(Apresente esta ilustração de forma prática)
A. OBJETIVO – O objetivo desta apresentação é ajudar os assistentes a compreender:
1. A natureza e efeitos do comportamento abusivo nas vítimas que aceitam o abuso.
2. Mostrar uma das formas ou maneiras como as vítimas de abuso e violência reagem, com o propósito de solucionar e enfrentar estas situações difíceis para viver em paz.
B. Para que esta ilustração seja o mais objetiva e prática, será necessário escolher a uma senhora, que faça o papel de “vítima”.
C. A história a ser contada é uma composição que evidencia a triste realidade, de como muitas mulheres do mundo sofrem abuso e são espancadas pelos respectivos maridos.
D. Esta idéia de ilustração originou-se em um exercício desenvolvido por DULUTH PROJECT e por Ellen Penz. (Ver o livro de Marie M. Fortune, Violence en the Family; a Workshop, Curriculum for Clergy and other helps. Cleveland, Oh: Pilgrim, 1991).
E. PARTICIPANTES DA ILUSTRAÇÃO
1. Um narrador (pode ser o próprio palestrante ou outra pessoa)
2. A vítima – esta pessoa deverá sentar-se numa cadeira, colocada na plataforma, à vista de toda a audiência.
3. Uma pessoa para colocar e tirar os cobertores
4. 8 cobertores – Estes cobertores abertos serão colocados sobre a cabeça da senhora, cobrindo todo seu corpo, à medida em que o narrador indicar.
5. Dispor de uma cadeira para colocá-la no meio da plataforma, onde a senhora se sentará.
I. ESTUDO DO CASO
Esta ilustração de Maria representa a triste experiência que algumas mulheres viveram durante a infância e depois na vida de casadas. A forma como Maria enfrentou esta situação, não é necessariamente um modelo padrão a ser seguido, porque há também outras maneiras de resolver estes problemas. Peço que depois de terminada esta ilustração, façamos as reflexões mais importantes e tiremos uma lição para nós.
NARRADOR
Vou apresentar-lhes hoje a história de Maria (nesse momento apresenta a senhora na plataforma que se senta na cadeira situada no centro, à vista de toda a audiência).
Maria casou-se com Pedro quando ela tinha 16 anos. Chegou a ter 2 filhos: um casal.
Quando Maria era criança, escutava seu pai proferir insultos e palavras ofensivas contra sua mãe. Uma vez Maria escondeu-se atrás da porta, temendo por sua própria vida e de sua mãe, enquanto seu pai espancava sua mãe selvagemente, ameaçando-a de colocá-la para fora de casa juntamente com os filhos. Maria reagiu suplicando ao pai que não maltratasse a sua mãe. Para sua surpresa sua mãe a repreendeu dizendo-lhe: “Se você pretende casar-se um dia minha filha, terá que aprender a não responder aos homens, mesmo quando estiver sendo espancada”. A menina após escutar sua mãe, respondeu: “Eu nunca me casarei”, ao que sua mãe respondeu: “Não fale assim filha, que tipo de mulher você será sem marido?”
(Peça à pessoa escolhida que coloque o primeiro cobertor sobre a cabeça de Maria, cobrindo-a até aos pés).
NARRADOR
Antes que Maria chegasse à adolescência, sua mãe deu-lhe a responsabilidade de ensinar os irmãos menores a cozinhar. Maria era responsável por todos os trabalhos domésticos, enquanto sua mãe trabalhava limpando casas para obter dinheiro e para comprar roupas para seus filhos. Seu pai dava bem pouco dinheiro para a comida do dia, embora exigisse comidas gostosas.
Sempre que Maria expressava seu desejo de estudar, sua mãe respondia que para a mulher o estudo não era tão importante como para o homem. Dizia-lhe que: “era mais difícil para uma moça instruída encontrar um marido, porque os homens gostam de sentir-se superiores e eles se sentem ameaçados por mulheres com muita instrução”. Com essas mensagens Maria aprendeu a considerar os homens como a seres superiores, como senhores do lar e das mulheres; que sempre os homens sabem mais e que as mulheres deveriam ser dependentes dos homens.
