24 - A Última Noite na Terra

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Dez minutos depois do relógio ter marcado quatro da manhã na pequena cidade de mineração de Frank, Alberta, os moradores daquela cidade tiveram um encontro inesperado com o destino. 


Em 100 segundos incríveis de vento, pedras e poeira, uma avalanche poderosa, cruel e interminável soterrou homens, mulheres e crianças. A maioria deles estava dormindo e não teve tempo de escapar. Os que estavam acordados nunca souberam o que aconteceu.


Um livro que descreve o desastre de Frank, o compara aos gritos de alguém prestes a ser sacrificado. A parede de rocha de 90 milhões de toneladas desceu pela encosta da montanha e bramiu pela comunidade adormecida de Frank na noite de 29 de Abril de 1903.


Na noite anterior o sol tinha se posto num cenário calmo. Nenhuma daquelas pessoas tinha a mínima idéia do perigo que se escondia na montanha sobre eles. A maioria dos habitantes da cidade foi para a cama esperando despertar para mais um dia.


Não que eles não tivessem sido avisados. Há muito tempo os índios suspeitavam da Montanha Tartaruga. Eles a chamavam “a montanha que anda”. Mas, tanto num campo de batalha como num barco sem coletes salva-vidas, nos recusamos a acreditar que um desastre possa nos acontecer. 


Somos muito crédulos. Preferimos pensar, sempre, que outra pessoa é quem morrerá num acidente de carro; que a casa de outra pessoa é que será assaltada; que só as pessoas que fumam é que morrem de câncer de pulmão. Recusamo-nos a nos visualizar em situações tão inaceitáveis. As pessoas de Frank ouviram o que os índios diziam, mas não esperavam que a montanha realmente fosse andar.


Nunca vou me esquecer da primeira vez que dirigi pelo desfiladeiro de Crow’s Nest, em Alberta. Desde então, já estive em cima daquelas pedras enormes muitas vezes; lembranças terríveis do que pode acontecer, sepulcros gigantes que marcam o local onde as pessoas foram pegas completamente de surpresa. Aquela cascata da morte permanece ali como uma enorme cicatriz por todo o vale, como uma lembrança solene da montanha que anda.


Aquela foi a última noite na terra para as pessoas da cidade de Frank. A última noite na terra para muitas daquelas pessoas foi uma noite de diversão. Os bares estavam cheios. A última noite na terra para muitas pessoas tem sido uma noite de diversão, bebedeira e celebração. A última noite na antiga Babilônia foi uma noite de festividades para o Rei Belsazar. Mas naquela noite ele morreu. Como Sir Edward Arnold escreveu:


A noite em que o mataram no trono de seu pai

O fato não notado, e a mão desapercebida

Sem coroa e sem cetro jaz Belsazar

Um roupa púrpura em torno de uma forma de barro


Vivemos num mundo instável, cheio de montanhas que caminham e pessoas a servirem de sacrifício. Galileu disse: “Não, o mundo não é um corpo fixo, ele se move.” O mundo científico veio aceitar esta conclusão. Mas quando lêem as palavras de Pedro que nos dizem que este mundo, como o conhecemos, será dissolvido,  não têm certeza. Estão prontos a acreditar no astrônomo, mas não no apóstolo.


“Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.” (2 Pedro 3:10)


Apesar dos avisos, e apesar de tudo que está acontecendo, muitos ainda contam com a estabilidade das coisas terrenas e constroem sobre as areias deste mundo como se fosse uma rocha inamovível. Nunca deveríamos nos esquecer que o mundo é apenas uma bola que se move espiritual e astronomicamente.


De vez em quando, parece que, para ter a atenção da raça humana, Deus dá um chacoalhão no mundo. Através da história Deus tem dado grandes evidências de que este mundo experimenta as conseqüências dos pecados do homem e da loucura de Satanás.


Mas, o avarento agarra seu ouro, dizendo: “Isto é real. Religião, para mim, é um mito.” O financista empurra suas especulações comerciais vigorosamente, dizendo: “Dinheiro é tesouro. As coisas espirituais são para os sonhadores e sentimentalistas.” E quando as bolsas de valores quebram, ele fica completamente arrasado.


Alguém pergunta: “Por que não ouvimos mais sobre isso se Cristo está voltando e o fim dos tempos está próximo? Por que os líderes proeminentes dos círculos religiosos não anunciam isso por toda parte?” Vendo os vários livros que tenho sobre os grandes sermões do mundo, não encontro muitos sobre a Segunda Vinda de Cristo.


Se a Bíblia não falasse tanto sobre a Segunda Vinda, isso até serviria de desculpa. Você sabia que a Bíblia trata desse assunto aproximadamente 2.500 vezes?


Sempre foi plano de Deus avisar os seres humanos sobre os eventos que afetarão suas vidas e seu futuro. Há milhares de anos fomos avisados que os últimos dias seriam tempos de desastre natural.


De volta aos tempos do Antigo Testamento, a cidade de Nínive foi avisada sobre a ameaça da destruição. Mas, quando Jonas foi à cidade dar-lhes o aviso, eles o levaram a sério, e se arrependeram de seus pecados, e Deus deu a eles uma segunda chance.


Sodoma e Gomorra foram avisadas da destruição que lhes sobreviria. Ignoraram os avisos e foi a última noite na terra para elas.


O mundo antediluviano foi avisado pela pregação que Noé fez durante 120 anos, de que o Dilúvio viria. Como Sodoma e Gomorra, eles ignoraram os avisos, e a Bíblia diz: “... veio o dilúvio e os levou a todos...” (Mateus 24:39)


Por todo o Antigo Testamento as escrituras apontavam para a Primeira Vinda de Cristo. A mensagem era: “Ele vem, o Cordeiro de Deus vem para tirar o pecado do homem.” Quando Jesus apareceu, João Batista disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29)


A Bíblia está cheia de previsões a respeito da Segunda Vinda de Cristo. Não há a menor sombra de dúvida no que diz respeito a Sua promessa de voltar. Pode ser que os pregadores modernos não falem muito a respeito, mas Jesus foi o maior pregador que já andou por esta terra, e Ele disse: 


“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também.” (João 14:1-3)


Não há nada de ambíguo nesta promessa. Ele esteve aqui uma vez, o relato histórico dos evangelhos e epístolas está bem certo sobre isso, e Ele disse: “Virei outra vez”.


Jesus foi acusado de ser um impostor. Foi acusado de blasfêmia, mas nunca foi acusado de ser hipócrita, nem mesmo por seus inimigos. Esta era uma acusação que nunca poderia ser levantada contra Ele – nem mesmo de forma falsa.


