INTRODUÇÃO:
1. A razão de ser do tema: Todos querem ser felizes.
a) Aquele que trabalha honrosamente.
b) Aquele que rouba.
(1) Sem dar-se conta que assim não o conseguirá nunca.
c) Aquele que se casa.
d) Aquele que decide ficar solteiro.
e) O que é generoso.
f) E o avarento.
2. Quando somos sinceros, reconhecemos que poucos o são, e talvez seja porque não distinguem entre os amigos e inimigos da felicidade.
3. Um indício que sugeriria que não temos ido bem nesta época na arte de ser felizes, pudesse ser o fato de que muitos tomam a palavra felicidade como utópica; como demasiado mística. Mas, permitam-me dizer-lhes que tenho várias coisas que lhes farão muito bem e os ajudarão a incrementar a felicidade alcançada, ou mesmo a recuperar a perdida. E comparti-las-ei com vocês hoje.
4. Como desenvolverei o tema:
a) Serei prático.
(1) Mostrarei "retalhos da vida diária";
(2) Fatos reais ocorridos com pessoas tão humanas como cada um de nós.
b) Procurarei mostrar os dois lados da moeda.
(1) Que coisas destroem a felicidade.
(2) Como ser felizes...
I. UM CONCEITO QUE DEVERIA SER CORRIGIDO
1. Muitos, além dos que imaginamos, crêem que felicidade e prazer são sinônimos. Porém, creio não equivocar-me ao sugerir que FELICIDADE # PRAZER (Felicidade não é igual a prazer).
a) É verdade que a felicidade é fonte de prazer, mas nem todos os prazeres produzem felicidade.
b) Pelo contrário: Há prazeres que estropiam a felicidade.
Por exemplo:
(1) O que busca o prazer do álcool e este hábito destrói o lar; o que sob o efeito de um "excesso de prazer" alcoólico sofre um choque automobilístico e fica inválido; ou sob esse mesmo "excesso de prazer" fica agressivo, mata alguém e termina no cárcere.
(2) Outro exemplo: O que busca a felicidade numa relação sexual ilícita e enfrenta problemas de uma enfermidade venérea; inclusive, se não for curada a tempo, vê nascer filhos defeituosos por dois minutos de prazer...
2. Como poderíamos definir a felicidade.
a) Por outro lado, não creia que prazer e felicidade sejam antagônicos. Parece-me que os prazeres sadios, emoldurados nas leis da vida, produzem felicidade.
(1) Daí, a importância de conhecer e estudar as leis que regem as diversas áreas da vida.
(2) Creio que estaremos de acordo em que o ser humano tem, pelo menos, três áreas básicas que constituem algo assim como um triângulo equilátero:
(3) De modo que os prazeres de qualquer uma das três áreas básicas, os quais não vulnerem as leis que regem quaisquer uma das outras áreas, bem podem ser fatores de felicidade.
(4) Quando os prazeres quebram a harmonia, mesmo que seja interna de alguma das áreas, como de alguma das outras duas, estaríamos diante de um prazer que não gera felicidade desde o momento em que quebraria a harmonia interna, necessária do indivíduo.
3. Uma definição: A Felicidade é uma atitude do espírito profundamente enraizada na carne. Não depende tanto do material como da atitude que adotamos e a valorização que tenhamos das coisas, dos fatos e das idéias.
II. HÁBITOS PSICOLÓGICOS QUE VULNERAM ALGUMA DAS ÁREAS DO SER, OS QUAIS ROUBAM A FELICIDADE
1. O pessimismo.
a) "A maior parte das pessoas são infelizes por haver contraído, pouco a pouco, o hábito de queixar-se de frivolidades e de ver tudo sombrio." (Orison Sweet Marden, La Dicha de Viver, p. 149.)
b) Jonathan Swift, autor de As Viagens de Gulliver, era o mais devastador dos pessimistas da literatura inglesa. Lamentava tanto por haver nascido que se vestia de luto quando fazia aniversário. Contudo reconhecia que: "Os melhores médicos do mundo são o Dr. Dieta, o Dr. Quietude e a Dra. Alegria" – (D. Carnegie, Como Vencer las Preocupaciones, p. 131).
c) O pessimista vê tudo negro, não porque as coisas sejam realmente assim, mas porque não quer tirar as lentes mentais negras, nem de dia nem de noite.
d) Conta-se que a princípio deste século, quando a locomotiva era algo ainda completamente novo, certo homem que assistia à inauguração de um comboio que ligaria o lugar onde ele vivia com o restante do país, depois de observar atentamente a locomotiva disse em alta voz: "Isto não pode andar, não andará nunca... nunca." Mas, chegou o momento da partida e em meio dos aplausos da multidão, o maquinista deu o sinal e a locomotiva, que se sacudiu até o último parafuso se pôs finalmente em movimento, aumentando pouco a pouco sua velocidade. Então, aquele homem começou a dizer: "Isto não poderá parar, não parará nunca... nunca..."
e) Disse alguém que se pode medir o otimista e o pessimista diante de uma meia garrafa de qualquer bebida. O otimista disse: "Que bom! Ainda fica meia garrafa." Em troca o pessimista comenta tristemente: "Que desgraça! Falta meia garrafa!"