(Colocar o segundo cobertor sobre Maria)
NARRADOR
Maria ansiava ir à escola ou casar-se com o único propósito de ficar longe da tirania de seu pai. Ela dizia: “Eu cresci com medo de meu pai. Só o escutar sua voz, me fazia temer e chorar, especialmente quando ele estava embriagado. Se Maria e suas irmãs respondiam a alguma observação que ele fazia, ele ficava bravo e dizia: “Enquanto vocês viverem sob o meu teto, farão o que lhes disser”.
Ao Maria chegar à puberdade, seu pai começou a ser gentil e a trazer-lhe presentes. Para sua surpresa, ela descobriu que os presentes eram dados em troca de “favores”, que consistiam em deixar que seu pai lhe tocasse o corpo. Ainda que se sentisse mal com isto, ela compreendeu a mensagem de que tinha que manter em segredo os avanços sexuais de seu pai.
(Colocar o terceiro cobertor sobre Maria)
NARRADOR
Com a ajuda de algumas boas pessoas e da igreja, Maria conseguiu fazer o segundo grau e o curso superior. Ali encontrou a Pedro, um jovem popular, que gozava de uma boa reputação, era muito inteligente, destacando-se como líder. Quando ele quis namorá-la, Maria aceitou e ficou feliz. Ela o amava e cria que ele a amasse também. Algumas vezes ela tinha sentimentos confusos e dúvidas sobre esta relação, sobretudo quando ele a diminuía frente aos seus amigos, ou quando ficava bravo por ela ter-lhe sugerido algo diferente do que tinha em mente.
As amigas de Maria, quando souberam destas dificuldades em seu relacionamento com Pedro, lhe disseram: “Os homens são assim”. Nesses momentos de medo, Maria colocava-se em oração, para que ele não abusasse do tremendo poder que a sociedade e a igreja lhe concediam. Isto fazia-lhe lembrar-se de como seu pai abusava de sua mãe. No entanto, ela conseguia reprimir seus sentimentos, crendo que se fosse uma esposa amorosa e obediente, Pedro seria um marido gentil e fiel.
(Colocar o quarto cobertor em Maria)
NARRADOR
Muito antes de casar-se, Pedro a forçou a manter relações sexuais com ele. Desde o início tentou seduzi-la e dominar sua vontade, usando seus melhores estratagemas como um amante. Maria resistiu a esta sedução, no entanto ele a acusou de que o havia excitado sexualmente e que não voltaria a estudar sem antes satisfazer seus desejos. Então ele tornou-se violento, a insultou usando nomes horríveis. Em seguida usando sua força de homem a fez deitar-se no chão dando corda solta às suas paixões. Depois deste incidente, ela estava quase segura de não casar-se com ele. No entanto, Pedro era tão popular na escola e na igreja, que ela pensava que ninguém acreditaria se ela tentasse contar o que lhe havia ocorrido. Além disso, ela não era mais virgem. Quem poderia aceitá-la com esse passado? Assim, casou-se com Pedro, para melhorar ou para piorar tudo.
O pior começou a acontecer em seu casamento. Poucos dias depois quando o afeto de Pedro por ela começou a debilitar-se, acusando-a de que não se desempenhava bem em seus deveres como ele gostaria que fosse. Maria ficou grávida e mantinha a esperança de agradar ao esposo dando-lhe um filho. No entanto, não bastando seus melhores esforços, ele a desprezava como esposa e como amante, exigindo-lhe muito. Ela começou a sentir-se traída, maltratada e desvalorizada. Estava vivendo longe de seus parentes. Mas, mesmo que morasse perto de seus parentes, não lhes contaria acerca do que estava acontecendo, por receio que a igreja soubesse, pois Pedro era líder lá. Maria tinha muito receio de que Pedro pudesse ser disciplinado pela igreja e ainda perder o emprego, se os dirigentes chegassem a inteirar-se da realidade.