Jesus nunca mentiu, e nunca foi conhecido por ser exagerado. Ele nunca quebrou uma promessa. Ele prometeu voltar. Essa é toda a evidência que precisamos, de que Ele está voltando.


Num certo caso judicial, um advogado disse ao juiz que seu cliente não poderia estar presente no tribunal. O juiz ficou nervoso e irritado com a ausência dessa pessoa. Ele resmungou com ao advogado: “Você pode me dar três boas razões para esta pessoa não estar aqui?”


“Sim”, disse o advogado. “Em primeiro lugar, ele morreu esta manhã. Em segundo...”


“Pare”, disse o juiz. “Você não precisa de outras razões. Sua primeira razão já é boa o suficiente.”


O fato de Jesus ter prometido voltar seria o suficiente. Eu não precisaria de mais provas. Mas há muitas outras razões para se acreditar. Para cada vinte versos no Novo Testamento, um fala sobre a Segunda Vinda. Ela é mencionada 318 vezes nos 260 capítulos do Novo Testamento.


No Japão existe um vulcão muito famoso chamado Fujiyama. É tão bonito que os pintores paisagistas do país quase sempre o incluem em suas paisagens. Algumas vezes está na frente, algumas vezes no fundo, em algumas é o objeto principal, e em outras é usado como cenário. Algumas vezes, é pintado com o brilho de um pôr-do-sol, outras vezes à luz da lua, mas o Fujiyama está sempre lá.


A Segunda Vinda de Cristo sempre está presente nos capítulos das Escrituras. Algumas vezes é o assunto principal, outras vezes é mencionada por estar ligada a outro assunto, mas sempre está lá.


Temos a promessa de Jesus. Também temos o testemunho dos anjos.


“Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu  dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, assim  virá do modo como o viste subir.” (Atos 1:9-11)

 

E então ouvimos a trombeta de Deus. Com isto os mortos se levantam – milhões incontáveis de remidos. Paulo acreditava numa aparição pública e gloriosa. Ele disse em sua carta a Tito:


“Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.” (Tito 2:13)


Eis a imagem de Sua volta. Ele vem para levar Seu povo. Ele vem trasladar os vivos, e ressuscitar os mortos. Sua vinda será real. Cristo prometeu, os anjos confirmaram, Paulo ensinou. E Pedro?


“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as cousas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.” (Atos 3:19-21)


Pedro acreditava que Deus ia mandar Jesus de volta a este mundo.


“Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.” (1 Pedro 5:4)


Os outros discípulos acreditavam que Cristo iria voltar em poder e glória? Veja o que Tiago disse:


“Sede, pois, irmãos, pacientes, até a vinda do Senhor...” (Tiago 5:7)


Temos o testemunho de Cristo, dos anjos, de Paulo, Pedro e Tiago. A estes juntamos as palavras de Judas:


“Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades.” (Judas 14)


Pedro, Paulo, Tiago e Judas ansiavam pela Segunda Vinda de Cristo. E João? O discípulo amado termina o livro do Apocalipse com uma promessa e uma oração.


“Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:20)


Esta é sua oração? Algumas pessoas não querem que Ele volte.


Um jovem pregador estava dirigindo uma série de conferências no sul dos Estados Unidos. Uma noite depois de ter pregado sobre a Segunda Vinda de Cristo, uma senhora veio até ele e disse: “Meu jovem, sou cristã desde antes de você nascer, e sou tão boa cristã quanto você.”


“Não tenho dúvidas quanto a isso”, disse o jovem pregador.


“Amo o Senhor Jesus Cristo tanto quanto você”, continuou a senhora.


“Não posso negá-lo”, respondeu o jovem.


Então, ela disse: “Amo o Senhor Jesus de todo o coração, mas não quero que volte enquanto eu estiver viva.” Havia algo de errado com o amor daquela senhora.


Paulo descreve a vinda de Jesus desta forma:


“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.” (1Tessalonicenses 4:16, 17)


Esta é uma descrição do maior acontecimento público de toda a História. É um anúncio triplo. Primeiro, ouvimos o grito do Filho de Deus, o poderoso grito da vitória. Na cruz Ele disse: “Está consumado”, e a terra tremeu e o céu se encobriu. Nas nuvens nosso Salvador grita o grito da vitória que reverbera por todo o mundo. A natureza bate palmas, e o sol brilha com maior intensidade. Os montes se movem em Sua presença, e as árvores se inclinam. Jesus voltou.


Infelizmente muitas pessoas não estão se preparando para Sua vinda. São como as pessoas no tempo do Dilúvio que se recusavam a ouvir a pregação de Noé.


“Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.” (Mateus 24:38, 39)


O que você pensaria de um homem que fosse a um hotel caro, se registrasse num quarto de luxo e recebesse toda a hospitalidade do estabelecimento, pedindo o melhor que o hotel pode oferecer? Ele come à vontade pela manhã, à tarde e à noite, convida os amigos para partilharem disso tudo com ele. Não se abstém de nada. Fica por algum tempo, e os dias passam enquanto ele desfruta o luxo, as amizades, as luzes brilhantes. Mas, quando chega a conta, é pego completamente de surpresa. Começa a tremer, dizendo: “Nunca esperei que fosse tanto!”


“O que?”, o gerente pergunta. “O senhor veio aqui, pediu um quarto, tomou suas refeições, partilhou tudo com seus amigos, e não esperava  pagar sua conta?”


Milhões de pessoas agem dessa forma hoje em dia. Eles comem e bebem do melhor desta terra. Mas a conta vai chegar. Deus nos tem como responsáveis por nossos atos, palavras e até mesmo atitudes. A Bíblia diz que Deus “estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça.” (Atos 17:31) A Bíblia diz:


“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo.” (2 Coríntios 5:10)


Estamos no limiar do que a Bíblia chama Armagedon. Estamos testemunhando grandes acontecimentos. Profecias estão se cumprindo rapidamente. É estranho ver que os acontecimentos históricos estão ocorrendo perante nossos olhos. Tudo em nosso mundo está em grande agitação. Há uma coisa mais importante que qualquer outra para nós. Jesus diz:


“Por isso ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá.” (Mateus 24:44)


Você está pronto? Um inspetor de escolas que gostava de crianças visitou uma determinada escola e disse às crianças: “Logo voltarei aqui, e darei um prêmio para quem tiver a carteira mais limpa.”


“Mas quando você vai voltar?”, as crianças perguntaram.


“Não posso dizer quando,” foi sua resposta.


Uma garotinha conhecida por seu hábito desordeiro anunciou que ela ganharia o prêmio. Os outros meninos e meninas riram. “Sua carteira está sempre bagunçada. Você nunca vai ganhar o prêmio.”


