46 O ato de circuncisão é obrigatório ou opcional nos dias de hoje?

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por Alberto R. Timm


A circuncisão, como sinal exterior do concerto entre Deus e Seu povo escolhido, foi instituída no tempo de Abraão (Gênesis 17:10-14, 23-27; 21:4; Atos 7:8) e incorporado posteriormente, de forma explícita, na lei de Moisés (Levítico 12:3; João 7:22). 


Apesar de haver sido temporariamente interrompida durante a peregrinação no deserto, ela voltou a ser praticada logo após a entrada dos israelitas na Terra Prometida (Josué 5:2-9). 


Que esse ato só alcançava o seu pleno sentido religioso quando acompanhado da dedicação incondicional da vida a Deus e a Sua vontade é evidente nas referências que falam de uma circuncisão do coração (ver Deuteronômio 10:16; 30:6; Jeremias 4:4).


Enquanto que no Antigo Testamento a circuncisão era uma condição básica para pertencer ao povo de Deus (Gênesis 17:9-14), no Novo Testamento essa condição passou a ser o batismo cristão (ver Mateus 28:18-20; Marcos 16:15 e 16; Atos 2:37 e 38). 


Em resposta aos cristãos judaizantes que tentavam impor a circuncisão aos gentios que aceitavam o cristianismo, o Concílio de Jerusalém deixou clara a opcionalidade dessa prática (ver Atos 15; Gálatas 2).


O apóstolo Paulo é incisivo em afirmar que “em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor” (Gálatas 5:6), o “ser nova criatura” (Gálatas 6:15) e o “guardar as ordenanças de Deus” (I Coríntios 7:19). E o mesmo apóstolo acrescenta: 


“Foi alguém chamado, estando circunciso? Não desfaça a circuncisão. Foi alguém chamado, estando incircunciso? Não se faça circuncidar” (I Coríntios 7:18). Hoje, portanto, a circuncisão, para os cristãos, não passa de uma opção pessoal, destituída de qualquer significado religioso.


Fonte: Sinais dos Tempos, junho de 1999. p. 29 (usado com permissão)


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