O fascinante relato descrito a seguir, é do livro The Rest of the Story, de Paul Harvey. Foi na lama e lodo de uma turfeira em um terreiro de fazenda Kemigawa, uns 40 quilômetros a sudeste de Tóquio que uma turma de operários deu com uma surpreendente descoberta.
Os arqueólogos correram para o local. A quase seis metros de profundidade eles tinham encontrado os restos de uma canoa – e algo mais. Um arqueólogo desceu ao buraco, chegou lá embaixo, afastou a terra com as mãos e, então, gritando, recuou.
Outros se aproximaram. Passaram momentos de suspense. Chegou-se à conclusão de que somente um cientista em todo o Japão estaria qualificado para trabalhar ali, Dr. Ichiro Ohga.
O Dr. Ohga correu de Tóquio para o local da escavação. Ao olhar atentamente para dentro da turfeira, seus olhos descobriram o segredo e seu pulso acelerou. “Aquilo está adormecido? Ou está ... possivelmente vivo?”
Ficou decidido que essa descoberta deveria ser removida para algum lugar seguro, para que não voltasse à vida. Esses cientistas tinham ouvido de répteis gigantescos descobertos em turfeiras, e mamutes presos em camadas de gelo, com pele e órgãos perfeitamente preservados. Mas agora eles pareciam ter descoberto algo de milhares de anos passados – e ainda vivo.
Não conhecemos os detalhes de como a descoberta foi levada para a segurança de um laboratório. Sabemos que chegou lá – e em quatro dias sob condições climáticas criadas em laboratório havia movimento perceptível. Operadores cinematográficos foram convocados para gravar essa ressurreição inédita. A comunidade científica do Japão foi alertada para a surpresa de que havia restos de vida do tempo dos Césares de Roma. Um ser vivo tinha sobrevivido do Japão pré-histórico.
O que haviam eles encontrado naquele deposito de turfa?
Quase seis metros debaixo da terra, aninhada nos restos fossilizados de uma canoa, uma semente adormecida, não germinada, aparentemente sem vida, de 2.000 anos de idade. E depois de quatro dias, um broto. Depois de catorze meses, uma delicada flor de Lotus cor-de-rosa. Aquela semente que adormeceu na época em que Jesus morreu – estava agora desperta.
Jesus foi o vencedor da morte. A morte é nossa inimiga. A Bíblia diz: “O último inimigo a ser destruído é a morte.” ( 1 Coríntios 15:26)
Se você visitar o Cairo, tomar o bonde nº 14 e ir até ao final da linha, virão ao seu encontro estridentes guias ou intérpretes, condutores de burros e condutores de camelos, todos em busca de “gorjeta”. Já não se ouve mais o som do passado. Os gemidos dos escravos foram silenciados. O vento do Nilo tragou o zunido do chicote e soprou para longe o áspero odor do suor humano. Nada senão as estruturas permanecem. Hoje em dia você pode subir ao topo da pirâmide de Quéops, a mais alta e a maior de todas, e olhar para muitos monumentos faraônicos que se erguem à distância – os túmulos dos poucos escolhidos que tiveram seus nomes escritos pelos anônimos em pedra que parecem ir de encontro ao céu, para ali durarem uma eternidade. O homem comum tinha de contentar-se com uma sepultura na areia.
O que justificaria essas elaboradas construções nas quais milhares de vidas foram sacrificadas em trabalho forçado? Um faraó gastou vinte anos na construção do seu túmulo, exaurindo a força do povo egípcio, e sobrecarregando seus filhos e netos com enormes dívidas. O que provocava tudo isso era a crença no além e o desejo de encontrar eterna segurança e vida eterna. Ninguém quer morrer.
A morte é uma inimiga. Ela não estava no plano original para este mundo. É uma estranha, uma intrusa. Não é uma parte do rebanho do Pastor. É o lobo que vem para matar e destruir.
Os belos campos deste mundo estão desfigurados por sepulturas. As nossas cidades estão cheias de cemitérios. Quase todas as famílias têm um jazigo para onde levam flores de vez em quando. A Terra está coberta de montes de grama sob os quais dormem as gerações. Até mesmo o mar tem os seus mortos. Suas ondas estão contaminadas de carcaças e nas suas profundezas estão os ossos dos mortos. Nossa inimiga, a morte, tem estado em toda parte, com espada e fogo, devastando a raça humana. Em todos os países do mundo a morte tem produzido tristeza e lágrimas. O choro dos despojados, o lamento da viúva, o gemido do órfão, constituem a música marcial da morte. É nestes sons que a morte tem encontrado um cântico de vitória.