“Mas vou limpá-la no início de cada semana”, ela disse.


“Mas ele deve vir no fim da semana.”


“Então vou limpá-la toda as manhãs.”


“E se ele vier a tarde?”


Ela pensou um pouco. “Já sei o que vou fazer. Vou mantê-la limpa.”


Precisamos estar prontos sempre. Você quer que Jesus venha?


Anos atrás fiquei impressionado com um filme em que um homem estava sendo levado para a forca. Antes de morrer lhe perguntaram se queria dizer suas últimas palavras. O que você diria se soubesse que estas palavras seriam as últimas que você pronunciaria? Algumas pessoas morrem repentinamente e não tem tempo de dizer nenhuma frase famosa. Outros sabem quando vão morrer, e têm tempo de se preparar. Tenho estado ao lado de um grande número de leitos de morte. Tenho visto pessoas nos últimos momentos de vida. É surpreendente como a conversa muda quando a pessoa está perto da morte. Nunca ouvi uma pessoa prestes a morrer gastando seu tempo com brincadeiras tolas ou conversas frívolas.


Jesus estava prestes a morrer na cruz do Calvário. Deve ter considerado cuidadosamente as últimas palavras que diria antes de ir para a cruz. O que poderia Ele dizer que realmente fizesse diferença para Seus discípulos tão comprometidos?


Alguns santos são sempre pessimistas, chorando por causa das abominações da terra. Eles esfregam as mãos e agonizam sobre as coisas terríveis que estão acontecendo. Certamente há muito pelo que agonizar quando vemos as condições do mundo.


Acho encorajador saber que as últimas palavras de Jesus não foram palavras pessimistas. Note sua mensagem a Seus seguidores:


“Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças; porque a vossa redenção se aproxima.” (Lucas 21:28)


A que coisas Jesus se referia? Ele tinha acabado de citar uma lista de sinais que mostravam a proximidade de Sua vinda. Eram guerras e rumores de guerra, fome, pestes e doenças, terremotos e violência. Jesus disse que esses eventos deveriam ser motivo para nos alegrarmos, porque mostram que Sua vinda está muito próxima.


Haveria também sinais no sol, na lua e nas estrelas. Você encontra estes sinais repetidos nos livros de Joel, Amós, Mateus, Marcos, Lucas e Apocalipse. Vejamos o que encontramos no livro de Amós.


“Sucederá que, naquele dia, diz o Senhor Deus, farei que o sol se ponha ao meio-dia e entenebrecerei a terra em dia claro.


“Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor.” (Amós 8:9, 11)


A fome é uma coisa terrível. Todos nós já lemos histórias de grandes períodos de fome no passado. Pense na fome em Jerusalém no tempo em que os romanos cercaram a cidade, quando as pessoas foram forçadas a praticar o canibalismo! Diz-se que algumas mães comeram os próprios filhos, cumprindo assim a profecia de Deuteronômio.


“Comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas, que te der o Senhor, teu Deus, na angústia e no aperto com que os teus inimigos te apertarão.” (Deuteronômio 28:53)


A falta de água é uma experiência terrível. O corpo dura algum tempo sem comida, mas não sem água. Ouvimos histórias sobre pessoas que morreram no deserto. No Vale da Morte, pequenas pilhas de pedra marcam os pontos onde alguém morreu de sede. Em um dos lugares toda uma caravana morreu. Mais tarde, alguém descobriu que havia água a apenas dois metros abaixo de onde morreram de sede.


A escassez de comida é hoje um problema sério em vários países. Há centenas de milhares de pessoas hoje que, sem dúvida, morrerão de fome. E parece que a população da terra está aumentando muito mais do que a produção de alimentos. No próximo ano, nesta mesma época, a população da terra terá crescido em milhões. Não há solução prática para esta catástrofe mundial.


A cada segundo o mundo recebe mais duas bocas para alimentar. A explosão populacional é tão crítica que a fome ameaça até mesmo a existência de muitos países. Dois terços da população mundial vai para a cama com fome todas as noite. A cada 8,6 segundos uma pessoa morre de fome. Podemos entender o que Isaías quis dizer quando falou sobre a terra “ficar velha como um vestido”.


Além da fome, que foi mencionada, Amós fala sobre um tipo surpreendente de fome. Uma fome “não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor”.


Ninguém tem problemas para ouvir a Palavra do Senhor em nosso país livre. Todos podem ter acesso à Bíblia se o desejarem. As pessoas não fazem fila para ouvir a Palavra de Deus. Elas procuram diversão e prazer, mas, geralmente, não buscam ouvir a Palavra de Deus. Mas vai chegar o dia em que isto irá mudar.


Algum dia, as pessoas irão buscar a Palavra de Deus, mas será tarde demais. Virão ao local onde desejam ouvir a pregação da verdade. Seu desejo será como o de alguém que sente, e anseia por comida.


Em alguns países as pessoas buscam avidamente a Palavra de Deus. No Brasil, os maiores auditórios que alugamos foram pequenos demais para comportar as multidões. Na América do Norte materialista, temos tanto que estamos satisfeitos. Não sentimos que precisamos da Palavra de Deus. Talvez Deus tenha de tirar algumas dessas coisas de nós para despertarmos.


Chegará o tempo em que muitos dos que excluíram a Palavra de Deus, irão, finalmente, querer ouvi-la. Eles vão querer ouvir o Evangelho eterno, as boas novas da salvação. Terão sede da água da vida, mas a fonte estará selada. Eles buscarão a Palavra de Deus com grande determinação e desespero. Veja as palavras da profecia:


“Andarão de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão.” (Amós 8:12)


Imagine uma pessoa que vá até a Flórida não para ir à Disney World, mas para ouvir a Palavra de Deus. Não encontrando-a na Flórida, cruza o continente até a Califórnia, ansiosamente, procurando uma oportunidade para aprender sobre Deus. Ela atravessa o oceano até as Ilhas Britânicas, a França, a Itália, o Oriente Médio, onde quer que haja o rumor de que a Palavra de Deus está disponível. Mas não conseguirá encontrá-la.


Como isso irá acontece? Finalmente, muitas pessoas estarão convencidas de que, no fim das contas, a Palavra de Deus pode mesmo ser verdadeira. Elas se lembrarão de algumas das coisas que ouviram em nossas reuniões. Agora o dia do julgamento final está sobre elas. Através das ruas da América, Europa, Ásia e África, elas vão buscar a Palavra de Deus, e não a encontrarão. Oh, que dia de terrível fome! Oh, hora de perdição eterna!


Talvez você costumasse ouvir sua mãe ou seu pai lendo a Bíblia em família. O que você não daria para ouvi-los de novo? Você quer isso, tem fome e sede disso, mas o dia da fome chegou. Deus diz: “Meu espírito nem sempre estará com o homem.”


