75 Sobre o Sermão do Monte – Parte VI (John Wesley)

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Guarda-te de fazer a tua oferta, diante de homens, para que sejas visto por eles: Do contrário, não terás recompensa junto a teu Pai que está nos céus. Por conseguinte, quando deres tua oferta, não faças alarde diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas, e nas ruas, a fim de que possam ter a glória de homens. 


Verdadeiramente eu vos digo, que eles já tiveram a recompensa deles. Quando, portanto, tu deres a tua oferta, não permite que tua mão esquerda saiba o que tua mão direita faz: tua oferta deve ser feita em secreto: E teu Pai, que vê em secreto, Ele mesmo irá recompensar a ti abertamente.


E, quando tu orares, não usa de repetições vãs, como os ateus o fazem: Já que eles pensam que serão ouvidos, por muito falarem. Não sejas, por conseguinte, como eles: Porque teu Pai sabe daquilo que tu precisas, antes de peças a Ele.


Em vez disto, ora,  assim:


'Pai nosso, que estás no céu. Santificado seja teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, na terra, como ela é feita nos céus. Dá-nos, este dia, o nosso pão. E perdoa os nossos débitos, como perdoamos os nossos devedores. E não nos permita a tentação, mas livra-nos do mal. Porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém'.


Porque se perdoares as transgressões dos homens, o teu Pai celeste irá perdoar a ti: Mas se tu não perdoares as transgressões de homens; nem o teu Pai irá perdoar as tuas (Mateus 6:1-15).

 

I. Cuide para que sua oferta não vise a sua própria glória. 


II. A insinceridade, nas orações e obras de misericórdia, é a primeira coisa do qual devemos nos guardar. 


III. A oração do Senhor é um modelo e padrão para todas as nossas orações. 


1. No capítulo precedente, nosso Senhor tem descrito a religião interior em suas várias ramificações. Ele tem colocado diante de nós essas disposições da alma, que constituem no Cristianismo verdadeiro; os temperamentos interiores contidos naquela 'santidade, sem a qual nenhum homem verá ao Senhor'; as afeições que, quando fluindo de suas fontes apropriadas; de uma fé viva em Deus, através de Jesus Cristo, são intrinsecamente e essencialmente boas e aceitáveis para Deus. Ele prossegue mostrando, nesse capítulo, como nossas ações, igualmente, mesmo aquelas que são indiferentes à nossa própria natureza, podem se tornar santas, boas e aceitáveis para Deus, através de uma intenção pura e santa. O que for feito, sem isto, ele declara largamente, que não terá valor diante de Deus. Considerando que, quaisquer que sejam as obras exteriores, se elas forem assim consagradas a Deus, elas serão, aos Seus olhos, de grande valor. 


2. A necessidade dessa pureza de intenção, ele mostra, primeiro, com respeito àquelas que são usualmente consideradas ações religiosas, e de fato, o são, quando executadas com a intenção correta. Algumas dessas são comumente denominadas de obras de devoção; a restante, obras de caridade ou misericórdia. As obras desse segundo tipo, ele particularmente chama de assistência aos pobres; as obras do primeiro tipo, de oração e jejum. Mas as direções dadas para essas são igualmente para serem aplicadas a todas as obras, se de amor ou misericórdia.


I


1. Primeiro, com respeito às obras de misericórdia: 'Cuidem', diz o senhor, 'que vocês não façam donativos, diante de homens, para que não sejam vistos por eles: Do contrário não terão recompensa junto a seu Pai que está no céu'. 'Que vocês não façam doações': -- Embora se referindo especificamente a isto; ainda assim, em toda a obra de caridade está incluída tudo o que você dá, ou fala, ou faz, e, por meio do qual, nosso próximo possa ter proveito; por meio do qual, outro homem possa receber alguma vantagem, tanto em seu corpo, quanto em sua alma. O alimentar o faminto, o vestir o nu, o entreter ou assistir ao estranho, o visitar aqueles que estão doentes, ou na prisão, o confortar o aflito, o instruir o ignorante, o reprovar o pecaminoso, o exortar e encorajar o benfeitor; e se houver alguma outra obra de misericórdia, ela estará igualmente incluída nessa direção.  


