Sermão 33 - Liberdade ou libertinagem (Filho Pródigo)

Sermao filho prodigo

QUANDO SER LIVRE TORNA-SE UMA TRAGÉDIA


Introdução: 1. Lucas 15:11,12 


“Certo homem tinha dois filhos e o mais moço disse ao pai: “Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. Ele repartiu a fazenda entre eles.” 


2. Este quadro nos apresenta a imagem do homem que segue as inclinações naturais do seu coração usando mal o livre arbítrio que Deus lhe concede. 


3. Hoje, encontramos semelhante situação no mundo e até na igreja. “os mais moços”, cedo na vida, revoltam-se contra tudo que é responsabilidade e pretendem viver uma vida sem restrições. 


I) Sermão filho prodigo


A . “Certo homem tinha dois filhos.” 


1. Deus é apresentado aqui como um pai. 


2. A figura do pai e o filho é usada na beleza e na profundidade de seu significado para simbolizar a relação que deveria haver entre o criador e as suas criaturas. 


 3. Deus não quer ser o Deus estelar e estratosférico que os homens pretendem fazê-lo. 


 4. Deus quer ser um pai, terno, amoroso, e disposto a fazer o maior sacrifício pelo filho. 


B . O amor do pai pelos filhos. 


1. Não faz acepção de pessoas. 


Não interessa se você é branco ou preto. Se você é homem ou mulher, rico ou pobre. Não importa se você é feio ou bonito ou se tem espinhas no rosto. Você é filho de Deus. Ele ama, compreende, e aceita como você é. Com as suas lutas. Com os seus defeitos. 


 2. Não tem medida, porque o filho é a coisa mais linda que o pai pode ter. Sentir a vida do filho nas mãos é sentir a glória do céu. 


Você, jovem, é o sonho de seu pai. Ele constrói castelos em torno de você. Todos seus planos futuros giram em torno de você. Você é a coisa mais importante na vida dele. Assim é também o amor de Deus para conosco. 


Por isso diz o poeta:


Se o mar em tinta se tornar e o céu fosse um grande papel e cada folha um pincel e cada homem um escritor não bastaria para descrever o grande amor do Redentor. 


 3. Não acaba nunca. Com amor eterno te amei diz o Senhor. 


Esse maravilhoso amor pelos seus filhos não conhece fim. Perdoa tudo. Esquece as ofensas. Apaga as mágoas. 


C . Deus não aceita netos 


 1. Se você é filho de um lar Cristão, você é filho do “filho de Deus”, então o que você viria a ser para Deus? Neto, concorda? Mas Ele não aceita netos. 


 2. Deus quer ter com cada ser humano uma relação de Pai e filho. Não interessa se teu pai é um santo, isto não te salva. Você tem que reconhecer a Deus como um pai, numa experiência pessoal não comprada, não emprestada, não herdada. 


 3. Deus se regozija em ter você como filho maduro, livre, feliz. Por isso te deu liberdade para escolher, para decidir. 


II) A JUVENTUDE - MOMENTO DE GRANDE DECISÕES 


A . O mais moço deles disse ao pai: 


 1. Alguém disse que a juventude é uma virtude que se desperdiça nas mãos dos jovens. 


 2. Pode isto não ser exatamente certo mas é verdade que a juventude faria muito bem em ouvir as experiências dos mais velhos. 


B . A juventude, símbolo de independência: 


 1. O jovem é semelhante a um servo que corre indômito pelos pradeiros sem limite. É como a águia cujo o céu não tem horizontes. Por suas veias corre o sangue da liberdade. Ele tem sede de conquista. Fome de desafio. Ele sonha com a glória e arquiteta castelos coloridos. 


 2. Que idade maravilhosa! Que anos determinantes.


C . Além de tudo isso, a juventude, é um momento de grande decisões: 


1. A glória ou a miséria do futuro está em suas mãos. Ah! Meu jovem, nunca permitas que a febre da liberdade que devora tuas entranhas te leve a jogar areia no alicerce de teu futuro. 


2. Quantas vezes se houve o clamor: “Se eu voltasse a ser jovem.” Por que não prestei ouvidos aos conselhos? 


 3. Lembre-se, a juventude é breve e passageira. Ela vai embora e não volta mais. 


 4. A parábola do filho pródigo nos mostra o perigo de não apreciar o valor da juventude. 


III) UM DEUS QUE NOS DEU LIBERDADE 


A . “Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence.” 


 1. O que pertencia ao filho daquela fazenda que o pai com sacrifício, esforço e trabalho tinha construído? 


 2. Mas o filho se atreve a dizer “que me pertence.” 


B . Hoje se repete o mesmo quadro: 


 1. Cedo na vida, com apenas 12 ou 13 anos a menina olha para a mãe e diz: “Deixa-me fazer o que eu quero. Eu já sei o que é melhor para mim.” 


 2. Não é que o jovem seja mau. Mas é o grito do coração humano. É o clamor da natureza interior. Nada de restrições. Nada de normas. Quero ser livre. “Deixe-me viver minha vida”. “Dáme a parte da fazenda que me pertence.” 


C . A realidade da situação é que nada me pertence. 


1. Tudo o que tenho o recebi emprestado de Deus. Minha boca não é minha, não tenho direito de falar o que eu quero com minha boca. 


Minha mente não é minha, não posso pensar o que eu quero. Meus olhos não são meus, devo olhar o que Deus quer. Meus pés não me pertencem, caminharei pelo tortuoso caminho do pecado? 


2. Mas o ser humano se apodera daquilo que é de Deus. “Meu corpo é meu, eu visto o que eu quiser”- diz o jovem. Meus ouvidos são meus, ouvirei o que me apraz. Quero ser livre. Quero descobrir minha identidade. Deus, me deixa tranquilo.


IV) UM DEUS QUE NÃO DISCUTE COM O HOMEM 


A . “E ele lhes repartiu a fazenda.” 


1. Mais uma vez aqui está o maravilhoso amor de Deus. Ele não discute com o homem. Ele respeita nossa individualidade. Ele nos deixa decidir. Nos aconselha. Sofre quando fazemos uma decisão errada, mas nos respeita. Nos deixa agir livremente. 


2. Essa liberdade de agir como queremos, esse livre arbítrio que Deus nos deu é o que nos assemelha a Ele. Mas o homem em lugar de torná-lo um instrumento de bênçãos e louvor, o torna constantemente num instrumento de desgraça. 


B . Assim foi desde o princípio. 


1. Adão tinha liberdade de escolha. Deus o tinha advertido, aconselhado. Mas ele pecou porque quis, por sua decisão. Usou mal seu livre arbítrio. 


2. Hoje também encontramos na bíblia o conselho divino, a orientação necessária. “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti que te propus a vida e a morte, a benção e a maldição, escolha pois a vida para que vivas.” Deut. 30:19. C . Nunca jogue a culpa do pecado às circunstâncias ou as pessoas. 


1. Se pecamos é porque queremos. 


2. Uma coisa há que o diabo com toda a certeza não pode fazer: Obrigar-nos a pecar se não queremos. 


V) CONCLUSÃO: 


A . Vimos que Deus é um maravilhoso pai de amor que conhece, compreende e quer ajudar seus filhos sem importar com a cor, o sexo ou quaisquer outras diferenças. 


B . Vimos que a juventude sendo a formosa etapa das energias e das conquistas é também o momento das grandes decisões da vida. 


C . Vimos que uma das maiores expressões do amor de Deus é a liberdade que nos deu para tomar as nossas decisões.  


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