O que é a morte? Pergunte a alguém que há pouco esteve diante de uma sepultura recém-aberta e sepultou a metade do seu coração. A morte é uma ladra que rouba o amigo do seu lado. Ela rouba a criança do seio de sua mãe e arrebata do lar o arrimo da família. Leva embora a mãe que era a luz do lar. Rouba o exuberante jovem de seus pais, embora fazendo isto ela esmaga suas mais acariciadas esperanças. Não se preocupa com o nosso choro. Não tem nenhuma piedade do jovem ou qualquer misericórdia do idoso.
Um homem daria tudo o que possui por mais alguns dias de vida. Mas a morte vem, com seus implacáveis batedores, que são dor e tristeza, suspiros e lágrimas. A morte é para nós a rainha dos terrores. Quando ela vem, rouba a luz dos olhos, o ouvir dos ouvidos, o falar da língua, a atividade da mão, o pensamento do cérebro. Transforma um ser vivo em uma massa de putrefação.
A morte é uma inimiga tão gananciosa que o sangue de todas as nações em conjunto não pode satisfazê-la. Ninguém escapa. Um homem pode conseguir escapar por muitos anos, até que sua barba cinzenta parece desafiar a rajada hibernal. Mas finalmente ele deve se render. O homem mais forte da Terra não é um competidor para a morte. A pessoa mais rica não tem o dinheiro para subornar a destruição. O mais sábio erudito não pode superar este monstro. O monarca coroado e o escravo devem encarar juntos esta inimiga, porque na morte os cetros e as pás são semelhantes. A espada e a pá são feitas de metal semelhante. O príncipe é irmão do verme e deve habitar na mesma casa. Para todos é verdade: “És pó, e ao pó tornarás.” (Gênesis 3:19)
A morte está espreitando por toda parte. Você nunca sabe onde ela se acha emboscada. Na mesa, ela assalta as pessoas através do alimento. Na fonte, ela envenena sua bebida. Espera nas ruas da cidade, prende as pessoas em seus leitos, viaja no mar tempestuoso, caminha com as pessoas em terra firme. Dos cumes dos Alpes caíram homens, encontrando ali as suas sepulturas. Nos lugares profundos da Terra, aonde vai o minerador em busca do precioso minério, muitos deles têm sido sacrificados. A morte é uma inimiga sutil, que nos segue de perto com passadas silenciosas. Sua grande rede de arrasto colhe todas as pessoas do mundo.
As boas novas é que a morte logo será destruída. Muito em breve assistiremos ao funeral da própria morte.
A beleza de um pôr-do-sol desafia a descrição. Há uma certa tristeza nesta beleza. Significa que o dia terminou e que os últimos momentos de claridade estão indo embora. Assim acontece com a vida. Chegamos aos anos do crepúsculo e sabemos que o dia da vida está desaparecendo.
A morte tem tido um dia longo e vitorioso. Agora ela chega aos anos do seu pôr-do-sol. Está vivendo em um prolongado crepúsculo que logo deve findar. A morte recebeu seu golpe mortal quando Jesus veio a este mundo e desafiou o seu poder, forçando-a a abandonar sua presa.
Pergunta o poeta: “Onde estão os mortos, Senhor, para onde foram?” E muitos têm tentado responder esta pergunta. Filósofos e sábios têm tentado isto através dos séculos, mas têm falhado em achar a resposta. Os ensinos religiosos freqüentemente se contradizem.
Só há uma fonte de verdade, e é a segura Palavra de Deus. Ensinamentos humanos, quer sejam idéias filosóficas ou mesmo respostas de teólogos, não podem nos dar uma resposta conclusiva. Ninguém voltou da morte para nos contar como ela é.
Harry Houdini tentou. Como um mágico famoso, ele prometeu que retornaria depois da morte. Sua esposa esperou por ele, mas ele jamais voltou. Nem mesmo o artista da grande fuga pôde fugir da prisão da morte.
Clarence Darrow prometeu ao seu amigo, Claude Noble, que voltaria do mundo dos espíritos. Durante anos Noble esperou por ele. Todos os anos no dia do aniversário de Darrow, Noble esperava. Mas Darrow nunca voltou.
A Bíblia faz uma pergunta muito importante:
“Morrendo o homem, porventura tornará a viver? Todos os dias da minha milícia esperaria, até que eu fosse substituído.” (Jó 14:14)
Somente a Bíblia pode responder à pergunta de Jó. Vamos ao livro das origens onde vemos a história da criação da raça humana:
“Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente.” (Gênesis 2:7)
Este é o relato divino da formação da vida. Agora vemos como a Bíblia descreve o que acontece na morte.