2. 'Cuidem que vocês não façam donativos diante de homens, para que não sejam vistos por eles'. – A coisa que está aqui proibida, não é meramente o fazer o bem às vistas dos homens; essa circunstância apenas, a que outros vejam o que nós fazemos, não torna a ação nem pior, nem melhor; mas o fazer isto diante de homens, 'para que sejam vistos por eles', visando essa intenção apenas. Eu digo, essa intenção apenas; já que isto pode, em alguns casos, ser uma parte de nossa intenção; nós podemos objetivar que algumas de nossas ações possam ser vistas, e ainda assim, elas possam ser aceitáveis para Deus. Nós podemos pretender que nossa luz brilhe, diante de homens, quando nossa consciência é testemunha com o Espírito Santo, que nossa finalidade maior, em desejar que eles possam ver nossas boas obras, é 'que eles possam glorificar nosso Pai que está no céu'. Mas cuidem que vocês não façam a menor coisa, visando a própria glória de vocês. Guardem que o cuidado para com a oração de homens não tenha lugar, afinal, em suas obras de misericórdia. Se vocês buscam a sua própria glória; se vocês têm como objetivo ganhar a honra que vem dos homens, o que quer que seja feito com essa visão de nada valerá; se não for feito junto ao Senhor; Ele não aceitará. 'Vocês não terão galardão', por isto, 'do seu Pai que está no céu'.  


3. 'Portanto, quando vocês derem o seu donativo, não façam alarde, como os hipócritas o fazem, nas sinagogas e nas ruas, para que possam ter louvor de homens'. --  A palavra sinagoga não significa aqui um lugar de adoração, mas algum lugar público muito freqüentado, tal como um mercado, ou casa de câmbio. Era uma coisa comum, em meio aos judeus, que eram homens de grandes fortunas, particularmente entre os fariseus, fazerem alarde diante deles, na maioria das partes públicas da cidade, quando eles estavam prestes a dar alguma doação considerável. A razão pretendida para isto era reunir os pobres para recebê-la; mas o real objetivo era que eles tivessem louvor de homens. Mas que vocês não sejam como eles. Não deixem que uma trombeta seja ouvida diante de vocês. Não usem de ostentação ao fazerem o bem. A honra do donativo vem de Deus apenas. Aqueles que buscam o louvor de homens já têm sua recompensa: Eles não terão o louvor de Deus.  


4. 'Mas, quando vocês doarem, que a mão esquerda não saiba o que a direita faz' – Está é uma expressão proverbial, e o significado dela é – Façam-no em secreto, da maneira que for possível; tão secreto quanto seja consistente com o fazê-la afinal, (já que ela não poderá deixar de ser feita; não omitam oportunidade alguma de fazerem o bem; se secretamente ou abertamente), e ao fazerem isto, da maneira mais efetiva. Porque aqui também existe uma exceção a ser feita: quando vocês estão completamente persuadidos, em suas mentes que, por não ocultarem o bem que é feito, isto tanto irá capacitá-los, quanto instigará outros a fazerem mais o bem, então, vocês não podem esconder o que estão fazendo. Deixem que a luz de vocês apareça, e 'brilhe para todos que estão na casa'. Mas, a menos onde a glória de Deus, e o bem da humanidade os obriguem ao contrário, ajam da maneira tão privada e desapercebida, quanto a natureza das coisas admitir; -- 'para que os donativos possam ser em secreto; e o Pai que vê em secreto irá recompensar a vocês abertamente';  talvez, no mundo presente, -- muitos exemplos disto mantém-se registrado em todas as épocas; mas infalivelmente, no mundo que há de vir, diante da assembléia geral de homens e anjos.