Logo a porta da graça será fechada. Isso será feito por Deus, não por você ou por mim. É tempo de vir, agora, enquanto a porta ainda está aberta, antes que a tempestade devastadora comece.


Você tem ouvido a mensagem de Deus. Tem lido Sua Palavra. O que fará com ela? Como é perigoso deixar que a luz se aproxime de você, e depois deixá-la ir! Uma grande fome virá quando Deus fechar a porta e um anjo proclamar as palavras encontradas no livro do Apocalipse:


“Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.” (Apocalipse 22:11, 12)


A Bíblia diz que algum dia as pessoas baterão à porta. Elas dirão:


“Senhor, abre-nos a porta.” (Lucas 13:25)


“Abre-nos a Bíblia! Antes não estávamos interessados, mas agora estamos!” Qual será a resposta que receberão do Senhor?


“Não sei donde sois.” (Lucas 13:25)


Quando o Espírito de Deus for retirado da Terra, não haverá mais mudança no coração. A pregação não terá mais poder. A oração não ajudará mais no que diz respeito à salvação das almas.


No Antigo Testamento, Esaú chorou de tristeza, desapontamento e remorso, mas não houve arrependimento, nem mudança de coração. Ele estava triste pelo que havia perdido. Pensemos em Judas e seu choro desesperado: “Pequei, traindo sangue inocente”. (Mateus 27:4) Houve remorso, mas não arrependimento verdadeiro. Triste até morrer, mas sem se render!


Na correria das responsabilidades da vida, milhões de pessoas correm em direção aos dias de fome. E a Bíblia nos diz exatamente o que elas dirão quando for tarde demais!


“Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos.” (Jeremias 8:20)


A porta da graça ainda está aberta hoje. Você ainda está vivo. Deus está falando ao seu coração agora. Esta é a chance da sua vida. Este é seu dia.


Enquanto oramos e pedimos

Enquanto você vê as necessidades de seu coração

Enquanto nosso Pai te chama para o lar

Meu irmão, você não irá?


Quando será a última noite na terra? Não sabemos. A Bíblia diz:


“Mas a respeito daquele  dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai.” (Mateus 24:36)


A última noite na Terra poderia ser esta para alguém! Ninguém que ouve estas palavras pode ter a certeza do amanhã.


Suponhamos que um anjo anunciasse que Jesus voltaria amanhã no raiar do dia. O que você faria a partir de agora até então? Seus planos mudariam de alguma forma? Posso pensar em algumas coisas que eu faria.


1. Em primeiro lugar, eu gostaria de ter certeza que está tudo bem entre mim e meu Criador. Se houvesse algum pecado não confessado em minha vida, eu passaria algum tempo de joelhos fazendo a coisa certa.


2. Em segundo, gostaria de ter certeza de que está tudo certo entre mim e meus companheiros. Se soubesse de algum sentimento ruim, faria de tudo para encontrar a pessoa com quem precisaria falar e pedir-lhe-ia perdão. Mesmo que eu tivesse de andar quilômetros em meio a uma grande tempestade, ou de fazer uma cara viagem de longa distância, eu o faria.


3. Faria tudo para avisar meus amigos, parentes e vizinhos sobre Sua vinda. Provavelmente, eu gritaria pelas ruas: “Estejam prontos, Jesus está voltando!”


Não sabemos quando Ele vai voltar. Mas esta poderá ser minha última noite na terra. No caminho para casa eu poderei encontrar um motorista com mais álcool no sangue, do que bom senso na cabeça. Meu último dia estaria acabado. Esta poderá ser nossa última noite na terra! Agora é a hora de acertarmos as contas com Deus.


O mundo está cheio de teorias religiosas. Você não precisa ficar confuso. Há verdade suficiente e compreensível para todos, para que sejam guiados através do caminho da salvação. A coisa mais importante é agir de acordo com a verdade que você recebeu. Dedique sua vida a seguir esta verdade. Logo nosso Senhor irá voltar, trazendo Sua recompensa. Que todos possamos estar prontos!




26B - A Última Noite na Terra




Oh tempo, volte atrás

E faça-me um menino de novo

Só por esta noite.*


Venha comigo passear pelas lembranças! Cresci na província de Saskatchewan, no Canadá. Nós morávamos numa cidade pequena, e não costumávamos ir à cidade grande com freqüência. Este era um dia muito especial. Toda a nossa família ia à cidade de Saskatoon para participar de um evento único. O Rei George VII e a Rainha Elizabeth estariam visitando nossa cidade. Chegamos cedo. A preparação para a visita real era evidente em todo lugar que se olhasse. Os prédios tinham uma nova pintura, a grama estava cortada, as faixas davam boas vindas ao rei e à rainha.


Na rua abarrotada de gente, conseguimos encontrar um lugar para esperar pelo desfile. O tempo parecia ter parado enquanto esperávamos. Havia tanto para um garotinho ver! Todos os olhos estavam observando enquanto uma banda marchava rua abaixo. Eu nunca tinha visto uma banda ao vivo. Fiquei maravilhado. Lembro-me principalmente dos grandes trombones. Parecia que aqueles homens estavam engolindo longos canos.


Aí veio o desfile de automóveis. Conversíveis pretos brilhantes, oficiais da cidade, membros do governo da província, o primeiro ministro do Canadá, todos com aparência digna e oficial. E lá estavam eles! Vagarosamente, eles passaram por nós, o Rei e a Rainha do Império Britânico. Quando passaram, o rei olhou para mim e sorriu. Isso era o máximo para um garotinho, mas havia apenas uma coisa que parecia importante naquele momento. Todos olhavam para o rei.


Algum dia, em breve, você e eu veremos o Rei. Acredito, de todo o coração, que o Rei está voltando, e que chegará muito em breve! Tenho boas razões para acreditar. Ele prometeu voltar.


“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também.” (João 14:1-3)


Se esta fosse a única promessa da Segunda Vinda na Bíblia, eu acreditaria que Jesus está voltando, porque Ele nunca quebrou uma promessa. Ele nunca exagerou. Sua palavra é certa. Jesus prometeu voltar, e esta promessa é o suficiente para mim.


