13 OBJEÇÕES IRRAZOÁVEIS

SUBTILEZAS DO ERRO


"NA mais alta categoria dos inimigos do evangelho de Cristo, estão aqueles que, aberta e explicitamente 'julgam a lei,' e 'falam mal da lei' – aqueles que ensinam os homens a quebrar ... não somente um ... mas todos os mandamentos de um só golpe... isto é, na verdade, demolir enunciados com muita violência...; isto é resistir na cara a nosso Senhor." (1) 

Esta pesada declaração saiu da pena zelosa do reavivalista João Wesley, e expressa uma grande verdade. Sem a lei. por que haveria o Evangelho? Como nos salvaria ele das acusações de um padrão cuja vigência se nega? 

Se o Decálogo está perempto, gostaríamos de perguntar quais dos seus preceitos não são mais necessários hoje, para estar de fato caduco e não mais vigorar. Seria, acaso, o primeiro, que veda ao homem ter "outros deuses?" ou o segundo, que proíbe frontalmente a idolatria? ou o terceiro, que obsta a leviandade e irreverência para com o augusto nome de Deus? Seria, então, o quarto que ordena taxativamente a observância da determinado dia ordinal – exato e inconfundível – um memorial da Criação? Mandamento positivo, enfático, detalhado, precedido de um imperativo "Lembra-te?" (Ou já desapareceu a Criação para que tenha desaparecido o seu memorial?) Será que o quinto mandamento não é mais necessário na sociedade hodierna? Será que a "dia das mães" e o "dia dos pais" superaram as relações afetivas que o preceito estabelece entre filhos e pais? 


Qual dos mandamentos – repetimos – não é mais necessário em nossos dias? O "não matarás?" O "não adulterarás?" Poderá estar perempto um código que condene a mentira, o roubo, a cobiça? Não existem hoje tais males? E o sincero cristão não se absterá deles, pelo poder do Espírito que o identifica com Cristo e o habilita a viver em consonância com a divina norma de conduta resumida nos Dez Mandamentos? 

Mui oportuno o que disse o fervoroso evangelista Moody sobre este ponto: "Jamais encontrei um homem honesto que achasse alguma falha nos Dez Mandamentos. A lei dada no Sinai nada perdeu de sua solenidade... O povo precisa ser levado a compreender que os Dez Mandamentos estão ainda em vigor, e que há uma penalidade ligada a cada violação,.. O sermão do monte não cancelou os Dez Mandamentos." (2) 

Acaso a solução não está em Cristo? – berram os anominianos. Exato! A solução está unicamente em Cristo repetimos nós com toda a ênfase. Mas como se sentiriam os homens culpados e conduzidas ao Salvador, se o Espírito os não convencesse de pecado (transgressão da lei), de justiça (perfeito cumprimento da lei) e de juízo (julgamento à vista da lei)? Como poderia ocorrer isso se não existisse um PADRÃO? Este é o processo que precede a conversão. E, depois de salvo, como viver? Qual a norma de conduta revelada por Deus? Onde o padrão? Não pode deixar de existir uma regra de conduta. 

E o grande mestre batista, o erudito teólogo A. H. Strong com a sua autoridade desmente a tese do livro que estamos considerando, quando inequivocamente: "A súmula da doutrina da liberdade cristã é oposta ao anominianismo; podemos dizer que Cristo não nos livrou da lei como uma regra de conduta – como crêem os antinomistas." (3) 

E ainda outro teólogo batista, hoje muito acatado e de indiscutível autoridade, pastor Thomas Paul Simmons, também declara de modo a não deixar dúvidas: "A Lei de Deus fixa o dever e a responsabilidade do homem. A Lei de Deus é o guia e o padrão do homem... é a vontade revelada de Deus ...A conversão envolve submeter-se alguém à vontade de Deus." (4) 

Lamentavelmente, vivemos numa época sem lei, ou de franca ilegalidade. Época de delinqüência e devassidão, retratada em II Tim. 3:1-5. Os homens não somente tentam remover as restrições da lei de Deus, como procuram até livrar-se do próprio Deus, se possível fora. Porém mais lamentável é o fato de que infidelidade ecoar dos próprios púlpitos, e a incredulidade assentar-se nos bancos das igrejas populares. Prega-se, sem rebuços, a abolição da lei divina, bem como uma graça sui generis com o indisfarçável sentido de indulgência. É o dispensacionalismo radical. É o modernismo religioso, o criticismo bíblico, o formgeschichte, o racionalismo, e redução do cânon, o neotestamentarismo, a negação dos postulados básicos do plano de Deus – toda essa avalanche arrasadora da fé cristã, tendo como ponto  de partida o anominianismo. 

