I - Introdução
Ilustração
Um certo pregador disse num sermão: “Devemos nos arrepender do pecado.”;
“Muito bem”, disse o visitante. “Devemos confessar nossos pecados.” “Muito bem!”, tornou a repetir; “Devemos converter-nos...” “Muito bem!” “Devemos amar-nos uns aos outros.” “Muito bem!” “Devemos dar a Deus quanto podemos.” “Já pôs a perder todo o sermão”.
Dar é viver: implica toda a nossa vida. Se não entregarmos ao Senhor nossos talentos, nosso dinheiro, nosso tempo e nossas energias, não estamos dando uma oferta completa. Nossa vida bem usada ao serviço de Deus e do próximo, será uma vida bem administrada e todo mordomo de Deus necessita viver esta experiência.
Nesta manhã falaremos sobre bens materiais. É certo que podemos dar muitas coisas. Vamos nos deter e analisar os meios que chegamos a ter e que devem ser muito bem administrados por nós.
O importante é o seguinte: Não importa quanto temos, e sim o que fazemos com o que temos.
II - Benevolência sistemática e desinteressada
1. Definições:
Benevolência = simpatia, boa vontade, fazer o bem, caridade.
Sistemática = é dar constantemente, significa dar sempre.
Desinteressada = desprendido, sem interesse próprio.
Significa dar com fé e com amor, não com tristeza, nem por necessidade. I Cor. 9:7.
“A beneficência sistemática não se deveria tornar compulsão sistemática. É a oferta voluntária que é aceitável a Deus. A verdadeira beneficência cristã brota do princípio do amor agradecido.” T.S. I, pág. 375
2. O que damos na realidade?
a) O dízimo - é o primeiro que temos que separar. Não o damos porque não é nosso, simplesmente o Devolvemos.
O dízimo não é uma dádiva. Tão somente por ser Ele nosso sócio, devemos ser honestos e honrados ao devolvermos o que lhe corresponde. Se não fizermos assim estaremos roubando a Deus. Mal. 3:8 e 9
“Tudo quanto é retido daquilo que Deus requer, a décima parte do rendimento, é registrado nos livros do Céu como roubo a Ele feito.
Essas pessoas defraudam a seu Criador; e ao ser-lhes apontado esse pecado de negligência, não basta que mudem de direção e comecem a seguir daí em diante o reto princípio.
Isto não alterará os algarismos registrados no céu pela sonegação da propriedade que lhes foi confiada para ser devolvida Àquele que a emprestou. Exige-se arrependimento pelo trato infiel e a ingratidão para com Deus.” T.S. I, pág. 373
b) Podemos dar dos 90% que nos restam (o nosso)
Devolver o dízimo é nosso primeiro dever. Depois de cumprir com esse dever sagrado, podemos então pensar nos outros deveres e responsabilidades. Não podemos dar maiores ofertas para substituir o dever de dizimar. O dízimo tem que vir primeiro. Deus nos ensina isso na Sua palavra:
“Honra ao Senhor com os teus bens, e com as tuas primícias de toda a tua renda”. Prov. 3:9
Isto não nos ensina a gastar nossos recursos primeiro com as nossas necessidade e com o restante o cumprimento para com Deus, mas sim, a separar a parte de Deus primeiro. Mesmo que se desse um fiel dízimo por último, isto não é o que Deus nos pede para fazer.
III - Como entender a benevolência desinteressada
1. Considerar de maior importância o propósito pelo qual damos a dádiva.
a)Deus: S. João 3:16 - AMOU - DEU
Jesus deu-Se a Si mesmo para nossa salvação - Luc. 22:42
Considerou mais precioso o propósito da Sua dádiva que Sua vida.
b) Paulo: II Cor. 5:15
c) Nisto se afirma a importância da motivação:
- Dar-nos a Deus junto com nossas ofertas.
- Dar porque amamos a Deus (II Cor. 5:14): “O amor de Cristo nos constrange”.
- Dar porque compreendemos a importância de “ser sócio com Deus”
- As dádivas ou ofertas de amor jamais serão afetadas por:
Circunstâncias - II Cor. 9:7
Sentimentos - I Cor. 16:2
Condições - S. João 3:16
2. Dar para coisas pode acarretar problemas. (II Cor. 9:7).
Se as coisas não saem como pensamos que deviam sair, às vezes deixamos de dar.