Há outras razões para crer em Sua breve volta. Não apenas Jesus fez a promessa, mas os anjos a confirmaram. Um dia, Jesus estava caminhando com Seus discípulos, quando, de repente, perceberam que Seus pés não tocavam mais o chão. Ele começou a subir cada vez mais alto, até que foi encoberto pelas nuvens. Aqui está como a Palavra de Deus descreve este evento:


“Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu  dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles, e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá do modo como o viste subir.” (Atos 1:9-11)


Jesus prometeu voltar, os anjos confirmaram esta promessa, e os apóstolos a reafirmaram. O apóstolo João, na Ilha de Patmos, fez esta importante declaração:


“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o  verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!” (Apocalipse 1:7)


Não só João declara esta verdade sobre nosso Rei, mas Paulo em sua carta a Tito descreve a esperança do cristão com as seguintes palavras:


“Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.”  (Tito 2:13)


Jesus prometeu voltar a este velho mundo. Os anjos confirmaram esta promessa e os apóstolos a reafirmaram. Esta importante promessa foi revelada pelos profetas do Antigo Testamento desde que nossos primeiros pais foram expulsos do Jardim do Éden. No livro de Judas vemos que Enoque, o sétimo depois de Adão, era um pregador do segundo advento.


“Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades.” (Judas 14)


Quando jovem, fui convidado para assistir o que provavelmente seria meu primeiro filme. Era chamado “The Missing Christians” (Os Cristãos Desaparecidos). Este filme do Moody Bible Institute contava a história de uma família em que a esposa e alguns dos filhos eram cristãos, mas o marido nunca tinha entregado sua vida a Cristo.


De repente, no meio da noite, com uma música, “We Shall Rise” (Nós Subiremos), cantada por um quarteto masculino, misteriosas almas brancas foram vistas subindo ao céu.


Na manhã seguinte, a mãe e alguns dos filhos tinham desaparecido. Por toda a cidade, pessoas haviam desaparecido. As linhas telefônicas da polícia estavam congestionadas. Os jornais da tarde anunciavam o estranho desaparecimento de milhões de pessoas na terra.


No dia seguinte, na escola, todos falavam sobre o filme peculiar, e sobre o arrebatamento. Perguntei a alguns amigos onde poderia encontrar a descrição do arrebatamento na Bíblia. Eles olharam para mim chocados. “Você não acredita na Bíblia? Você não prestou atenção no filme na noite passada?” Logo descobri que a questão do arrebatamento era um sacrilégio.


Então, numa noite de domingo, eu estava procurando por uma estação no rádio da sala, quando ouvi um pregador dizendo:


“Um dia desses, tão certa quanto é a Palavra de Deus, aqueles que fizeram um apelo a você, que o avisaram, que oraram por você, terão desaparecido. O pregador, a mãe, a esposa terão desaparecido, e o berço do bebê estará vazio. Que despertar!


“Imagine acordar uma manhã, e descobrir que sua esposa não está ali. Você a chama, mas não há resposta. Você desce as escadas, mas ela não está lá. Você chama pela filha, perguntando onde está a mãe, mas não há resposta da filha. A filha também se foi. Você liga para a polícia, mas a linha está ocupada. Centenas de milhares de pessoas estão ligando, congestionando as linhas telefônicas. As ruas estão cheias de pessoas chorando e lamentando o desaparecimento de seus amados. O que aconteceu? O Senhor veio como um ladrão na noite. Silenciosamente, Ele levou aqueles que confiaram nEle, como Enoque, e nenhum deles foi deixado para trás para adverti-lo, para orar por você  ou lhe mostrar o caminho.


“De repente, enquanto um marido não-salvo está  procurando por sua esposa, ela desaparecera. Uma mãe amamentando seu bebê, de repente, sentirá seus braços vazios. Ela estará segurando apenas as roupinhas do bebê. Pessoas num ônibus, repentinamente, o sentirão ziguezaguear, e verão que está indo direto para uma vala. Vão perceber que o motorista desapareceu no ar, sem ter aberto a porta ou janela.” (1)


Quando pesquisei em minha Bíblia, encontrei várias passagens sobre a Segunda Vinda de Cristo, mas nenhuma delas parecia se encaixar na descrição dada no filme, ou a do pregador. Fiquei intrigado com o mistério de tudo isso. Depois, soube que muitos cristãos acreditavam num arrebatamento secreto. Alguns deles estão tão preparados para este evento que deixam cartões em casa, para que, quando forem raptados, seu estranho desaparecimento seja explicado. Nos cartões estão escritas estas palavras:


“A quem interessar possa. Esta família aguarda ansiosa o retorno iminente do Senhor. Quando isto ocorrer – como certamente irá ocorrer – numa noite, ou numa hora, descobrir-se-á que milhões de pessoas desapareceram, e esta casa for encontrada vazia, saibam que aconteceu o que o apóstolo Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses 4:4-17. Isso vai significar que Cristo chamou para fora deste mundo todos os salvos, dos quais fazíamos parte, nessa casa. Não procurem por nós. Voltaremos dentro de sete anos, quando Cristo vier com todos os seus santos para destruir o Anticristo, e não permitir que o Anticristo coloque sua marca em suas frontes e mãos.” (2)


Li a respeito de uma igreja sofisticada de Hollywood, com 2.000 membros, que tomou, até mesmo, providências legais para prover uma liderança contínua para a igreja quando seus oficiais forem repentinamente levados para o céu. Esta congregação visionária votou que os membros que não forem levados no arrebatamento, se unam no primeiro domingo após o arrebatamento para nomear um presidente temporário para ajudá-los a organizar seu trabalho no período da tribulação.


Decidi fazer um estudo aprofundado sobre este assunto intrigante. Seria tolice chegar à uma conclusão sem conhecer os fatos. A Bíblia diz:


“Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha.” (Provérbios 18:13)


Embora não tenha encontrado nada sobre um arrebatamento secreto na Bíblia, li muitos livros escritos por teólogos que acreditam nesta teoria. Eles são conhecidos como dispensacionalistas. Logo notei que a ordem dispensacionalista dos eventos é a seguinte:


1. Arrebatamento

2. Tribulação

3. Segunda Vinda

4. Milênio


Vendo todas as passagens bíblicas que dão a ordem dos acontecimentos, logo percebi que são bem diferentes da dos dispensacionalistas. Em Mateus 24, Jesus nos dá um relato detalhado de Sua vinda.


“Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.” (Mateus 24:29-31)


Esta ordem não segue aquela ensinada pelos pregadores dispensacionalistas. A ordem que Cristo dá é a seguinte:


1. Tribulação

2. Sinais no sol, na lua e nas estrelas

3. Segunda Vinda em poder e glória

4. Os santos são levados ao céu


No capítulo 13 de Marcos temos outro relato dos acontecimentos dos últimos dias, dados por nosso Salvador.