E muitos grupos religiosos e mesma igrejas de tradição histórica se mostram alarmadas com essa invasão eruptiva de ceticismo. Culpe-se a filosofia humanista; culpe-se o relativismo kantiano; culpe-se o intelectualismo ministerial; culpe-se a teoria evolucionista; culpe-se o liberalismo. Aponte-se, embora, a influência negativa de grandes mentores, como Ritschl, Fosdick, Shailer Mathews, Bultrick, W. Fallow Covert, T. Parker, Lockwood e inúmeros outros. Tudo destroçando o trinômio basilar da fé cristã: CRIAÇÃO-QUEDA-REDENÇÃO; tudo negando a inspiração, negando os milagres, negando o sangue, negando a lei. 

E a esta altura, é oportuno dizer, alta e bom som, que os adventistas do sétimo dia são, dos pouquíssimos movimentes religiosas ortodoxos, um que se não contaminou com os pruridos modernistas. São eles fundamentalistas absolutos, integrais, cento por cento, de ortodoxia purpurina, porque se apegam com firmeza a todos os grandes fundamentos do evangelho de Cristo. Esforçam-se, pela graça de Deus, por cumprir as palavras do Mestre, ditas por intermédio de João – o vidente de Patmos – referindo-se àqueles que deveriam ser chamados de todas as nações, e tribo, e língua e povo a formarem um movimento a fim de se prepararem para Seu segundo advento: "'Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus." Apoc. 14:12. Ou, como foi traduzido por Goodspeed: "Neste fato repousa a tolerância do povo de Deus, aqueles que obedecem os mandamentos de Deus, e apegam-se com sua fé em Jesus." 

Aí está o perfil da igreja verdadeira, da igreja remanescente. Quantas preenchem estas condições? 

Feito este preâmbulo, vamos agora passar ligeiramente no crivo da análise algumas objeções, que provaremos ser inteiramente insubsistentes. 


O Decálogo "Anulado" por Dois Mandamento


Inicialmente, à pág. 36 são citados os textos de S. Mat. 22:36-40 e S. Mar. 12:28-31, em que Jesus explana ao doutor da lei a grandeza dos mandamentos que consistem em "amar a Deus sabre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Entende o oponente que se trata de mandamentos distintos e anulativos do Decálogo. São derrogativos. São substitutos. 

Salta aos olhos que tal conclusão é errônea simplista, superficial, e quem no-la afirma, com autoridade, é nada menos que C. H. Spurgeon – grande pregador e comentador batista. Diz ele: "Uma tal observação implica falta de meditação e experiência. Esse dois preceitos (amor a Deus e amor ao próximo) abrangem os dez, em seu mais amplo sentido, não podendo ser considerados exclusão de um jota ou til dos mesmos. Quaisquer dificuldades existentes nos mandamentos são igualmente encontradas nos dois, que lhes são a SÚMULA E SUBSTÂNCIA. Se amais a Deus de todo o vosso coração, torna-se-vos preciso observar a primeira parte; e se amais ao próximo como a vós mesmas, precisais observar a segunda." (5) (parêntesis, grifos e versais nossos). 

E o Jornal Batista de 6-12-1928 no artigo intitulado "Reflexos do Decálogo" confirma esta admirável síntese da lei: "Sumário precioso de toda a legislação divina e humana, o Decálogo SINTETIZA-SE EM DOIS BREVES PRECEITOS: amar a Deus e amar ao próximo" (versais nossos). 