- A santa Bíblia, que sabe muito sobre felicidade, nos ensina. I Tessalonicenses 5:16, 18.
f) Alguns querem ser felizes, mas não querem mudar esses hábitos pessimistas.
(1) São tão pessimistas que sentem que se deixarem de ser pessimistas deixam de ser eles mesmos.
(2) E então clamam: Felicidade, onde Estás?
g) Um bom remédio para curar o pessimismo é o que o Dr. Crane sugere: "Praticai a felicidade! Pela prática da felicidade quero dizer a educação de nossa mente para que pense como o determina a vontade, o desenvolvimento da capacidade de controlar nossos sentimentos pelo domínio de nossos pensamentos..." (Dr. Crane, citado por Fayard em A Chave da Felicidade e a Saúde Mental)
2. A Inveja
a) Alguém dizia:
Minha jovem cunhada, mãe de quatro rebentos, contava-me de uma vizinha que tem oito filhos.
- Causa-me admiração! A casa está sempre limpa como uma taça de prata. Como cozinheira, é excelente. Costura a sua própria roupa. Suas crianças são corteses e de bom comportamento. Toma parte nas atividades de limpeza pública. Ajuda a cuidar de um grupo de Escoteiros e é diretora de uma seção dos "Boy Scouts". Além disso, é bonita e tem muita personalidade. Não a posso agüentar!
b) O invejoso não é feliz. Não pode sê-lo. Sua vida gira, não em torno do que tem, mas do que têm os demais.
3. A ira, o rancor, o ressentimento
a) "Não aqueças tanto o forno de ódio que queimes a ti mesmo." (Shakespeare)
b) Às vezes, em um arrebatamento de ódio, podemos produzir situações que se prolongarão por toda a vida.
c) Gosto dos versos do poeta mexicano do século passado, E. González Martínez, porque nos levam a uma sadia reflexão:
De minha mão inconsciente caíram
duas ou três minúsculas sementes de ódio.
Germinaram, cresceram ... São árvores
de copas sinistras e agressivos troncos.
Para derribá-los, passarei a vida
o machado na mão e o pranto nos olhos...
E pensar que os grãos caíram
sem saber nem quando, nem como!
(O Semeador, por E. González Martínez).
d) Não está demais meditar nisto, pois todo observador sereno sabe que o ódio, o rancor, os desejos de vingança, são sentimentos ardentes os quais queimam mais a quem odeia, que ao odiado.
III. HÁBITOS FÍSICOS QUE NÃO CONTRIBUEM EM FORMA ESTÁVEL À FELICIDADE.
1. Os vícios.
a) ILUSTRAÇÃO: Um trabalhador dado à bebida
- Contou a sua esposa, certa manhã, um sonho que havia tido.
- Sonhei que quatro ratas me cercaram. A primeira era muito gorda, as outras duas muito magras, e a quarta era cega. A mulher, que era supersticiosa, teve medo e não sabia como interpretar o sonho. Mas o filho, um rapazote que não tinha superstição e sim muito vivo, serviu de Daniel, interpretando o sonho desta maneira:
- A rata gorda é a cantina da esquina, que devora tudo o que o senhor ganha; as duas magras são minha mãe e eu, que não temos o que comer; (e começando a correr para evitar o castigo prosseguiu:) - e a rata cega é o senhor, que não se apercebe da loucura que está cometendo.
2. Alguns perguntam a si mesmos:
a) Que farei para mudar? e concluem que:
(1) "Não se pode!"
(2) "Eu não posso"
Isso é ser pessimista.
3. Eu pergunto honestamente: Pode-se mudar?
a) Segundo William James: A maioria das pessoas só estão 5% vivas.
ILUSTRAÇÃO: Um homem vivia nas imediações de um cemitério. Para chegar do trabalho em casa, devia caminhar umas quantas quadras e dar a volta em quase a metade do muro.
Uma manhã pensou na perspectiva de cruzar diretamente pelo meio do cemitério. Não obstante, a idéia de cruzá-lo, de manhã, e depois quando estava anoitecendo, não lhe era totalmente satisfatória. Um dia decidiu-se. Cruzou em meio das tumbas e canteiros e chegou plenamente descansado e feliz do outro lado. Esse caminho tornou-se para ele uma alegre rotina. Uma tarde as ocupações o retiveram mais que de costume e quando chegou em frente do cemitério já era noite, porém ele conhecia bem o caminho, assim que, assobiando tranqüilamente uma toada, começou a cruzá-lo. Não havia chegado à metade, quando imprevistamente caiu em uma cova aberta, na qual poriam no dia seguinte um caixão. Apressadamente, começou a apalpar as paredes da cova, mas não encontrava forma de trepar e sair. Finalmente resignou-se a esperar com paciência o raiar do dia. Não havia passado muito tempo quando ouviu passos próximo de si, e poucos momentos depois um segundo transeunte caía na mesma armadilha. Produziu-se um silêncio sepulcral. Depois de repor-se da emoção, o segundo cavalheiro começou a apalpar as paredes da cova. Nesse momento sentiu-se tropeçar em alguma coisa e ouviu uma voz que lhe dizia: "Você nunca sairá daqui." Não se sabe como, mas em poucos segundos o homem não só havia saído da cova, mas também transposto os portais do cemitério.
b) São Paulo defendia a tese de que é possível. Embora lhe agregasse a outra dimensão ou área da vida. Filipenses 6:13.
