Você tem medo do controle de velocidade pelo radar? Não, se você está correndo dentro do limite de velocidade. Você tem medo de uma auditoria do Imposto de Renda? Não, se você tem sido honesto ao preencher os formulários de declaração.
Você tem medo do dentista? Não, se você tem escovado os dentes com pasta e fluor. Você tem medo dos exames finais? Não, se você tem feito devidamente o dever escolar. Você tem medo de um juízo final? Não, se sua vida está acertada com Cristo.
Muitas pessoas não entendem como é possível um cristão ter de enfrentar um juízo. Possivelmente não compreendem o propósito do julgamento. Pensam que o julgamento informará a Deus se uma pessoa é culpada ou não. Deus não precisa desta informação. Ele já sabe. O motivo para um julgamento é vindicá-Lo, mostrar Suas razões para a decisão. Em um certo sentido, Deus é quem está sob julgamento.
Cristãos em toda parte estão aguardando ansiosamente um áureo milênio para o planeta Terra. Com Satanás aprisionado, eles antecipam um glorioso tempo de paz quando milhões se converterão à mensagem do Evangelho. Está aqui um quadro otimista de um escritor popular:
“O céu será mais azul, a relva será mais verde, as flores serão mais perfumosas, o ar será mais puro, e o homem será mais feliz do que jamais sonhou que fosse possível.” (Hal Lindsay, There’s a New World Coming, pág. 262)
Uma visita a quase todas as livrarias religiosas na América revela que a maioria dos livros cristãos trata de eventos futuros. Discutem de algum modo o milênio, descrevem esse período de mil anos como um tempo de utópica perfeição, sem doenças, crimes, dificuldades ou guerra, um tempo de paz universal, prosperidade e fraternidade.
Estas fascinantes descrições são apenas um vislumbre do que Deus tem preparado para o Seu povo. Qualquer quadro que tentemos pintar, fica muito longe do que realmente acontecerá. Nenhum ser humano poderia dar uma descrição aproximada das glórias que Deus nos tem prometido. Diz Paulo:
“Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1 Coríntios 2:9)
Onde diz a Bíblia que durante o milênio haverá uma idade de ouro sobre este mundo? Embora a palavra milênio não seja encontrada na Bíblia, o período de mil anos é descrito em detalhes no vigésimo capítulo do Apocalipse. Um estudo deste capítulo determina se haverá uma idade áurea ou uma noite milenial.
Quando se iniciará este período? Encontramos o indício em Apocalipse 20:6.
“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele os mil anos.”
Aqueles que participam da primeira ressurreição reinarão com Ele durante o período de mil anos. Essa ressurreição deve ocorrer antes do milênio.
“... e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição.” (Apocalipse 20:4, 5)
Apocalipse 20 enfatiza a verdade de que haverá duas ressurreições. Jesus Se referiu a elas nas seguintes palavras:
“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.” (João 5:28, 29)
O milênio começa com a ressurreição dos justos e termina com a ressurreição dos ímpios. Aqueles que forem ressuscitados no início serão ressuscitados para a vida eterna. Aqueles que ressuscitarem no final viverão apenas um breve período de tempo antes de serem destruídos.
O fato de que aqueles que participam na primeira ressurreição reinarão com Cristo mil anos indica que essa ressurreição ocorre no início do milênio. Como é descrita na Bíblia a primeira ressurreição?
“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (1 Tessalonicenses 4:16, 17)
Quando Jesus retornar haverá duas classes de pessoas na Terra, cada uma dividida em duas. As duas classes não são os ricos e os pobres. Naquele dia, as coisas materiais não terão qualquer valor. Falamos acerca de diferentes classes de pessoas, mas as únicas classes que existirão quando Jesus vier serão os salvos e os não salvos, ou, como nos referiremos aqui a elas, os ímpios e os justos. Cada uma destas classes será dividida em duas, os vivos e os mortos. Haverá os justos vivos e os justos mortos, os ímpios vivos e os ímpios mortos.
1. Os Justos 2. Os Ímpios
A. Vivos A. Vivos
B. Mortos B. Mortos
Os justos mortos serão ressuscitados, os justos vivos serão transformados e juntas estas duas classes serão levadas para o Céu a fim de viverem e reinarem com Cristo por mil anos.