II


1. Das obras de caridade ou misericórdia, nosso Senhor prossegue naquelas que são denominadas obras de devoção. 'E quando orarem',  diz Ele, 'não sejam como os hipócritas; porque eles amam orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para que eles possam ser vistos pelos homens'. – 'Não sejam como os hipócritas'.  Hipocrisia, então, ou insinceridade, é a primeira coisa do qual devemos nos guardar nas orações. Precavenham-se de não falarem o que vocês não pretendem. Orar é erguer o coração a Deus: todas as palavras da oração, sem isto, são mera hipocrisia.  Portanto, quando forem empreender orar, vejam que seja objetivo de vocês, conversarem intimamente com Deus, elevarem seus corações a ele, derramarem suas almas diante Dele; não como os hipócritas que amam, ou estão habituados, 'a orar de pé nas sinagogas', casas de câmbio, ou mercados, 'e nas esquinas das ruas', onde quer que a maioria das pessoas esteja, 'para que eles possam ser vistos pelos homens': Este é o único objetivo, o motivo e finalidade das orações que eles repetiram. 'Verdadeiramente, eu digo a vocês que eles não terão suas recompensas'. – Eles não poderão esperar coisa alguma do Pai que está no céu.  


2. Mas não se trata apenas de ter um olho para o louvor de homens, que elimina qualquer recompensa no céu: que não nos deixa espaço para esperar a bênção de Deus sobre as nossas obras, se de devoção ou misericórdia. Pureza de intenção e igualmente destruída, visando-se alguma recompensa temporal qualquer que seja. Se nós repetimos nossas orações; se nós atendemos à oração pública de Deus; se nós aliviamos o pobre, com vista a algum ganho ou interesse, não será, nem um pouco, mais aceitável para Deus, do que se estivéssemos fazendo com o objetivo do louvor próprio. Qualquer visão temporal; qualquer motivo desse lado da eternidade; qualquer objetivo, a não ser aquele de promover a glória de Deus, e a felicidade de homens, por amor a Deus, tornam toda a  ação, não obstante, quão justa ela possa parecer aos homens, uma abominação junto ao Senhor.  

 

3. 'Mas, quando vocês orarem, entrem em seus aposentos, e, quando vocês fecharem a porta, orem ao seu Pai que está em secreto'. – Existe um momento em que vocês devem glorificar a Deus, abertamente; orarem e louvarem a ele, na grande congregação. Mas, quando vocês desejam mais largamente, e mais particularmente fazerem seus pedidos conhecidos junto a Deus, quer seja à tarde, ou de manhã, ou ao meio-dia, 'entrem em seus aposentos, e fechem a porta'. Usem de toda privacidade que puderem. (Apenas não a deixem sem ser feita, quer tenham algum quarto, alguma privacidade, ou não. Orem a Deus, se for possível, quando ninguém está vendo, a não ser Ele; caso contrário, orem a Deus) assim, 'orem ao Pai que está em secreto'; derramem seus corações diante dele, 'e o Pai que está em secreto, irá recompensá–los abertamente'. 


4. 'Mas quando vocês orarem', mesmo em secreto, 'não usem de repetições vãs, como os pagãos o fazem'. Não usem de abundância de palavras, sem qualquer significado. Não diga a mesma coisa, repetidas vezes; não pensem que o fruto de suas orações depende da extensão delas, como os pagãos; que 'pensam que eles serão ouvidos, por muito falarem'.   


A coisa aqui reprovada não é simplesmente a extensão, mais do que a brevidade de nossas orações; -- mas, Primeiro, extensão, sem significado; falando muito, e significando pouco ou nada; o uso (não todas as repetições; porque o próprio nosso Senhor orou três vezes, repetindo as mesmas palavras, mas) vãs repetições, como os pagãos fazem; recitando os nomes de seus deuses, repetidas vezes, como eles fazem, em meio aos cristãos, (vulgarmente assim chamados), e não entre os papistas apenas, que dizem repetidas vezes a mesma seqüência de orações, sem nunca sentirem o que estão falando: -- Em Segundo lugar, pensarmos que seremos ouvidos, por nosso muito falar; imaginarmos Deus medindo as orações, por sua extensão, e mais satisfeito com aquelas que contém a maioria das palavras, que soam mais longas aos seus ouvidos. Estes são os tais exemplos da supertição e insensatez, como todos os que são chamados pelo nome de Cristo deixariam aos pagãos; a eles em quem a luz gloriosa do Evangelho nunca brilhou.


