8 MAÇÃS DE OURO

SERMOES MORDOMIA IASD



Texto: “Como maças de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” Provérbios 25:11


Objetivo: Desestimular a maledicência.


Assunto: Linguajar cristão.


INTRODUÇÃO


A capacidade de ouvir é tão importante como a  capacidade de falar: um jovem pediu que Sócrates lhe ensinasse oratória. Como o rapaz falava demais, Sócrates exigiu o dobro do preço normal.


- Porque  o senhor está-me cobrando o dobro?- perguntou o jovem estudante.

- Porque terei de ensinar-lhe duas ciências: como frear a língua e como falar em público. 

A primeira ciência é mais difícil, mas procure ser versado nela, pois do contrário sofrerá graves conseqüências e causará muita perturbação. 

O que se passa na mente determina como será a nossa linguagem. “a boca fala do que está cheio o coração”. Mt.12:34. O “coração” diz a respeito da mente, a fonte dos pensamentos, sentimentos, ações e motivos. Assim como as ações positivas e negativas promanam da mente, as palavras positivas e negativas também se originam ali. Aquilo que dizemos tem conseqüências importantes, não somente para os que rodeiam, mas também para nossa própria alma.

Nossas palavras constituem uma fonte de força e encorajamento, ou de fraqueza e desalento; elas edificam ou dilaceram. Quando permitimos que o poder da Palavra de Deus nos controle a mente, nossas palavras refletem o Seu amor.




I. O PODER DA LÍNGUA


Jesus ilustrou a importância de controlar  os pensamentos para poder controlar as palavras. (Mt. 12:34-37). A língua é o indicador coração. A razão para tanta perturbação causada pela língua é o “coração perturbado” com que nascemos e a que acrescentamos os problemas causados por nossas escolhas erradas.  

Jesus disse que as palavras “ociosas” (inúteis, frívola ou perniciosas) são pecado. No juízo seremos justificados ou condenados por nossas palavras. Isto não significa que obtemos a justificação por meio de boas palavras. Quer dizer que boas palavras acompanhadas de uma vida coerente evidenciam a mudança de coração experimentada por nós, e que as palavras torpes demonstram  a necessidade de mudança e transformação.

O único remédio que produz resultados duradouros é  o poder do Mestre por excelência, o qual pode transformar-nos  a mente e habilitar-nos a proferir palavras puras. Uma maneira pela qual Jesus efetua isso é por meio da educação e de professores cristãos. “No mais alto sentido, a obra da educação e da redenção são uma”. Educação, 30.

"Da abundância do seu coração fala a boca." Mas as palavras são mais que um indício do caráter; têm poder de reagir sobre o caráter. Os homens são influenciados por suas próprias palavras. Muitas vezes, levados por momentâneo impulso, instigados por Satanás, dão expressão ao ciúme ou às más suspeitas, exprimindo aquilo em que não crêem realmente; essa expressão, porém, reage sobre os pensamentos. São enganados pelas próprias palavras, e chegam a crer verdade aquilo que disseram por instigação de Satanás.” O Desejado de todas as nações, 306.


II PALAVRAS QUE DESTROEM


Palavras destrutivas tomam diversas formas: mentiras, criticas e mexericos, bajulações, impetuosidade, sarcasmo, alterações e ira. Todas essas formas negativas provêm da mente de pessoas que estão em desarmonia com Cristo. 


1. Mentira

A mentira é às vezes divididas em categorias. Supostamente há mentiras “inofensivas” ou convencionais, e mentiras prejudiciais. Será que entre essas duas formas há diversas modalidades de mentiras disfarçadas, ou será que todas as inverdades são pecaminosas? 

A intenção de enganar constitui falsidade. “‘Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.’ Êxo. 20:16.

Aqui se inclui todo o falar que seja falso a respeito de qualquer assunto, toda a tentativa ou intuito de enganar nosso próximo. A intenção de enganar é o que constitui a falsidade. Por um relance de olhos, por um movimento da mão, uma expressão do rosto, pode-se dizer falsidade tão eficazmente como por palavras. Todo o exagero intencional, toda a sugestão ou insinuação calculada a transmitir uma impressão errônea ou desproporcionada, mesmo a declaração de fatos feita de tal maneira que iluda, é falsidade. Este preceito proíbe todo esforço no sentido de prejudicar a reputação de nosso próximo, pela difamação ou suspeitas ruins, pela calúnia ou intrigas. Mesmo a supressão intencional da verdade, pela qual pode resultar o agravo a outrem, é uma violação do nono mandamento.” Patriarcas e Profetas, 309.


2. Críticas e Mexericos

A Bíblia indica a maneira correta de enfrentar problemas (Mt 18: 15-17). “Enquanto não vos sentirdes dispostos a sacrificar o amor próprio e mesmo dar a própria vida para salvar um irmão em erro, não tirastes a trave do próprio olho de maneira a estar preparados para ajudar a um irmão. Quando assim fizerdes, podeis aproximar-vos dele, e tocar-lhe o coração.” O Maior discurso de Cristo, 128.


3. Bajulação

Bajulação é louvor insincero, afetado ou excessivo. Genuína manifestação de apreço não é bajulação. Por vezes na tentativa de evitar a bajulação, magoamos as pessoas porque não proferimos palavras de animação.  O Ministério do encorajamento pode revitalizar as força declinantes de ma alma extenuada.


4. Um Conselho:

“Os servos de Cristo não devem agir segundo os naturais ditames do coração. Precisam de íntima comunhão com Deus a fim de que, sob provocação, o próprio eu não sobressaia, e despejem uma torrente de palavras inconvenientes, palavras que não são como o orvalho ou como a chuva suave que refrigera as ressequidas plantas. É isto que Satanás quer que façam, pois são esses os seus métodos. É o dragão que está irado; é o espírito de Satanás que se revela em zanga e acusação. Mas aos servos de Deus cumpre ser Seus representantes. Ele quer que usem apenas a moeda corrente no Céu, a verdade que Lhe apresenta a imagem e inscrição. O poder com que têm de vencer o mal, é o poder de Cristo. A glória dEle, a sua força. Devem fixar os olhos em Sua beleza de caráter. Podem então apresentar o evangelho com divino tato e suavidade. E o espírito que se conserva manso em face da provocação, dirá mais em favor da verdade, do que o fará qualquer argumento, por mais vigoroso que seja.” O Desejado de Todas as Nações, 353.


III. PALAVRAS QUE INSPIRAM

Tanto aqueles que ouvem como aquele que fala  são inspirados por palavras positivas e encorajadoras. A ira, o descontentamento, o egoísmo e a impureza são ruinosos, ao passo que há maravilhoso poder vivificante na alegria, na coragem, na fé, na esperança e no amor. Antes de falar, sempre devemos considerar o que seria se estivéssemos no lugar do ouvinte e qual poderá ser o efeito de nossas palavras.


CONCLUSÃO

A capacidade de falar é um talento de origem divina, o qual, se for usado corretamente, poderá ser uma grande benção para aqueles com quem nos comunicamos. Nossas palavras devem elevar e salvar. “A morte e a vida estão no poder da língua.” Pv. 18:21. compete-nos ter o máximo de cuidado em nossas palavras.