“Mas naqueles dias, após a referida tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados. Então verão o Filho do Homem vir nas nuvens, com grande poder e glória. E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da terra até à extremidade do céu.” (Mateus 13:24-27)


A ordem aqui é idêntica à de Mateus 24:



  1. Tribulação

2. Sinais no sol, na lua e nas estrelas

3. Segunda Vinda em poder e glória

4. Santos levados ao céu


Em Lucas 21 encontramos outra descrição da vinda de Cristo, mais uma vez, completamente diferente da ordem dispensacionalista, mas idêntica à ordem dada em Mateus e Marcos.


“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho de Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças; porque a vossa redenção se aproxima.” (Lucas 21:25-28)


1. Tribulação

2. Sinais no sol, na lua e nas estrelas

3. Segunda Vinda em poder e glória


Vamos aos escritos do apóstolo Paulo, que descreve a segunda vinda de Cristo em detalhes. Sua descrição lista os eventos na mesma ordem que os autores do Evangelho, completamente diferente daquela ensinada pelos pregadores modernos.


“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.”

(1 Tessalonicenses 4:16, 17)


1. Segunda Vinda em poder e glória

2. Ressurreição dos justos

3. Santos arrebatados ao céu


No capítulo 6 do Apocalipse temos outra descrição do retorno de nosso Rei a esta terra. Mais uma vez é mostrada a ordem dos acontecimentos, totalmente oposta ao que ensinam os dispensacionalistas.


1. Sinais no sol, na lua e nas estrelas

2. Segunda Vinda em poder e glória


Não é estranho que não haja sequer uma passagem bíblica que concorde com os professores da teoria do arrebatamento, assim como a ordem dos eventos na Segunda Vinda de Cristo? Ainda mais surpreendente é que não há nenhuma passagem das Escrituras que sugira que haverá um arrebatamento secreto. 


O Dr. Rowland V. Bingham, editor do Evangelical Christian (Cristão Evangélico), conta como sua esposa veio a ele num sábado à noite com a seguinte pergunta:


“Tenho que ensinar sobre a Segunda Vinda amanhã de manhã na minha classe da Escola Dominical. Tenho procurado uma prova do arrebatamento secreto, mas não consigo encontrar. Você poderia me ajudar a encontrar os textos, por favor?”


O Dr. Bingham achou que o problema era simples. “É fácil”, ele disse, “leia 

1 Tessalonicenses 4:16”.


“Mas eu já li, e é o texto mais rumoroso que já vi na Bíblia”, ela respondeu.


O Dr. Bingham decidiu ir a fundo no assunto. Ao escrever sobre isso, mais tarde, ele disse:


“As semanas que seguiram àquela pergunta inocente e o problema a que me levou, é uma outra história. Se você defende a teoria de um arrebatamento secreto da igreja, tente você mesmo responder esta simples pergunta.” (3)


Qual é essa pergunta tão simples? “Onde o arrebatamento é encontrado na Bíblia?” Ele descobriu que em lugar nenhum. Mais tarde, um amigo seu, o Dr. G. Campell Morgan, escreveu uma carta ao Dr. Bingham, dizendo:


“Suponho que eu possa dizer que, ao longo dos anos, tenho passado por experiências semelhantes, com relação a estas questões proféticas. O termo “arrebatamento secreto” por muito tempo me tem parecido questionável, e bem impreciso em suas palavras, à luz daquilo  que  as Escrituras ensinam.” (4)


Muitos outros teólogos dispensacionalistas tentaram responder à mesma pergunta simples. Ao falar sobre sua mudança de crença depois de um estudo cuidadoso da Bíblia, Henry Frost, disse:


“Este ponto de vista poderia ser considerado verdadeiro se alguma passagem nas Escrituras o confirmasse, mas não pode ser defendido pelo fato de que nenhuma passagem sugere uma tal seqüência de acontecimentos e que muitas passagens certamente o contradizem.” (5)


Outro teólogo, depois de um estudo cuidadoso desta questão, fez esta declaração:


“Nenhuma explicação pode mostrar em 1 Tessalonicenses 4:16,17 um arrebatamento secreto. Esta passagem é um acompanhamento do advento glorioso do Senhor.” (6)


Philip Mauro era um crente fiel ao arrebatamento, até que testou a teoria pelas Escrituras. Ele disse:


“É terrível lembrar que eu não apenas ensinava estas novas, como também tinha uma senso de superioridade por causa disso, e olhava com pena e compaixão para os que não haviam recebidota nova luz.” (7)


Até mesmo os que ensinam a teoria do arrebatamento secreto admitem que ela não é encontrada na Bíblia. John Walvoord, do Dallas Theological Seminary, admite:


“A partida da igreja desta terra certamente causará alvoroço, embora a Bíblia nunca pareça se referir a ele diretamente.” (8)

 

Como um estudioso da Bíblia, adequadamente, expressa:


“O fato de que nenhum texto do Novo Testamento declara expressamente que o arrebatamento precede ou não a tribulação leva a uma conclusão mais além, de que o tempo do arrebatamento em relação à grande tribulação deve passar por uma análise cuidadosa das passagens que são relevantes.


“Para nós é um fato surpreendente que não haja absolutamente nenhuma passagem nas Escrituras que ensine, nem mesmo insinue, uma vinda secreta de Cristo sem a ajuda de muita inferência, interpolação, suposição, adição e anulação.” (9)


Onde originou-se este ensinamento não-bíblico? Foi durante a reforma protestante que os estudiosos da Bíblia começaram a enfatizar as características únicas do chifre pequeno ou o Anticristo. Os grandes reformistas estudaram profundamente a profecia bíblica. Foi seu estudo das profecias de Daniel e do Apocalipse que os levou a romper com a igreja medieval. Eles chegaram à conclusão de que o Anticristo, o chifre pequeno, a besta, o homem da iniqüidade, Babilônia e a prostituta, tudo apontava para o papado.


Martinho Lutero, um monge augustiniano, na Universidade de Wittenberg, relutantemente veio a acreditar que o “papado na verdade, é o próprio Anticristo.”


Outros católicos chegaram à mesma conclusão. Arnulf, o bispo de Orleans, lamentou os papas romanos como “monstros da culpa”, e declarou num concílio convocado pelo Rei da França, em 991, que o Pontífice, vestido de púrpura e ouro, era o “Anticristo, sentado no templo de Deus e apresentando-se como o próprio Deus”.


Eberhard III, arcebispo de Salzburgo (1200 – 1246), declarou que o povo de seu tempo estava muito acostumado a chamar o papa de Anticristo.


Quando a igreja ocidental foi dividida por mais ou menos 40 anos entre dois papas rivais, um em Roma e o outro em Avignon, França, cada papa chamava o outro de Anticristo. John Wycliffe ficou conhecido por achar que ambos estavam certos.


“Duas metades do Anticristo, formando o perfeito Homem da Iniqüidade entre eles.”