5. 'Não sejam, portanto, como eles'.  –Vocês que testaram da graça de Deus, em Jesus Cristo, estão totalmente convencidos de que 'seu Pai sabe quais as coisas de que precisam, antes que peçam'. De maneira que a finalidade de suas orações não é informar a Deus, como se ele já não soubesse de suas necessidades; mas, antes, informar a vocês; fixar o sentido daquelas necessidades mais profundamente, em seus corações; e o sentido de sua contínua dependência Dele, único capaz de suprir tudo que precisam. Não é mais importante sensibilizar a Deus, que está sempre mais pronto a dar do que a pedir, quanto sensibilizar vocês mesmos de que vocês podem estar desejosos e prontos para receber as boas coisas que Ele tem preparado para vocês.


III


1. Depois de ter ensinado a verdadeira natureza e finalidade da oração, nosso Senhor junta um exemplo disso; até mesmo aquela forma divina de oração que parece, aqui, ser proposta, por via padrão principalmente; como um modelo e norma de todas as nossas orações: 'Antes disto, contudo, vocês orem  --'.  Não obstante, em outra parte ele ordene o uso dessas mesmas palavras: 'Ele diz junto a eles: Quando orarem, digam ---' (Lucas 11:2).


2. Em geral, concernente a essa oração divina, nós podemos observar: 


1o. Que ela contém tudo o que nós podemos razoavelmente e inocentemente pedir. Não há o que necessitamos de Deus; nada que podemos pedir, sem causar ofenda a Ele, que não esteja incluído, tanto diretamente, quanto indiretamente, nessa forma abrangente . 


2o. Que ela contém tudo que nós razoavelmente ou inocentemente desejamos; se para a glória de Deus, se necessário e proveitoso, não apenas a nós mesmos, mas para cada criatura no céu e terra. E, de fato, nossas orações são o teste adequado de nossos desejos; nada sendo ajustado para ter um lugar em nossos desejos, que não seja ajustado para ter um lugar em nossas orações. O que nós não podemos pedir, nós também não podemos desejar. 


3o. Que ela contém todas as nossas obrigações, para com Deus e homem; quer as coisas sejam puras ou santas; o que quer que Deus requeira dos filhos dos homens; o que quer que seja aceitável aos seus olhos; o que quer que ela seja, por meio da qual nós podemos favorecer nosso próximo, estando expresso e subtendido nela.


3. Ela consiste em três partes: -- o prefácio, as súplicas, e a doxologia, ou conclusão. O prefácio, 'Nosso pai que estás nos céus', estabelece uma fundação geral para a oração, incluindo o que nós devemos primeiro saber de Deus, antes de podermos orar, na confiança de estarmos sendo ouvidos. Ela igualmente nos indica todos os nossos temperamentos, com os quais nós devemos nos aproximar de Deus; e que são mais essencialmente requisitados, se nós desejamos que tanto nossas orações quanto nossas vidas encontrem aceitação com Ele.


4. 'Nosso Pai': Se ele é o Pai, então, Ele é bom; então, Ele é amoroso para com seus filhos. E aqui está a primeira e grande razão para a oração. Deus está desejoso de abençoar; vamos pedir por uma benção. 


'Nosso Pai', -- nosso Criador; o Autor de nossa existência; Ele que nos ergueu do pó da terra; que soprou em nós o fôlego da vida, e nos tornamos almas viventes. Mas, se ele nos fez, permita-nos pedir, e ele não irá reter coisa alguma boa das obras de suas próprias mãos. 


'Nosso Pai'; -- nosso Preservador; aquele que, dia a dia, mantém a vida que ele deu; de cujo amor contínuo, nós agora e todo o momento, recebemos vida e fôlego, e todas as coisas. 


