Nossa Bíblia tem uma história bastante longa, repleta de lances fascinantes, que empolga aqueles que se interessam em pesquisá-la.
Nenhum livro tem sido exaltado com tanto entusiasmo, mas também nenhum outro foi mais alvejado, criticado e desprezado do que este.
Por que recebeu no nome de Bíblia?
Seus livros foram sempre chamados da mesma maneira?
Como nos foi transmitida a Palavra de Deus?
Em que circunstâncias foi escrita?
Que materiais foram usados em sua elaboração?
Por que os seus inimigos não conseguiram destruí-la?
Como chegaram até nós escritos de 2.000 e 3.000 anos?
Merece confiança este livro?
Por que está dividida em duas partes?
Quem a dividiu em capítulos e versículos?
É possível transmitir em línguas modernas o que foi escrito há tantos séculos no hebraico e no grego?
Por que tem sido o Livro mais apreciado e o mais odiado através da história?
Quantas Bíblias já foram publicadas?
Para quantas línguas ela já foi traduzida?
São respostas a algumas destas indagações e a muitas outras, que podem ser feitas, que o prezado leitor encontrará neste trabalho.
Por ser a Crítica Textual matéria nova nas Faculdades de Teologia há escassez de material em nossa língua para a execução de um programa satisfatório, daí a necessidade da preparação desta Apostila.
Espero que o presente trabalho possa auxiliar os nossos estudantes a terem uma melhor perspectiva dos problemas enfrentados pela Bíblia, em sua triunfante trajetória, desde que os homens de Deus a escreveram até chegar às nossas mãos.
Este estudo não tem a menor pretensão em ser original e como todo o trabalho inicial é falho, imperfeito, inseguro, por isso almejo que o leitor veja nele suas boas intenções, mas que lhe perdoe suas fracas realizações.
Dos ensinos de Cristo aprendemos que há duas principais fontes de erro em matéria religiosa.
a) Ignorância das Escrituras.
b) Incapacidade para compreender o poder de Deus.
Frei Francisco de Mont'Alverne – o príncipe da tribuna sagrada no Brasil – ao enfrentar seleto e distinto auditório, na Capela imperial, já cego e cansado das lides da oratória, pronunciou a seguinte frase: "supra o assunto as forças que me faltam". Parafraseando o ilustre mestre da retórica nacional, quero que o prezado leitor supra o assunto com espírito esclarecido e lúcido.
Meu principal desejo é que este estudo sirva para o engrandecimento das Sagradas Escrituras.
Pedro Apolinário
Capítulo I
DOS TEMPOS MAIS REMOTOS – UM DOCUMENTO – A BÍBLIA
Capítulo II - A BÍBLIA
Capítulo III
REFLEXÕES SOBRE A BÍBLIA
– Bíblia é o Livro por Excelência
Capítulo IV
NOMENCLATURA DA CRÍTICA TEXTUAL
Capítulo V
REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
– A Palavra Escrita
– Revelação
– Teoria do Encontro
– O Que é Revelação
– Inspiração
– Observações Negativas Sobre a Bíblia
– Outros Modos de Compreender a Inspiração
– Opinião dos Reformadores
– Oposição à Bíblia
Capítulo VI
A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS
– A Bíblia
Capítulo VII: LÍNGUAS DA BÍBLIA
– Aramaico
– Hebraico
– Grego Bíblico
– Características da Linguagem do Novo Testamento
Capítulo VIII
ORIGEM DA ESCRITA – LIVROS PRIMITIVOS
– A Escrita Cuneiforme
– Origem do Alfabeto
– Materiais Usados para Escrever
– Código de Hamurabi
– A Pedra de Roseta
– Papiro
– Pergaminho
– Palimpsesto
– Formato dos Livros
– Tipos de Escrita
Capítulo IX: NOMES PARA A PALAVRA DE DEUS
– Bíblia
– Escrituras
– Outras Expressões
– Pentateuco
– Testamento
– Torah
– Nomes dos Livros da Bíblia
Capítulo X
MÉTODOS DA CRÍTICA TEXTUAL
– São Jerônimo
– Santo Agostinho
– Alta e Baixa Crítica
– Evidência Externa
– Evidência Interna
– As Três Testemunhas Celestiais em I João 5:7
– O Problema de uma Expressão em Lucas 6:1
– Doxologia do Pai Nosso
Capítulo XI:
FAMÍLIAS DE MANUSCRITOS
Capítulo XII
TRABALHO DOS MASSORETAS
– Os Massoretas
– O Tetragrama Sagrado para o Nome de Deus
Capítulo XIII
A IMPRENSA E SUA INFLUÊNCIA NA DIVULGAÇÃO DA BÍBLIA
– Bíblia Poliglota Complutense
– Novo Testamento de Erasmo
– Comma Joanina
– Edições do Novo Testamento Depois de Erasmo
– Funções das Sociedades Bíblicas
– Sociedade Bíblica de Canstein
– Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira
– Sociedade Bíblica Americana
– Outras Sociedades Conhecidas
Capítulo XIV
O TEXTUS RECEPTUS – SEUS DEFENSORES E OPOSITORES
– Edições Posteriores ao Textus Receptus – Edições Críticas
– Declínio do Textus Receptus
– Constantino Tischendorf
– Samuel Tregelles
– Westcott e Hort
– A Defesa do Textus Receptus
– Edições Gregas após Westcott e Hort
Capítulo XV
A FORMAÇÃO DO CÂNON
– Cânon do Velho Testamento
– Como os Livros Foram Canonizados?
