Dízimos e Ofertas
Quanto ao dízimo, ele é mencionado já no início da Bíblia, quando diz: "E de tudo lhe deu Abrão o dízimo" (Gênesis 14:20). Hebreus 7:1 e 2 repete o fato. A finalidade do dízimo é dada em Números 18:21: "Aos filhos de Levi (os sacerdotes e levitas) dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação (Igreja)". O dízimo é a décima parte de toda a nossa renda (renda bruta).
Em referência à igreja cristã, está escrito em I Coríntios 9:14: "Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho". Jesus aprovou o dízimo, conforme lemos em Mateus 23:23.
A promessa que Deus faz aos que são dizimistas fiéis, tem que ver com um sincero e íntimo relacionamento do homem com Deus. Leia Malaquias 3:7-11. Deus é o dono de tudo, e nada podemos dar a Ele. Está escrito em I Crônicas 29:14: "Porque tudo vem de Ti, e das Tuas mãos tomamos".
O que Deus espera receber do homem está expresso em Provérbio 23:26: "Dá-me, filho Meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos Meus caminhos". Deus quer manter um relacionamento de amor conosco, mas exige todo o nosso coração" (Jeremias 29:13).
Quando entregamos todo o nosso coração a Deus, Ele realiza um transplante em nós. Leia Ezequiel 36:26, 27. Jesus expressou esta verdade de outra maneira: "Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer" (João 15:5).
É impossível manter um relacionamento com Cristo sem amá-lo, "porque o amor de Cristo nos constrange" (II Coríntios 5:14). Quando amamos Jesus, guardamos os Seus mandamentos (João 14:15), porque Jesus faz de nós novas criaturas (II Coríntios 5:17).
O dízimo não tem nenhum valor para Deus se não estiver incluído no conjunto de uma vida toda dedicada ao Senhor. "O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável" (Provérbios 28:9). Quando amamos Jesus, queremos ter a companhia daqueles que O amam também. Leia I Timóteo 3:15; Hebreus 10:25; Lu¬cas 4:16.
Jesus não precisa dos nossos dízimos para nos amar e nos dar suas bênçãos. Leia Mateus 6:31-33; Romanos 8:32; Filipenses 4:19. Mas aquele que ama Jesus é fiel em devolver a Deus o dízimo como uma oferenda de amor e de gratidão por tantas bênçãos que recebe sem merecer.
Na mente do filho de Deus, o dízimo nunca representa uma tentativa de barganhar com Deus (toma lá, dá cá). Jesus é tão maravilhoso, nos ama tanto a ponto de morrer em nosso lugar, e nos aceita, nos perdoa, nos transforma, nos protege e nos mantém. Não podemos deixar de amá-Lo e de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para fazer a vontade dEle e vê-Lo feliz. Aqui se inclui o dízimo.
Sobre as ofertas, o plano de Deus é que representem uma porcentagem dos nossos ganhos. Leia II Coríntios 9:7 e Deuteronômio 16:17.
“O Senhor tenho-O sempre diante de mim. Estando Ele à minha direita jamais serei abalado” Salmo 16:8.
Entendendo melhor o Sistema de Dízimo apresentado na Bíblia.
O sistema de dízimos aprovado pela Bíblia tem como objetivo a manutenção dos pastores de tempo integral e dedicação exclusiva à pregação do evangelho (I Coríntios 9:14).
O dízimo deve ser entregue à igreja (Malaquias 3:10), que estabelece uma base salarial única e remunera seus pastores de modo equitativo, de maneira que o pastor de uma igreja pequena ganhe igual ao de uma grande. É assim que opera a Igreja Adventista do 7º Dia e por isso, tem sido elogiada por outras denominações.
Não podemos esquecer que tudo o que possuímos pertence a Deus. Somos somente seus mordomos! Quando entregamos o dízimo não estamos dando nada a Deus, estamos apenas devolvendo aquilo que pertence a Ele. Deus nos entrega 100% (valor bruto) e pede que devolvamos apenas 10%.
O objetivo principal do dízimo é tirar o egoísmo do nosso coração, e nos ajudar a colocar nossa confiança não no dinheiro, mas em Deus. Como resultado deste relacionamento de confiança, teremos mais sabedoria para gastar nosso dinheiro, pois adquirimos uma perspectiva correta da nossa escala de valores, sabendo assim diferenciar o que é realmente essencial daquilo que é supérfluo. Também saberemos usar as coisas e amar as pessoas, jamais o contrário.
Finalizamos com o conselho do apóstolo Paulo: "Ora, os que querem ficar ricos, caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores" (I Timóteo 6:9 e 10, 17-20).
O dízimo é um dinheiro sagrado e não compete a nós estabelecermos um critério de entrega diferente daquele proposto pela igreja, mesmo que seja com motivos nobres.