Diz a Bíblia: "Jeová é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura, e faz subir". I Sam. 2:6. Portanto, o poder de dar e tirar a vida é privativo de Jeová. A mesma Bíblia, porém, diz com relação a Cristo: "Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer". S. João 5:11.
Dirão que o Pai Lhe outorgou tal poder. Isto é ver por ângulo errado a funcionalidade da Pessoa do Filho, e Sua subordinação. Ele saiu, foi enviado para exercer a função temporária na Terra, mas sem perder os requisitos inerentes à Divindade. Diz ainda o Livro: "(...) O último Adão [Cristo], porém, é o espírito QUE VIVIFICA". I Cor. 15:45.
Isto corrobora a Deidade do Filho de Deus.
Propriedades Comuns
Comparemos, com isenção de ânimo, as afirmações que seguem, perfeitamente documentadas com texto8 bíblicos:
1. Honrar ao Filho é honrar ao Pai. S. João 5:23.
2. Ver a Cristo é ver a Deus. S. João 14:7-9.
3. Conhecer a Cristo é conhecer ao Pai. S. João 14:7.
4. Crer em Cristo é crer em Deus. S. João 12 :44.
5. Cristo faz as mesmas coisas que o Pai. S. João 5:19.
6. Cristo ressuscita os mortos como o faz o Pai. S. João 5:21.
7. Cristo tem vida em si mesmo como a tem o Pai. S. João 5:26.
8. "Tudo quanto o Pai tem, é Meu'". S. João 16:15.
9. "Eu e o Pai somos um". S. João 10:30.
Isto nos leva fatalmente à conclusão da Deidade de Cristo. Especialmente as duas últimas declarações somadas significam que se Cristo possui TUDO QUANTO o Pai possui, por que não pode Ele possuir os títulos do Pai, e por eles partilhar também de Sua intrínseca. Divindade?
Os Caminhos de Jeová
Revelam-nos as Escrituras que João Batista preparou o terreno para o ministério de Cristo. Foi adiante dEle, e preparou-Lhe o caminho. Pois bem, Zacarias, pai de João Batista, em seu cântico refere-se a Jesus como Jeová. Assim reza textualmente a tradução Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, edição brasileira, em S. Lucas 1:76:
"Mas quanto a ti, menino [refere-se a João Batista] serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás de antemão na frente de Jeová para aprontar os Seus caminhos".
Se os caminhos de Jesus e de Jeová são OS MESMOS, segue-se que Jesus e Jeová SÃO O MESMO. Disse-me um jeovista que o sentido aí é de que Jesus era mero "procurador" de Jeová. Se non é vero é bene trovato ... As conclusões disparatadas são a tônica dos negadores das verdades cristalinas da Palavra de Deus!
Pai e Filho Não Podem Dissociar-Se
Com espírito desarmaria de preconceitos, pensemos no seguinte: Na sua primeira carta aos coríntios, Paulo não cessa de revelar vislumbres notáveis da misteriosa, mas real relação existente entre o eterno Deus e Seu idêntico Filho. Logo no primeiro capitulo Paulo declara que Cristo é "PODER de Deus e SABEDORIA de Deus". Por outro lado, João escreveu que Cristo "é o VERDADEIRO DEUS e a vida eterna". Estas declarações, unidas, transfundem Cristo em Deus.
Ora, se, como pretendem os jeovistas, o "poder" e a "sabedoria de Deus" (Cristo) não existiram sempre mas em algum tempo tiveram um começo, então AO PAI FALTOU EM ALGUM TEMPO plenitude, perfeição, integralidade, pois se o Filho, o Verbo, não fosse eterno, logicamente nem o Pai possui eterna sabedoria e eterno poder, visto que Cristo é a plenitude de ambos esses predicados. Veja-se como isto se torna um argumento inexpugnável, cotejando-se especialmente estes versículos:
"Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus". I Cor. 1:24, ú.p.
"Ele é o verdadeiro Deus e a vida eterna". I S. João 5:20.
"Ele é a resplendor da Sua glória [de Deus], e a EXPRESSÃO EXATA DO SEU SER [de Deus], sustentando todas as coisas pela palavra do Seu [de Cristo] poder". Heb. 1:3.