– Por que foi Feito?
– Quem Organizou o Cânon?
– Cânon do Novo Testamento
– Influência de Márcion sobre o Cânon
– Divergências na Introdução de Alguns Livros
– Fixação do Cânon
– Critérios para a Canonização
– Quatro Evangelhos ou Um?
– Livros Não Introduzidos no Cânon
– Ordem Cronológica dos Livros do Velho Testamento
Capítulo XVI
O CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO
– Divisão Judaica (24 livros)
– Divisão Cristã (39 livros)
– Divisão do Cânon do Novo Testamento
Capítulo XVII
OS LIVROS APÓCRIFOS
– Razões da Rejeição dos Livros Apócrifos
– Escritos Inspirados e Não Inspirados
– Os Apócrifos Não São Inspirados
– Fracassam as Provas para Apoiar os Apócrifos
– Lista dos Livros Apócrifos
– Os 7 Apócrifos Mais Importantes
– Apócrifos do Novo Testamento
Capítulo XVIII
OS PSEUDEPÍGRAFOS
Capítulo XIX
O TALMUDE
– O Talmude
– Outras Determinações sobre o Descanso Sabático
Capítulo XX
DIVISÃO DA BÍBLIA EM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS – PONTUAÇÃO
– Divisão Eusebiana
– Divisão em Versículos
– Números de Livros, Capítulos, Versículos, Palavras, etc
– Pontuação
Capítulo XXI
A BÍBLIA – SUGESTÕES PARA A SUA LEITURA
– Como Ler a Bíblia
– Como Ler a Bíblia com Proveito
Capítulo XXII
O HÁBITO DA LEITURA DA BÍBLIA
Capítulo XXIII: CRISTO – O CENTRO DA BÍBLIA
Capítulo XXIV
ASSUNTO OU IDÉIA DOMINANTE DE CADA LIVRO
Capítulo XXV
PROBLEMAS DE TRADUÇÃO
– Mudança de Sinais
– Versos Sem Sentido
– A Tradução de Gênesis 4:7
– O Significado Real de Isaías 7:14
– O Sábado Segundo-Primeiro de Lucas 6:1
– Falta de Equivalência Entre as Palavras
– Idiotismos
– Construções Nominais
– Dificuldades no Traduzir
– Problemas Semânticos
– Dignidade da Linguagem
– Equivalência Dinâmica e Formal
– Problemas com a Edição Revista e Atualizada no Brasil
– Línguas Primitivas que Apresentam Dificuldades
– Outros exemplos de Versos Difíceis de Serem Traduzidos
Capítulo XXVI
MANUSCRITOS DA BÍBLIA
– Classificação dos Manuscritos
– Classificação de Gregory
– Classificação de Von Soden
– Número de Manuscritos
– Manuscritos Unciais
– Manuscritos Minúsculos
– Papiros
– Papiros do Novo Testamento
– Coleção de Bodmer
– Papiros de Elefantina
Capítulo XXVII
OS ROLOS DO MAR MORTO
– Quem Guardou Estes Manuscritos
– Idéias Fundamentais do Essenismo
– Valor dos Rolos do Mar Morto
– Fragmentos de Papiros em Qumran
Capítulo XXVIII
VERSÕES OU TRADUÇÕES DA BÍBLIA
– Necessidade das Traduções
– Versões Antigas
– Versões Semíticas
– Que São Targuns
– Pentateuco Samaritano
– Diferenças entre o Pentateuco Samaritano e o Massorético
– Septuaginta
– Linguagem da Septuaginta
– Revisões Depois da Hexapla
– Versões Siríacas
– Diatessaron
– Versões Latinas
– A Vulgata Latina
– Nova Bíblia Pronta e Aprovada
– Versão Etiópica
– Versões Cópticas
– Versão Gótica
– Versão Armênia
– Um Milênio Pobre em Traduções
– Traduções Modernas
– Alemã
– Traduções Inglesas
– Traduções Castelhanas
– Traduções Portuguesas
– A Tradução de Almeida Revisada
– Tradução de Figueiredo
– Edição Trinitária de 1883
– Trinitária Revisada
– Versão Brasileira de 1917
– Traduções Católicas no Brasil
Capítulo XXIX
CAUSAS DOS ERROS NA TRANSMISSÃO DO TEXTO BÍBLICO
– Erros Involuntários
– Erros Intencionais
– Dificuldades Geográficas
Capítulo XXX
A CRÍTICA TEXTUAL E A BÍBLIA