"De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim, também, operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós, tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade". (Filipenses 2:12-13)
1. Algumas grandes verdades, como a existência e atributos de Deus, e a diferença entre a boa moral e a má, foram conhecidas, em alguma medida, pelo o mundo pagão. Os traços delas são encontrados em todas as nações; de modo que, de alguma maneira, pode-se dizer que para todos os filhos do homem, "Ele tem mostrado a ti, ó, homem, o que é bom; sempre ser justo, amar a misericórdia, e caminhar humildemente com teu Deus".
Com essa verdade ele tem, em alguma medida, "esclarecido cada um que vem ao mundo". E, dessa forma, eles, que "não têm lei", que não têm lei escrita, "são a lei neles mesmos". Eles mostram "a obra da lei", -- a substância dela, embora não a carta, -- "escrita em seus corações", pelas mesmas mãos que escreveram os mandamentos nas tábuas de pedra; "A consciência deles também dão testemunho", se eles agem de acordo com isso ou não.
2. Mas há dois tópicos principais de doutrina, os quais contém muitas verdades, da mais importante natureza, da qual os mais esclarecidos pagãos, no mundo antigo, eram totalmente ignorantes, como são também os mais inteligentes ateus que estão agora na face da terra; eu quero dizer, aqueles que se relacionam com o Filho eterno de Deus, e o Espírito de Deus: Para o filho, dando a si mesmo para ser "a propiciação para os pecados do mundo"; e, para o Espírito de Deus, renovando homens, naquela imagem de Deus, onde eles foram criados. Porque, depois de todas as dores as quais homens engenhosos e instruídos tiveram (o grande homem, o fidalgo Ramsay, em particular), para encontrar algumas semelhanças dessas verdades, no imenso lixo de autores; a semelhança estava, tão excessivamente enfraquecida, como se não fosse para ser discernida, a não ser por uma imaginação muito vivaz.
Além do que, mesmo essa semelhança, enfraquecida como ela estava, foi apenas encontrada, no discurso de alguns poucos; e, esses foram os homens mais refinados e pensadores profundos, nas suas diversas gerações; enquanto as multidões inumeráveis que os cercaram foram um pouco melhores, por causa do conhecimento de filósofos, mas permaneceram, totalmente, ignorantes, mesmo dessas verdades principais, como se fossem as bestas que perecem.
3. Certo é, que essas verdades nunca foram conhecidas para o vulgar, a massa da humanidade, para a generalidade de homens, em qualquer nação, até que elas foram trazidas à luz pelo Evangelho. Por conseguinte, a faísca de conhecimento, luzindo aqui e ali, toda a terra foi coberta com escuridão, até que o Sol da Retidão surgiu e dispersou as sombras da noite. Desde essa alvorada, do alto tem aparecido, uma grande luz tem brilhado naqueles que, até então, sentaram-se na escuridão e nas sombras da morte. E milhares deles, em todas as épocas, têm sabido "que Deus amou de tal maneira o mundo, que deu seu único Filho, para que todo aquele que cresse, não perecesse, mas tivesse a vida eterna". E estando incumbidos com os oráculos de Deus, eles têm sabido que Deus tem também dado a nós seu Espírito Santo, que "opera em nós a sua vontade e a fazer o que é do seu bom prazer".
4. Quão notáveis são aquelas palavras do Apóstolo que precedem essas! "Deixe essa mente ser em você, a qual foi também em Cristo Jesus: Quem, estando na forma de Deus", -- a natureza incomunicável de Deus da eternidade – "não permitiu ato algum de roubo", -- (esse é o significado preciso da palavra), nenhuma invasão de alguma outra prerrogativa; mas o seu direito próprio e inquestionável, -- "de ser igual com Deus". A palavra implica tanto a abundância e a altura suprema da Divindade; para o qual são supostas as duas palavras, ele se esvaziou e se submeteu. Ele "se esvaziou" daquela abundância divina, disfarçando sua abundância aos olhos de homens e anjos; "tomando", e por esse mesmo ato, esvaziando-se, "a forma de um servo; sendo feito na semelhança do homem", um homem real, como qualquer outro homem. "E, sendo encontrado no feitio como um homem", -- um homem comum, sem qualquer beleza peculiar ou excelência, -- "ele humilhou-se", para um grau ainda maior, "tornando-se obediente" para Deus, embora igual a ele, "mesmo na morte, sim, a morte de cruz". O exemplo maior de humilhação e obediência. (Filipenses 2:5-11). Tendo proposto o exemplo de Cristo, o Apóstolo exorta-os a afiançar a salvação que Cristo adquiriu para eles: "Portanto, opere a sua própria salvação com medo e tremor. Porque é Deus quem trabalha em você a vontade e o fazer, para o bom prazer Dele". Nessas palavras compreensíveis podemos observar:
I. Essa verdade principal, que deve nunca estar fora de nossa lembrança, "É Deus que opera em nós, para a Sua vontade e próprio prazer".