"Porquanto nEle habita corporalmente TODA A PLENITUDE da Divindade". Col. 2:9.
A conclusão é fatal: Um não pode dissociar-Se do Outro, pois o esvaziamento de um seria o esvaziamento do outro.
A Mesma Glória
Lemos em Isaías 42:8: "Eu sou Jeová, este é o meu nome; a Minha glória não darei a outrem (...) ". Esta última declaração é reiterada em Isa. 48:11. Mas em S. João 17:5 nos é revelado o seguinte: "E agora glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, COM AQUELA GLÓRIA QUE TINHA CONTIGO ANTES QUE O MUNDO EXISTISSE".
Ressalta do primeiro texto que a glória divina é inerente e intransferível, de Sua própria substância. Não pode ser dada a outro. Não pode ser partilhada com outro. Contudo, na oração de Cristo, Ele proclama que será glorificado COM A GLÓRIA DO PAI, glória que não Lhe era nova, inédita, pois diz que já a possuía, com (grego para) o Pai, vislumbres dessa glória foram vistos em algumas ocasiões: na transfiguração (S. Mat. 17:2), ao dizer "Ego eimi" (Eu sou, ou sou Eu).
Em S. João 18:6 o que fez tombar seus capturadores, e a própria ressurreição gloriosa de Cristo foi prova de Sua glória divina.
Um jeovista "erudito" quis contornar o assunto dizendo que a palavra grega para, em S. João 17:5, quer dizer através de. Isso não tem cabimento. Através de em grego, seria dia. A palavra para no texto em lide está no caso dativo e jamais se pode traduzir por "através". O próprio Thayer a traduz "com", "juntamente com". Seria então: "a glória que tive juntamente contigo (...)".
Isto reforça a verdade da Divindade de Jesus.
A Idolatria de Estêvão
Estêvão, o protomártir do cristianismo, ao ser apedrejado "invocava e dizia: Senhor Jesus recebe o meu espírito". Atos 7:59. Ora, é inadmissível e sobretudo pecaminoso orar a quem quer que seja senão só a Deus. Portanto, se a opinião das "testemunhas de Jeová" fosse correta, isto é, que Jesus é um espírito criado, então Estêvão foi um idólatra quando orou a quem não era realmente Deus, a alguém que era criatura. Daqui não há fugir. Então, amigos, Cristo é Deus, da mesma essência que o Pai.
Ainda a Glória de Cristo
A visão do profeta Isaías relatada no capítulo 6, foi de Jeová, no templo, na Sua glória, com o séquito de serafins. Uma cena inenarrável. Em S. João 12:41, as Escrituras nos revelam que Isaías VIU A GLÓRIA DE CRISTO, e falou dEle. A glória única presenciada por Isaías foi a relatada no capítulo 6 de seu livro: a glória de Jeová. A conclusão, portanto, é a de que Jeová é o mesmo Jesus, e a glória de ambos é uma só glória.
Louvor e Domínio Para Sempre
No livro do Apocalipse, principalmente 1:6 e 5:13 se associam a Pai e o Filho na fruição dos louvores, da glória, do domínio pelos séculos dos séculos, e da adoração, em absoluta igualdade de condição. Isto é impressionante. No entanto, o clímax dessa associação ocorre na última visão joanina em que Deus e o Cordeiro Se acham num ÚNICO trono. Isto indica unidade essencial.
Meditemos Nisto
Não foi senão DEPOIS que o Evangelho fora pregado quase 300 anos, nos exatos termos do Novo Testamento, que "alguém" se propôs a atacar a crença dos cristãos na Deidade de Cristo. Quem o fez foi Ário. E a maneira insólita de seus ataques demonstrou que até aquela época os cristãos criam na Divindade de Jesus, sem nenhuma sombra de dúvida. Era assunto líqüido e certo. Mas os argumentos arianos, da forma como foram elaborados, eram uma objeção à crença prevalecente, E NÃO A CORREÇÃO DE UMA HERESIA. Diante deste fato, então o unitarismo é que é heresia. E de fato o é. Heresia que distancia a homem da graça divina e o faz perder a salvação em Cristo Jesus.