7 ACONTECIMENTOS RELACIONADOS COM A VINDA DE CRISTO

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EM RESUMO a Bíblia garante que Cristo voltará. Sua segunda vinda ainda não ocorreu. Tampouco não ocorre quando uma pessoa morre. Ainda está no futuro. 


A profecia das setenta semanas de Daniel iniciou com o terceiro decreto de Esdras no ano 457 A.C. e terminou com o apedrejamento de Estêvão no ano 34 de nossa era, um período completo de 490 anos. Não há comprovação bíblica para a teoria do "intervalo", ou dos sete anos "restantes" durante os quais os judeus evangelizaram o mundo. 


Em vez de apoiar uma teoria de duas segundas vindas, as palavras gregas apokálupsis, apokalúpto, érjomai, epifáneia, faneróo, horáo e parousia, individual e coletivamente provam que haverá uma única segunda vinda. Esta será literal, visível, audível, gloriosa e pessoal, e ocorrerá no fim da história deste mundo. 


Na atualidade Cristo está atuando como Intercessor do homem nos céus (Rom. 8:34). Mas, o Espírito de Deus, como nos dias de Noé, "não contenderá ... para sempre com o homem (Gên. 6:3, RC). O apóstolo João fala de um tempo quando Cristo deixará Sua função como Sumo Sacerdote no templo celestial.  (Heb. 4:14-15; 8:1, 2; Apoc. 11:19). 


"E saiu grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está! E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual ... Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados" (Apoc. 16:17, 18, 20). 


"E o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro" (Apoc. 6:14-16). 


A MANEIRA COMO VIRÁ


Em seguida em vejamos algumas das descrições bíblicas da vinda de Cristo. Ele virá: 


Com os anjos (S. Mat. 16:17; 25:31; S. Mar. 8:38). 

Com poder e grande glória (S. Mateus 24:30; S. Mar. 13:26; S. Luc. 21:27. 

Com grande voz de trombeta (S. Mateus 24:31; 1 Cor. 15:51; 1 Tess. 4:16). 

Com palavra de ordem (1 Tess. 4:16). 

Com voz de arcanjo (1 Tess. 4:16). 

Com o resplendor de Sua vinda (2 Tess. 2:8). 

Com estrepitoso estrondo (2 S. Ped. 3:10). 

Na glória de Seu Pai (S. Mat. 16:27; S. Mar. 8:38; S. Luc. 9:26). 

Em Sua glória (S. Luc. 9:26). 

Em chama de fogo (2 Tess. 1:7-8). 

Como o relâmpago (S. Mat. 24:27). 

E todo olho O verá (Apoc. 1:7). 


Assim como a primeira vinda foi literal, visível e pessoal, assim também será a segunda. Ele veio a primeira vez com um corpo real, e assim será também a segunda vez. Sua primeira vinda cumpriu as profecias bíblicas ao pé da letra; assim ocorrerá também em Sua segunda vinda. 


Assim como a crucifixão em Sua primeira vinda foi literal e visível para todos os que O contemplavam, da mesma maneira Sua glória em Sua segunda vinda será também visível – e o será – para todos.


"Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele" (Apoc. 1:7).

  

Sua segunda vinda será visível para todos, ou seja, tanto para os justos como para os ímpios (1 Cor. 1:7; Heb. 9:28; S. Mat. 24:30; S. Mar. 13:26; S. Luc. 21:27). Será audível (1 Cor. 15:52; 1 Tess. 4:16; S. Mat. 24:31; Sal. 50:3); será pessoal (Atos 1:11); será física (S. João 14:1-3); será gloriosa (S. Mat. 24:30; 25:31; S. Luc. 21:27; S. Mar. 13:26); ocorrerá antes dos mil anos do milênio, e é iminente (1 Tess. 4:15-17; Apoc. 20:6; S. Mat. 24:36-39, 44). 


Segundo a Bíblia, o retorno de Cristo não terá nada de silencioso e secreto. 


"Virá o nosso Deus e não se calará; adiante dele um fogo irá consumindo, e haverá grande tormenta ao redor dele" (Sal. 50:3, RC). Certamente haverá pelo menos três poderosos sons associados com Seu retorno: o som da "palavra de ordem", o som da "voz de arcanjo", e o som da "trombeta de Deus" (1 Tess. 4:16-17). 


Aqui a palavra "voz" deriva da palavra grega foné, de onde provêm as palavras como telefone, fonógrafo e fonética. Que utilidade tem o telefone "inaudível" ou um fonógrafo "inaudível"? 


Se a "voz (foné) do que clama no deserto" (S. Mat. 3:3) pôde ser ouvida, como pode ser inaudível "a voz (foné) do arcanjo"? 


Se quando Jesus "clamou em alta voz (foné): Lázaro, vem para fora!" (S. João 11:43), foi ouvido por todos os que estavam junto à tumba, como pode "a voz (foné) do arcanjo" ser inaudível? 


O retorno de Cristo será anunciado a cada habitante do mundo mediante "a trombeta de Deus" (1 Tess. 4:16). De todos os instrumentos, a trombeta é o som mais forte. Não é, portanto, um instrumento inaudível. 


Esta potente "trombeta de Deus" despertará os mortos. "A trombeta soará, os mortos ressuscitarão" (1 Cor. 15:52). E será escutada por todos os habitantes deste mundo, não somente pelos justos vivos. "Vós, todos os habitantes do mundo, e vós, os moradores da terra, ... olhai; e, quando se tocar a trombeta, escutai" (Isa. 18:3). 


Acompanhando os sons da "palavra de ordem", "a voz do arcanjo" e a "trombeta de Deus" será ouvido o estrondo das tumbas no momento de abrirem-se e "os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Tess. 4:16). 


