Como fica a guarda do Sábado nos polos da terra?

sábado nos polos
 


O que fica demonstrado com a alegação de ser impossível observar o sábado nos polos é que os que levantam tal tese têm uma visão “micro” e não “macro” do plano de Deus para os moradores deste planeta, para Israel e para a Igreja. 


Não percebem o que o texto bíblico estabelece claramente em Gênesis 1:14-19: “E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. 


 . . . E fez Deus dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.  


E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra,  e para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom”.


Lemos em Atos 17:26: “De um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação”. Desta passagem, à luz do texto de Gênesis acima mencionado, fica claro que o homem devia viver sobre a face da terra, dentro dos “limites de sua habitação”, tendo o sol, a lua para governar-lhe a vida segundo o que é um “dia” ou uma “noite”. 


Assim, os que vão habitar em regiões que não são assim governados regularmente, como no caso de alguma colônia submarina que fosse criada e pessoas ali passassem a habitar (fugindo desses limites traçados por Deus), ou se forem habitar noutro planeta ou estação orbital, claro que haverá exceções a essa regra divinamente estabelecida. Contudo, tais circunstâncias NÃO SÃO determinadas por Deus e sim pelo homem.


Não obstante, cremos que na Sua misericórdia os que passarem a viver sob tais circunstâncias não serão excluídos da atenção divina. Terão que empreender alguma pequena adaptação, pois levarão das regiões designadas para habitação do homem os elementos naturais (inclusive alimentos básicos) que ali não constam. 


Os habitantes dos polos não têm os mantimentos vegetais que Deus designou também para o homem (Gên. 1:29), mas os obterão das regiões “naturais”. É uma forma de adaptação do que Deus estabeleceu por circunstâncias por eles criadas.


Essa situação não afeta somente algum sabatista que ali fosse habitar. Os batistas dentre os esquimós ou lapões, por exemplo, terão que também adaptar-se para cumprir o que suas confissões de fé históricas estabelecem quando à observância do domingo, para homenagear a Ressurreição, pois terão que valer-se também das horas do relógio. 


Mas se algum “sabatista” tiver dúvidas sobre quando iniciar o seu sábado nessas circunstâncias fora do natural é fácil resolver o dilema: basta perguntar aos irmãos batistas, ou metodistas, que lhes informarão quando iniciam o seu domingo, e com base nisso o adventista do sétimo dia poderá calcular aproximadamente quando iniciar o seu sábado.


Então, analisemos duas questões:


a) Já vimos que essa circunstância não é criada por Deus para o homem, mas trata-se de iniciativa humana contrariando o que Deus estabeleceu como a melhor condição de vida para as pessoas que decidem viver fora dos LIMITES DA SUA HABITAÇÃO designados pelo Criador. 


Mas Deus é misericordioso e não irá desprezar os que vivem sob tais ambientes e aceitará tranquilamente suas adaptações sobre início ou fim do sábado. Deus aceitou certos costumes não ideais criados pelo homem e até incorporou-os na Sua legislação—como os casos da poligamia e escravidão.


b) Neste ponto percebemos a falta de compreensão de muitos evangélicos, quanto aos propósitos da escolha de Israel como nação eleita. Muitos dentre esses não percebem a visão MACRO da salvação que Deus deseja para TODOS os moradores da Terra. 


Ora, a Bíblia diz que Deus não tem prazer na morte dos perversos (Eze. 33:11) e certamente um Deus de amor deseja a salvação de todos os errantes, sejam da origem que for. A razão porque Deus escolheu Israel e transportou a nação para a Palestina, a “encruzilhada de três continentes”,  num lugar extraordinariamente estratégico, foi para serem “testemunhas” de Sua verdade para todos os moradores da Terra, “até os confins da Terra” (Isa. 43:10,11 e 49:6).


Por não perceberem esse plano de salvação “macro” de Deus, muitos ficam com essas tolices de que Deus estabeleceu Sua lei somente para Israel, e para nenhum outro povo, conquanto todos os princípios dessa lei aplicam-se perfeitamente a todos os moradores da Terra, condenados repetidamente pelas palvras de Deus exatamente por violá-los. 


Isso inclui até mesmo o consumo de CARNE DE PORCO, sobre que haverá cobrança global da parte de Deus de TODOS os povos e línguas no dia final (Isa. 66:16-18).


Por sinal, o próprio sábado é citado como base do concerto que Deus deseja estabelecer com “os filhos dos estrangeiros” em Isaías 56: 3-7:


“E aos filhos dos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem a minha aliança, Também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração PARA TODOS OS POVOS”.


Esses “filhos dos estrangeiros” certamente incluem os lapões e esquimós, se é que ao tempo de Isaías houvesse populações nessas áreas dos extremos do nosso mundo, o que liquida a questão de ter ou não validade para todos os povos as Palavras do Senhor [ver também o Salmo 67 que expressa o “sonho” divino para todos os moradores do planeta].


Então, para os objetores do exposto acima desafiamos a demonstrarem biblicamente que:


a) Israel foi escolhido para exclusivamente desfrutar do conhecimento do verdadeiro Deus, de Sua lei e do Seu plano de salvação em detrimento dos demais povos da Terra aos quais Deus não dava a mínima importância.


b) Deus só resolveu se interessar pela sorte dos não-israelitas a partir da morte de Cristo. .  . 


c) Os problemas apontados quanto ao sábado do 7º. dia em nada afetam os que têm o seu sábado (dia de repouso) no 1º. dia da semana, o domingo.


Ver adicionalmente o seguinte estudo: Fórum Evangelico


FONTE: PROF AZENILTO.