Tanto mais evidentemente, permita-nos ir até ele, e nós 'obteremos misericórdia, e graça para ajudar em tempo de necessidade'. Acima de tudo, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, e de todo que nele crê; quem nos justifica 'livremente pela sua graça, através da redenção que está em Jesus'; quem 'apagou todos os nossos pecados, e curou todas as nossas enfermidades'; quem nos recebeu como seus próprios filhos, por adoção e graça; e, 'porque' nós 'somos filhos, enviou o Espírito de Seu Filho até'  nossos 'corações, clamando, Abba, Pai'; quem 'nos recriou da semente incorruptível',  e ' nos fez  novas criaturas em Jesus Cristo'. Por conseguinte, nós sabemos que ele nos ouve sempre; portanto, nós oramos a ele, sem cessar. E oramos, porque nós o amamos; e  'nós o amamos, porque ele primeiro amou a nós'.


5. 'Nosso Pai', -- Não apenas meu, quem agora clama junto a ele; mas nosso, no sentido mais extensivo. O Deus e 'Pai dos espíritos de toda carne'; o Pai dos anjos e homens. Assim, mesmos os pagãos reconhecem que ele é o Pai do universo, de todas as famílias; tanto no céu, quanto na  terra. Portanto, com ele não existe relação de pessoas. Ele ama a todos que ele fez. 'Ele é amoroso, para com cada homem, e sua misericórdia está sobre todas as suas obras'. E o deleite do Senhor é neles que o temem, e colocam sua confiança em Sua misericórdia; nos que confiam nele, através do Filho de Seu amor, sabendo que eles  são 'aceitos no Amado'. Mas, 'se Deus nos amou assim, nós devemos amar também uns aos outros; sim, toda a humanidade; vendo que 'Deus amou de tal maneira o mundo, que deu seu Filho Primogênito', até mesmo, para morrer, para que eles 'não perecessem, mas tivessem a vida eterna'. 


6. 'Que estás nos céus'. – Nas alturas e suspenso; Deus sobre todos, abençoado para sempre: Quem, sentando no círculo dos céus, observa todas as coisas, ambas dos céus e terra; cujos olhos penetra toda a esfera do ser criado; sim, e da noite não criada; junto a quem 'são conhecidas todas as suas obras', e todas as obras de cada criatura; não apenas 'do começo do mundo', (uma tradução pobre, vulgar e fraca), mas desde toda a eternidade; do eterno para o eterno; que constrange a multidão dos céus, tanto quanto os filhos dos homens, a clamarem com admiração e espanto: Ó, profundeza!'. 'A profundeza dos ricos, ambos da sabedoria e conhecimento de Deus'. 


'Que estás nos céus': -- O Senhor e Soberano de tudo; administrando e dispondo de todas as coisas; tu és o Rei dos reis; Senhor dos senhores; o abençoado e único Potentado; és forte e estás envolto com poder; fazendo o que quer que te agrade; o Altíssimo; que, quando quer que tu desejes, o fazer está presente contigo. 'Nos céus': -- Eminentemente lá. O céu é teu trono, 'o lugar onde está a tua honra'; onde, particularmente, 'habitas'. Mas não sozinho. Porque tu preencheste céu e terra e toda extensão do espaço, 'Os céus  e terra estão cheio de tua glória. Glória seja dada a ti. Ó Senhor, Supremo Deus'. Portanto, nós devemos 'servir ao Senhor com temor, e nos regozijarmos junto a Ele, com reverência'. Nós devemos pensar, falar e agir, como continuamente debaixo dos olhos, e presença imediata do Senhor, o Rei.


