INTRODUÇÃO:
1. A maioria de nós não buscamos vingança, mas guardamos rancor.
2. Às vezes achamos que não temos rancor porque dissemos que perdoamos. Mas não nos enganemos, nem todos os que dizemos perdoar estamos fazendo-o.
I. UMA ATITUDE FREQÜENTE ANTE AS OFENSAS
1. Às vezes nos tornamos parecidos como caso de uma meninazinha que caminhava pela rua. O cachorro de uma casa (um enorme cachorro) começou a latir ameaçadoramente. Ela ficou aterrorizada. Um desconhecido auxiliou-a.
- Já passou tudo.
- Sim, - disse chorando - mas dentro ainda continuam os latidos.
(Seus olhos refletiam a atitude pouco amigável do cachorro.)
2. Perdoemos sem guardar os latidos para outra ocasião melhor.
3. Disse alguém:
a) Diante de uma ofensa, a única atitude digna é passá-la por alto; se não for possível, então deve superá-la; se não conseguimos superá-la, teremos que sorrir dela; e se não pudermos sorrir, então o mais provável é que tenhamos merecido essa ofensa.
b) ... E tínhamos algo de razão, não?
4. Segundo João Batista Alberdi, "o maior, o mais magnânimo, é aquele que sabe perdoar as pequenas e grandes ofensas."
5. Não são poucos os que dizem: "Sim, perdôo-lhe, mas faço de conta que você está morto. Não quero vê-lo mais."
a) Será isso perdão?
b) Imagina você o que aconteceria conosco se Deus nos tratasse dessa maneira?
6. Certo pregador disse a um general que dizia que nunca perdoaria: "Então você não deve pecar nunca."
a) Foi Herbert que disse: "Aquele que não pode perdoar aos outros, quebra a ponte sobre a qual ele mesmo deve passar se quiser chegar ao céu algum dia; porque não há ninguém que não necessite ser perdoado."
b) Creio que Herbert estava certo.
c) Isso é o que nos ensina nosso Senhor Jesus Cristo em S. Mateus 6:14,15.
7. Você já percebeu? Cada vez que oramos o Pai Nosso, nós mesmos estabelecemos a medida do perdão que receberemos.
a) No Pai Nosso aprendemos a orar:
"E perdoa-nos as nassas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores..."
b) Quanto perdoamos?
- 50%?
- 90%?
c) Como eu necessito de 100% de perdão, estou orando ao Senhor para que me ajude a perdoar todas as ofensas.
II. E SOBRE "OLHO POR OLHO E DENTE POR DENTE"?
Alguns querem se agarrar ao "olho por olho e dente por dente", para não perdoar. Mas, que queria dizer com isso?
1. Era um princípio que praticamente estava presente nas leis de todos os povos.
2. Conceito dominante da mente daqueles dias.
a) Viam no delito ou no crime tão somente uma ofensa particular que concernia a aquele que havia sido objeto dela.
3. Hoje o crime ofende a sociedade e esta tem suas normas restritivas que coloca em execução.
4. Para entender o texto, convém situar-nos na época e condições dominantes quando se pronunciaram essas palavras no Antigo Testamento.
5. O povo de Israel acabava de sair de uma escravidão de quatro séculos, no Egito.
a) Ali, haviam perdido os conceitos que enobreciam a vida e o caráter de seus pais.
b) Haviam-se criado (várias gerações), sob o impulso de ordens brutais, desumanas, fortalecidas pelo açoite.
c) Haviam perdido o sentido da tolerância.
Eram violentos em suas vinganças.
d) Nas suas vinganças devolviam muito mais do mal que haviam recebido.
6. Esta ordem limitava seus excessos.
7. Socialmente falando, aquele povo ao sair do Egito:
a) Carecia da capacidade de viver uma vida livre dentro da sociedade organizada.
b) Haviam conhecido somente a lei do abuso.
c) Agora livres... sentiam-se impulsionados a se impor uns aos outros por meio do abuso, a única lei que conheciam bem.
d) Tinham que aprender o sentido dos privilégios da liberdade recém-adquirida, e também as limitações que ela impunha.
- Aquele que usasse de violência seria submetido ao mesmo tratamento...
8. De certa forma era uma medida de transição.
a) Para evitar abusos nesse momento;
b) Desaparecidas essas circunstâncias deviam crescer em amor.
9. Não há nenhum lugar onde Deus nos autorize a vingança. Mesmo nos tempos do Antigo Testamento, a lei do "olho por olho e dente por dente" era administrada por autoridades devidamente constituídas e não por particulares.
De acordo com o apóstolo Paulo, a autoridade civil "é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal." Romanos 13:4.
10. Nos dias do Sermão da Montanha ainda dominava suas mentes a lei do talião.
a) Estavam oprimidos pela escravidão romana.
b) Estavam sedentos de justiça e vingança.
c) E o que ensinou nosso Senhor Jesus Cristo?
S. Mateus 5:38, 39, 44-48.
(1) Mansidão
(2) Perdão
(3) Amor
11. Na vida cristã não há lugar, porque quebraríamos a ponte... para a vingança.
III. DEUS DESEJA QUE ENTRE OS SEUS FILHOS REINE O AMOR
1. Se há uma coisa que entristece a um pai ou a uma mãe, é ver que seus filhos se odeiam. Porque um é tão filho como o outro.
2. Se não sabemos perdoar, ferimos, ofendemos a Deus.
a) Os outros também são filhos de Deus e necessitam de amor e de misericórdia.
3. O ódio é pecado. I S. João 3:14-15.
CONCLUSÃO:
1. Por que o Senhor nos pede isso? S. Mateus 5:43-48.
2. Ele nos deixou o exemplo. Enquanto morria, da cruz, orou: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem."
3. Peçamos a Deus que nos ajude a amar o suficiente como para perdoar.
BAIXAR PDF
Acesse agora essa mensagem em formato PDF:
- Download