2 Fundamento Bíblico para Surgimento da IASD

remanescente domingos especiais

 

FUNDAMENTO BÍBLICO E PROFÉTICO PARA O SURGIMENTO DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA 


Pr. Ivanaudo B. Oliveira 


INTRODUÇÃO:


A filha de Pelé entrou numa batalha judicial para provar sua filiação de Edson Arantes do Nascimento. A batalha foi decidida com um exame do DNA que revelou e provou sua filiação ao Rei. Há pouco tempo atrás a Itália concedeu aos descendentes de italianos o direito e o privilégio de buscarem e tirarem documentos legais como cidadãos italianos.


Hoje, as Escrituras sagradas completas estão distribuídas em quase todos os países do mundo. Somente a sociedade bíblica americana, desde sua fundação já distribuiu mais de seis bilhões de cópias. Como resultado, dezenas e centenas de religiões surgem todos os dias no mundo todo.


A Igreja Adventista do Sétimo Dia também nasceu num desses dias. Somos mais uma Igreja, ou somos uma Igreja que pode provar suas raízes bíblicas e proféticas?

 

Vejamos um pouco de nossa história e como nosso fundamento bíblico foi lançado.


Em 1860, uma comissão formada por 19 membros e presidida por Tiago White se reuniu em Battle Creek. O pastor Tiago White disse que esta criança (referia-se a Igreja) já estava muito grande e precisava de um nome. Um leigo, Esdras Bracket disse que tínhamos que nos organizarmos e isto foi votado. 


A seguir outro irmãos, Davi Hewitt sugeriu que nosso nome fosse Igreja Adventista do Sétimo Dia. O nome foi aceito e aprovado. Mais tarde no ano de 1902 Ellen White disse: “Somos Adventistas do Sétimo Dia. Envergonhamo-nos, acaso de nosso nome? Respondemos: ‘não, não. Não nos envergonhamos. É o nome que o Senhor nos deu’... Somos Adventistas do Sétimo Dia, e desse nome nunca nos devemos envergonhar” II ME, 384.


I PARTE – NOSSA FORMAÇÃO BÍBLICA ORGANIZACIONAL E PROFÉTICA

 

A formação da Igreja Adventista com seu corpo doutrinário e organizacional demorou cerca de 15 anos. Este período pode ser dividido em 3 grandes picos ou divisões:


1840 – Formação de seu corpo doutrinário.


1850 – Formação de sua estrutura organizacional.


1860 – Formação de seu programa de saúde.


a)    Formação de Seu Corpo Doutrinário – Primeiro Pico:


Os pioneiros da IASD eram oriundos das diversas Igrejas e seitas existentes em seus dias. A formação doutrinária de cada um era bem diferente da dos demais. As ideias doutrinárias eram tão diversas quanto o número deles. Daí houve a grande necessidade de se ajuntarem, orarem, estudarem, jejuarem e buscarem um consenso doutrinário que não existia.


Este trabalho de estudos e pesquisa demorou cerca de três anos e exigiu deles 22 reuniões prolongadas de finais de semanas, conhecidas como Reuniões Sabáticas.

 

Em 1948 foram 6 reuniões sabáticas.

Em 1949 foram 6 reuniões sabáticas.

Em 1950 foram 10 reuniões sabáticas.

Nesse período de formação doutrinária o papel do Espírito Santo era:

1)  Confirmar, se estavam certos, e

2)  Corrigir, se estavam errados.


Obs: Nossas doutrinas não vieram como resultado das visões de Ellen G. White. Ela apenas as confirmava após horas e horas de profundo estudo.

 

Nossa estrutura doutrinária foi estabelecida como se fosse uma grande plataforma sustentada por quatro colunas:


1ª Sábado

2ª Santuário

3ª O estado do homem na morte.

4ª A segunda vinda de Cristo

E nesta plataforma as demais doutrinas. E na base uma escada de três degraus (A 1ª, 2ª e a 3ª Mensagens Angélicas).


b)    Nossa Formação Organizacional – Segundo Pico 1850 – Segundo Pico ou Prioridade.


Nesse tempo os pioneiros estavam divididos em dois grupos com respeito a Organização da Igreja: Um grupo contra e o outro a favor. O grupo que não apoiava a organização da Igreja apresentava três razões para se oporem:


1)     Teológica. Dizia que no momento que nos organizássemos seríamos como as demais Igrejas e portanto seríamos parte de Babilônia.


2)     Sociológica. Nesta época os americanos tinham um veio de independência em sua vida. Seu espírito era de independência. E qualquer manifestação de organização não era consistente com o espírito do Evangelho. 