II. A melhoria que nós devemos fazer disso: "Operar a nossa própria salvação com temor e tremor".
III. A ligação entre elas: "É Deus que opera em você", entretanto, "opere a sua própria salvação".
I. (1) Primeiro Ponto: Nós vamos observar a grande e importante verdade que nunca deverá estar fora de nossa lembrança: "É Deus que opera em nós para a sua vontade e seu bom prazer".O significado dessas palavras pode ser mais claro, através de uma transposição pequena delas: "É Deus que, para seu bom prazer, opera em nós para querer e fazer". Essa posição das palavras, unida à frase, do seu bom prazer, com a palavra opera, remove toda imaginação do mérito do homem, e dá a Deus toda a glória da própria obra. Do contrário, nós teríamos tido algumas razões para nos vangloriarmos, como se fosse nosso próprio deserto, algumas santidades em nós, ou algumas boas obras feitas por nós, que, primeiro, moveram Deus a operar. Mas, essa expressão cortou fora todos os conceitos vãos, e claramente, mostrou que seu motivo para operar situa-se, totalmente, em si mesmo, em sua própria graça, na misericórdia imerecida do homem.
(2) É através disso tão somente que ele está impelido a operar no homem o querer e o fazer. A expressão é capaz de duas interpretações; ambas são verdades inquestionáveis. Primeiro, querer, que pode incluir a totalidade do que é inerente; fazer, a totalidade do que é extrínseco, religião. E, se for assim entendido, ela implica que é Deus que opera tanto a santidade inerente, quanto extrínseca. Segundo, querer, que pode implicar todo desejo bom; fazer, o que quer que resulte dali em diante. E, então, a sentença significa que Deus sopra em nós todo desejo bom, e conduz todo desejo bom para o resultado bom.
(3) As palavras originais: "thelein" e "energein" parecem favorecer a última construção: "thelein", que nós podemos verter para querer, claramente, incluindo todo desejo bom, se relacionado a nosso temperamento, palavras ou ações; para a santidade interior e exterior. E "energein", que nós podemos verter para fazer, manifestadamente, implicando todo o poder do alto, toda aquela força que opera em nós toda a disposição certa, e, então, nos guarnece para toda a boa palavra e obra.
(4) Nada pode, então, diretamente, tender para o orgulho escondido do homem, como a convicção profunda e duradoura disso. Porque, se nós estamos, completamente, sensibilizados de que nós temos nada, a qual nós não temos recebido, como podemos nos gloriar, como se nós não tivéssemos recebido isso? Se nós sabemos e sentimos que o mesmo primeiro mover do bem é do alto, tanto quanto o poder, o qual o conduz para essa finalidade; se, é Deus que, não apenas, introduz todo desejo bom, mas que o acompanha e segue, senão, ele desaparece, então, isso, evidentemente, significa que "ele que se gloria" deve "dar glórias no Senhor".