Amado leitor, sem dúvida, tem seres queridos que descansam no cemitério aguardando a manhã da ressurreição. Graças a Deus que, diante da voz do arcanjo e da trombeta de Deus, os mortos em Cristo ressuscitarão (1 Cor. 15:22-23, 52) e serão reunidos com os justos vivos mediante os anjos de Deus (S. Mat. 24:31), desde a "extremidade" da Terra (S. Mar. 13:27). 


Será esse o tempo quando os justos exclamarão: "Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos" (Isa. 25:9). 


O grande acontecimento do retorno de Cristo produzirá também a grande separação entre os justos e os injustos. "e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas" (S. Mat. 25:32. Ver também os versículos 31-46), e não unicamente os justos. 


Haverá somente dois grupos separados nessa vasta companhia. A um dos grupos Ele dirá: "Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (v. 34). A outro grupo ditará a irrevogável sentença: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos" (v. 41). 


Cristo chama a este momento de "ceifa" da Terra (S. Mat. 13:36-43). Notemos isto especialmente em S. Mateus 13:38: "O joio são os filhos do maligno" e "assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação do século" (S. Mat. 13:40). 


Cristo não nos diz: "Colham o trigo secretamente e deixem que o joio continue crescendo à vontade durante sete anos mais até que Eu volte outra vez", mas disse: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras" (Apoc. 22:12). Não fala somente aos justos, e sim "a cada um". 


Não existe apoio bíblico para a teoria de um período de sete anos que transcorrerá entre duas supostas fases da segunda vinda de Cristo. A raça humana não tem uma "segunda oportunidade" de salvação. Tal crença mergulharia muitas pessoas em uma perigosa sonolência. 


O mundo atualmente está desfrutando de uma segunda oportunidade. Deus proveu a primeira oportunidade no próprio jardim do Éden. Através do infinito amor de Deus, o mundo recebeu uma segunda oportunidade mediante o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. 


Não permitamos que ninguém nos engane e ponha em perigo nossa salvação, levando-nos a crer que haverá ainda uma segunda oportunidade. "Hoje é o dia da salvação". 


A parábola das dez virgens (S. Mat. 25:1-13) nos ensina que não haverá uma segunda oportunidade para aqueles que não possam entrar nas bodas quando Cristo vier, não poderão entrar mais tarde. A porta se fechará para sempre. S. Lucas 13:24-25 nos ensina claramente a trágica impossibilidade de que algumas pessoas possam lograr uma segunda "oportunidade". 


Os que não conseguirem entrar quando o esposo vier, chorarão amargamente e lamentarão sua irreparável perda (S. Luc. 13:28) ao ver os justos redimidos e glorificados elevando-se nas nuvens do céu para encontrar-se com o Salvador (1 Tess. 4:16-17). 


"Todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória" (S. Mat. 24:30). 


Os ímpios clamarão aos montes e às rochas que caiam sobre eles e os escondam da majestosa vinda de Cristo (Apoc. 6:14-17). Perceberão que chegou o momento para o Filho do Homem vir e ceifar a Terra (Apoc. 14:14-16), e de que eles estão "imundos ainda" (Apoc. 22:11). 


Nesse tempo os ímpios vivos serão destruídos "com o resplendor de Sua vinda" (2 Tess. 2:8). Isto fará esta Terra ficar desolada e despovoada, durante 1.000 anos (milênio). Jeremias descreve isto da seguinte maneira: 


"Olhei para a terra, e ei-la sem forma e vazia; para os céus, e não tinham luz. Olhei para os montes, e eis que tremiam, e todos os outeiros estremeciam. Olhei, e eis que não havia homem nenhum, e todas as aves dos céus haviam fugido. 


Olhei ainda, e eis que a terra fértil era um deserto, e todas as suas cidades estavam derribadas diante do Senhor, diante do furor da sua ira. Pois assim diz o Senhor: Toda a terra será assolada; porém não a consumirei de todo" (Jer. 4:23-27). 


Notem-se especialmente as últimas seis palavras: "Porém não a consumirei de todo". Esta passagem não pode estar falando da destruição final de todos os ímpios, de todas as épocas, a que ocorrerá depois dos 1.000 anos (milênio). 


Na verdade, refere-se a uma destruição provisória que matará a todos os maus que estiverem vivos quando Cristo voltar. Esta mesma destruição reduzirá a Terra a ruínas. As cidades serão destruídas e as lavouras e os jardins se tornarão em desertos. 


Quando se completarem os 1.000 anos (milênio) então será executada a sentença (2 S. Ped. 3:7; 2:4, 9). Depois disto os ímpios serão queimados e reduzidos a cinzas (Mal. 4:1, 3), incluindo o próprio Satanás (Ezeq. 28:18-19). Depois da Terra ser purificada e renovada pelo fogo (2 S. Ped. 3:9-13), então se cumprirá a promessa de Cristo de que "os mansos ... herdarão a Terra" (S. Mat. 5:5). 


A santa cidade, a Nova Jerusalém, descerá do céu, de Deus, e pousará sobre uma Terra feita nova (Apoc. 21:1-2) Neste tempo o "o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai ... e o seu reinado não terá fim" (S. Luc. 1:32-33). 


Apreciado leitor, você gostaria  de unir-se comigo em determinar que estará preparado em todo momento para a breve vinda de nosso Senhor Jesus Cristo a este mundo, a fim de que possamos encontrar com Ele, e caminhar juntos pelas gloriosas ruas de "ouro puro, como vidro transparente" (Apoc. 21:21). 


Deus queira que seja assim.