Pr. Aerce Marsola
Mateus 28:18-20
I - Introdução
Esta é a ordem de Jesus, dada aos discípulos, pouco antes de Sua partida para o céu: “Ide... Pregai...”.
Como ir e pregar? Como falar? Onde falar? Com que recursos? Com que autoridade? Antes da ordem, Jesus afirmou: “É me dado todo o poder no céu e na terra...”, então, após a ordem, disse: “... eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.
É Deus quem Ordena, quem Capacita, quem Providencia os Recursos.
II - Planos humanos
Muitos planos humanos são elaborados para a manutenção da pregação do Evangelho:
Quermesses
Campanhas
Carnês
Festivais
Almoços, chás, Jantares, etc.
O argumento para todos esses planos é que os recursos serão aplicados para a obra de Deus, e portanto, “o fim justifica o meio”, dizem.
O que pensa Deus disso? Tem Ele o Seu próprio plano, ou deixou-nos entregues aos nossos próprios?
Esta citação do Espírito de Profecia é muito significativa:
“Fiquemos livres de todas essas corrupções, dissipações e festivais de igreja que exercem uma influência desmoralizante sobre os jovens e velhos. Não temos o direito de lançar sobre eles o manto da santidade porque os recursos devem ser empregados nos planos da igreja. tais ofertas são defeituosas e doentias, e têm a maldição de Deus. ...Se não derem voluntariamente, por amor de Cristo, de maneira alguma será a oferta aceitável a Deus.” Conselho Sobre Mordomia, pág. 201 e 202
Diz mais:
“Pode o púlpito defender festivais, dança, tômbolas, quermesses e luxuosos banquetes para obter recursos para os planos da igreja; mas não participaremos de nenhuma dessas coisas, pois, se o fizermos, incorremos no desagrado de Deus...”Idem, pág. 202
III - O plano de Deus
1. Graças a Deus que Ele não nos diz apenas o que não devemos fazer. Apresenta também o Seu plano:
“Deus tem idealizado um plano mediante o qual todos podem dar de acordo com a forma com que Ele os tem feito prosperar, o que fará do dar um hábito que não esperará chamados especiais. ...” III T., pág. 411
“Essa questão de dar não é deixada ao impulso. Deus nos deu instrução a esse respeito. Especificou os dízimos e ofertas como sendo a medida de nossa obrigação. E Ele deseja que demos regular e sistematicamente. ...” Cons. sobre Mordomia, págs. 80 e 81
2. Dízimos e ofertas foram solicitados por Deus não simplesmente como um plano para sustentar a pregação do Evangelho, antes, como reconhecimento de dependência e amor a Deus, entregando-os a Ele através dos canais por Ele estabelecidos, como um ato de adoração.
“O Senhor não precisa de nossas ofertas. ... No entanto Deus nos permite demonstrar nossa apreciação de Suas misericórdias pelos esforços abnegados para passá-las a outros. É essa a única maneira em que nos é possível manifestar nossa gratidão e amor a Deus. E não proveu outra.” Cons. sobre Mordomia, págs. 18-19
3. Deus escolheu o homem como seu mordomo para o financiamento de Sua obra na terra.
“O ouro e a prata pertencem ao Senhor; e Ele os poderia fazer chover do céu, se o quisesse. Mas em vez disso fez Ele do homem o Seu mordomo, confiando-lhe recursos não para que fossem acumulados, mas usados em benefício de outros. Deste modo torna o homem o meio pelo qual distribui Suas bênçãos na Terra. ...” Cons. sobre Mordomia, pág. 15
IV - A receita do evangelho
1. Dízimos e ofertas - A receita do evangelho
a) Dízimo:
Quanto: “... Todas as dízimas... são do Senhor...” Lev. 27:30 “... De todas as vossas posses reservo a décima parte para Mim,...” Cons. sobre Mordomia, pág. 65
Quando: Quando houver renda. “Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda.” Prov. 3:9 “... Seja a parte de Deus separada em primeiro lugar.” Cons. sobre Mordomia
Onde: Na Igreja - “Trazei todos os dízimos à Casa do Tesouro...” Mal. 3:10 “... A prática da denominação é que o dízimo seja entregue à Igreja Local, da qual a pessoa é membro.” Manual da Igreja pág. 165.
