4 VIVENDO O CRISTIANISMO

SERMOES MORDOMIA IASD


Texto:  “Tudo posso nAquele que me fortalece”. Filipenses 4:13.


Objetivo: Analisar algumas maneiras práticas de aplicarmos o que cremos à vida real.


Assunto: Dependência de Deus.


INTRODUÇÃO


Jesus é mais do que poderoso para guardar de tropeços; podemos “todas as coisas” por meio de Cristo, que nos fortalece ( Fp. 4:13).


Isso não quer dizer que cristãos dedicados não tenham pecado, deficiências e momentos de dúvida. Ansiedade, dúvida, impaciência, maquinações egoístas, impureza, indolência, etc.; tudo isso acontece quando os crentes se esquecem de que sua força está no Senhor, e não em si mesmos. Compreender a função do Espírito Santo torna bem real a afirmação de que “tudo posso nAquele que me fortalece”.


Ao confiarmos em Cristo, a fim de obter forças para fazer sua vontade, deixando que a mente só se demore no que é puro e belo, teremos motivo para constante regozijo, e experimentaremos unidade  e mútua benevolência com nossos irmãos na igreja.


I – TRÊS ORDENS PARA O VIVER DIÁRIO (Fp 4:1-4)


Esta passagem faz parte da conclusão da carta de Paulo aos Filipenses, ele começa o seu “discurso” final com três apelos para o cristianismo prático: permanecer firme; viver em harmonia e estar sempre alegre.


1. Permanecer Firme

As observações finais de Paulo aos Filipenses começam com uma expressão pastoral de amor  e solicitude. “Portanto, meus irmãos,amados e mui saudosos, minha alegria e coroa, sim, amados, permanecei, deste modo firmes no Senhor”. Fp 4:1. O anseio de Paulo por seus irmãos e irmãs era uma solicitude altruísta pelo bem estar eterno deles. Perante o Senhor, eles eram sua grinalda de vitória. Paulo tinha o anseio que eles se apegassem continuamente ao poderoso braço do Senhor e assim seu filhos na fé receberiam poder para serem leais aos princípios do evangelho que ele lhes ensinara. Assim se cumpriria para eles as promessas de Deus. 

Esse apelo tem que ver com o intimo da pessoa; ser resoluto; não se deixar abater, continuar firme na causa da verdade.

Em outros lugares, Paulo ligou o imperativo “permanecerei firmes” a advertências acerca de pressões que afastam os cristãos de sua posição ou em fazem com que deixem de prosseguir para o alvo. A confiança em Cristo é a rocha que devemos apegar-nos.


2. Viver em Hamonia

O segundo apelo diz respeito às relações interpessoais: estar de acordo; encontrar algo em comum; acabar com as desavenças. Permanecer firme é muito importante. Mas, o que acontece quando dois cristãos fervorosos permanecem firmes em lados opostos de uma crença ou norma de procedimento?

Filipenses 4:2 dá a entender que Evódia e Síntique estavam contendo uma com o outro, e não na causa do evangelho. Não sabemos porquê Paulo solicitou que elas fizessem as pazes.

Não nos é declarado o que estava dividindo Evódia  e Síntique. Paulo parecia estar confiante de que com alguma ajuda (v. 3), elas concordassem “no Senhor” (v. 2). Ele esperava que a dedicação ao Senhor as levasse a  superarem suas divergências.

“O segredo da unidade encontra-se na igualdade entre os crentes em Cristo. A razão de todas as divisões, discórdias e diferenças encontra-se na separação de Cristo. Cristo é o centro para o qual todos devem ser atraídos; pois quanto mais nos aproximamos do centro, tanto mais nos aproximaremos uns dos outros em sentimento, em simpatia, em amor, crescendo no caráter e imagem de Jesus. Para Deus não há acepção de pessoas.” Mensagens Escolhidas, v. 1, 259 .

A experiência tem demonstrado que é impossível que duas pessoas discordam intensamente cheguem a um acordo. Se, porém, se dirigem primeiro ao Senhor  e procuram entender-se à luz do calvário, poderão viver em harmonia como irmãos e irmãs. As palavras “no Senhor” constituem uma confirmação dos apelos feitos anteriomente por Paulo.

“Não permitamos que nossa sensibilidade seja facilmente ferida. Devemos viver, não para vigiar sobre a nossa sensibilidade ou reputação, mas para salvar pessoas. Quando estamos interessados na salvação das pessoas, deixamos de pensar nas pequenas diferenças que possam levantar-se entre uns e outros na associação mútua. De qualquer sorte que os outros pensem de nós ou conosco procedam, nunca será necessário que perturbemos nossa comunhão com Cristo, nossa companhia com o Espírito.” A Ciência do Bom Viver, 485.