3)     Filosófica. Diziam que a Organização exigiria ter CNPJ ou documentos reconhecidos em cartórios e isto significaria união da Igreja com o Estado. Achavam que a Incorporação legal da Igreja equivaleria à união com o Estado.


Por outro lado, os que eram a favor da organização apresentavam cinco razões para serem favoráveis:


1ª)  Que tínhamos várias propriedades e imóveis e estavam em nome de vários deles. A Igreja precisava de um nome para registrar seu patrimônio.


2ª) Que a Igreja precisava de Regulamentos, livros de Praxes e manuais para determinar nossas crenças e procedimentos.


3ª)  Ter um sistema para a manutenção de obreiros.


4ª)  Estabelecer as Instituições médicas, educacionais e hospitalares.


5ª)  Ir a novos lugares.


É interessante notar que nesse período, o Espírito Santo atuou de maneira diferente, empurrando e determinando através de visões.


Em 24 de dezembro de 1850 Ellen G. White escreveu: “Tudo no céu ocorre em perfeita ordem, tudo é perfeito e belo”. 


Resultado:


Em 1860 foi organizada a primeira igreja.

Em 1860 foi aprovado o nome Adventista do Sétimo Dia.

Em 1861 foi formada a primeira Associação – a de Michigan.

Em 1863 foi organizada a Associação Geral.

Em 1901 a Associação Geral foi reorganizada. 


O processo de organização na Igreja Adventista tem sido dinâmico. Desde sua formação até agora tem havido muitas mudanças, porém as bases que nos regem como Organização foram lançadas neste segundo pico – 1850.


c)     Formação dos Princípios de Saúde – 1860 – Terceiro Pico


É sabido de todos nós que a grande visão da reforma de saúde foi em junho de 1863 e durou 45 minutos. Porém antes desta visão que é a maior e a mais abarcante, Ellen White teve antes duas visões sobre saúde. A primeira foi em 1848 e tratava sobre os efeitos nocivos do café, chá e tabaco. 


É notável mencionar aqui que em 1981 (133 anos após esta visão) a Escola de Medicina da Universidade de Havard demonstrou ao mundo através de pesquisa científica que o café é o maior causador de câncer pancreático – e a cafeína não é a causa predisponente. 


A segunda visão foi em 1854 e tratava de adultério, higiene corporal, necessidade de controlar o apetite e outros temas sobre casamento e educação dos filhos. A terceira visão que é mais ampla foi em 1863 e trata sobre o abandono da carne do porco e de todo tipo de carne, fala dos remédios naturais como ar puro, exercícios, luz solar, cuidado de Deus, etc, e pela primeira vez Ellen White faz um vínculo entre as condições físicas e as espirituais.


Os ASD apresentam sete razões bíblicas porque Deus apresentou a reforma pró-saúde:

 

1)  Deus quer que vivamos mais. Estudos científicos feitos comparando a média de vida dos adventistas com não adventistas concluíram que os ASD homens, vivem em média 7 anos a mais e que as mulheres ASD vivem em média 3 a 4 anos a mais.

 

2) Deus quer que vivamos felizes.


3) Deus quer que seus filhos devotem mais tempo à Sua obra. Foi feita uma pesquisa entre os adventistas que morreram entre os anos de 1857 a 1863, data da 3ª visão e constatou-se o seguinte:


a)  26,5 morreram antes dos sete anos de vida.


b) 22,5 morreram dos 10 aos 29 anos.


c)  49.0% morreram antes dos 30 anos de vida – isto era um absurdo, mas era a realidade. As maiores causas foram: problemas pulmonares, febre tifóide e difteria (tome uma revista adventista de hoje e faça uma estatística dos óbitos).

 

4) Deus quer que os Adventistas sejam propagadores da fé.


5) Deus quer que seus filhos tenham mentes superiores. (Veja o exemplo de Daniel).


6) Deus quer que os Adventistas sejam portadoras de luz ajudando os que não são da nossa fé.


7) Deus quer que seu povo tenha a mente lúcida para enfrentar os estratagemas de Satanás.

 

Ao analisarmos a mensagem de saúde concluímos que ela é:


1)     Prática

2)     De origem divina

3)     Sistemática

4)     Harmônica

5)     Consistente com os princípios cristãos.


Aqueles que leem Ellen G. White e praticam seus ensinos com certeza terão vantagens sobre os que não leem e nem praticam. Ex.: O Dr. John Kellog que viveu no tempo de E. G. White dizia que sempre estava 5 anos à frente dos médicos de seus dias porque ele lia E. G. White. Concluímos lendo II Crônicas 20:20.


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