Este é mais um problema da família. “Duro como a sepultura é o ciúme”. Assim o define Salomão, em Cantares 8:6. Ele existe entre os casais, pais e filhos, irmãos entre si. É algo antigo.
Foi por causa do ciúme que Caim matou Abel (Gênesis 4:1-8). Os irmãos de José o venderam como escravo, movidos pelo ciúme (Gênesis 37:11). Raquel em sua esterilidade tinha ciúme de sua irmã Lia (Gênesis 30:1-26). O ciúme doentio desestrutura a família, sufoca o amor e convida o inferno para o interior da casa.
Onde existe o complexo de inferioridade é fácil medrarem as sementes do ciúme. Cabe aos cônjuges aceitarem os temperamentos. Desenvolver o altruísmo e a abnegação. Não deixar o egoísmo florescer.
“O amor não é ciumento”, afirma Paulo em I Coríntios 13:4 (BLH).
Há maturidade no verdadeiro amor. O ciumento não tem confiança em ninguém, nem em si próprio.
É bom detectar as causas dessa patologia e buscar a ajuda divina. “No amor não existe medo, antes o verdadeiro amor lança fora o medo”. I João 4:18.
Alguém comentou que esse texto do apóstolo João bem que poderia ser parafraseado assim: “No ciúme não existe amor; antes o ciúme doentio lança fora o amor”.
Se o amor de Deus estiver impregnado na vida da família, dificilmente o ciúme prolifera.
- Anísio Chagas teólogo e conselheiro familiar, Revista Adventista Casa Publicadora Brasileira, Maio de 1997.