O ser humano foi criado perfeitamente para viver em harmonia com Deus, numa relação de dependência e confiança, pois Deus é o Criador e o mantenedor de todas as coisas (Gênesis 1: 26, 31). Sua felicidade, bem como o desenvolvimento de seu caráter, dependeria de sua voluntária escolha de obediência e lealdade para com Deus (Gênesis 2:15-17).
Contudo, o primeiro casal desobedeceu a Deus e sua felicidade foi comprometida. Agora se tornaram conhecedores do mal e adquiriram uma natureza pecaminosa que resultaria em morte (Gênesis 3:22, Romanos 5:12, 6:23).
Pelo fato de o homem e a mulher, por causa do pecado, estarem despidos do manto protetor de Deus (Gênesis 3:11), tornaram-se carentes de Sua glória (Romanos 3:23). Para que não se perpetuasse a maldade Deus os expulsou do jardim (Gênesis 3:22), mas não os deixou sem esperança. Fez uma linda promessa, dando-lhes a certeza de que Deus se reconciliaria com o mundo através do Descendente da mulher, Cristo (Gênesis 3:15).
Paulo diz que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2 Coríntios 5:19). Portanto, notamos um Deus apaixonado por suas criaturas, um Deus que se despojou de tudo, envolveu-se com a miséria humana, sentiu nossas dores, para que fôssemos resgatados, salvos do pecado e de sua penalidade, pois como nosso substituto Ele pagou o preço com o Seu próprio sangue (Filipenses 2:5-11; João 1:1, 14, 3:16; Romanos 5:19).
João, em Patmos, escreve: “Digno és, Senhor nosso e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, pois tu criaste todas as coisas, e por tua vontade existem e foram criadas (Apocalipse 4:11). Portanto, vê-se claramente que Deus é amor e que a criação é a manifestação de Seu amor. De forma plena esse amor é revelado em Sua obra de recriação ou redenção, por isso João descreve seres celestes cantando “um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação” (Apocalipse 5:9).
Deus é o ser mais cavalheiro que existe, pois o amor só pode surgir, desenvolver-se e amadurecer em um ambiente de liberdade. Amor desperta amor, e é por isso que podemos amar a Deus (1 João 4:19). A Bíblia é uma proposta de vida plena, abundante, é a revelação dAquele que é a fonte da vida e que nos concede a liberdade de escolhermos a vida (Deus) ou a ausência de vida (morte), ou seja, ausência de Deus (leia Deuteronômio 30:20).
Moisés declara que “Ele é a tua vida”. Não há como amar o próximo sem amar a Deus, “pois o amor é de Deus” (1 Jo. 4:7). Adoração é uma atitude de reconhecimento e gratidão de que Deus é o Criador, Mantenedor e Redentor. Não pode haver real amor ao próximo sem amor a Deus.
Um abraço,
Pr. Frederico Branco.