(Colocar o quinto cobertor sobre Maria)
NARRADOR
Quando Maria deu à luz seu primeiro filho, Pedro pareceu ter ficado satisfeito. No entanto, em vez de estreitar mais os laços afetivos com Maria, tornou-se mais violento e começou a espancá-la por assuntos triviais. Ela estava ocupada em atender o bebê, não podendo dar a mesma atenção ao marido. Maria necessitava da colaboração dele, mas ele dizia que não era mulher para fazer tarefas domésticas e que se virasse. Depois a obrigou a sair do coral da igreja. Começou a sentir ciúme dela sem ter motivos. Proibiu-a de visitar as amigas. Certo dia, Maria cansada desses maltratos, começou a preparar sua mala para abandonar a casa e fugir com seu filhinho. Nesse ínterim Pedro chegou em casa e a encontrou preparando as malas. Pedro, assustado implorou-lhe perdão, atribuiu seu mau comportamento aos maltratos recebidos na infância, e com lágrimas prometeu não agredi-la mais.
(Colocar o sexto cobertor sobre Maria)
NARRADOR
Certo dia, Pedro deixou uma mensagem para que Maria fosse encontrar-se com ele num determinado lugar da cidade. Maria estava com o bebê muito doente e não pôde atender ao convite. Quando Pedro chegou em casa cheio de ira, a esbofeteou sem misericórdia e sem dar-lhe uma oportunidade de explicação. Depois falando-lhe em voz alta disse: “Quando eu lhe disser para ir a um determinado lugar, lembre-se que é uma ordem e terá que ir”. Em seguida deu-lhe um forte soco no estômago e se foi. Maria ficou aterrorizada, chorando amargamente. A partir desse momento as relações entre Pedro e ela se debilitaram ainda mais. Havia muita tensão e ela vivia em contínuo desespero, à espera de que acontecesse algo pior. Naquela ocasião Maria ficou grávida pela segunda vez. Algumas vezes quando ele a olhava, não podia corresponder-lhe com amor, mas com ódio. Quando Maria visitava sua mãe, ela lhe dizia: “Isto é apenas uma pequena fase pela qual os homens passam, você deve ser paciente com ele, pelo bem de seus filhos. Além disso filha, você não tem motivos bíblicos para separar-se dele, salve seu casamento, suporte-o”.
(Colocar o sétimo cobertor sobre Maria)
NARRADOR
Quando seus filhos cresceram, Pedro continuou sendo impaciente, e castigava severamente os filhos por coisas insignificantes. Certa ocasião chegou a pendurar o filho pelos pés e o castigou. Continuamente os empurrava, os beliscava, puxava-lhes as orelhas. Certa feita quebrou a perna de sua filha lançando-lhe um objeto pesado. Por qualquer coisa pequena que seus filhos faziam, ele os chamava de rebeldes e irreverentes e os castigava. Seus filhos tinham-lhe horror. Pedro chegou ao clímax um dia quando chegou a ameaçar um de seus filhos com uma faca. Desde aquele momento a decisão de Maria de abandoná-lo tornou-se mais forte. Ela fugiria com seus filhos para proteger-lhes a vida. Mas esta idéia desvaneceu-se pelos temores que lhe assaltavam.
(Colocar o oitavo cobertor sobre Maria)
NARRADOR
(O narrador dirige-se até onde Maria se encontra, que já está coberta com os 8 cobertores e lhe diz: “Maria, por que você se submete a esses maltratos? Por que não toma a decisão de abandoná-lo, para conservar sua vida e a de seus filhos?”
