Nada dizem, porque esta doutrina não tem apoio nas Sagradas Escrituras, sendo apenas mais um ardil do arquiinimigo para levar os homens a descrerem no sublime plano da redenção.
José Giron no livro Los Testigos de Jehova y sus Doctrinas, pág. 46-47 afirma:
"As Testemunhas de Jeová ensinam que o Dia do Juízo consistirá de um período de mil anos. Cristo será o Juiz, as pessoas julgadas serão aquelas que tiverem o privilégio de conhecer a Cristo, segundo o ensino russelita.
O juízo começará com a ressurreição geral, que inclui os príncipes e as outras ovelhas que sobreviveram à batalha do Armagedom e a todos os que foram dignos de ressuscitar para o juízo. O juízo não será para condenação, mas para conceder aos grupos já mencionados outra oportunidade para viver e gozar a salvação.
O livro A Harpa de Deus, pág. 344 declara: "Julgar implica por meio de uma prova dar uma oportunidade para receber uma bênção."
A doutrina da "Segunda oportunidade" é um aspecto da crença católica na missa e purgatório, e do espiritismo na reencarnação.
Os dois principais líderes das "Testemunhas" Russell e Rutherford, em seus respectivos livros: Estudo nas Escrituras e Milhões que Agora vivem Não Morrerão Jamais, foram tenazes defensores da "Doutrina da Segunda oportunidade"; embora excluam alguns grupos deste privilégio. Ver Los Testigos de Jehova de W. M. Nelson, pág. 107.
Afirmam eles que o sacrifício de Cristo na cruz não foi suficiente para a nossa salvação, pois ele apenas propicia uma segunda oportunidade a ser atingida durante o milênio.
Que diz a Palavra de Deus sobre isto?
Os ensinamentos bíblicos são muito evidentes em nos mostrarem que há apenas uma oportunidade para a salvação, isto é, nesta vida A leitura de apenas algumas passagens como II Cor. 6:1, 2; Heb. 2:3; 3:7, 8; 6:4-6 nos convencerão desta verdade.
Em que passagens bíblicas elas fundamentam a crença numa segunda oportunidade? Em João 5:29 e Heb. 9: 27 encontra-se a palavra χριϖσιv que é traduzida em português nestas passagens por condenação e juízo, mas que os líderes do jeovismo torcendo as Escrituras (II Pedro 3:16) e fugindo às regras hermenêuticas traduzem por prova, para por seu intermédio dar uma segunda oportunidade.
A palavra grega crisis não permite de modo nenhum esta tradução. As palavras gregas que podem ser traduzidas por prova seriam δοχιμηϖ e πειρασμοϖv. Nenhum dicionário grego digno de consideração traduzirá a palavra grega crisis como prova, provação, no sentido de outra oportunidade. A palavra oportunidade em grego é ευχαιριϖα - eucairia. Enquanto os dicionários traduzem doquimê [δοχιμηϖ] por prova, experiência, indício comprovativo e peirasmos [πειρασμοϖv] por tentação.
Isidro Pereira em seu Dicionário apresenta os seguintes significados pára crisis = ação ou faculdade de separar, de discernir, luta, litígio, processo, decisão, juízo, sentença, resultado, desenlace e crise.
A doutrina da segunda oportunidade é satânica, porque leva o ser humano a procrastinar, a tergiversar quando lhe é apresentado o apelo para que aceite a Cristo como seu Salvador pessoal. O raciocínio humano seria este: posso continuar em minha vida de pecado nesta terra, porque depois Deus vai conferir-me outra oportunidade para a salvação.
Meditações Matinais do dia 24 de novembro de 1979, trouxe muito bom comentário de Raymond H. Woolsey sobre este assunto. Devido a sua objetividade e visando ampliar nossa compreensão do assunto apresentado neste capítulo, ele aqui se encontra:
"Sobre a face da Terra, hoje em dia, há certos ensinos que declaram ou dão a entender que após a volta de Jesus os pecadores terão outra oportunidade de aceitá-Lo como seu Salvador. De acordo com a teoria do arrebatamento secreto, haverá um período de sete anos desde o tempo em que os cristãos desaparecerem deste mundo (na opinião deles) até que Cristo volte publicamente. Nesse período se converterão os que não forem trasladados na primeira vez. Outros afirmam que depois de Cristo haver estabelecido o Seu trono na antiga cidade de Jerusalém (novamente segundo a crença deles), todas as nações da Terra se converterão, pois estarão fora do alcance de Satanás.
"Foi para refutar uma teoria como essas, de uma segunda oportunidade, que Jesus contou a parábola do rico e Lázaro. Ao conclui-la, disse Ele dos dirigentes judeus: 'Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos' S. Lucas 16:31. Fazendo uma aplicação pessoal dessas palavras, podemos dizer que temos a Bíblia e todo o testemunho dos profetas para persuadir-nos a aceitar a salvação em Cristo. Se isso não fosse suficiente, quem ressuscitasse dentre os mortos ou a própria pessoa de Jesus também não conseguirão persuadir-nos a tomar essa decisão. Em suma, Deus tem feito tudo o que é possível.
"A humanidade teve sua primeira oportunidade de vida eterna no jardim do Éden. Mós essa oportunidade foi perdida. Então Deus enviou Seu Filho para dar-nos outra oportunidade. Por meio de Jesus é demonstrado o seu amor; Ele nos concedeu Sua Palavra para ensinar-nos Sua vontade; tem mostrado reiteradas vezes o que acontece com os que desprezam o Seu reino; por milhares de anos tem sido paciente e longânimo; Seu Espírito pleiteia incessantemente com os pecadores. Em vez de uma 'segunda oportunidade', Deus nos concede centenas de oportunidades nesta vida. Não haverá proveito algum em adiar o julgamento até depois da volta de Jesus.
"Precisamos preparar-nos agora. As decisões que faremos amanhã serão determinados em grande parte pelas decisões que tomamos hoje. Temos de estar em paz com Deus no tempo presente. Quando Jesus vier com Seus anjos, nosso destino já estará decidido."
ÍNDICE DE TEMAS - Pretensões Jeovistas