IV. PROBLEMAS DA ÁREA ESPIRITUAL QUE ANULAM A FELICIDADE.
1. Uma consciência culpada.
a) Querem ser felizes (e têm direito de sê-lo).
b) Crêem que violando as leis morais estabelecidas pelo Criador (ou seja, vivendo no pecado) desfrutarão mais da vida.
c) Então ficam as pegadas...
2. Um caso comovente é o do filósofo francês Rousseau (1712-1778). Quando era jovem viveu na cidade de Turin, na casa de uma mulher de Verecelli. Em suas confissões escreveu: "Desta casa levo comigo um terrível sentimento de culpa que depois de 40 anos ainda permanece indelével em minha consciência, e quanto mais velho fico, mais pesada é a carga de minha alma." Ele havia roubado um objeto de valor da dona da casa. Posteriormente, quando foi descoberta a falta, lançou a culpa sobre uma servente da casa, que como resultado perdeu u emprego e a reputação. Rousseau continua: "Acusei-a de ladra, lançando assim, sobre o nome de uma jovem honesta, a miséria e a ruína. Disse-me ela então: 'Você lançou a desgraça sobre mim, mas não desejo estar em seu lugar'. Esta freqüente recordação me produz noites de insônia, como se houvesse ocorrido agora o incidente. É certo que algumas vezes minha consciência esteve adormecida, mas agora ela me atormenta como nunca antes. Esta carga é agora mais pesada sobre meu coração; sua recordação não morre. Tenho que fazer uma confissão."
3. Naturalmente, Deus quer ajudar-nos e o problema tem solução.
a) Porém, até que não compreendamos o valor dessa área da vida não poderemos encaminhar-nos pela senda das soluções.
b) Como seres pensantes, seres moralmente livres que somos, não rode haver soluções profundas sem:
(1) Nossa captação do problema.
(2) Aceitação das soluções.
(3) Prática ou vivência das mesmas.
6. E não se esqueça disto: em nosso idioma, "FELICIDADE" começa com FÉ, e na prática, a fé costuma ser o primeiro passo para a felicidade.
CONCLUSÃO:
1. O ser humano é uma unidade que tem ao menos três áreas:
2. A Felicidade é uma atitude do espírito, profundamente enraizada na carne, que não depende tanto do que se tem como da valorização das coisas, dos fatos e das pessoas.
3. Os hábitos que quebram essa unidade não ajudam a alicerçar a felicidade real.
a) Hábitos físicos
b) Hábitos mentais
c) Hábitos espirituais
4. Os que aprenderam a estudar as leis que regem cada uma dessas áreas e vivem dentro delas, são contados entre as pessoas mais felizes.
5. Que nos propomos fazer?
a) Desenvolver este ciclo inspirado no slogan "VIVER com saúde, amor e paz".
b) Por meio destes programas analisar de um modo ameno as leis que governam cada uma dessas áreas.
c) Com sentido prático, apresentar idéias concretas que nos permitam viver dentro delas e assim ser felizes.
6. Como primeira contribuição, aqui vai uma fórmula para ser feliz:
a) E.D.V.M.
b) Esqueça-se de você mesmo, é o significado.
c) Veja quão bem o disse, em versos, Gabriela Mistral:
"O Prazer de Servir"
Toda a natureza é um anelo de serviço.
Serve a nuvem, serve o ar, serve o sulco.
Onde houver uma árvore para plantar, planta-a tu;
Onde houver um erro que corrigir, corrige-o tu;
Onde houver um esforço de que todos esquivam, aceita-o tu.
Sê aquele que afastou a embaraçosa pedra do caminho, sê o que afastou o ódio dentre os corações e as dificuldades do problema. Existe a alegria de ser sadio e a de ser justo; porém há, sobretudo, a beleza, a imensa alegria de servir.
Que triste seria o mundo se tudo o que existe nele estivesse feito, se não houvesse uma roseira para plantar, um empreendimento em que investir!
Que não te chamem somente os trabalhos fáceis.
É tão bom fazer o que outros recusam!
Porém não caias no erro de que só se fazem méritos com os grandes trabalhos; há pequenos serviços que são bons serviços: adornar uma mesa, ordenar livros, pentear uma criança.
Aquele é o que critica, este é o que destrói, sê tu o que serve. O servir não é tarefa de seres inferiores.
Deus que dá o fruto e a luz, serve. Poderia chamá-Lo assim: O que serve.
Ele tem Seus olhos fixos em nossas mãos e pergunta-nos cada dia: Servistes hoje? A quem? À árvore? A teu amigo? À tua mãe?
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