O dedo profético apontava para o papado. Algo devia ser feito para aliviar a pressão. Em 1585, a contra-reforma jesuíta, tentando desviar o entendimento e a atenção do papado, lançou um ataque à interpretação profética e histórica da Bíblia. Dois padres jesuítas foram designados para encontrar um subterfúgio, para tirar a pressão do papado. Eles eram os cardeais Bellarmine e Ribera. Eles projetaram um esquema para o futuro, quase idêntico ao ensinado pelos pregadores fundamentalistas de hoje. Eles ensinaram que o Anticristo seria um ditador maligno, ateu, que se estabeleceria em Jerusalém por três anos e meio, literalmente. Eles introduziram um parênteses entre o tempo de Cristo e o fim dos tempos. Eles atacaram o próprio princípio bíblico de dia-ano para interpretação das profecias. Esta idéia foi plantada, deliberadamente introduzida no pensamento protestante. O futurismo católico foi introduzido na teologia protestante. Protestantes como Edward Irving, John Darby e Charles Scofield promoveram os ensinamentos jesuítas.


A vitória jesuíta foi muito mais completa do que eles sonhavam. A igreja católica não precisa mais lutar contra a reforma.


Agora os protestantes assumiram a batalha, protegendo o papado de qualquer perigo de ser relacionado ao Anticristo. Isto foi feito através da introdução de uma falha na profecia bíblica.


“No momento em que o Messias morreu na cruz o relógio profético parou. O ponteiro não se move há 19 séculos. Não voltará a funcionar até toda a presente era  ter terminado, e Israel será novamente levada a Deus.” (10)


Por anos, Harry Ironside promoveu a teoria da falha. Ele falava com freqüência na estação de rádio WMBI, do Moody Bible Institute. T. Stanley Payne era o supervisor de tráfego na estação Moody. Depois de um programa de Ironside, os dois homens conversaram sobre a profecia bíblica. O Sr. Ironside admitiu:


“Sei que o sistema que ensino está cheio de falhas, mas estou muito velho e escrevi livros demais para mudar agora.” (11)


Os dispensacionalistas ensinam que quando Daniel interpretou o sonho do rei Nabucodonozor no capítulo 2 de Daniel, o profeta não estava atento ao fato de que a imagem seria quebrada entre as pernas e os pés. Nem sabia que os chifres da besta de Daniel 7 não tinham relação com a besta, mas que estes estavam separados por uma falha de 2 mil anos. Daniel não sabia que sua profecia das setenta semanas não era de setenta semanas. Lewis S. Chafer, em sua Sistematic Theology (Teologia Sistemática), faz a seguinte declaração:


“Na continuidade do ajuste de contas divino, os pés de ferro e barro estão ligados e sua representação segue ao período das pernas de ferro sem qualquer interrupção. Da mesma forma, a septuagésima semana de Daniel é uma seqüência das sessenta e nove que vieram antes e completa aquela pertencente à sexagésima nona. Embora 200 anos estejam entre elas, a continuidade profética vê apenas a realidade dos gentios representada por uma imagem inteira, e a história judaica de 490 anos ininterruptos por uma era imprevista e não relacionada.” (12)


Tornar a linha de medida de Deus das setenta semanas numa linha elástica, frustra completamente o uso da profecia. As setenta semanas não são mais setenta semanas, mas são esticadas por milhares de anos. Adiar a septuagésima semana para um futuro distante destrói toda a profecia. A septuagésima semana ocorreu exatamente quando se esperava que acontecesse, após a sexagésima nona semana.


Supondo que você perguntasse à alguém: “Qual a distância até Los Angeles?”


“Setenta quilômetros”, viria a resposta. Naturalmente você iria concluir que poderia fazer a distância dirigindo pouco mais de meia hora. E então, você é informado que levará alguns dias para fazer a viagem, pois há uma falha de 2 mil quilômetros entre o sexagésimo nono e o septuagésimo quilometro.


Com esta falha, a distância não é mais de setenta quilômetros, mas de dois mil e setenta quilômetros. Inserindo uma brecha de dois mil anos na profecia das setenta semanas anula totalmente o significado da profecia. Tire uma semana e uma declaração clara e simples torna-se desprovida de significado.


Uma pesquisa mais cuidadosa não garante um parênteses entre a sexagésima nona e a  septuagésima semanas de Daniel 9. A última semana na grande profecia é uma das referências proféticas mais conclusivas em toda a Escritura. Nela, encontramos uma das muitas provas de que Cristo era o Messias, e que apareceu no momento exato de acordo com o relógio de Deus. A profecia, tão maravilhosa em sua simplicidade e conveniente em seu testemunho teve seu cumprimento exato na semana memorável do início dos anos com o ministério de Jesus, iniciado em Seu batismo, em 27 d.C., convincente em Sua crucificação em 31 d.C., e findando com o apedrejamento de Estevão, em 34 d.C. Foi no final desta semana que o tempo de separação do povo judeu findou e o evangelho foi levado aos gentios. A idéia daqueles que tiram esta última semana das setenta e a marcam arbitrariamente para um período de dois mil anos no futuro é fantástica e fantasiosa!


Qual o resultado dessa interpretação das Escrituras? O dispensacionalismo resulta na idéia de que há dois caminhos para a salvação, que Cristo não é o único caminho até o Pai. Veja esta declaração:


“Com o chamado de Abraão e a entrega da lei e tudo o que se seguiu, existem duas provisões padronizadas e bem diferentes pelas quais um homem que caiu pode obter o favor de Deus.” (13)


“A lei permanece como representação do sistema meritório – esse plano divino que, de acordo com o Novo Testamento, é tido como contrário ao plano de salvação de Deus, pela graça. Além da verdade de que ambos os sistemas são ordenados por Deus para serem usados em ocasiões a seu critério, eles contrastam em todos os pontos.” (14)


A implicação é óbvia. Os santos do Antigo Testamento foram salvos sem Cristo, salvos pela lei. A Bíblia nos ensina que a lei não pode salvar.


“Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.” (Romanos 3:20)


O dispensacionalismo não apenas pede que acreditemos que a salvação no tempo do Antigo Testamento era uma salvação sem Cristo, como também ensina que a maior parte do Novo Testamento não era destinada para cristãos.


“As bênçãos são recebidas pelo mérito. Isto contrasta fortemente com a benção que o cristão obtém na posição elevada à qual se apega instantaneamente através de Cristo no momento em que crê.


