120 Gostaria de entender melhor Apocalipse 20

respostas escola biblica


Antes da existência do nosso mundo, houve uma rebelião entre os anjos do céu, e um terço desses seres celestiais mostrou-se desleal a Deus. Diz a Bíblia: “E houve batalha no céu: Miguel e seus anjos batalharam contra o dragão, e batalhavam o dragão e seus anjos; mas não prevaleceram nem mais o seu lugar se achou nos céus. 


E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo, e Satanás, que engana todo mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. (Apocalipse 12:7 a 9). 


Essa guerra que começou no céu tem tido continuidade através dos séculos. Quando nossos primeiros pais mostraram-se desleais ao seu criador, colocando-se sob o domínio de Satanás, tornaram-se deste modo servos do pecado e aliados do inimigo de Deus. Mediante sutil estratégia o diabo havia derrotado o homem, e, como usurpador, declarou ser este mundo o seu reino.


Assim foi transplantado para cá o cenário da controvérsia, e a terra tornou-se o campo de batalha do conflito. Foi com o objetivo de trazer de novo este pequeno mundo à harmonia do universo e salvar a humanidade do domínio de Satanás que o Filho de Deus deixou o seu lar no céu, veio à terra, viveu sem pecado, sofreu injurias às mãos de homens degenerados, e morreu em nosso lugar. 


Tudo isto Ele fez para dar a cada ser humano na terra a oportunidade de fugir de Satanás, tornando-se pela graça de Deus, membro da família celestial. Todos os que nEle creem são feitos filhos de Deus, e cada anjo na glória torna-se um mensageiro de Deus para nos ajudar.


É chegado o tempo em que o diabo, juntamente com todos os seus anjos e seus seguidores, será destruído. O pecado será então erradicado do universo. Isso ocorrerá ao final dos mil anos, ou milênio. Ao início do milênio o diabo será preso e encarcerado (Apocalipse 20:1 e 2). 


Isso ocorre quando Cristo retorna como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19:16). Satanás, com o aproximar-se do tempo de sua sentença de morte, é posto em cadeia enquanto aguarda a sua execução. A cadeia em que é preso não é literal. Trata-se de uma cadeia de circunstâncias, em que os elos são ligados entre si por acontecimentos sobre os quais o diabo e seus anjos não têm poder.


“Virá o nosso Deus, e não se calará” (Salmo 50:3). Jesus disse: “Virei outra vez” (João 14:3). “O mesmo Senhor descerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus” (I Tessalonicensses 4:16). “Todo olho o verá” (Apocalipse1:7).


Quando Jesus voltar, a terra ficará convulsionada, “Olhei ainda, eis que a terra fértil era um deserto, e todas as suas cidades estavam derribadas diante do Senhor.


Paulo declara: Nós os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com Ele nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares; e assim estaremos para sempre com o Senhor. (I Tessalonicensses 4:17).


Ao aparecer Jesus em glória, sua aparência será tremenda. (II Tessalonicensses1:7 e 8).


Aqueles acontecimentos trarão decepção para todos os que derem ouvidos para as reivindicações do diabo. Este tem feito aos homens toda espécie de promessa, as quais não podem fazer nenhum bem. Graças a Deus nosso Senhor venceu o pecado; e quando Ele retornar tomará posse de todos os reinos deste mundo, que adquiriu por sua vida sem pecado e morte vicária, e então as obras humanas serão destruídas (Ezequiel 38:20). 


As obras do homem pecador devem se erradicadas antes que Deus possa remodelar o mundo. 


Os que desprezaram a graça de Deus serão destruídos pelo resplendor da vinda de Cristo. Nesta desolada terra o diabo será amarrado. Satanás foi uma vez dirigente da hoste angélica no céu, porém em virtude de seu pecado, ele perdeu sua elevada posição. Foi lançado fora. 


Quando Cristo voltar para levar consigo os fiéis, o diabo e seus anjos serão confinados a este planeta, e pelo espaço de mil anos serão forçados a vaguear por tenebrosos desertos de cidades derribadas, a fim de contemplarem os trágicos resultados do pecado.


Quando Jesus voltar, todos os justos, tanto os mortos ressuscitados como os vivos transladados são levados ao encontro do Senhor, e acompanharão a Cristo os seus anjos de volta ao céu. Durante este tempo estarão julgando o mundo. (I Coríntios 6:2 e 3; Apocalipse 20:4).


Os ímpios mortos não são ressuscitados quando da segunda vinda de Cristo, pois eles não reviverão até que os mil anos se acabem (Apocalipse 20:5). Todo ímpio que estiver vivo por ocasião do aparecimento de Jesus será morto por sua glória (II Tessalonicensses 2:8). Não haverá, portanto, nenhum ser humano vivendo na terra depois disto, e a terra estará, sem dúvida, assolada.


O diabo estará em confinamento durante os mil anos (Apocalipse 20:3). E quando os mil anos tiverem acabado, Satanás será solto da sua prisão. Ele estava preso por circunstâncias; desta forma o seu libertamento será o reverso dessas circunstâncias que significaram sua prisão, e ele sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra para as congregar para a batalha. A segunda ressurreição, que é a ressurreição para juízo, ocorre ao final do milênio.


A trágica história do pecado chega ao fim ao serem os ímpios destruídos desde a raiz até os ramos. É misericórdia de Deus destruir o diabo e suas hostes, pois o pecado sendo consumado gera a morte (Tiago 1:15). 


Conquanto essa destruição seja eterna em seus efeitos, o processo de destruição será, por assim dizer, coisa de um momento. Trata-se de punição eterna como efeito, mas não como processo. Após a erradicação do mal, Cristo, o vencedor do pecado e criador do universo, recria a terra, a qual se torna a eterna morada dos salvos.


O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. Daquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas em sua serena beleza e pleno gozo, declaram que Deus é amor. 


O conflito está terminado. As tribulações e lutas chegaram ao fim. Cânticos de vitória enchem todo o céu, enquanto os resgatados entoam a jubilosa melodia; digno é o Cordeiro que foi morto, e vive outra vez triunfante conquistador.