II. (1) Prossigamos agora, para o Segundo ponto: Se Deus opera em vocês, então, operem sua própria salvação. A palavra original vertida, operar, implica em fazer a coisa totalmente. Para sua própria, porque vocês mesmos devem fazer isso, ou deixará de ser feito para sempre. Sua própria salvação: Salvação começa com o que é usualmente denominada (e muito propriamente) graça preventiva, incluindo o primeiro desejo de agradar a Deus, o primeiro alvorecer da luz concernente à sua vontade, e a primeira convicção passageira leve de ter pecado contra ele. Todos esses implicam alguma tendência com respeito à vida; alguns graus de salvação; o começo da libertação do coração cego e insensível, totalmente, insensível de Deus e das coisas de Deus. Salvação é conduzida por graça convincente, usualmente, denominada, nas Escrituras, de arrependimento, o qual traz uma larga medida de autoconhecimento, a mais completa libertação do coração de pedra. Depois disso, nós experimentamos a salvação cristã adequada; por meio da qual, "através da graça", nós "somos salvos pela fé", consistindo essas duas ramificações, justificação e santificação. Por justificação, nós somos salvos da culpa do pecado, e restaurados para o favor de Deus; por santificação, nós somos salvos do poder e raiz do pecado, e restaurados para a imagem de Deus. Todas as experiências, tanto quanto as Escrituras mostram essa salvação ser tanto instantânea, quanto gradual. Ela começa, no momento em que nós somos justificados; no santo, humilde, gentil e paciente amor de Deus e homem. Ela, gradualmente, cresce daquele momento, como "um grão de mostarda, o qual, a princípio, é a menor das sementes", mas, depois, desenvolve ramos largos, e se torna uma árvore enorme; até que, em outro momento, o coração seja limpo de todo o pecado, e cheio com o puro amor de Deus e homem. Mas, mesmo aquele amor aumenta mais e mais, até que nós "fiquemos adultos em todas as coisas nele que é nosso Mestre"; até que possamos alcançar "a medida da estatura da abundância de Cristo".
(2) Mas, como nós podemos operar essa salvação? O Apóstolo responde: "Com temor e tremor". Existe uma outra passagem de Paulo, onde a mesma expressão ocorre, e que pode dar uma luz a isso: "Servos,vocês obedeçam seus mestres de acordo com a carne", -- de acordo com o presente estado das coisas; embora ciente de que, em um curto espaço de tempo, o servo irá se libertar do amo, -- "com temor e tremor". Essa é uma expressão proverbial, a qual não pode ser entendida literalmente. Para que o mestre poderia suportar, muito menos, requerer, seu servo temendo e estremecendo-se diante dele? E as palavras seguintes excluem, completamente, esse significado: "na simplicidade do coração", com o olhar único para a vontade e providência de Deus; "não apenas para mostrar ao patrão, como bajuladores; mas como servos de Cristo, fazendo a vontade de Deus de todo o coração"; fazendo o que quer que eles façam, como a vontade de Deus, e, entretanto, com toda as suas forças. (Efésios 6:5) É fácil ver que essas expressões fortes do Apóstolo, claramente, implicam em duas coisas: Primeiro: Todas as coisas sendo feitas, com a mais extrema sinceridade do espírito, e com todo cuidado e precaução: (Talvez, mais diretamente se referindo para as palavras precedentes, "meta phobou", com temor) Segundo: Que seja feito com a mais extrema diligência, rapidez, pontualidade, e exatidão; não, improvavelmente, referindo-se à palavra posterior, "meta tromou", com tremor.
(3) Quão facilmente nós podemos transferir isso para as ocupações da vida: operar nossa própria salvação! Com o mesmo temperamento, e da mesma maneira que os servos cristãos servem seus amos, que estão sobre a terra, deixe outros cristãos trabalharem para servir o Mestre deles que está nos céus: ou seja, Primeiro, com a mais extrema sinceridade de espírito, com todo o cuidado e precaução possíveis; e, Segundo, com a mais extrema diligência, rapidez, pontualidade e exatidão.
