Sakae Kubo e Leona Running, professores de Línguas Bíblicas em nossa Universidade na Andrews nos sugerem as seguintes ferramentas:
1º) Usar a Bíblia que contiver o texto mais fidedigno na língua original.
Para o Velho Testamento deve ser a terceira edição de R. Kittel – Bíblia Hebraica, 1937. Para o Novo Testamento a 25ª. Edição do Novo Testamento Grego de Nestle - Aland – 1963; é o melhor por causa do seu completo Aparato Crítico. The Greek New Testament, editado por Aland, Black, Metzger e Vikgren tem melhor tipo e texto, mas seu aparato não é tão completo.
Os que não podem ler a Bíblia no original deviam usar uma tradução fiel.
Escolhido o texto é necessário saber exatamente o que ele diz. Para isto são necessárias duas espécies de ferramentas:
a) Dicionários.
Para o Velho Testamento o melhor em inglês é: Um Conciso Léxico Hebraico e Aramaico do Velho Testamento de William Holaday (Grand Rapids: Eerdmans, 1971). Para o Novo Testamento o melhor é: Léxico Grego - Inglês do Novo Testamento de Walter Bauer (Universidade de Chicago, 1957), traduzido e adaptado para o inglês por Arndt and Gingrich.
Em português não há nem um dicionário para o grego bíblico. Para o grego clássico o melhor que temos é: Dicionário Grego-Português e Português-Grego de Isidro Pereira, Edição do Porto, Portugal.
b) Gramáticas
A melhor do hebraico é a de Gesenius.
Para o Novo Testamento as melhores gramáticas são as de Blass, Moulton e Robertson.
Depois de determinado o que o texto registra, é preciso ir além e investigar mais precisamente a significação teológica de certas palavras. A melhor fonte para este estudo no grego é o Dicionário Teológico do Novo Testamento, editado por Kittel e Friedrich. São dez alentados volumes de mais ou menos mil páginas cada um, obra traduzida do alemão para o inglês.
Para o Velho Testamento não existe trabalho idêntico. Em português continuamos numa pobreza mais do que franciscana neste aspecto.
O próximo passo é uma pesquisa conscienciosa do contexto para que não haja afirmações que se oponham ao que o autor queria dizer ou distorções daquilo que ele disse.
Após esta pesquisa é necessário considerar cuidadosamente a teologia, o estilo, o propósito e o objetivo do autor. Para este mister as obras mais necessárias são: concordâncias, introduções e livros teológicos. Em inglês há duas excelentes concordâncias: a de Young e a de Strong. Em português temos a Concordância Bíblica, publicação da Sociedade Bíblica do Brasil, 1975. Dá-nos a impressão de uma obra de mérito e respeitável sob todos os aspectos. A Introdução do Velho Testamento de R. K. Harrison é a mais conservadora.
Muito úteis para nosso propósito são os estudos teológicos que tratam com o livro especifico do qual estamos fazendo a exegese. Infelizmente há poucas obras teológicas conservadoras.
O próximo passo em exegese é a familiarização com o "background" bíblico, ou seja o conhecimento geográfico, histórico, os hábitos e práticas podem iluminar nossa compreensão sobre o texto. Para tal propósito são necessários atlas, livros arqueológicos, histórias e dicionários bíblicos. Dicionários da Bíblia são muito úteis para rápidas informações sobre um assunto, identificação de nomes de pessoas, lugares ou coisas. O melhor dicionário da Bíblia é: The Interpreter's Dictionary of the Bible, em quatro volumes.
Recomendam ainda os dois professores o Comentário Adventista, The Interpreter's Bible, The Anchor Bible, etc., etc.
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