senhor da vida, produziria vinho fermentado ou o usaria na Ceia, pois a fermentação representa uma corrupção da bebida natural, e isso arruinaria o símbolo da Comunhão.
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