Portanto, estes dois mandamentos citados por Jesus são mera síntese do Decálogo e não anulação dele. E isto ainda é reiterado pelo notável teólogo batista Thomas P. Simmon, que escreveu: "A essência da Lei de Deus é amar a Deus supremamente e aos outros como a si mesmo". (6) 

Também J. Broadus, comentador batista, tratando desta passagem, aduz: "Mais literalmente seria a pergunta: 'Que espécie de mandamento é grande NA LEI?" (7) E isto demonstra que a lei original subsiste em face dos dois preceitos. Não foi anulado por eles, como pretendem os anominianos e modernistas. 

Cristo apenas deu um resumo da lei em dois preceitos, mostrando que toda a lei é grande. Paulo, por seu turno, resume a lei num único preceito: AMOR. Rom. 13:10. E só se resume algo que existe, e está em vigor. A conhecida revista Seleções resume artigos extensos e até livros. Mas – perguntamos – tais artigos extensos e livros originais deixaram de existir pelo fato de terem sido condensados num artigo de duas ou mais páginas? Ficaram abolidos os originais?  De modo nenhum. É falsa a conclusão de que os resumos da lei sejam substitutos dela. Decorre de muita superficialidade, falta de análise de meditação e experiência – como disse Spurgeon. Seria um erro grosseiro, um malabarismo infeliz. Desespero de causa. 

Mais ainda: esses resumos da lei se encontram no Velho Testamento (Deut. 6:5 e Lev. 19:18). Não foram da autoria de Jesus naquele momento. Já existiam de há muito. Datavam do tempo do Decálogo, e não constituíam novidade. Foram citados apenas para impressionar a mente do interlocutor de Cristo e demais presentes, que tinham uma idéia muito restrita e material da lei divina. Mas se Cristo aboliu toda a lei na cruz – como sustenta o oponente – então aboliu também estes dois preceitos!!! Para que invocá-los? O "argumento" conduz logicamente a este disparate. 

Mais estapafúrdio ainda, e até provoca riso – cúmulo do contra-senso – é que o autor placidamente admite que estes dois preceitos constituem lei cerimonial (sic), que nós repudiamos. É incrível! E para estarrecer, horresco referens – creia ou não o leitor ele averba a abstenção da carne de porco (lei higiênica) como lei cerimonial" também! Sem comentários. E assim há, esparsas pelo livro, afirmações que de tão pueris e boçais não merecem ser apreciadas, e algumas nem sequer mencionadas... Seria um ultraje ao bom senso. 

Arenga ainda o nosso opositor ter Jesus afirmado que "toda a lei, inclusive o decálogo, depende destes dois mandamentos." É o caso de perguntar-lhe por que invocar aqui o decálogo se crê fora sumariamente abolido? Eis outra contradição inapelável. 

Concordamos com Jesus. O grande mandamento, que configura toda a lei, é AMOR. É o grande motivo, do qual a lei é dependente. Quem ama a Deus, cumpre a primeira tábua do Decálogo; quem ama ao próximo, cumpre necessariamente a segunda – como sustenta Spurgeon. O amor é o móvel que leva o homem a obedecer preceito por preceito da lei de Deus. Sem amor, a lei é letra morta. Diz João que os mandamentos de Deus "não são pesados." Por quê? Porque quem ama, cumpre a lei. Executa-a prazerosamente. Não com espírito formal, farisaico, mas com amor, com espontaneidade, com legítimo espírito de obediência. 


A Lei "Durou" Até Cristo – a Posteridade de Abraão


Outra cilada antinomista está articulada á pág. 42 com o torcimento de sentido de Gál. 3:19 que diz: "Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um Medianeiro." Eis a conclusão simplista do autor: "Se foi até Jesus, já não é mais depois dEle." 

