INTIMIDADE, AMOR OU SEXO ?
A) Os tipos de Intimidade
1 - Há vários tipos de intimidade, porém nenhum chega a desenvolver a profundidade, a proximidade, a confiança e a comunicação que a mesma desenvolvida no casamento.
Desde o início do relacionamento, através do noivado até os duradouros níveis de adaptação, ajuste e aceitação mútua que o matrimônio provê.
2 - Intimidade e amor são primos irmãos. Como no amor, a intimidade pode tomar várias formas; porém se refere a essas proximidades e intimidades que os enamorados sentem, que os amigos ou amigas especiais sentem.
3 - Como podemos ver, podemos ter intimidade com uma pessoa sem envolver-nos sexualmente. Intimidade é conhecer a alguém “de dentro”, ver aquela parte dessa pessoa que está escondida para o resto do mundo.
4 - Intimidade significa partilhar experiências, compartilhá-la na maneira que ambos escolham, entendam e gostem. Isto quer dizer que um cônjuge não pode forçar intimidade na vida do outro, como no matrimônio em que o homem ou a mulher são autoridade absoluta.
Assim o matrimônio no qual um deles manda de forma absoluta, não pode experimentar intimidade porque o seu cônjuge não tem o direito de escolher.
5 - Intimidade tampouco pode tomar lugar quando um dos cônjuges está constantemente ferindo ao outro, quer seja física ou mentalmente.
A razão é que intimidade é um sentimento de proximidade, de confiança e candura com uma pessoa que inspira a confiança necessária para abrir as portas do coração e compartilhar o mais profundo de nós mesmos sem receio de ser atacada ou ferida emocionalmente.
Também inclui a confiança de ser entendido na forma mais profunda possível.
B) Por que a intimidade é tão importante?
1 - Bem, poderíamos dizer que nossos amigos e familiares com os quais mantemos uma relação muito pessoal e estreita, foram um sistema de apoio emocional.
Mesmo o indivíduo mais forte, o mais autossuficiente, tem momentos na vida em que o apoio emocional de outros é necessário e ainda essencial.
2 - Porém o que torna a intimidade matrimonial tão especial é que dá uma vitalidade ao sistema emocional do indivíduo. Isto é especificamente certo quando temos experimentado intimidade e a perdemos.
Em um estudo realizado nos 60% pela Associação de Saúde Pública dos Estados Unidos, se estabeleceu que a taxa de mortalidade por todas as causas era mais alta entre divorciados, viúvos e pessoas que nunca se casaram, que entre aqueles que estavam casados.
3 - Como podemos ver, há estreita relação entre a expressão de nossas emoções e a saúde física mental. A intimidade que se desenvolve especialmente entre os cônjuges ao viver juntos, contribui ao bem-estar psíquico e físico de cada indivíduo.
C) Sexo versus Intimidade
1 - Como dissemos anteriormente, as pessoas usam a palavra intimidade para referir-se às relações sexuais (relações intimas).
Este erro nos mostra quão pouco conhecemos de intimidade; especialmente o homem sabe pouco da intimidade da mulher; com isto nos privamos de uma importante área de gozo e prazer infinitos.
2 - As relações sexuais incluem intimidade física, porém não é seguro de que incluam intimidade emocional.
É possível ter relações sexuais sem que exista ou onde falte a intimidade emocional (isto não ocorre apenas quando se tem relação com uma “prostituta”, mas também pode ocorrer com uma esposa que está ferida, cansada ou não se sente querida).
3 - Não queremos dar a impressão de que não existe intimidade no sexo; sim, as relações sexuais estão conectadas com a intimidade. Na verdade, a intimidade em mais de uma ocasião termina em sexo, porém, as relações sexuais não necessariamente conduzem à intimidade.
D) Intimidade é mais que a proximidade de duas pessoas
1 - É compartilhar as emoções, as experiências com alguém de verdade sente e se interessa por nosso bem-estar. Intimidade é afeto do quarto de dormir.
Quando os afetos, carícias e beijos tomam lugar quase em sua totalidade no quarto de dormir, quase sem exceção, terminam em relações sexuais. Isto dilui estes afetos ao terreno dos jogos pré-coito.
Os jogos pré-coito são uma conduta que condiciona os cônjuges para as relações sexuais.
2 - A intimidade, por outro lado, é processo afetivo que mantém vivo, muito tempo depois que o amor romântico tem dado lugar ao amor racional. Porém a função da intimidade se torna crucial quando se chega a idade que a sexualidade cessa ou diminui.
Só um casal que pratique intimidade durante toda a vida juntos pode chegar à velhice e sentir a necessidade de estar junto com seu cônjuge sem que a paixão, o sexo sejam a razão.
3 - A intimidade não pode ser unidirecional, não pode ser apenas sexual, ou apenas intelectual. Deve estender-se a várias áreas. Isto nos mostra o perigo de casar-se com uma pessoa pelo seu físico atraente, por sua inteligência ou por sua capacidade social.
4 - A intimidade não requer todo o tempo. Dirigentes religiosos e os programas de televisão, entre outros, promove o conceito de que a família deve estar junta todo o tempo. Se isso fosse levado a cabo literalmente, destruiria milhares de lares. Intimidade é “qualidade” de tempo juntos e não “quantidade”.
E) Comunicação na Intimidade
1 - Muitas pessoas definem intimidade em termos da comunicação que existe entre duas pessoas.
2- Estar capacitados para comunicar nossos pensamentos, sentimentos e necessidades honestamente, com assertividade e efetivamente, é um bom indicador e fomentador da saúde emocional.
3 - Ao contrário, uma comunicação indevida é encontrada amiúde entre as causas d dificuldades, conflitos familiares, problemas sexuais, e quando a comunicação cessa totalmente, o suicídio.
F) Intimidade e Romance
1 - A crença que o romance morre com o noivado nos primeiros messe ou anos de casamento com a institucionalização do sexo é muito generalizada. Porém o romance é exatamente a intimidade em seu estado inicial de desenvolvimento.
2- Depois da lua-de-mel, o romance experimenta uma metamorfose que terminará eventualmente com o desenvolvimento da intimidade.
3 - Por isso é tão importante que conheçamos o que é a intimidade, a alimentemos praticando-a diariamente através de todo o matrimônio.
4 - Se assim fizéssemos, veríamos que em lugar de dar ênfase à manutenção do “fogo do amor” vivo, alimentaríamos a intimidade que, em última análise, se encarregará de manter vivo o amor.
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