(4) Mas quais são os passos, os quais as Escrituras nos direcionam a tomar, para operar nossa própria salvação? O Profeta Isaías nos dá uma resposta geral, tocando os primeiros passos, os quais devemos tomar: "Cessem de fazer o mal; aprendam a fazer o bem". Se, alguma vez, vocês desejaram que Deus pudesse operar, em vocês, aquela fé, por meio da qual vem a salvação presente e eterna, pela graça já recebida, fujam de todo o pecado, como da face da serpente; cuidadosamente, evitando toda palavra má; sim, abstendo-se de toda a aparência do mal. E "aprendam a fazer o bem". Sejam zelosos das boas obras, das obras de devoção, tanto quanto das obras de misericórdia, orações familiares, e clamando a Deus, em segredo. Jejuem, em segredo, e "seu Pai, que tudo vê, em segredo, irá recompensá-los, abertamente". "Sigam as Escrituras". Ouçam-nas, em público, leiam-nas, em privado, e meditem nelas. Em toda a oportunidade, sejam parceiros da Ceia do Senhor. "Façam isso, em lembrança dele": e ele irá encontrar vocês, na própria mesa Dele. Deixem sua conversa ser com os filhos de Deus; e vejam que ela "esteja em graça, temperada com sal". Quando vocês tiverem tempo, façam o bem, a todos os homens, para as almas e corpos deles. E, nisso, "sejam vocês firmes, inabaláveis, sempre abundando nas obras do Senhor". Então, resta apenas que vocês neguem a si mesmos, e peguem a cruz de vocês diariamente. Neguem, a si mesmos, todo prazer, que não prepara vocês para terem prazer em Deus, e de boa vontade, abracem todos os meios de chegar perto de Deus, embora ela seja uma cruz, embora seja aflição para a carne e para o sangue. Assim, quando vocês tiverem redenção, no sangue de Cristo, vocês "seguirão para a perfeição", até "caminharem na luz, como ele está na luz", vocês são capazes de testificar que "ele é fiel e justo", não apenas para "perdoar" seus "pecados", mas para "limpá-los" de toda iniqüidade. (I João 1:9) "Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão, até agora está em trevas".
III. (1) "Mas", dizem alguns, "que ligação há, entre cláusula precedente e a posterior da sentença? Não existe propriamente uma clara oposição entre uma e outra? Se, é Deus quem opera em nós o querer e o fazer, que necessidade existe da nossa operação? O trabalho Dele, dessa forma, não suplanta a necessidade de nossa operação, afinal? Além do que, isso não torna nossa operação impraticável, assim como, desnecessária? Porque, se nós permitirmos que Deus faz tudo, o que é deixado para nós fazermos?".
(2) Tal é o raciocínio da carne e sangue. E, ao primeiro ouvido, ele é excessivamente plausível. Mas não é sólido; como irá, evidentemente, aparecer, se nós considerarmos a matéria, mais profundamente. Nós devemos, então, ver que não existe oposição entre elas, "Deus opera; entretanto, nós operamos", mas, ao contrário, a mais íntima ligação; e esta, em dois aspectos: Porque, Primeiro: Deus opera; embora você possa operar. Segundo: Deus opera, entretanto, você deve operar.
(3) Primeiro: Deus opera em você; entretanto, você pode operar. Caso contrário, seria impossível. Se ele não fizesse o trabalho, seria impossível a você realizar a sua própria salvação. "Com o homem isso é impossível", diz nosso Senhor, "para o homem brilhante entrar no reino dos céus". Sim, é impossível para qualquer homem; para qualquer que tenha nascido de uma mulher, a menos, que Deus opere nele. Vendo que todos os homens são por natureza, não apenas doentes, mas "implacáveis em transgredir e pecar", não é possível para eles fazer alguma coisa boa, até que Deus os levante de entre os mortos. Foi impossível para Lázaro continuar em frente, até que o Senhor tivesse dado a ele vida. E é igualmente impossível para nós vir para fora de nossos pecados; sim, ou fazer o menor movimento, em direção a eles, até que Ele que tem todo o poder nos céus e terra, chame nossas almas mortas para a vida.
(4) Ainda assim, isso não é desculpa para aqueles que continuam no pecado, e colocam a culpa em seu Mestre, dizendo, "É Deus apenas que deve estimular-nos; já que não podemos estimular nossas próprias almas". Porque, concebendo que as almas dos homens estejam, por natureza, mortas no pecado, isso não desculpa nada; vendo que não existe homem algum, que esteja num estado meramente natural; não há homem algum, a menos, que ele tenha extinguido o Espírito, que seja, completamente, isento da graça de Deus. Nenhum homem vivente está inteiramente destituído do que é vulgarmente chamado de consciência natural. Mas isso não é natural. É mais corretamente designada de graça preventiva. Todos os homens têm uma medida, maior ou menor, disso, que não espera pelo chamado do homem.Cada um tem, cedo ou tarde, desejos bons; embora a generalidade dos homens a reprimam, antes que ela possa golpear a raiz profunda, ou produzir algum fruto considerável. Todos têm alguma medida daquela luz, alguns raios brilhando fracamente, e que, cedo ou tarde, mais ou menos, ilumina todos os homens que vêm para o mundo. E cada um, a menos que ele seja de um número menor, cuja consciência seja marcada como que com ferro quente, sente-se, mais ou menos, desconfortável, quando ele age contrário à luz de sua própria consciência. De modo que nenhum homem peca, porque ele não tem a graça, mas porque ele não faz uso da graça que tem!