Ledo engano! Não há aí a mais leve alusão à ab-rogação do Decálogo. Nem que ele tenha cessado em Jesus. O sentido é apresentar Cristo – posteridade de Abraão – como Aquele em Quem se deve refugiar o pecador, o transgressor da lei divina. Diz que a função da lei é apontar as transgressões, até que surgiu Cristo e nos livrou da maldição da lei – a morte. Um autorizado comentador afirmou, com referência a este passo: 

"Abraão teve posteridades seguidas; mas a bênção veio através de uma posteridade – Cristo – plena e unicamente pela promessa. Por que então, foi a lei dada? Para que o pecado pudesse ser visto em toda a sua hediondez e malignidade, de modo que o homem pudesse fugir da ira e refugiar-se em Cristo." (8) 

E este sentido é confirmado por autorizados expositores batistas que assim anotam o texto: "Compare-se com Rom. 5:20: 'Veio a lei para que a ofensa abundasse,' que é o sentido de Rom. 5:13 e 7:13. E compare-se ainda com Ates 7:53." (9) 

Como se vê, nada há neste texto que autorize a crer que a lei tenha cessado de vigorar com a vinda de Cristo. Tal interpretação é atrevida, forçada e tendenciosa. 


Em João "Cessou" a Lei


Em seguida aduz S. Luc. 16:16 que reza: "A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele." (Grifo do texto). 

E a conclusão primária e grosseira do autor é esta: "Se durou até João, o precursor, forçosamente parou aí." Antes de desmontamos mais esse ardiloso engano, notem-se as seguintes contradições em que incide sem perceber: disse anteriormente que a lei vigorou até a vinda de Cristo, a posteridade. Afirma agora que a lei parou com João, o precursor. E à pág. 42 taxativamente diz que "a lei findou na cruz." Como é isso? Quando realmente "cessou?" Ou teve três abolições com intervalos de tempo? Eis a que ridículo chegam os negadores da lei de Deus. Nem sabem dizer exatamente quando a lei foi abolida, quando cessou de vigorar. Porque, se durou até João, já estava abolida e nada mais teria Jesus que abolir. Seria "chover no molhado"... 

Voltemos ao texto citado. Ele não quer dizer que, depois de João, não haveria mais "lei" ou "profetas." Profetas houve-os e muitos nos tempos apostólicos. Ler Atos 2:17 e 18: 19:6; 21:9 e 10; I Cor. 14:29, 32 etc. E a lei de Deus continuou em vigor também. Note-se que foi depois de ter proferido as palavras do nosso texto que Cristo disse ao jovem rico: "Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos." S. Mat. 19:17. E tais mandamentos eram do Decálogo. Ora, ordenaria Cristo tão categoricamente obediência a uma lei abolida com a pregação de João Batista? 

Além disso, a lei reflui mais adiante nos escritos paulinos e joaninos, na carta de Tiago e o próprio oponente admite à pág. 47 que nove mandamentos estão de novo em vigor. Evidentemente, o sentido do texto não é a ab-rogação da lei de Deus, porque o versículo seguinte põe por terra a leviana afirmação de que a lei "durou" até João. Diz esse verso seguinte: "E é mais fácil passar o Céu e a Terra do que cair um til da lei." Está claro que Jesus estende a vigência da lei além da existência do mundo, ou seja, de milênios depois de João. 

Mas aqui os oponentes também seguem trilha errada porque não tomam conhecimento de que a palavra "duraram" grifada no texto, não se encontra no original grego. Foi acréscimo do tradutor para complementar o sentido. E a passagem paralela de S. Mat. 11:13 diz mais claramente: "Porque todos os profetas e a lei PROFETIZARAM até João." (Versais nossos) O texto de S. Luc. 16:16 significa: "A lei e os profetas (os ensinos de Deus no Velho Testamento) foram pregados até João, indicando o tempo em que o reino de Deus seria anunciado." Com João iniciou-se o cumprimento deste tempo. De fato, a nova era se iniciava com a pregação do Reino. O próprio João Batista iniciou o seu ministério advertindo solenemente: "... é chegado o reino dos Céus." S. Mat. 3:3. 

Antes que João viesse, os ensinadores da parte de Deus ensinavam a lei e os profetas – as Escrituras – mas não compreendiam tudo o que significavam; vindo, porém, João, pregou-lhes o cumprimento de muitas destas profecias advento do Messias. Aquele que era da linhagem real de Davi, era nascido; a verdade para aquele tempo já estava sendo proclamada; Satanás estava trabalhando como nunca e somente os zelosos o perseverantes entrariam no reino de Deus. As profecias foram "ensinadas" até João; desde então, muitas delas, aquelas concernentes à primeira vinda de Jesus, deixaram de ser profecias para serem fatos históricos. Jesus também pregava "o tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo." S. Mar. 1:15. 