Se deixamos de dar somos nós que perdemos, pois Deus deixa de nos abençoar.
A obra sofre por nosso egoísmo. (Repassar o capítulo 7 de Josué: “O pecado de Acã”)
3. A medida da dádiva - quanto vamos dar?
“A fim de promover a reunião do povo para o serviço religioso, bem como para se fazerem provisões aos pobres, exigia-se um segundo dízimo de todo o lucro.” PP, pág. 565
Notem que esta quantidade, igual ao primeiro dízimo, era dada pelos israelitas para promover as reuniões, ou poderíamos dizer sem dúvida, para os gastos da igreja.
“As contribuições exigidas dos hebreus para fins religiosos e caritativos, montavam a uma quarta parte completa de suas rendas.
Uma taxa tão pesada sobre os recursos do povo poder-se-ia esperar que os reduzisse à pobreza; mas, ao contrário, a fiel observância destes estatutos era uma das condições de sua prosperidade.” P.P, pág. 560
Isto significa que eles davam 15% além do dízimo, o que, ao invés de empobrecê-los, era requisito para a sua prosperidade.
4. Deus deu a Israel instrução definida relacionada com dádivas. Primeiro deviam “devolver” o dízimo, depois dar um “segundo dízimo”.
Para ser usado como “fundo local”.
Para beneficiar os pobres e necessitados.
Para outros usos de beneficência.
5. Além disto havia outras normas para dar:
Resgate do primogênito.
As primícias de seus rebanhos e molhos de suas messes.
Que deixasse as esquinas de seus campos para os indigentes.
O que caía de suas mãos no campo era para os pobres.
Deixar que as terras descansassem cada sete anos.
Ofertas de sacrifício e de pecado.
Numerosos gastos com hospitalidade, etc.
Ofertas espontâneas de “gratidão”.
Objetos especiais que requeriam sacrifício especial, como quando se edificou o tabernáculo e o templo de Jerusalém.
6. Conhecendo o que fazia o povo de Israel, agora nos toca decidir o que podemos fazer depois de separar o dízimo.
Recomendamos separar o equivalente a outro dízimo, como um pacto para o Senhor. É possível que alguns possam dar muito mais que isso, e é certo também que alguns irmãos darão menos.
O que é um Pacto?
É uma promessa condicionada. Nós prometemos ao Senhor que, se Ele nos abençoar, estaremos em condições de cumprir. Por isso, todo o pacto financeiro pode ser aumentado, cancelado ou anulado, segundo o Senhor nos prospere. Há uma grande diferença com a promessa.
Que entendemos por promessa?
É um compromisso inadiável que devemos cumprir. Promessa é uma dívida. Não queremos dizer que jamais poderemos fazer uma promessa, porém, se cremos conveniente fazê-la, devemos ser muito cuidadosos.
“Quando um homem fizer um voto ao Senhor, ou fizer juramento, ligando a sua alma com obrigação, não violará a sua palavra.” M.P., pág. 316
IV - Conclusão
Daremos como o Senhor dá.
Mat. 10:8 - “De graça recebestes, de graça dai.”
Foi o apóstolo Paulo, ao revelar o verdadeiro pensamento de Jesus, que disse: “Mais bem aventurado é dar que receber.” Atos 20:35
O Senhor Jesus nos lembra em Lucas 16:10-12 o seguinte: “Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é injusto no muito.
Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza? Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso?”
Há dois incidentes familiares que nos mostram o ponto de vista de Jesus. Dar sem Egoísmo.
A viúva pobre que deixou duas moedas. Haveria sido fácil para qualquer sujeito, por seu fanatismo, criticar essa pobre viúva; porém Jesus não o fez.
A quantidade que deu nada era se fosse comparar com as grandes ofertas que outros deram nesse dia, porém, não em sua proporção. O que a viúva deu proporcionalmente, era imensamente maior que todas as demais, pois, deu “tudo quanto tinha”.
Quando Jesus viu essas duas pequenas moedas, disse: “Verdadeiramente vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos.” Lucas 21:3
Deus elevou também o dom de Maria de Betânia quando, na casa de Simão o leproso, derramou sobre Sua cabeça e pés um vaso de perfume de grande preço.
Ao presenciarem isto, os discípulos criticaram dizendo: “Para que este desperdício? Mas Jesus, sabendo disto, disse-lhes: Por que molestais esta mulher? Ela praticou boa ação para comigo...” Mateus 26:6-13
Apelo.
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