(5) Entretanto, visto que, como Deus opera em você, você está agora capacitado para operar a sua própria salvação. Já que ele opera em você, da própria boa vontade dele, sem qualquer mérito seu, o querer e o saber; é possível a você estar cheio de toda a retidão. É possível a você "amar a Deus, porque ele tem primeiro amado a nós", e "caminhar em amor", seguindo o padrão de nosso grande Mestre. Nós sabemos que, de fato, a palavra Dele é absolutamente verdadeira: "Sem que você ou eu façamos coisa alguma". Mas, por outro lado, nós sabemos, que todo crente pode dizer: "Eu posso fazer todas as coisas, através de Cristo que me fortalece".
(6) Nesse meio tempo, deixe-nos lembrar que Deus tem reunido esses, na experiência de todo crente, e, entretanto, nós devemos tomar o cuidado, para não imaginar que eles possam sempre ser postos à parte. Nós temos é que nos precavermos da humildade falsa, que nos ensina a dizer, como desculpa para a nossa desobediência grosseira: "Ó, eu não posso nada!", e parar aqui, sem alguma vez, nomear a graça de Deus. Ore, pense duas vezes. Considere o que você diz. Eu espero que você esteja tratando injustamente a si mesmo, porque, se fosse realmente verdade que você não pode fazer coisa alguma, então, você não tem fé. E, se você não tem fé, você está numa condição miserável. Você não está na condição de salvação. Certamente, não é assim. Você pode fazer alguma coisa, através de Cristo que o fortalece. Incite a faísca da graça, que está agora em você, e ele irá lhe dar ainda mais graça.
(7) Segundo, Deus opera em você, entretanto, você deve operar em si mesmo. Você deve ser "um trabalhador junto com ele", (essas são as mesmas palavras do Apóstolo), do contrário, ele irá parar de operar. A regra geral, na qual os desígnios graciosos dele procedem é essa: "Até a ele que tem sido dada; mas dele que não tem", -- que não melhora a graça que já foi dada, -- "deverá ser levada embora o que seguramente tem". (então, as palavras devem ser expressas). Mesmo Agostinho, que é geralmente suposto favorecer a doutrina contrária, faz essa única observação: "Ele que nos fez, sem nós mesmos, não irá nos salvar, sem nós mesmos". Ele não irá nos salvar, a menos que "salvemos a nós mesmos da geração adversa"; a menos que nós mesmos "lutemos a boa luta da fé, e alcancemos a vida eterna"; a menos que "agonizemos para entrar no portão estreito", "neguemos a nós mesmos, e tomemos nossa cruz diariamente", e trabalhemos, por todos os meios possíveis para "fazer nosso próprio chamado e eleição, seguramente".
(8) "Trabalhem", então, irmãos, "não para a carne que perece, mas para aquilo que dura para a vida eterna"; Diga com nosso abençoado Senhor, embora em um sentido diferente: "Meu Pai opera até aqui, e eu trabalho". Em consideração, a que ele ainda opere em você, nunca seja "fraco da beneficência". Vá em frente, na virtude da graça de Deus, que está prevenindo, acompanhando, e seguindo você, no "trabalho da fé, na paciência da esperança, e no trabalho do amor". "Seja você firme e inalterável, sempre abundando nas obras do Senhor". E "o Deus da paz, que traz novamente dos mortos, o grande Pastor das ovelhas", (Jesus), "fará você perfeito em toda boa obra para fazer a vontade dele, operando em você o que é agradável aos seus olhos, através de Jesus Cristo, para quem seja a glória para sempre e sempre!".
Editado por Jennifer Luhn, com correções por Ryan Danker e George Lyons, para o Wesley Center for Applied Theology at Northwest Nazarene University.
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