MARIA COBERTA PELOS COBERTORES, responde, não verbalmente, mas com um movimento, tentando livrar-se dos cobertores, mas estes a impedem. Então o Espírito Santo atua falando silenciosamente a Maria.
II. TIRAM-SE OS TRAUMAS, AS FRUSTRAÇÕES E AS DECEPÇÕES – SÃO RETIRADOS OS COBERTORES, UM POR UM
NARRADOR
Maria se lembra de que sua professora de Escola Sabatina dos juvenis no passado lhe falou sobre o amor de Deus por ela, e de quão especial e valiosa ela é para Deus, e que Ele a fez à sua imagem e semelhança. (Ler Isaías 49:15, 16).
(Convide a um de seus colaboradores para que retire o oitavo cobertor que cobre Maria)
NARRADOR
Maria leu em um jornal a história de uma mulher de sua mesma idade, que também era espancada. Maria ficou sabendo que existiam instituições de proteção para mulheres e filhos que eram vítimas da violência familiar em sua cidade. Até esse momento ela pensava que fosse a única que passava por esta triste experiência, e que não havia solução. No entanto, surgiu uma esperança de solução para seu problema se recorresse a esse lugar em busca de ajuda.
(Retirar o sétimo cobertor que cobre Maria)
NARRADOR
Dulce, amiga de Maria, também era vítima de um cônjuge abusivo. Por esse tempo ela teve a iniciativa de começar seu próprio negócio vendendo pães. Fez assim e começou a progredir. Naturalmente, só fazia isto quando seu marido estava fora de casa. Conseguiu economizar algum dinheiro, alugou um pequeno local no mercado, e seu negócio cresceu mais. Apesar de seu esforço por melhorar o relacionamento com o marido, os golpes cruéis continuaram e nada disso o mudou. Dulce era uma mulher cheia de coragem, e decidiu deter esta onda de violência expulsando o marido de casa. Ainda que não pensasse em divórcio, mas queria mantê-lo distante para que não continuasse a agredi-la. Dulce confiava em sua própria capacidade para cuidar de si mesma e de seus filhos. Maria ficou impressionada pela coragem e determinação de Dulce. Isto a ajudou a dar-se valor e saber que ela também em casos extremos poderia aprender a valer-se por si mesma.
Maria sabia que sua sogra tinha influência sobre seu marido. Então ela num momento propício, enchendo-se de coragem, contou-lhe alguns detalhes da situação do lar. Os efeitos da violência deixados no corpo dela foram convincentes para sua sogra. Então ela chamou aos dois e lhes falou com sabedoria. Deus a usou para que se reconciliassem, e chamou seriamente a atenção de seu filho. A sogra terminou lendo I Coríntios 3:16, 17.
(Retirar o sexto cobertor que está sobre Maria)
NARRADOR
Maria agradece a Deus por ter um vizinho que é amigo de seu marido. Este vizinho deu-se conta dos ruídos produzidos pelo golpes dados por Pedro em Maria. Então, quando isso ocorre, o vizinho bate na parede pedindo a Pedro que se detenha em seus atos de violência contra Maria.
Algumas vezes Maria pensou seriamente em abandonar ao marido. Mas agora ele estava mudando. Seguramente o Espírito Santo com seu grande poder estava convertendo ao “filho do trovão”, em um cordeiro. A igreja observou esta mudança como um grande milagre, de modo que o escolheu como primeiro ancião, e Maria começou a trabalhar como professora da Escola da igreja. Agora no lar havia mais paz. Por esse tempo Maria escutava histórias semelhantes à sua, que ocorriam com outras irmãs e tinha mais e mais que seu caso, que já estava mudando, fosse conhecido pela igreja. Uma mensagem sempre chegava claramente a ela: As mulheres cristãs, com o poder do Espírito Santo podem salvar seu casamento. Ela inteirou-se do caso de uma irmã que sofria violência de seu marido e que foi disciplinada porque ela separou-se e em seguida divorciou-se dele. Assim muitos membros a censuravam, acusando-a de ser a causadora e que era responsável pela alma de seu esposo. Maria dizia para si que se a igreja tivesse intercedido, ajudando-a e protegendo-a no momento oportuno, não estariam agora acusando-a de ser a culpada.
