Texto: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus.” I Cor 3:6.
Objetivo: Estimular a igreja olhar mais para Jesus como cabeça da igreja e não de homens.
Assunto: Fidelidade a Cristo.
INTRODUÇÂO
Paulo através dos membros da casa de Cloé, quando estava em Éfeso, recebeu a notícia de que estava havendo dissensões dentro da igreja, alegando que era mais importante ou de um patamar superior ser batizado por esse ou por aquele apóstolo.
Ele escreveu aos coríntios que isso era sem valor, que eles não deviam se gloriar em homens, mas em Deus. Seu objetivo principal foi mostrar aos leitores que a realidade era que todos deveriam estar unidos a Cristo , e através dEle ligados a Deus. Cristo é o líder supremo da igreja, todos os seres humanos exercem com um sacerdócio de igual valor diante dEle.
O PROBLEMA DE CORINTO: DIVISÃO.
O cristianismo, bem como outras religiões e segmentos, tem enfrentado um
problema comum e difícil de lidar são as chamadas “estrelas”. Muitas pessoas com excelentes dons tem atraído a sua simpatia de outros irmãos menos dotados, simplesmente devida a sua boa eloqüência, as boas programações que realizam, as músicas que são apresentadas de maneiras emocionadas. Muitas vezes esses seguidores criam discussões entre si na tentativa de colocar em evidências as qualidades de suas “celebridades”. Não é só possível rebaixar os líderes cristãos através das críticas, mas exaltá-los através de elogios e disputas que exageram sua importância e corremos o risco de esquecermos o Filho. Cristo é a cabeça da igreja e só Ele deve ser seguido pelos cristãos.
Divisões em Coríntios
Os cristãos em Corinto estavam-se dividindo em partidos. Paulo dá a entender que havia um partido de Paulo, um de Apolo, um de Cefas (ou Pedro) e, um título que deve ter sido usado com ar especial de santidade, o partido de cristo. Paulo incentivou a unidade dos cristãos, e combateu o partiadarismo com algumas perguntas penetrantes: “ Acaso está Cristo dividido? Foi paulo crucificado em favor de vós ou fostes, por ventura, batizados em nome de Paulo?”. Para cada pergunta Paulo esperava, naturalmente, receber um não.
a- “Cristo está dividido?”- a unidade cristã encontra sua fonte no adoração de um Senhor. O terreno ao pé da cruz testifica o fato de que somos um. Todos nós participamos das águas de um só batismo e fomos batizados em nome de Cristo. Essas realidades de nossa fé nos unem. Essa união, porém, não deve ser celebrada apenas como artigo de fé; precisamos usá-la na prática para torná-la realidade. Paulo apela aos crentes para que se voltem para a união que em realidade já é deles.
Os adventistas do sétimo dia não podem dar-se ao luxo de considerar a unidade da fé e de propósito uma realidade fora de perigo. As divisões experimentadas na igreja de Corinto podem subverter a unidade de nossa igreja ainda hoje, a menos que o amor e a soberania de Cristo nos unam a si em nossa diversidade. As palavras de Paulo oferecem a cura da enfermidade da desunião.
b- Os partidos. Embora a igreja de Corinto tivesse apenas uns 50 membros, ela estava dividida em quatro grupos.
O partido de Paulo : Este grupo preferia Paulo aos outros apóstolos. No segundo século, o herege Marcion dava prioridade aos escritos de Paulo. Mesmo no século vinte, alguns teólogos dão maior valor a suas epístolas do que a outras partes do novo testamento. Assim, a ênfase de Paulo na liberdade cristã pode ter sido pervertida para tornar-se o ensino de que a lei não mais é necessária aos cristãos. Essa idéia esta muito difundida em nossos dias.
O partido de Apolo: As pessoas desse partido manifestavam preferência pessoal po Apolo, que era poderoso no falar e aparentemente mais persuasivo do que Paulo. Os críticos de Paulo em Corinto diziam: “as cartas dele são duras e fortes, mas ele pessoalmente não impressionava, e sua palavra é desprezível”. ( II Co 10:10 NVI).
Partido de Cefas: Embora Pedro não houvesse fundamento essa igreja era líder reconhecido, cuja missão era buscar primeiramente os judeus no que se refere ás questões de conduta.
Partido de Cristo: Esse partido pode ter sido fundamento por alguma pessoa preeminente, que afirmava ter conhecido a Cristo em carne. Outra possibilidade é que as pessoas desse grupo primeiramente reagiram corretamente aos outros partidos, mas depois se envolveram eles mesmo no espírito de partidarismo.
“Um semeia outro colhe. Mas os própios patores não devem ser idolatrados, nem deve haver preferências religiosa e favoritos entre o povo; são as verdades que eles trazem que devem ser aceitas e apreciadas na modéstia da humildade”._ Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol.6, 1.086.
Separados ou unidos?
Grupos religiosos recém formados, sem aprovação do governo, eram proibidos de
possuir edifícios públicos para adoração. Na verdade, até perto do fim do segundo século, era incomum haver templos separados. Mas, pelo menos em algumas ocasiões, os cristãos coríntios parecem ter se reunido como um todo. Paulo escrevendo de Corinto, faz referências a “Gaio, meu hospedeiro e a toda a igreja”. E + _ Cor l4:l3 refere-se a reuniões de “toda a igreja: Essas, entretanto, parecem ter sido ocasiões excepcionais.