3. Estar Sempre Alegre

O  terceiro apelo envolve nossa atitude para com Deus. A alegria é acompanhada de ações de graças, e estas constituem uma forma de adoração. Essa admoestação recomenda: Sejam otimistas; vejam o que os outros têm de melhor; sejam gratos a Deus em todas as situações.

A qualidade cristã que é alegria deve ser o assunto da vida  de todo cristão. Cristo é aquele que supre todas as necessidades, por isso o louvor e a gratidão de vem constantemente inundar-nos o coração e fluir dos lábios em cânticos, orações e testemunho.

Quem era esse prisioneiro de Roma para recomendar que os outros se alegrassem? Destituídos dos costumeiros confortos da vida e não dispondo do maior de seus prazeres - o de desbravar novos territórios para o mestre- ainda assim Paulo recomendou que lhes se regozijassem.

“A alegria cristã independem de todos as coisas sobre a terra porque tem sua fonte porque tem sua fonte na contínua presença de cristo. ... O cristão nunca pode perder sua alegria porque nunca pode perder a Cristo.” William Barclay. As Cartas ao Filipenses, Colossenses e Tessalonicenses, 75.


II. ALEGRIA NO SENHOR


A carta aos Filipenses está impregada de alegria no Senhor. Mas devemos lembrar-nos de que Paulo escreveu essas palavras da prisão. Que Ministério! Que Senhor! É possível que a alegria seja mais que uma emoção que só advém com facilidade a pessoas naturalmente felizes? Pode  ser que a alegria flua de modo espontâneo da vida do cristão genuinamente dedicado?

Para muitas pessoas, ranger os dentes parece ser a melhor resposta a situações difíceis. Além disso, alegrar-se sempre (em todas as ocasiões) não parece ser razoável. Paulo nos diz, porém que as circunstâncias não precisam deprimir nossas atitudes mentais ou sufocar-nos a alegria.

“Pouco têm que ver as circunstâncias com as experiências da alma. É o espírito nutrido o que dá colorido a todas as nossas ações. Uma pessoa em paz com Deus e seus semelhantes não pode ser infeliz. Em seu coração não há lugar para a inveja; tampouco para as ruins suspeitas; o ódio não pode existir. O coração em harmonia com Deus eleva-se acima dos aborrecimentos e provas desta vida.

Mas um coração em que não há a paz de Cristo, é descontente, infeliz; a pessoa vê defeitos em tudo, e ocasionaria desarmonia na mais celestial das músicas.” Testemunhos Seletos, vol. 2, 190.

Depositando nossas ansiedades aos pés de Jesus podemos ter paz nas circunstâncias mais traumáticas. O coração aflito é acalmado pela confiança em Jesus.

“Clemência”  teria sido melhor tradução do que “moderação”. Paulo talvez estivesse pensando num problema como  nos jovens da igreja: o de contendas e rivalidade por causa de “honras” nas realizações da obra cristã. No entanto o que é mais agradável do que uma pessoa modesta, tolerante e acessível, quer no lar, quer nas modalidades do trabalho diário ou nas atividades da Igreja?

Você é alguém que está disposto a ceder quando não há princípios envolvidos? Adota uma atitude delicada para com os outros?

Esses versos constituem uma variedade de conselhos para edificar a fé, produzir boa vontade e assegurar a tranqüilidade pessoal.

“Seja vossa moderação conhecida de todos os homens”. “Que todo mundo que vocês são generosos e amáveis em tudo quanto fazem.” A Bíblia Viva. O espírito de magnanimidade ou grandeza de coração, retratado por uma palavra grega ‘quase intraduzível’, era de tal importância que Paulo esperava que sua presença na vida deles fosse claramente observável. Ele se manifesta como “generosa maneira de tratar os outros, o qual, embora requeira equidade [imparcialidade], não insiste na letra da lei”. (Gerald Hamthorne, Word Biblical Commentary, vol. 43, 182).


1. Não andeis ansiosos de coisas alguma.

 “Não introduzam as incertezas do futuro no dia de hoje, como disse Jesus: Não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas própRias preocupações”. Mt. 6:34, BLH. Tanto Paulo como os filipenses enfrentavam graves aflições, mas não deviam carregar fardos de ansiedade, pois a ansiedade impede a confiança, perturbando assim o nosso relacionamento com Cristo.


2. Sejam conhecidas as vossas petições.

“Sejam conhecidos diante de Deus as vossas petições”. Fp 4:6. A oração, adornada com ações de graças nos conduz à presença de nosso pai, o qual dissipa a ansiedade. Por isso, Paulo pôde concluir esse parágrafo com uma promessa. “A paz de Deus... guardará o coração e a mente de vocês.”


CONCLUSÃO


Deus nos dá lições de com viver um cristianismo saudável, onde a alegria e a confiança sã a base de uma vida de testemunho.

Gostaria você de experimentar uma vida cristã saudável onde os problemas, ainda que não deixem de existir, são superados com a confiança em um Deus que age em nosso favor?