por Alberto R. Timm
Nas Escrituras encontramos referências à circuncisão de crianças (Gênesis 17:12; Levítico 12:3; Lucas 2:21; confrontar com Gálatas 5:6; 6:15), à apresentação de crianças em tenra idade ao Senhor (Levítico 12:6-8; Lucas 2:22-24), bem como ao fato de Cristo haver abençoado algumas crianças durante o Seu ministério (Marcos 10:13-16); mas em nenhum lugar aparece, ao longo do Texto Sagrado, qualquer alusão ao batismo de crianças.
Foi somente após a Era Apostólica que tanto o batismo infantil quanto o batismo por aspersão acabaram sendo incorporados ao cristianismo.
Várias evidências bíblicas mostram que durante a Era Apostólica o batismo era ministrado por imersão. Por exemplo, se o rito não fosse praticado dessa forma, que necessidade haveria de João Batista oficializá-lo onde havia “muitas águas” (João 3:23)?
Como Jesus poderia ter saído “da água” (Mateus 3:16; Marcos 1:10), após ser batizado, se Ele não houvesse entrado? E que razão haveria para Filipe entrar com o eunuco na água, a fim de batizá-lo (Atos 8:36-39)? Além disso, a própria expressão de Paulo “sepultados com Ele [Cristo] no batismo” (Romanos 6:4) só tem significado se o batismo for por imersão.
Já a ministração do batismo apenas às pessoas que tenham condições de entender o significado desse rito baseia-se
(1) no fato de Cristo ter dado o exemplo, batizando-se como adulto (ver Lucas 3:21-23);
(2) na ordem de Cristo de que só deveriam ser batizados aqueles que previamente exercessem fé (ver Marcos 16:16);
(3) no ensino apostólico de que, antes de ser batizada, a pessoa deve se arrepender e crer no Evangelho (ver Atos 2:38; 8:36, 37; 16:30-33); e
(4) no fato de não encontrarmos qualquer texto nas Escrituras que fale a respeito do batismo de crianças. Diante disso, somos levados à conclusão de que o batismo infantil por aspersão é uma prática baseada na tradição pós-apostólica, não sancionada pelas Escrituras.
Fonte: Sinais dos Tempos, maio de 1999. p. 29 (usado com permissão)
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