Sobre o uso da aliança de casamento
“Alguns se têm preocupado com o uso da aliança, achando que as esposas de nossos pastores se devem conformar com este costume. Tudo isto é desnecessário.
Possuam as esposas de pastores o áureo elo que as ligue a Jesus Cristo - um caráter puro e santo, o verdadeiro amor e mansidão e piedade que são os frutos produzidos pela árvore cristã, e certa será em toda parte sua influência.
O fato de o descaso desse costume ocasionar reparos, não é boa razão para adotá-lo. Os americanos podem fazer compreender sua atitude com o declarar positivamente que esse uso não é obrigatório em nosso país.
Nós não precisamos usar este anel, pois não somos infiéis a nosso voto matrimonial, e o trazer a aliança não seria prova de sermos fiéis. Sinto profundamente esse processo de fermentação que parece estar em andamento entre nós, na conformidade com o costume e a moda.
Nenhuma despesa deve ser feita com esse aro de ouro para testificar que somos casados.
Nos países em que o costume for imperioso, não temos o encargo de condenar os que usarem sua aliança; que o façam, caso possam fazê-lo em boa consciência; não achem, porém, nossos missionários, que o uso da aliança lhes aumentará um jota ou um til a influência.
Se eles são cristãos, isto se manifestará no cristianismo de seu caráter, suas palavras, suas obras, no lar e no convívio com os outros; isto se demonstrará por sua paciência e longanimidade e bondade.
Eles manifestarão o espírito do Mestre, possuirão Sua beleza de caráter, a amabilidade de Sua disposição, Seu coração compassivo” – EGW, 1TS, vol. 1, p. 601.
No livro Testemunhos Seletos vol.1, pág. 601, há um sábio e equilibrado comentário da Sra. White a respeito do uso da aliança de casamento. Na época em que ela escreveu sobre este assunto, algumas pessoas preocupavam-se achando que o uso da aliança era algo fundamental e necessário a todos.
Em resposta a isto, a irmã White diz que isto não deve ser preocupação do crente, pois "o trazer a aliança não seria prova de sermos fiéis”.
Entretanto, ela menciona que há países em que o uso é imperioso e, portanto, "não temos o encargo de condenar os que usarem sua aliança”. Ela continua dizendo que "o façam, caso possam fazê-lo em boa consciência; não achem, porém, nossos missionários, que o uso da aliança lhes aumentará um jota ou um til a influência”.
Desta forma, podemos perceber verdades importantes neste capítulo:
1) Que o uso da aliança não garante um bom casamento ou a fidelidade do cônjuge;
2) Que não devem ser feitos gastos desnecessários por causa do anel (alguns pagam altos valores pelo preço de uma aliança);
3) Que há países onde o uso é imperioso (inclusive há lugares em que a pessoa é mal vista caso não use) e, portanto, não devemos condenar aqueles que usam o anel como identificação de que são compromissados.
Assim, o uso ou não da aliança de casamento é um fator cultural. No México, por exemplo, o uso da aliança é encarado pelos irmãos com sendo uma vaidade; já em outros países, não.
Espero que estas considerações tenham sido úteis.
Que o Salvador te abençoe ricamente,
Leandro Soares de Quadros
Instrutor Bíblico - Conselheiro Espiritual