Em resposta a sua pergunta referente à confissão de nossos pecados, será que um sacerdote, ou pastor, ou profeta pode perdoar os pecados, ou receitar um modo pelo qual isso possa ser feito? Temos o exemplo na Bíblia no livro de I Sam 15:25, onde Saul pede perdão de seu pecado a Samuel. Jesus também disse a Pedro: Ä quem perdoardes os pecados lhes serão perdoados, e a quem retiverdes os pecados lhes serão retirados”. (S.João 20:23)
Marcos 2:7 deixa claro que os próprios judeus, que ainda se achavam sob o sistema sacrifical, sabiam muito bem que só Deus pode perdoar os pecados. O que eles não reconheciam, porém, é que Jesus também era Deus, tendo portanto essa prerrogativa.
“Sob o sistema cerimonial o sacerdote presidia à confissão das pessoas, mas não proferia realmente palavras de perdão. Sua aceitação do sacrifício simbolizava meramente a aceitação por Deus, da confissão”.
É evidente que Saul se esqueceu de que seu pecado era contra o Senhor e não era contra Samuel. Ele estava mais preocupado em reaver o prestígio perante o povo, do que em obter perdão da grave falta de desobediência que cometeu.
Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são retidos. (João 20:23 RA)
Em João 20:23, Jesus “fala aos discípulos como representantes de Sua igreja sobre a Terra, à qual, agindo na qualidade de corporação recebeu a responsabilidade de cuidar dos interesses e necessidades de seus membros individuais.
A igreja deve esforçar-se fielmente pela restauração de seus membros errantes, incentivando-os a arrepender-se e afastar-se de seus maus caminhos. Havendo evidência de que as coisas foram endireitadas com Deus e o homem, a igreja deve aceitar o arrependimento como genuíno, libertar o errante das acusações suscitadas contra ele e reintegrá-lo em plena comunhão. Semelhante remissão de pecados é ratificada no céu; com efeito, Deus já aceitou e perdoou a pessoa arrependida.
A Bíblia, entretanto, ensina claramente que a confissão do pecado e o arrependimento dele devem ser feitos diretamente ao trono da graça no Céu (ver Atos 20:21; João 1:9), e que a libertação da alma no tocante ao pecado advém unicamente através dos méritos de Cristo e Sua mediação pessoal. (I João 2:1). Deus jamais confiou essa prerrogativa a mortais errantes, que freqüentemente necessitam de divina misericórdia e graça, mesmo que sejam os dirigentes estabelecidos da igreja.
Esperamos desta forma ter tirado alguma de suas dúvidas, mas caso elas ainda existam, por favor, nos escreva. Teremos o maior prazer em respondê-las.
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