“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Eclesiastes 12:7)
O que acontece aos pensamentos e sentimentos de uma pessoa quando esse espírito volta a Deus? Está ela consciente? A Bíblia responde a esta pergunta:
“Sai-lhes o fôlego, ele retorna à sua terra; naquele mesmo dia perecem seus pensamentos.” (Salmo 146:4, KJV)
Você já ouviu a expressão: “Perece o pensamento”? Isto é de onde ela vem. O que significa perecer? Significa morrer. E a Bíblia diz que quando uma pessoa morre seus pensamentos morrem. Em outras palavras, ela não pensa mais. Leiamos outra passagem bíblica:
“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento.” (Eclesiastes 9:5)
Depende a Bíblia da interpretação humana? Como posso eu interpretar as palavras de Eclesiastes 9:5? Se a Bíblia diz que os mortos não sabem nada, e eu digo que eles sabem de tudo, não estou interpretando a Bíblia, eu a estou contradizendo. O Salmista diz que os pensamentos de um homem morto perecem, e Eclesiastes diz que os mortos não sabem nada.
Ao estudarmos a Bíblia “regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali” (Isaías 28:13) podemos descobrir que a verdade bíblica não depende de interpretação humana. Escute isto:
“Os seus filhos recebem honras, e ele o não sabe; são humilhados, e ele o não percebe.” (Jó 14:21)
Conheci uma família maravilhosa numa cidade do interior do Brasil. Eram doze filhos, com apenas um ou dois anos de diferença de idade entre eles. Um dia a mãe deles adoeceu e morreu. Que triste funeral! Doze criancinhas e o pai reunidos em torno de uma sepultura.
Visitei a família algum tempo depois da morte da mãe. O pai estava tentando ser tanto a mãe quanto o pai daquelas crianças. Havia tanta tristeza quando aquelas criancinhas choravam pela mãe.
Poderia você imaginar essa mãe olhando lá do Céu e vendo seus filhos passando por tanta tristeza? Acha você que ela teria gozo no Céu, sabendo quanto sua família estava precisando dela? Penso que ela clamaria e diria: “Deixem-me descer para junto de minha família. Eles precisam de mim. Para mim isto aqui não é nenhum Céu!”
Como é confortante aceitar a verdade bíblica de que os filhos de um morto podem receber honras e ele não sabe de nada! Podem estar sofrendo e a mãe morta não sofre com eles. Os pensamentos do morto perecem, o morto nada sabe.
“Pois na morte não há recordação de ti; no sepulcro quem te dará louvor?” (Salmo 6:5)
Quando minha mãe morreu, e eu fiquei à beira da sepultura aberta, lembrando-me da mãe maravilhosa que ela havia sido, não pude conter as lágrimas. Um pastor amigo pôs a mão em meu ombro e disse: “Não chore, sua mãe está no Céu louvando ao Senhor.” Apreciei suas intenções, mas fiquei pensando de que parte da Bíblia ele teria tirado esta afirmação. Diz a Bíblia:
“Os mortos não louvam o SENHOR, nem os que descem à região do silêncio.” (Salmo 115:17)
Davi era chamado o amigo de Deus. Certamente se os mortos fossem direto para o Céu por ocasião da morte, ele teria ido para lá. Nas palavras de um espiritualista: “A alma leva três dias para desvencilhar-se do corpo.” Davi já estava morto a mil anos quando estas palavras foram escritas:
“Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés.” (Atos 2:34, 35)
De acordo com a Bíblia, morrer não significa ir para o Céu. Jesus não ensinou que o salário do pecado era ir para o Céu. Um epitáfio em uma pedra tumular de um cemitério da Nova Inglaterra diz:
Aqui jaz o corpo de Solomon Pease;
Não é ele mesmo, mas apenas seu casulo,
Ele está separado de sua alma,
E subiu para Deus!
É assim que a Bíblia descreve a morte? Eis aqui como o salmista inspirado a descreveu:
“Atenta para mim, responde-me, Senhor Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu não durma o sono da morte.” (Salmo 13:3)
Alguém me perguntou: “ O senhor crê no sono da alma?” Respondi que eu cria na mesma espécie de sono da alma que o salmista e outros escritores da Bíblia criam. Creio no mesmo tipo de sono da alma que Jesus cria.
Às vezes vemos as palavras “Descansa” em uma lápide. Isto é bíblico. Jesus ensinou que os mortos estão dormindo. Lemos sobre isto no undécimo capítulo do Evangelho de S. João.
“Isto dizia, e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falava com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu.” (João 11:11-14)
Jesus disse que Lázaro estava dormindo. Depois disse que Lázaro estava morto. Estava Ele se contradizendo? É claro que não! As duas afirmações tinham o mesmo significado.