“O princípio legal reafirmado nesta passagem, não é apresentado em nenhuma parte dos ensinamentos sobre a graça. Ao invés disso, apresenta ‘a lei e os profetas’.” (15)


“Os ensinamentos de Moisés e os ensinamentos do reino são puramente legais, enquanto que as instruções dadas ao crente dessa dispensação estão em conformidade com a graça pura. A lei não pode ser quebrada ou dividida. Permanece como uma unidade. Comprometer-se com alguma parte dela é comprometer-se com tudo. Nada poderia ser mais sem sentido ou diferente da Escritura do que aceitar algumas partes do sistema de lei, tanto a de Moisés quanto a do reino, e ao mesmo tempo rejeitar outras partes.” (16)


Esta é uma declaração poderosa! A menos que você queira sacrificar cordeiros, trate os outros como você gostaria de ser tratado. Isso seria seguir a regra de ouro, e Chafer diz que não está de acordo com a Bíblia, é ilógico e sem sentido apropriar-se de certas partes das Escrituras, e negar o restante. Ao invés de levar as pessoas à Bíblia e aos ensinamentos de Jesus, Suas palavras são tiradas dos cristãos. O Sermão da Montanha não é algum assunto periférico, é o coração dos ensinamentos de Jesus.


Há alguns anos, numa das cidades onde eu dirigia uma série de conferências conheci Dennis, um músico muito talentoso, maestro do coral de uma grande igreja. Ele foi despedido por reger o coral numa bela versão do “Pai Nosso”. Seu pastor lhe disse que  não era uma mensagem para a igreja, pois era legalista. Era um ensinamento do reino designado apenas aos judeus, assim como a lei de Moisés e o Sermão da Montanha. Em Systematic Theology, Chafer diz:


“‘Perdoa as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores...’ mais uma vez, isto é puramente legal. O perdão por parte dos cristãos é ordenado; mas é de acordo com o elevado princípio da graça... o caráter legalista desta grande oração do reino não deveria ser passado por alto por  razões sentimentais abandonadas em um aprendizado anterior.” (17)


Ao dividir a Bíblia em partes, as bênçãos de muitas dessas partes ficam perdidas para os cristãos. Este esquema encobre, perigosamente, muitas verdades da Palavra de Deus. É um ataque sutil à verdade da Bíblia. Um pregador dispensacionalista declarou:


“Não há sequer um dedal cheio de graça nos sinópticos Evangelhos.” (18)


John Darby afirmou que nenhuma das Palavras de Deus foram ditas para os cristãos. Isto mostra o quão perigoso é ser levado por esta heresia que invadiu a igreja cristã.


“Na verdade, nada foi dirigido à igreja pelo Senhor em pessoa, porque ainda não havia uma igreja para a qual dirigir-se.” (19)


Gostaria de desviar sua atenção das declarações e teorias humanas, de volta à infalível Palavra de Deus. O livro de Deus nos assegura que Jesus está para voltar a este mundo, não num arrebatamento secreto, mas em poder e glória, assim como prometeu. Ele não abandonou este nosso mundo. Ele deixou Seu sangue aqui, e está voltando para nos levar para o lar. Ele vai voltar como nosso Senhor e Rei. A Bíblia termina com uma promessa e uma oração, e quero deixar esta promessa com você, agora: 


“Aquele que dá testemunho destas cousas diz: Certamente, venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:20)


A parte mais importante dessa mensagem é a necessidade de todo cristão estar pronto para Sua breve volta.


Em 1914, uma expedição conduzida por Sir Ernest Shackleton saiu da Inglaterra para atravessar o continente da Antártida no navio “Endurance”. Placas de gelo se fecharam em volta do navio e o partiram em dois. Por cinco meses os membros da expedição vagaram sobre grandes banquisas de gelo. Então, com a ajuda de pequenos barcos eles foram salvos do “Endurance” e foram até a ilha Elefante. A terra habitada mais próxima ficava a 1.290 quilômetros, na ilha de Geórgia do Sul.


Shackleton, com cinco de seus homens, encarou ondas gigantescas em seu pequeno baleeiro, e chegaram a Geórgia do Sul. Logo foi organizada uma tentativa de resgate. A primeira tentativa falhou. As massas de gelo flutuantes se fecharam e o barco de resgate teve de voltar. Uma segunda tentativa foi organizada e falhou. Uma terceira tentativa foi feita, e mais uma vez, o gelo saiu vitorioso.


Só depois de quatro tentativas de resgate Shackleton encontrou um caminho através da ilha Elefante. Enquanto se aproximava daquele deserto de gelo e neve, ficou imaginando o que encontraria. Estaria alguém ainda vivo depois de meses de espera? Será que, talvez, alguns dos sobreviventes tivessem enlouquecido com o silêncio e a espera?


Shackleton encontrou todos os homens vivos, em boas condições e bom espírito. Como sobreviveram? O segredo estava na liderança do homem que ele havia deixado encarregado. Todo dia ele dizia a seus homens: “Preparem-se, rapazes, o capitão pode voltar hoje.”


E todos os dias eles se aprontavam. Todos os dias eles se preparavam. Todos os dias eles observavam. Todos os dias eles aguardavam. E apesar do longo silêncio, apesar dos grandes problemas, um dia, Shackleton voltou. Precisamos observar e orar todos os dias. E um dia, em breve, Jesus vai voltar para nos resgatar. Seu conselho para nós é:


“Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá.” (Mateus 24:44)







1. Richard Dehaan, Radio Bible Class, Novembro de 1954, de Martin Dehaan.

2. Allan Walker, Last Day Delusions, pág. 45.

3.  C. G. McGavern, Rapture or Ressurrection, pág. 81.

4.   George E. Ladd, The Blessed Hope, pág. 55.

5.   Idem, pág.58.

6.   Ibidem, pág. 58.

7.   Philip Mauro,  The Gospel of the Kingdom, págs. 6, 7.

8.   John Walvoord, “Christ’s Olivet Discourse on the End of the Age” (Bibliotheca Sacra, CIX (1952)), 

    pág. 5.

9.  C. G. McGavern, Rapture or Ressurrection, págs. 31, 52, 53.

10. H. A. Ironside, The Great Parenthesis, pág. 23.

11. Dave MacPherson, The Great Rapture Hoax, pág. 86.

12. Lewis Sperry Chafer,  Systematic Theology, Vol. IV, pág. 339.

13. Lewis Sperry Chafer, “Dispensationalism”, Bibliotheca Sacra XCIII  (1936), pág. 390.

14. Lewis Sperry Chafer,  Systematic Theology, Vol. III, pág. 343.

15. Idem, Vol. IV, pág. 216.

16. Idem, pág. 225.

17. Ibidem, pág. 225.

18.  Cox, An Examination of Dispensationalism, pág. 41, citando J. C. O’Hair.

19. William Kelly, ed. The Collected Writings of J. N. Darby, vol. IV, pág. 31.




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