O que acontecerá àqueles que nunca aceitaram a Cristo? Eles são referidos como ímpios, embora possam não ser mais ímpios do que aqueles que aceitaram a Cristo. Recusaram aceitar o dom da salvação, a arrepender-se de seus pecados e a mudar seus caminhos. Como há duas classes de justos, há também duas classes de ímpios – os vivos e os mortos.
Lemos que o restante dos mortos não reviveram até que os mil anos se acabaram. Eles continuam em suas sepulturas até a segunda ressurreição. E quanto àqueles que estão vivos?
Quando Jesus aparecer em glória, a visão será tremenda.
“... quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus.” (2 Tessalonicenses 1:7, 8)
“... então será de fato revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro da sua boca, e o destruirá, pela manifestação de sua vinda.” (2 Tessalonicenses 2:8)
Esses ímpios serão mortos – abatidos pela brilhante glória de Deus. Parecerá como se mil volts de eletricidade tivessem sido liberados, e eles cairão mortos onde estão. Serão destruídos pela glória de sua transcendente santidade e majestade.
Homens pecadores jamais foram capazes de viver na presença de um Deus santo. Antes da entrada do pecado no mundo Adão e Eva tinham comunhão diária com Deus. Mas depois que pecaram não puderam mais encará-Lo. Então Deus veio falar com eles.
“Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim e, porque estava nu, tive medo e me escondi.” (Gênesis 3:10)
Daquele dia em diante Deus teve de comunicar-Se com o homem por meio de profetas, sonhos, e o sacerdócio com o Urim e Tumim. Moisés queria ver a face de Deus. A resposta de Deus a ele foi:
“E acrescentou: Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá. Disse mais o Senhor: Eis aqui um lugar junto a mim; e tu estarás sobre a penha. Quando passar a minha glória, eu te porei numa fenda da penha, e com a mão te cobrirei até que eu tenha passado. Depois em tirando eu a mão, tu me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.” (Êxodo 33:20-23)
Por que os justos serão capazes de olhar para Ele? Porque foram transformados.
“... num momento, num abrir e fechar dolhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” (1 Coríntios 15:52)
“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.” (Filipenses 3:20, 21)
Quando Jesus vier com poder e glória, diz a Bíblia que Ele virá “... na sua glória e na do Pai e dos santos anjos.” (Lucas 9:26) Um anjo fez com que os soldados romanos, junto ao túmulo de Cristo, caíssem como mortos. Mas a Bíblia fala de milhões de anjos, que acompanharão o Pai e o Filho. Esse será o dia da reunião de oração mencionada em Apocalipse 6.
“Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos, e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes, e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?” (Apocalipse 6:15-17)
Naquele dia a Bíblia será fechada para sempre no púlpito, os bancos das igrejas estarão vazios. Subitamente cada homem, mulher e criança será chamado a encarar a Deus. A vida agitada deste mundo parará repentinamente. A música rock será subitamente desligada, as luzes brilhantes se apagarão para sempre, os rádios e as TV se queimarão.
Ninguém estará cuidando de seus negócios porque Deus irá subitamente intervir, e chamar a cada homem, mulher e criança para prestar contas. O mundo será esfacelado por um terremoto devastador sobre o qual lemos em Apocalipse 16.
O mar será açoitado com fúria pela voz de um furacão. As ilhas habitadas deste mundo se moverão, e grandes montanhas se abalarão e se revolverão. Nuvens negras e furiosas encherão o céu, chocando-se umas contra as outras. Relâmpagos sairão daquelas nuvens envolvendo a Terra em um lençol de chamas. Pessoas aterrorizadas correrão de um lado para outro à procura de abrigo. Em meio aos gritos de terror, grandes pedras de saraiva vindas de Deus com um ruído ensurdecedor, transformarão em gravetos todos os edifícios e casas deste mundo.
“Então vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o, e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto é necessário que ele seja solto pouco tempo.” (Apocalipse 20:1-3)
Esta cena segue à matança dos ímpios, e a festa das aves de rapina dos versos anteriores.