7. 'Santificado seja teu nome'. – Esta é a primeira das seis petições, de onde a própria oração é formada. O  nome de Deus é o próprio Deus; a natureza de Deus, tanto quanto possa ser revelado ao homem. Quer dizer, portanto, junto com sua existência, todos seus atributos e perfeições; Sua Eternidade, particularmente significada por seu grande e incomunicável nome, Jeová, como o Apóstolo João o interpreta: 'O Alfa, o Omega; o Começo e o Fim; Ele que é, e que foi, e que será'; -- Sua Plenitude de Ser, denotada pelo seu outro grande nome: Eu Sou o que Sou! –  


Sua Onipresença; --  Sua Onipotência, que é realmente o único Agente no mundo material; toda a matéria, sendo essencialmente inerte e inativa; e movendo-se apenas quando movida pelo dedo de Deus; e Ele é a fonte da ação, em cada criatura, visível e invisível, que não poderia agir, nem existir, sem o influxo e ação de seu poder Onipotente; -- Sua sabedoria, claramente deduzida das coisas que são vistas, da ordem considerável do universo; --  Sua Trindade, e Unidade em Tríade, revelada a nós, na mesma primeira linha de sua palavra escrita; literalmente, os Deuses criou, um nome plural, junto com um verbo na terceira pessoa do singular; tanto quanto, em cada parte das suas revelações subseqüentes – feitas, através da boca de todos os seus Profetas e Apóstolos santos; -- Sua pureza e santidade essenciais; -- e, acima de tudo, seu amor, que é o próprio esplendor de sua glória. 


Orando para Deus, ou para seu nome, para que possa 'ser santificado', ou glorificado, nós oramos para que ele possa ser conhecido, tal como ele é, através de todos que sejam capazes disto; através de todos os seres inteligentes, e com afeições adequadas àquele conhecimento; para que ele possa ser devidamente honrado, e temido, e amado, por todos no céu, e na terra; através de todos os anjos e homens, aos quais para esta finalidade ele tem tornado capazes de conhecer e amá-lo para a eternidade. 


8. 'Venha o teu reino'. – Isto tem uma conexão intima com aquela petição precedente. Com o objetivo de que o nome de Deus possa ser santificado, nós oramos para que seu reino, o reino de Cristo, possa vir. Esse reino, então, vem para uma pessoa em particular, quando ele 'se arrepende e crê no Evangelho'; quando ele é ensinado de Deus, não apenas para conhecer a si mesmo, mas para conhecer Jesus Cristo, e nele crucificado. Que 'esta é a vida eterna; conhecer o único Deus verdadeiro, e Jesus Cristo a quem Ele enviou'; assim, é o reino de Deus, trazido para baixo, estabelecendo-se no coração do crente; o Senhor Deus Onipotente', então, 'reina'; quando ele é conhecido, através de Jesus Cristo. Ele toma, junto a si, seu poder imenso, para que possa subjugar todas as coisas em si mesmo. Ele segue na alma, conquistando, e para conquistar, até que tenha colocado todas as coisas debaixo de seus pés; até que 'todo pensamento seja trazido cativo para a obediência de Cristo'.


Quando, portanto, Deus 'dará a seu Filho os pagãos, para sua herança, e as partes mais extremas da terra para sua possessão'; quando 'todos os reinos se curvarão diante dele, e todos as nações o obedecerão; quando 'a montanha da casa do Senhor', a Igreja de Cristo, 'for estabelecida no topo das montanhas'; quando 'a plenitude dos gentios vierem, e toda a Israel for salva'; então, será visto que 'o Senhor é Rei, e colocou sua vestimenta gloriosa', aparecendo a toda a alma humana, como Rei dos reis, e Senhor dos senhores. E certificando-se que todos os que amam sua vinda; oram para que ele possa apressar o tempo; para que este seu reino, o reino da graça, venha rapidamente, e absorva todos os reinos da terra; para que toda a humanidade, recebendo-o como seu Rei, verdadeiramente crendo em seu nome, possa ser preenchida, com retidão, paz, alegria; com a santidade e felicidade -- Até que seja removida para seu reino celeste; e lá, reine com ele, para sempre e sempre.