Às vezes ouço pessoas afirmarem que a Bíblia ensina em João 11:25 que as pessoas mortas estão realmente vivas. Olhe para o verso:
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá.” (João 11:25)
Note as palavras “Ainda ...viverá” Tempo futuro! Não diz que estão agora vivos, mas que viverão no futuro, no tempo da ressurreição.
Depois de fazer esta declaração, Jesus dirigiu-se à sepultura e chamou Lázaro. Disse Ele: “Lázaro, vem para fora.” Ele não disse: “Lázaro, desce do Céu”, ou “Lázaro, sobe do purgatório”, ou “Lázaro, sobe do inferno”, ou “Lázaro, retorna do mundo dos espíritos.” Ele chamou Lázaro da sepultura.
Morrer não significa ir para o inferno. Morrer não significa ir para o Céu. Morrer não significa ir para o purgatório, ou para o mundo dos espíritos. Morrer não significa ir para algum lugar. Simplesmente significa ir dormir.
Paulo acreditava no sono da alma. Está aqui o que ele disse:
“Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar dolhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.” (1 Coríntios 15:51-53)
Qual seria o propósito de uma ressurreição se os mortos já estivessem no Céu, ou no inferno ou no purgatório? Se os mortos não estão mortos, por que necessitamos da promessa de uma ressurreição? Em outra passagem diz Paulo:
“Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não tem esperança. Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará juntamente em sua companhia os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porque o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.” (1 Tessalonicenses 4:13-18)
Um juízo futuro não teria significado, se os mortos já estivessem julgados e sentenciados. A Bíblia diz que Deus sabe como reservá-los para o dia de juízo para serem castigados. (2 Pedro 2:9)
Ouvi um homem dizer: “Hoje quase fui para o Céu. Um caminhão quase me atingiu.” Ora, se o caminhão tivesse batido nele, o suficiente para lhe quebrar as pernas, isso o teria enviado para o hospital. Mas se o caminhão tivesse batido nele com mais força, isso o teria mandado para o Céu.
“O credo de minha igreja ensina que temos uma alma imortal que continua a viver após a morte”, disse-me alguém. O credo pode ensinar isto, mas a Bíblia não. Diz Paulo: “... que é mortal se revista da imortalidade.” Não precisaríamos dessa promessa se a imortalidade já fosse uma realidade em nossa vida. A Bíblia afirma que somente Deus é imortal:
“A qual em suas épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém.” (1 Timóteo 6:15, 16)
Se somente Deus tem a imortalidade, você e eu não a temos. Pode uma alma morrer? Diz a Bíblia:
“A alma que pecar, essa morrerá.” (Ezequiel 18:4)
Disse Jesus:
“Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.” (Mateus 10:28)
Não disse Jesus ao ladrão na cruz que eles estariam juntos no paraíso no dia da crucifixão? Se Jesus realmente disse que ambos iriam para o Céu naquele dia, temos dois problemas. Em primeiro lugar, o ladrão não morreu naquela sexta-feira à tarde. Diz a Bíblia:
“Então os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que com ele tinha sido crucificado; chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas.” (João 19:31-33)
Eles quebraram as pernas dos ladrões, quando foram tirados da cruz, para impedi-los de fugirem. Segundo os costumes da época, seriam levados para o depósito de lixo da cidade e ali deixados para morrer de fome e infecção.
A Bíblia não somente indica que o ladrão na cruz não morreu naquela sexta-feira à tarde, mas também diz que Jesus não foi para o Céu naquele dia. Quando Maria Madalena O encontrou no horto, na manhã da ressurreição, Ele lhe disse que ainda não tinha subido para o Pai.
“Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos, e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.” (João 20:17)
Se o ladrão não morreu naquele dia, e se Jesus não foi para o Céu naquele dia, por que disse Jesus: “Hoje estarás comigo no paraíso”? (Lucas 23:43) O problema está na omissão de uma vírgula. Uma vírgula pode mudar o significado de uma sentença. A vírgula foi posta na Bíblia pelos tradutores. Não havia nenhuma vírgula no manuscrito grego original.
O que Jesus realmente disse ao ladrão na cruz foi: “Em verdade te digo hoje, que estarás comigo no paraíso.” Ele estava dizendo: “Hoje, quando tudo parece estar perdido; hoje, quando até mesmo Meus discípulos fugiram; hoje Eu te digo que estarás comigo no Paraíso.”
