“Romanos 14:4-5 afirma que a guarda do Sábado não tem importância alguma...”
Levando-se em consideração textos como Atos 16:13; 17:2, 18:3-4 e 11, entre outros, de forma alguma podemos supor que Paulo estivesse tratando do dia de repouso em Romanos 14:4 e 5.
Se o fizesse, estaria também sendo contra a guarda do domingo, tão defendida pelos irmãos evangélicos e também contra o regime vegetariano (confira os versos 2 e 3), provado cientificamente ser o mais saudável.
O observador do domingo Russel N. Champlin, em seu comentário, reconhece que não é possível provar que a guarda do sábado esteja sendo questionada aqui: “Não dispomos de meios para julgar, com base neste texto, nem com toda a certeza, se Paulo queria incluir ou não o sábado na lista dos vários dias especiais que os irmãos ‘débeis na fé’ insistiam em observar”.
Analisando detidamente o capítulo percebemos que, em essência, Paulo trata do mesmo problema descrito em I Coríntios 8 (compare I Coríntios 8:8 com Romanos 14:17): comer ou não alimentos sacrificados a ídolos.
Em acréscimo, o apóstolo fala dos “dias de jejuns” judaicos nos versos 4, 5 e 6 pelo fato de haver uma discussão acerca de qual dia jejuar. “O Didaquê 8:1 era incisivo em admoestar os cristãos a “não jejuarem com os hipócritas no segundo e quinto dias da semana, mas no quarto e sexto dias”.
Assim, tal texto não pode ser usado em apoio à doutrina antinomista.
Leandro Soares de Quadros
Instrutor Bíblico – Conselheiro Espiritual