De todas as igrejas de Paulo, sabemos mais sobre Corinto. É possível identificar 16 membros por nome. Baseados na evidência do novo testamento, uma estimativa muito respeitada sugere que havia cerca de cinqüenta membros na igreja de Corinto nos dias de Paulo; talvez um pouco mais.
As razões para os partidos
A causa básica está em que os coríntios detestavam os líderes cristãos, em lugar de Cristo. Paulo apresenta quatro acusações contra o espírito de partidarismo:
O espírito partidário eleva os apóstolos a uma posição que somente Cristo deve ocupar (1:13-17)
Os partidos chamam a atenção para a sabedoria e para as capacidades humanas, considerando os ministros cristãos mais como professores de filosofia do que pregadores da palavra de Deus. (1:17)
A verdadeira sabedoria provém do Espírito de Deus não daqueles que compartilham de um espírito partidário.
Os partidos tornavam os apóstolos rivais uns contra os outros, e não coobreiros de Cristo.
De início, a situação em Corinto parece incrível, e os coríntios, tolos. Mas antes de nos apressarmos a julgar, precisamos perguntar-nos se os adventistas do sétimo dia de hoje são isentos do espírito de tais divisões ou da tendência de idolatrar certos líderes e mestres.
II- A SOLUÇÃO DE PAULO: CRISTO
Paulo apresenta alguns aspectos importantes do cristianismo que, se colocados em prática, diminuiria muito do problema de divisão partidária em Corinto. Ele apresenta 3 elementos chaves para a compreensão do ministério cristão na terra: Cristo, os ministros (co-obreiros) e as figuras dos crentes com templo de Deus e construtores. (I Cor 3:9-23).
Só Cristo
Ele deve ser o foco da atenção e da admiração. O evangelho é a respeito de Cristo- Cristo crucificado, morrendo por nossos pecados, ressuscitado, ministrando no céu, retornando- e neguem mais.
Cristo é a fonte da verdadeira sabedoria. No coração do partidarismo em Corinto parece ter havido um anseio pela “sabedoria”, um apetite tomado emprestado da cultura local. Paulo já havia repreendido a inclinação de voltar a essa prática (1:10-17). Aqui ele se ergue contra as forças que se achavam por trás das facções- argumentado que se deve buscar a “sabedoria mais profunda, a sabedoria procedente de Cristo.
Sabedoria humana- Para os gregos a sabedoria era a síntese de toda a filosofia e habilidade humanas. Hoje, o mundo ainda exalta as realizações humanas, a capacidade e o conhecimento. Os cristãos coríntios se satisfaziam com habilidades que não possuíam, e que admiravam nos outros, como que assumindo essas habilidades por substituição. Assim exaltam um líder mais do que outra imitando as pessoas do mundo que nunca conheceram a Cristo.
A sabedoria humana também valoriza grandemente o acidente do nascimento. Embora poucos cristãos Coríntios tivessem nascimento nobre, eles mantinham em mente essa elevada herança.
Esse tipo de pensamento levava o povo de Corinto a tomar decisões e baixar seu s valores num plano meramente humano. Em vez de baixar seu julgamento em Deus e na eternidade, confiavam na sabedoria humana. A todos que seguem esse caminho, a cruz se torna loucura: aos judeus, que buscavam sinais e um messias terrestre, aos atenienses,que escarneciam do relato de Paulo a respeito da ressurreição de Cristo e aos cristãos coríntos, que confiavam em homens, e não no Cristo crucificado.
2. Os apóstolos não são rivais, são co-obreiros.
São instrumentos usados por Deus servos do divino mestre. Em cada ponto da obra da igreja, em cada passo da conversão de uma alma, unicamente Deus pode fazer as coisas acontecerem. Paulo, Apolo, Pedro e outros líderes são como jardineiros- plantando a semente e regando-a, ou como construtores- lançando os alicerces e acrescentando à estrutura tijolo a tijolo pavimento a pavimento.
Por muito tempo têm-se discutido o significado das palavras de Paulo com respeito ao desempenho dos líderes cristãos. Mas o significado da passagem se esclarece quando consideramos as inscrições antigas e respeitada construções de templos. Elas dizem que qualquer que danificassem alguma parte do templo durante sua construção deveria pagar uma multa diante do tribunal.
Os cristãos são templos de Deus
Paulo intitula-se o prudente “construtor” a quem Deus confiou supervisão da construção do templo, a igreja de Corinto. Embora todos os líderes sejam servos de Deus, Paulo deseja lembrar seus conversos de que teve papel especial, dado por Deus, com respeito a esta igreja.
O Novo Testamento usa com freqüência a palavra exemplo para apresentar os cristãos ou uma comunidade cristã. Também templo é uma figura usada para o cristão individualmente.
Paulo escreveu a herdeiros da “cultura de templos” do grego clássico. A história registra que Corinto provia artífices e materiais para a construção de templos em outras cidades. Re construções no centro da cidade, do tempo de Paulo, indicam que a presença de templos era uma característica inconfundível em Corinto. As pessoas a quem Paulo escreveu, ao caminhar pelas ruas de sua cidade, observavam diariamente projetos de construção á ilustração de Paulo com respeito aos templos. Paulo usa idéias comuns a todos os templos.
CONCLUSÃO
Cristo é o único mestre a quem devemos seguir Ele morreu por nós e precisamos estar todos unidos a Ele. Seus ministros são co-obreiros que ajudam a ganha mais discípulos e eu não são mais do que servos na obra. Gostaria você de fazer parte do corpo de Cristo?