Satanás é preso por uma corrente. Que espécie de corrente poderia segurar o Diabo? Uma corrente de ferro ou de aço, de tungstênio ou de bronze possivelmente não poderia reter esse poderoso anjo. Não pode ser uma cadeia literal porque um ser espiritual não pode ser amarrado por uma corrente literal. É uma cadeia de circunstâncias, cada elo forjado por um evento sobre o qual o diabo e seus anjos não têm nenhum poder. Segundo a expressão popular, suas mãos estão amarradas.
Ele não pode tentar os justos porque eles foram levados para o Céu. Não pode enganar os ímpios porque estão todos mortos.
Dois eventos assinalam o início e o fim dos mil anos. No início dos mil anos Satanás é aprisionado, e no final dos mil anos ele é solto.
O termo abismo vem de abussos ou abismo em grego. Em Apocalipse 9:1, 2 ele representa os campos arenosos e sem vida do vasto deserto da Arábia. Em Romanos 10:7 representa a sepultura. Em Gênesis 1:2 é traduzido pela palavra portuguesa abismo e descreve a superfície da Terra antes da Criação, quando era “sem forma e vazia”. Linguagem quase idêntica é usada por Jeremias que viu a Terra “sem forma e vazia” (Jeremias 4:23). Ele vê que “todas as suas cidades estavam derribadas diante do Senhor” (Jeremias 4:26). Esse ainda não é o fim, pois a descrição de Jeremias continua com estas palavras:
“Pois assim diz o Senhor: Toda a terra será assolada; porém não a consumirei de todo.” (Jeremias 4:27)
Isaías nos dá uma descrição paralela:
“Eis que o Senhor devasta e desola a terra, e transtorna a sua superfície, e lhe dispersa os moradores... A terra será de todo devastada e totalmente saqueada, porque o Senhor é quem proferiu esta palavra.” (Isaías 24:1, 3)
A superfície da Terra será quebrada por um terremoto e queimada pelo fogo. Vigas torcidas e concreto esmiuçado substituirão as cidades vastamente povoadas, e o único som ouvido será o suspiro do vento, o lamento dos espíritos maus, o bater das asas e o dilacerar da carne enquanto as aves de rapina se fartam na grande ceia.
Não haverá nenhuma idade áurea de paz sobre a Terra porque não haverá ninguém aqui. Agora Satanás reina livremente. Ele está perambulando e buscando a quem possa devorar. Mas logo ele terá umas férias. Sua principal ocupação durante séculos tem sido acusar, desencaminhar, e destruir. Subitamente, todas as pessoas se vão e ele é deixado sem nada para fazer. É forçado a viver sozinho por 1000 anos, não tendo ninguém para enganar. Terá tempo para relembrar todas as terríveis obras das trevas que praticou. Refletirá sobre o futuro e as profecias de Deus concernentes ao seu próprio destino.
O Diabo é um bom estudante da Bíblia. Ele conhece a Bíblia melhor do que qualquer um de nós. E sabe que cada palavra deste livro é verdadeira. Pode você imaginá-lo percorrendo este mundo? Subitamente ele olha para baixo e vê o rosto de um homem que foi morto pela glória de Deus. Ele reconhece o homem. É alguém que ele conheceu muito bem enquanto ainda vivia neste mundo. Era um bom homem do ponto de vista moral. Todos gostavam dele. Era honesto e pagava suas dívidas. As pessoas eram atraídas para sua excelente personalidade. Houve ocasiões em que esse homem quis tomar a decisão de seguir completamente ao Senhor, mas o Diabo estava ali para dizer: “Não, não. Espere. Não faça isto agora. Dê a si mesmo um pouco de tempo. As coisas melhorarão. Depois você terá uma oportunidade melhor.” E assim o homem não tomou a decisão, e perdeu-se para sempre.
O que os salvos estarão fazendo no Céu?
“Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tão pouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.” (Apocalipse 20:4)
Os justos estarão no Céu, reinando com Cristo, “e lhes foi dado o juízo.” Por que é isto necessário se o destino deles já foi decidido? Diz Paulo:
“Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois acaso indignos de julgar as coisas mínimas?” (1 Coríntios 6:2)
Esse julgamento não é para informar a Deus. Ele já sabe mais sobre nós do que nós mesmos. Uma pessoa infeliz no Céu arruinaria o paraíso para todos. Isto iniciaria todo o conflito novamente. Deus certificar-se-á que todos tenham confiança em Sua direção. Eis por que Ele já passou milhares de anos lidando pacientemente com Suas criaturas aqui na Terra.
Os livros serão abertos, e os justos terão mil anos para examinar esses livros. Quando estiver terminado esse juízo, todo o Universo saberá que nenhum pecador está perdido porque não lhe foi dada uma oportunidade. Nenhuma alma será condenada pelo que não sabia, mas muitos estarão perdidos porque não andaram pela fé na luz que lhes foi dada.
Alguém disse que quando chegarmos no Céu haverá três grandes surpresas:
1. Iremos encontrar pessoas que não imaginávamos que estariam no Céu. Segundo nossa opinião não eram boas. Tivesse dependido de nós, elas estariam perdidas. Mas Deus sabia alguma coisa sobre elas que nós não sabíamos.
Recentemente me deparei com um verso muito simples. Não sei quem é o autor, contudo suas linhas expressam o assunto com mais aptidão do que eu poderia esperar.
Quando você chegar ao Céu sem dúvida verá
Muitos cuja presença um choque lhe será.
Não se maravilhe, nem se espante,
Pois ao vê-lo muitos ficarão surpresos.
2. Haverá pessoas ausentes que imaginávamos que certamente estariam lá. Delas se tem dito: “Se alguém pode chegar ao Céu, será ele.” Mas Deus sabe alguma coisa acerca dessa pessoas que nós não sabemos. Julgamos pela aparência exterior e Deus julga pelo coração. Freqüentemente nos esquecemos de que:
Há tanto bem no pior de nós
E tanto mal no melhor de nós,
Que dificilmente compete a qualquer um de nós
Falar sobre o resto de nós.
3. A terceira surpresa é a que fazemos a nós mesmos, que o conflito terminou e estamos salvos no lar.
Agora chegamos aos eventos finais do milênio.
“Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como uma noiva adornada para o seu esposo.” (Apocalipse 21:2)
No final dos mil anos todos os santos descerão do Céu naquela grande espaçonave celestial. Deus preparará uma pista de decolagem especial para a santa cidade precisamente na velha cidade de Jerusalém. O Monte das Oliveiras será fendido pelo meio, rachado exatamente no meio. Ele se separará e proverá um grande campo de aterrissagem para a Nova Jerusalém quando ela descer. Diz a Bíblia:
“Naquele dia estarão os seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade para o sul.”(Zacarias 14:4)
Ao mesmo tempo em que a cidade está descendo, os ímpios serão ressuscitados.
“Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-los para a peleja. O número desses é como a areia do mar. Marcharam então pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu.” (Apocalipse 20:7-9)
Gogue e Magogue são termos simbólicos adaptados dos nomes de antigos inimigos do Norte de Israel em Ezequiel 38:2.
Diz o Dr. C. I. Scofield, da famosa Bíblia de Scofield:
“Que a referência primária é às potências do Norte (européias) encabeçadas pela Rússia todos concordam. A referência a Meseque e Tubal (Moscou e Tobolsk) é uma clara marca de identificação.” (Scofield Reference Bible, pág. 883).
Evidentemente, todos os teólogos não estão de acordo. A interpretação tem sido um pomo de discórdia, durante anos, entre os eruditos da Bíblia. Muitos reputados eruditos acham que esta profecia é apocalíptica. Diz John B. Taylor:
“É largamente simbólico e às vezes deliberadamente obscuro e, até mesmo, enigmático... aprofundar demasiado nos incidentes da profecia trai a ingenuidade do espetacular em vez da sobriedade do exegeta.” (John B. Taylor, Tyndale Old Testament Commentaries, pág. 243)
Uma coisa é certa. Mais do que a Rússia será destruído no final do milênio. Aqueles que participam dessa batalha final contra Deus consistirão de todos os inimigos de Deus: do norte, do sul, do leste e do oeste, todas as nações não salvas do mundo.