Para isto, também, nós oramos nessas palavras: 'Venha o teu reino': Nós oramos para que a vinda de seu reino eterno; o reino da glória no céu; que é a continuação e a perfeição do reino da graça na terra. Conseqüentemente esta, tanto quanto a petição precedente, é oferecida ao alto, por toda a criação inteligente; por aqueles que estão interessados neste grande evento: a renovação final de todas as coisas; Deus colocando um fim na miséria e pecado, na enfermidade e morte; tomando todas as coisas em suas próprias mãos, e estabelecendo o reino que permanece através de todos os tempos. 


Precisamente respondível a isto são aquelas terríveis palavras na oração fúnebre:  'Suplicando-te que possa agradar a ti e à tua santidade graciosa, para concluir, em breve, o número de teus eleitos, e apressar o teu reino: para que nós, com todos aqueles que estão mortos, na fé verdade de teu santo nome, possamos ter nossa consumação e felicidade, perfeitas, ambos no corpo e alma, em tua glória eterna'. 


9. 'Tua vontade seja feita na terra, como no céu'. – Esta é a conseqüência necessária e imediata, onde quer que o reino de Deus venha; onde quer que Deus habite na alma, pela fé, e Cristo reine no coração, pelo amor. 


É provável que muitos, talvez, a generalidade dos homens, à primeira vista dessas palavras, estejam aptos a imaginar que elas sejam apenas uma expressão, ou petição, ou resignação para o reino; uma prontidão para subjugar-se à vontade de Deus, qualquer que seja ela, concernente a nós. E este é um temperamento inquestionavelmente divino e excelente; o mais precioso dom de Deus. Mas isto não é o que nós oramos nessa petição; pelo menos, não no sentido principal e primário dele. Nós oramos, não tanto, para uma passiva, quanto ativa conformidade à vontade de Deus ao dizermos: 'Seja feita a tua vontade na terra, como ela é feita no céu'. 


Como a vontade de Deus é feita, através dos anjos no céu, -- por aqueles que agora circundam Seu trono, regozijando-se? Eles o fazem, de boa vontade; eles  amam Seus mandamentos, e agradavelmente escutam com atenção Suas palavras. É o comer e beber deles fazer a vontade de Deus; é a mais alta glória e alegria. Eles a praticam continuamente; não existe interrupção em seus serviços de boa vontade. Eles não descansam de dia, nem de noite; mas empregam cada hora (humanamente falando; uma vez que, nossas medidas de duração – dias, noites e horas - não têm lugar na eternidade), em cumprir Seus mandamentos; em executar seus desígnios; em desempenhar o conselho de Sua vontade. E eles a fazem, perfeitamente. Nenhum pecado, nenhum defeito pertence a essas mentes angelicais. É verdade, 'as estrelas não são puras aos Seus olhos',  mesmo as estrelas da manhã que cantam diante Dele. 


'Aos seus olhos', ou seja, em comparação a Ele, os próprios anjos não são puros. Mas isto não implica que eles não sejam puros, em si mesmos. Sem dúvida, eles são; eles são sem mácula e culpa. Eles são completamente devotados à sua vontade, e perfeitamente obedientes a todas as coisas. Se nós virmos isto, sob uma outra luz, podemos observar que os anjos de Deus no céu fazem todas as vontades Dele. Nada mais, a não ser o que eles absolutamente asseguram seja Sua vontade. E novamente: Eles fazem a vontade de Deus, como Ele a deseja; da maneira que agrada a Ele, e não a outro. Sim. E eles fazem isto, apenas porque é a vontade Dele; para esta finalidade, e nenhuma.


10. Quando, portanto, oramos, para que a vontade de Deus possa 'ser feita na terra, como ela é feita no céu', o significado é que todos os habitantes da terra, mesmo toda a raça humana, possa fazer a vontade de seu Pai que está no céu, de tão boa vontade quanto os anjos santos; que possam fazê-la continuamente; assim como eles, sem qualquer interrupção de seu serviço de prontidão; sim, e fazê-la perfeitamente, -- que o Deus da paz, através do sangue de sua aliança eterna, possa torná-los perfeitos, em cada boa obra; para realizar Sua vontade, e operar neles tudo 'o que for prazeroso aos seus olhos'. 


