Nos tempos de Jesus havia cerca de 240 cidades na galiléia. A maioria da população estava agrupada em povoamentos, localizados perto de nascentes e fontes. Não havia muitas casas isoladas, espalhadas pelo território.
Os povoados em geral eram bem pequenos, e neles não havia sinagogas nem tribunais. Já uma cidade, que fosse reconhecida como grande, era cercada de uma muralha, com diversos portões, que eram os lugares de maior movimento comercial. A noite estes portões eram fechados.
Sendo Israel uma nação pequena, freqüentemente estava sujeita a invasões de potências maiores. Por diversas vezes, ela foi dominada por impérios que marchavam por seu território e o ocupavam, assumiam o controle, e ali permaneciam durante séculos.
O império romano tomou a Judéia em 63 A.D. O general que conduziu a ocupação romana foi Pompeu.
Na época de Jesus Israel estava sob o domínio opressor dos Romanos. Muitas das autoridades dos judeus apenas continuavam em seus cargos, empenhando-se em agradar aos opressores. Muitos obtiveram ou mantinham seus cargos dando propina aos romanos.
Para o império era vantajoso que a nação fosse governada por gente dela mesmo, desde que não conflitassem com as leis e interesses romanos. Sendo assim, alguns dos governantes foram escolhidos pelo Sinédrio.
O domínio do império Romano, apesar dos seus aspectos negativos, pode ter sido benéfico para a economia de Israel. Sua presença ali significou o incremento do comércio, transportes, lazer, educação, da segurança militar, e de outras vantagens.
A família de Jesus era pobre. José era carpinteiro e gozava das vantagens de ganhar a vida com uma profissão especializada, mas não tinha muita condição financeira. Jesus desde cedo aprendera este oficio (Mc 6:3, Mt 13:55). Ele começou seu ministério apenas com cerca de 30 anos (Lc 3:23).
Jesus não tinha a intenção de derrotar a supremacia Romana, embora alguns dos seus discípulos tivessem essa expectativa. Ele veio para anunciar um outro reino.
“Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.” (João 18:36 RA)
Jesus pregou o evangelho, não com a finalidade de tirar Israel do jugo romano, mas para pregar a justiça, o amor, a verdade. Jesus veio fundar um novo reino. Um reino que não é regido por governantes, que erram, mas pelo próprio Deus. Um reino para subsistir pela eternidade.
Quando questionado sobre quando ocorreria a destruição do templo, e o fim dos tempos, Jesus respondeu aos seus discípulos que um dia Jerusalém seria destruída por inimigos. Os líderes Judeus não ouviram as palavras de advertência de Jesus, e com isso tiveram um final trágico.
O general Vespasiano, sob o governo do imperador Nero, por volta de 67 e 68 A.D conquistou a Galiléia e Samaria, Nesta ocasião Jerusalém foi sitiada. Mas o imperador morreu, e com isso Vespasiano retornou, para se tornar imperador. No ano 70 A.D., ele enviou novas tropas que destruíram completamente a cidade e o templo. Os judeus se dispersaram pelo Mediterrâneo, e acabaram se espalhando por todo o mundo.
Se os judeus tivessem aceitado o ministério de Jesus e seus ensinos, provavelmente Jerusalém não teria sido destruída. Eles teriam evitado um grande número de problemas que lhes sobrevieram ao longo dos séculos.
Fontes: Manual dos Tempos & Costumes Bíblicos, de Willian L. Coleman