Prossigamos: "até" a pregação do Reino de Deus por João, os escritos sagrados do Velho Testamento constituíam o primeiro guia do homem para a salvação. (Veja Rom. 3:12). A palavra "até" (no grego mechri) nem de leve autoriza a idéia de que os escritos da lei e dos profetas tenham perdido o seu valor mas significa que até o ministério de João estes escritos eram tudo o que os homens tinham em matéria de revelação. O evangelho veio, não para abolir as escrituras antigas, mas para suplementá-las, reforçá-las e confirmá-las. O evangelho veio, não para ser colocado em lugar do Velho Testamento, mas em acréscimo a ele. Tal é o sentido no qual ? mechri é usado, como também em S. Mat. 28:15 e Rom. 5:14. "Desde então," isto é, desde a proclamação do reino de Deus por João Batista, luz adicional e supletiva tem estada a brilhar sobre a vereda da salvação, e não havia escusa para os fariseus "que eram avarentos" (b. 14). (Resumo do SDA Bible Commentary.) 

Mas nada no texto indica abolição da lei de Deus. Seria um sentido deturpado à vista do teor bíblico. Seria uma chicana exegética. 


"Fim" da Lei


Cita também Rom. 10:4: "o fim da lei é Cristo para a justiça de todo aquele que crê." E o seu raciocínio tacanho conclui que se "é o fim não é continuação." 

Outro crasso engano. Concordamos que o texto se refere ao Decálogo, mas não concordamos que signifique que Cristo tenha posto um fim àquela lei, Notemos a palavra "fim". Nem sempre significa término. E no texto em lide não tem este sentido. Vem do grego telos e significa também "propósito", "alvo." "objetivo", "conseqüência", "resultado", etc. Muito freqüentemente é assim empregada. Por exemplo: 

I Tim. 1:5 – "Ora o fim do mandamento é a caridade." 

I S. Ped. 1:9 – "Alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma." 

Ver também S. Tia. 5:11. Veja o leitor se, nesses textos, "fim" pode significar "cessação". Absurdo! 

Seria inadmissível que, quando alcançamos Jesus, possamos lançar fora a lei que é norma de conduta dada Por Deus. Tal ensino não é cristão. Cristo, na verdade, é o FIM da lei, é o objetivo dela. É o fim, não para nos livrar da obediência da lei, mas – e o próprio texto elucida –"para a justiça de todo a aquele que crê." Justiça no melhor sentido teológico, é o perfeito cumprimento da lei que Cristo nos imputa e que nos livra da condenação. Portanto, a lei subsiste. A lei conduz-nos a Cristo, porque nEle encontramos a justiça que a lei exige. A justiça que temos através de Cristo é declarada perfeita pela lei. O homem que, por Cristo se torna justo, sem dúvida guarda a lei justa Não a vive transgredindo. 

O comentador metodista Adam Clarke considerando Rom. 10:4, entende que se refira à lei cerimonial, mas afirma que a palavra "fim" certamente significa "objetivo". 

Vê o leitor como se desfaz o esquema pré-fabricado da ab-rogação da lei. Analisaremos todos os "argumentos" antinomistas apresentados, com a segurança que a verdade nos assegura. 


Referências: 


Works of Wesley (New York: Waugh & Mason, 1833), Vol. 1, pág. 226. 

D. L. Moody, Weighed and Wanting págs. 11 e 16 

A. H. Strong, Systematic Theology, págs. 875 e 876. 

Thomas Paul Simmons. Um Estudo sistemático de Doutrina Bíblica, trad. de E. Kerr (Gráfica Batista), págs. 338 e 198. 

C. H. Spurgeon, The Perpetuity of the Law of God, pág. 5. 

Thomas Paul Simmons, op. cit., pág. 190. 

Broadus. Comentário ao Evangelho de Mateus, Vol. 2, pág. 202. 

M. C. Wilcox, Questions Answered, pág. 101 

W. J. Conybeare and J. J. Howson, The Life and Epistles of Saint Paul, edição completa de 1892, pág. 530.