O livro de Apocalipse focaliza duas cidades, Babilônia e a Nova Jerusalém. A cidade amada é a esposa do Cordeiro, um símbolo da Igreja Cristã. João vê essa poderosa cidade descendo em toda a sua radiante glória. Ela se estabelece no local da velha Jerusalém. (Apocalipse 21:2, Zacarias 14:5, 6)
Sob as ordens de seu grande marechal as nações não salvas afluem das quatro cantos da Terra para cercar a cidade amada. Todos parecem estar ansiosos para serem enganados pela segunda vez. O pecado já os habituou a pensarem irracionalmente.
Satanás terá um formidável exército. Os gigantes que viveram antes do dilúvio, e alguns que vieram depois, como Golias e seus contemporâneos, Alexandre o Grande, Napoleão, Hitler, e alguns dos maiores talentos militares de todos os tempos farão parte daquele exército. Bilhões de homens e mulheres seguem-nos fileira após fileira.
“O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde também se encontram não só a besta como o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos.” (Apocalipse 20:10)
Eles estabelecem um dia D, têm uma contagem regressiva para bombardear a Santa Cidade. Mas no último momento, Deus intervém. Desce fogo do céu e os destrói.
Este é o final do grande conflito. Finalmente pecado e pecadores serão destruídos para sempre.
O lago de fogo ardeu brevemente no início dos mil anos queimando a besta e o falso profeta. Agora no final dos mil anos ele se incendeia novamente para receber Satanás e todos os pecadores da Terra que voltaram à vida na segunda ressurreição.
“Porque o salário do pecado é a morte.” (Romanos 6:23) “E o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tiago 1:15) “Os ímpios, no entanto, perecerão, ... serão aniquilados e se desfarão em fumaça.” (Salmo 37:20)
Quando as cidades de Sodoma e Gomorra foram destruídas, elas sofreram “a pena do fogo eterno” (Judas 7). Em Lamentações 4:6 lemos que Sodoma “foi subvertida como num momento.” É punição eterna, não um processo, mas um efeito. (Malaquias 4:1; Salmo 37:10)
Finalmente o pecado será destruído para sempre. Deus quer que todos nós estejamos prontos para o dia da Sua vinda.
Recentemente ouvi uma interessante ilustração. Segundo a história, quando Billy Graham era jovem, com freqüência passava o verão na fazenda de seu avô, juntamente com sua irmã. Num ocioso dia de verão, o jovem Billy estava perambulando pela fazenda com seu estilingue na mão. E aconteceu de passar diante dele o estimado peru da vovó. Que alvo! Que tentação! Poderia ele acertá-lo? Não conseguiu resistir à tentação. Sua pontaria foi exata, e a pedra atingiu o peru na cabeça, matando-o instantaneamente.
O jovem ficou assustado. Rapidamente enterrou a ave. Não teve coragem de contar a ninguém.
Na fazenda cada uma das crianças tinha certos afazeres domésticos a desempenhar. Elas se revezavam em lavar a louça da ceia. Naquela noite foi a vez da sua irmã, mas ela disse: “Billy, você vai lavar a louça para mim hoje à noite” Ele objetou como faria qualquer garotinho, até que ela lhe disse: “Eu vi o que aconteceu. Se você não lavar a louça, vou contar à vovó.” Rapidamente, ele obedeceu às ordens da irmã, não apenas naquela noite, mas por muitos dias.
Depois de alguns dias, durante os quais foi um escravo de sua irmã, chegou ao ponto em que não podia mais suportar a sua tirania. Decidiu confessar à avó o que havia feito.. Com lágrimas nos olhos ele contou toda a história. Ficou emudecido ante sua resposta. “Eu estava indagando quando você viria me contar”, disse ela. Ela estivera observando da janela do andar superior e tinha visto tudo o que aconteceu.
Deus sabe tudo sobre nós. Não confessamos nossos pecados para informá-Lo. O juízo final vindicará em todas as suas fases a justiça de Deus, assegurando-nos que a iniqüidade não se levantará uma segunda vez (Naum 1:9) e que viveremos em um Universo livre da rebelião e do pecado.
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