A irmã White não fala de modo específico sobre o controle da natalidade. Há, porém declarações que indicam ser ela a favor de que o casal pense com mais cautela antes de trazer filhos ao mundo e que, se os puder evitar sob determinadas circunstâncias, é o melhor. Vejamos algumas:
“Antes de aumentar a família, devem pensar se Deus é glorificado ou desonrado com o trazerem filhos ao mundo. Devem buscar glorificar a Deus por sua união desde o princípio, e durante todo o tempo de sua vida de casados. Devem considerar com calma as providências a serem tomadas para os filhos.
Não têm direito de os porem no mundo para servirem de carga a outros. Têm eles um meio de vida em que podem confiar quanto ao sustento da família, de maneira a não se tornarem pesados aos outros? Se o não têm, cometem um crime em trazer filhos ao mundo para sofrerem por falta do necessário cuidado, alimento e vestuário” (CONSELHOS SOBRE SAÚDE, P. 75)
“Em vista da responsabilidade que recai sobre os pais, deve ser cuidadosamente considerado se é melhor trazer filhos à família. Tem a mãe suficiente força para deles cuidar? E pode o pai dar-se à prerrogativa de bem modelar e retamente educar a criança? Quão pouco é o destino da criança considerado!...” (O LAR ADVENTISTA, P. 162)
“Pais e mães, quando sabeis que sois deficientes no conhecimento de como educar vossos filhos para o Mestre, por que não aprendeis vossa lição?
Por que continuais a trazer filhos ao mundo para engrossar as fileiras de Satanás?
Está Deus contente com esta demonstração?
Quando vedes que uma grande família sobrecarregará duramente vossos recursos; quando vedes que a mãe está cheia de filhos, e que ela não tem o tempo entre os nascimentos para fazer a obra que cada mãe necessita fazer, por que não considerais os resultados?
Cada filho suga a vitalidade da mãe, e quando pais e mães não usam a razão neste assunto, que oportunidade têm os pais ou os filhos de ser devidamente disciplinados? O Senhor convida os pais a que considerem devidamente este assunto à luz de realidades eternas”. (Carta 107, 1890 – citado em O LAR ADVENTISTA, P. 164)
Não há problemas em usar métodos anticoncepcionais, desde que estes não sejam abortivos.
Isto nem de perto insinua que a profetiza fosse contra o ter filhos. Em várias ocasiões ela repreendeu a casais por não quererem desfrutar da bênção da paternidade; eis uma delas:
Conselho a um Casal sem Filhos
“Não tendes compreendido que foi requerido de vós que vos interessásseis em outros, tornando vossos os seus casos, dessa forma manifestando interesse altruísta por aqueles que estão em grande necessidade de auxílio. Não tendes estendido a mão para ajudar aos mais necessitados, aos mais desajudados.
Se tivésseis vossos próprios filhos para pordes em exercício cuidado, afeição e amor, não estaríeis tão encerrados em vós mesmos com os vossos próprios interesses.
Se os que não têm filhos e que têm sido por Deus feitos mordomos de recursos, dilatassem o seu coração no cuidado de crianças que necessitam de amor, zelo e afeição, bem como assistência de bens do mundo, seriam mais felizes do que são hoje.
Sempre que jovens sem o piedoso cuidado de um pai e o terno amor de uma mãe estiverem expostos à corruptora influência destes últimos dias, é dever de alguém suprir o lugar de pai e mãe para com alguns deles. Aprenda-se a prover-lhes amor, afeição e simpatia.
“Todos aqueles que professam ter um Pai no Céu, de quem esperam que deles cuide e finalmente os leve para o lar que lhes preparou, devem sentir solene obrigação de ser amigos dos que não têm amigos e pais dos órfãos, de ajudar as viúvas e ser de utilidade prática neste mundo em benefício da humanidade. Muitos não vêem estas coisas na luz apropriada. Se vivem meramente para si, não terão a grande força que este chamado requer”. (Testimonies, vol. 2, págs. 328 e 329).