Faz alguma diferença o que eu creio a respeito da morte? Venha comigo a uma cena no Jardim do Éden. Deus havia dito aos nossos primeiros pais:
“Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis 2:17)
O diabo veio em seguida e contradisse a Deus. Disse ele: “É certo que não morrereis.” (Gênesis 3:4) Ele ainda diz a mesma coisa. Ele diz que as pessoas realmente não morrem. Continuam a viver de uma forma ou de outra. Inventou numerosas teorias acerca da transmigração das almas, reencarnação e comunicação com os mortos. Ele é a causa da morte, e é de seu interesse negar a existência dela.
Deus diz: “Certamente morrerás.” Satanás diz: “É certo que não morrereis.” Esta é a interpretação diabólica das palavras de Deus. Você e eu temos de decidir em quem devemos crer, em Deus ou no diabo. Você acha que faz alguma diferença em quem nós cremos?
A Bíblia nos ensina que virá a ressurreição quando os mortos sairão de suas sepulturas. Como aguardo eu aquele dia! Nesse ínterim, os mortos estão pacificamente dormindo. Não temos de nos preocupar com eles. Para eles o tempo não significa nada. Caíram no sono, e quando despertarem, verão a Jesus. Quando uma pessoa está adormecida ela não sabe o que acontece ao seu redor.
Conta-se a história de uma família, dos tempos pouco explorados da América. Eles moravam no Oeste distante. Tinham um filho e uma filha. O filho estava longe, em uma Escola de Medicina, preparando-se para ser um médico. A filha, com cerca de vinte anos de idade, era uma jovem encantadora, que tinha uma profunda experiência religiosa.
Todas as noites ela saía para o bosque para suas devoções vespertinas. Cantava um cântico de louvor a Deus e depois orava ao ar livre. Mas uma noite quando ela estava ali cantando louvores a Deus, um índio aproximou-se por detrás dela e feriu-a na cabeça. O cântico foi interrompido quando ela caiu inconsciente no chão.
Quando ela não chegou em casa na hora de costume, seus pais saíram para procurá-la. Encontraram caída no bosque. Levaram-na para casa, mas ela não recuperou a consciência por vários dias. Um dia, o irmão veio fazer uma vista. Ele fez uma pequena cirurgia para aliviar a pressão do cérebro. No momento em que ela recobrou a consciência, continuou a cantar o cântico exatamente onde tinha sido interrompido alguns dias antes.
A morte é uma interrupção da vida, mas um dia Deus despertará os mortos, e a vida continuará.
Vários anos atrás, Lord Lindsay, em suas viagens pelo Oriente Próximo, descobriu uma múmia cuja inscrição provava ter ela uns 2.000 anos de idade. Após desenrolá-la cuidadosamente, ele encontrou sepultada na mão desse homem mumificado, um bulbo de vida vegetal. Maravilhando-se de que esse bulbo pudesse permanecer vivo por tanto tempo, selado como estava, levou-o e plantou-o cuidadosamente em um solo ensolarado. Para sua surpresa, em pouco tempo o bulbo germinou e apareceu uma bela flor. A Sra. S. H. Bradford escreveu um poema a respeito desta experiência:
Dois mil anos atrás
Uma flor vicejou levemente
Em um país distante.
Dois mil anos atrás
Sua raiz foi colocada
Dentro da mão de um homem morto.
Antes de o Salvador vir à Terra
Aquele homem tinha vivido, amado e morrido,
E sempre naquele tempo distante
A flor havia espalhado amplamente o seu perfume.
Sóis nasceram e caminharam para o ocaso,
Anos vieram e se foram,
A mão morta guardou bem o seu tesouro:
Nações vieram à existência e volveram ao pó
Enquanto a vida estava escondida em sua concha.
A mão engelhada é finalmente despojada,
A raiz é sepultada na terra.
Quando eis! A vida por longo tempo ali oculta,
Irrompe em uma gloriosa flor.
Tal como uma planta igual àquela que germinou
De tal raiz quando enterrada rasa
Tal como uma flor no Egito floriu,
E morreu dois mil anos atrás.
Então, não será que Aquele que vigiou a raiz
E conservou a vida dentro de sua concha,
Quando aqueles a quem Ele ama são postos a descansar,
Também vigia sobre seu pó enterrado?
E não será Ele que de sob o casulo
Faz algo glorioso surgir?
Sim, embora durma por anos incontáveis
Daquele pó enterrado, porém, se erguerá.
Tal como um rosto que a você saúda agora
Tal como uma forma que aqui carregamos,
Apenas mais glorioso ressurgirá
Para encontrar o Salvador no espaço.
Então eu me deitarei em paz
Quando chamada a deixar este vale de lágrimas,
Pois em minha carne verei a Deus
Ainda que eu durma dois mil anos.
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