“Selá” é uma palavra isolada que aparece 71 vezes nos Salmos e 3 no livro de Habacuque (3:3, 9, 13). Visto que todos estes Salmos, com exceção do 41 e do 81, mencionam a espécie de melodia no título, geralmente se concorda que Selá deve ter sido um sinal musical ou litúrgico, ainda que seu significado exato nos seja desconhecido.
As principais sugestões são as seguintes.
1. Uma orientação musical dada aos cantores ou orquestra para “elevar”, isto é, “cantar ou tocar forte”. Assim é que a Septuaginta traduz por “diapsalma” em cada instante, o que talvez indique um interlúdio musical e não doxológico.
2. Um sinal litúrgico (Sãlal, “elevar”, cf. o acadiano, sullu, oração”), talvez para que fossem elevadas a voz ou as mãos em atitude de oração. Talvez tenha entrado em uso já no período do exílio, em conexão com os salmos usados na adoração pública para denotar aqueles lugares onde o sacerdote deveria pronunciar uma bênção.
Alguns consideram que significa “elevar” os olhos com o propósito de repetir o verso... Outros, ainda, preferem derivá-lo de uma raiz aramaica, sl “prostrar-se”, e assim interpretam-no como um sinal para que nesse ponto, o adorador se prostre.
3. O Targum Aquila e a Vulgata latina traduzem Selá por frases que subentendem a expressão “para sempre”, transformando-o numa expressão de adoração semelhante a “Amém” e “Aleluia” (Salmo 46.3) no fim da liturgia ou em pontos especificados no decorrer da mesma (Salmos 3,2,4, etc).