Quem: Todos. “...Deve todo homem trazer livre, voluntária e alegremente os dízimos à Casa do Tesouro do Senhor”. Cons. sobre Mordomia, pág. 607
Para que: Para a manutenção do ministério Evangéllico-Pastores, Obreiros, Funcionários envolvidos na obra da evangelização, e manutenção das Associações, Missões, Uniões e Conferência Geral. “A porção que Deus reservou para Si não deve ser desviada... O dízimo tem de ser ainda empregado para a manutenção do Ministério.” Cons. sobre Mordomia, págs. 101 e103
b) Ofertas:
Quanto: “Cada um oferecerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção que o Senhor... lhe houver concedido”. Deuteronômio 16:17 “A fim de promover a reunião do povo para o serviço religioso (e)... provisões aos pobres, exigia-se um segundo dízimo de todo o lucro.” Patriarcas e Profetas, pág. 565 A sugestão é de 10% da renda pessoal.
Quando: Quando houver renda. “Honra ao Senhor com... as primícias da tua renda.” Provérbios 3:9 “examine cada qual suas rendas com regularidade... e ponha de parte o dízimo... Depois... sejam as dádivas e ofertas proporcionais: ‘segundo a sua prosperidade.” Cons. sobre Mordomia, pág. 81
Onde: Na Igreja - como ato de adoração. “Dai ao Senhor a glória devida ao Seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios”. Salmos 96:8
Quem: Todos. “... de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada.” Êxodo 25:2
Para que: Missões/ Igrejas Locais/ Pobres/ Evangelização... - “... a casa de culto é... do Senhor... deve ser escrupulosamente cuidada. Mas o dinheiro para essa obra não deve provir do dízimo.” Cons. sobre Mordomia, págs. 558 e 559
V - Conclusão
Deus tem Seu plano determinado para financiar a conclusão da pregação do Evangelho - Este plano está em dízimos e ofertas.
Ele determinou que os dízimos e ofertas sejam entregues regularmente, sempre que houver renda.
Ele estabeleceu que a quantia a ser entregue sempre deve ser proporcional aos rendimentos recebidos.
Fixou o percentual do dízimo em 10% e deixou que o homem estabelecesse o percentual da oferta - ela sempre será o máximo que se possa dar, jamais o mínimo, de acordo com a fé e o amor do doador.
Seu plano é que o dízimo seja usado para o sustento dos que trabalham na pregação do evangelho. “comete-se grande erro quando se retira o dízimo do fim em que deve ser empregado - sustento dos ministros. ...” Cons. sobre Mordomia, pág. 102
As ofertas voluntárias devem ser usadas para atender todas as demais áreas nas quais o dízimo não deve ser aplicado. “S Senhor instruiu a Moisés quanto a Israel: ‘Tu pois ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido para o candeeiro; para fazer arder as lâmpadas continuamente.’ Êxo. 27:20. Isso devia ser uma oferta contínua, para que a casa de Deus fosse devidamente provida do que era necessário para o seu serviço. Seu povo de hoje precisa lembrar que a casa de culto é propriedade do Senhor, e que deve ser escrupulosamente cuidada. Mas o fundo para essa obra não deve provir do dízimo.” Cons. sobre Mordomia, pág. 102
Deus deseja que sejamos exatos em seguir o Seu plano. “Deus deseja que todos os Seus mordomos sejam exatos no seguir os planos divinos... É um lamentável método da parte dos homens, procurarem melhorar os planos de Deus, substituindo as reivindicações do Senhor pelo conjunto das suas ofertas. Deus requer de todos que ponham sua influência do lado de Seu próprio plano. ...” Cons. sobre Mordomia, pág. 101
Não haverá falta de meios se todos seguirem o Seu plano e Ele derramará bênçãos. “O plano divino do dízimo é belo em sua simplicidade e equidade... Todos podem sentir que lhes é possível ter parte em promover a preciosa obra da salvação. ... Se todos a uma o aceitassem... não haveria falta de meios com que levar avante a grande obra de anunciar a derradeira mensagem de advertência ao mundo.
O tesouro estará provido se todos adotarem esse sistema, e os contribuintes não ficarão mais pobres. ... estarão entesourando ‘para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna’” Test. Seletos, Vol.I, págs. 367 e368
Nunca nos esqueçamos que “A obra de Deus à maneira de Deus, não terá falta de apoio de Deus.” Taylor.
Que Deus nos ajude a seguirmos os Seus planos na conclusão de Sua obra. Amém!
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