Podemos considerar a Deus como a Natureza globalizada pelas leis instituídas bioquimifisiologicamente e matematicamente?
por Alberto R. Timm
Para explicar a misteriosa origem do mundo e do Universo, só existem duas alternativas plausíveis. Ou cremos na existência de um Ser Supremo (Deus), que é a Causa sem causa de tudo o que existe; ou teremos de admitir que, em determinada época, a própria matéria era inteligente, com capacidades criadoras e organizadoras que ela não mais possui.
Isso implica no fato de que, para descrer de Deus, o indivíduo “deve assumir que efeitos são maiores do que suas causas; que os maiores efeitos são totalmente sem causa; na realidade, que algo, e algo poderoso ainda por cima, veio do nada.” (Lucas A. Reed, Astronomy and the Bible, p. 14).
Não resta a menor dúvida de que todo ser humano possui uma necessidade inerente de algo, superior a ele mesmo, a quem ser grato pelos triunfos da vida e a quem recorrer em busca de auxílio para os seus problemas existenciais.
Não conhecendo o Deus das Escrituras, adeptos das religiões naturais têm venerado vários elementos da própria Natureza, aos quais admiram e/ou temem. Por conseguinte, seres humanos adoraram, ao longo da História, mais de 2.500 divindades diferentes (ver Michael Jordan, Encyclopedia of Gods: Over 2,500 Deities of the World [New York: Facts On File, 1993]).
A Bíblia, no entanto, reivindica um culto monoteísta ao Deus Criador e Mantenedor do Universo, considerando todos os demais deuses como falsos (ver Êxodo 20:1-6).
Sem qualquer tentativa de provar cientificamente a existência de Deus, as Escrituras declaram que “no princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1), e qualificam como “insensato” aquele que diz que “não há Deus” (Salmo 14:1; 53:1).
Mesmo obtendo um conhecimento parcial dos atributos de Deus “por meio das coisas que foram criadas” (Romanos 1:2), não podemos nos esquecer que é somente “pela fé” que “entendemos que foi o Universo formado pela Palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hebreus 11:3).
Em relação à natureza de Deus, devemos ser cuidadosos para não cairmos no extremo do deísmo, que afasta completamente a Deus da Sua criação (ver Ezequiel 8:12), nem no extremo oposto do panteísmo, que confunde a Deus com a Sua criação (ver Romanos 1:25).
A despeito de Sua onipresença (ver Salmo 139:7-10), Deus é um Ser pessoal e distinto da Sua criação (ver Gênesis 1; Salmo 33:9; João 1:1-13; Colossenses 1:15-17; etc.). Mas essa natureza divina, ao mesmo tempo transcendente e onipresente, é algo que foge completamente à nossa compreensão.
Como criaturas, não temos acesso ao Ser interior de Deus (ver I Coríntios 2:10 e 11), que “habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver” (I Timóteo 6:16). Se pudéssemos explicar plenamente a misteriosa natureza de Deus, seríamos iguais a Ele.
Fonte: Sinais dos Tempos, fevereiro de 1999. p. 29 (usado com permissão)
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