No sábado seguinte, o pastor da igreja falou sobre o perdão no culto divino. Ele disse que o perdão é um processo pelo qual a pessoa passa do estágio da dor à reconciliação, embora tenha sido profundamente ferida. Que o perdão verdadeiro nunca deveria ser motivo para que perdurasse o abuso. O verdadeiro arrependimento inclui uma mudança no comportamento. Por sua vez anunciou que visitaria pastoralmente às famílias da igreja para oferecer-lhes toda a ajuda possível, em orientação, aconselhamento, e se fosse necessário, tratar de alguns casos com profissionais especializados.
(Retirar o quinto cobertor que está sobre Maria)
NARRADOR
Uma mulher a quem Maria respeitava na igreja, iniciou uma série de estudos bíblicos em seu lar com um grupo de senhoras. Este grupo dedicava-se a estudar, orar e compartilhar suas preocupações umas com as outras. Maria não se apressou em falar sobre sua situação, mas pensou que se houvesse algum grupo com quem ela pudesse conversar seria este. Talvez, algum dia ela seria capaz de contar-lhes sua situação, e eles poderiam dar-lhe todo o apoio e ajuda que ela necessitava.
(Retirar o quarto cobertor que está sobre Maria)
NARRADOR
Uma amiga, membro da comissão da igreja, contou a Maria sobre um vídeo que o pastor mostrou em uma reunião sobre o abuso e a violência no lar. Ela descobriu que o líder dos Ministérios da Família estava proporcionando temas, materiais que estariam disponíveis. Os líderes da igreja haviam se comprometido a ajudar aos sobreviventes de abusos, e ter acesso a esses materiais. Maria começou a perceber que havia interesse na igreja em prevenir e dar uma solução a estes casos de abuso.
(Retirar o terceiro cobertor que está sobre Maria)
NARRADOR
A amiga de Maria contou-lhe que a comissão da igreja havia se comprometido a fazer com que os agressores se responsabilizassem por seus atos, e que seriam tomados todos os passos necessários para proteger as vítimas e a seus filhos. No ensejo foi-lhe dito que lhes dariam o apoio para a retificação, buscando ajuda de profissionais capacitados que ajudariam a mudar o comportamento de seus cônjuges.
(Retirar o segundo cobertor que está sobre Maria)
Maria começou a acreditar que deveria buscar ajuda em sua igreja, com a segurança de que receberia atenção. Ela marcou uma entrevista com o pastor para o dia seguinte.
(Retirar o primeiro cobertor que está sobre Maria)
CONCLUSÃO
1. A discussão a seguir lhe dará maior valor a esta apresentação.
2. Dê oportunidade aos participantes de meditarem neste caso.
3. Faça pequenos grupos ou mantenha o grupo em geral. Respondam a estas perguntas:
a) O que você observou?
b) Quais são seus sentimentos com relação a Maria?
c) Que comportamentos podem ocorrer na família para impedir que os cobertores sejam amontoados?
d) O que pode ser feito para ajudar a remover os cobertores de outras “Marias” em nossa igreja?
4. Conclua esta apresentação destacando os pontos que lhe pareceram transcendentais.
5. Conclua também enfatizando a maneira como Deus tem poder para reconciliar os esposos e restaurá-los para viver em um clima de paz. Filipenses 4:13 – “Tudo posso naquele que me fortalece”.
Por:
Karen Flowers, Diretora adjunta do Departamento de Ministérios da Família da A. G. e Ada Garcia Marenko, Diretora de Aconselhamento; Professora do programa de Mestrado em Relações Familiares – Universidade de Montemorelos – México.