“Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Tu, pois, ó filho do homem, toma um pedaço de madeira e escreve nele: Para Judá e para os filhos de Israel, seus companheiros; depois, toma outro pedaço de madeira e escreve nele: Para José, pedaço de madeira de Efraim, e para toda a casa de Israel, seus companheiros. Ajunta-os um ao outro, faze deles um só pedaço, para que se tornem apenas um na tua mão.
Quando te falarem os filhos do teu povo, dizendo: Não nos revelarás o que significam estas coisas? Tu lhes dirás: Assim diz o SENHOR Deus: Eis que tomarei o pedaço de madeira de José, que esteve na mão de Efraim, e das tribos de Israel, suas companheiras, e o ajuntarei ao pedaço de Judá, e farei deles um só pedaço, e se tornarão apenas um na minha mão”. (Ezequiel 37:15-19 RA)
Interpretar estas duas tábuas, ou pedaços de madeira como sendo a bíblia e “O livro dos Mórmons” é violar completamente o contexto bíblico. Não há nenhum fundamento.
A profecia dos versos 15-28 não é única, pelo que sabemos, foi dada após a visão dos versos 1-14. Elas estão estreitamente relacionadas. As nações separadas de Israel haviam de se reunir em benefício do reinado de Davi.
A restauração de Israel do cativeiro entre os pagãos foi o primeiro passo no cumprimento das profecias. Os cativos libertos deveriam aproveitar a disciplina do exílio para serem espiritualmente puros. Todavia o reavivamento que estava sendo esperado por Deus não aconteceu nem antes e nem após o regresso do tempo de Zorobabel. Essas promessas não puderam cumprir-se. Deus permitiu que o povo de Israel desobedecesse pois eles eram rebeldes, porém, os repeliu por completo.
A apresentação da promessa divina neste versículo e nos seguintes, se aplicam aos que haviam sido leais aos propósitos de Deus e, estes propósitos à eles, foram cumpridos.
No verso 24, Deus Davi com “Meu servo”. Estes planos não puderam cumprir-se de acordo com o plano original de Deus.
No novo testamento, o Messias é apresentado como o que havia de ocupar o trono de Davi. No verso 25, se destaca a permanência de um novo estado. Diz que a terra será ocupada para sempre e que, o reinado de Davi será para sempre.
Nos versos 26 a 28 é relatado que o santuário estará entre eles para sempre como um pacto de paz perpétuo. Compara-se com estas passagens as seguintes declarações relacionadas com o propósito de Deus: “Se Israel houvesse permanecido fiel à Deus, aquele glorioso edifício (o templo de Salomão) perduraria para sempre, como sinal perpétuo do favor especial de Deus para com seu povo escolhido”. “Se Israel com nação, houvesse sido fiel ao céu, Jerusalém seria eleita para sempre como cidade de Deus.” Ezequiel descreve o que poderia ter ocorrido. (ver Lucas 19:42)
Como pode ser visto, estes versos da profecia de Ezequiel estão se referindo ao povo de Israel. Interpreta-los de outra forma seria estar violando os princípios de interpretação bíblicos.