 Em outras palavras, nós oramos para que nós e toda a humanidade possamos fazer a completa vontade de Deus, em todas as coisas; e nada mais; nem a menor coisa, a não ser o que é a  santa e aceitável vontade de Deus. Nós oramos para que possamos fazer a vontade de Deus, como ele deseja; da maneira que agrada a Ele: E, por fim, que nós possamos fazê-la, porque é a Sua vontade; para que esta possa ser a única razão e alicerce; o motivo total e único do que quer que pensemos, falemos ou façamos. 


11. 'Dê-nos hoje o pão nosso de cada dia' – Nas três primeiras petições nós temos orado por toda a humanidade. Viemos agora, mais particularmente, desejar um suprimento para nossas próprias necessidades. Não que estejamos direcionados, mesmo aqui, a confinar nossas orações completamente a nós mesmos; esta, e cada uma das petições seguintes, podem ser usadas para toda a Igreja de Cristo na terra.  


Por 'pão', nós podemos entender todas as coisas necessárias; se para nossas almas ou corpos; -- as coisas concernentes à vida e santidade: Nós entendemos não meramente o pão exterior, que nosso Senhor denomina 'o alimento que perece'; mas muito mais o pão espiritual, a graça de Deus, o alimento 'que dura a vida eterna'. Foi o julgamento de muitos de nossos antepassados, que nós devemos entender aqui o pão sacramental também; recebido diariamente, no início, por toda a Igreja de Cristo, e altamente estimado, até que o amor de muitos se tornou frio, assim como o grande canal, por meio do qual a graça de seu Espírito era transportada para as almas de todos os filhos de Deus. 


'Nosso pão diário'. --  A palavra, diário, tem sido diferentemente explicada por diferentes estudiosos. Mas o sentido mais simples e natural dela parece ser este, que é mantido, na maioria das traduções, tanto antigas, quanto modernas; -- o que seja suficiente para este dia; e assim, para cada dia, quando ele sucede. 


12. 'Dá-nos': --  Porque reivindicamos nada por direito, mas apenas pela misericórdia gratuita. Nós não merecemos o ar que respiramos, a terra que nos carrega, ou o sol que brilha sobre nós. Todo nosso deserto, o nosso próprio, é o inferno: Mas Deus nos amou livremente; portanto, nós pedimos a ele para dar,  o que não podemos obter por nós mesmos, não mais do podemos merecer de suas mãos.  

Nem a benevolência ou o poder de Deus é motivo para ficarmos à toa. É Sua vontade que possamos usar de toda diligência, em todas as coisas; que possamos empregar nossos esforços extremos, como se nosso sucesso fosse um efeito natural de nossa sabedoria ou força: E, então, como se não tivéssemos feito nada, devemos depender Dele, o doador de todos os dons bons e perfeitos. 


'Este dia': -- Porque não devemos nos preocupar com o amanhã. Para esta mesma finalidade nosso sábio Criador dividiu a vida nessas pequenas porções de tempo, tão claramente separadas umas das outras, que nós podemos observar cada dia, como um dom renovado de Deus, uma outra vida, que nós podemos devotar para Sua glória; e que cada anoitecer possa ser como o encerrar da vida, além do que, nós podemos ver mais nada, a não ser a eternidade. 


13. 'E perdoa as nossas transgressões, assim como perdoamos os que nos tem ofendido'. – Como nada, a não ser o pecado pode impedir a generosidade de Deus de fluir adiante sobre cada criatura, então esta petição naturalmente segue a anterior; para que todos os obstáculos sejam removidos, para que possamos mais claramente confinar no Deus de amor, para cada  coisa que seja boa.


'Nossas transgressões': -- A palavra significa propriamente nossos débitos. Assim, nossos pecados estão freqüentemente representados nas Escrituras; cada pecado, deitando-se sobre nós, debaixo de um novo débito a Deus, a quem nós já devemos, como se fossem dez mil talentos. O que, então podemos responder, quando Ele diz: 'Paga-me o que tu deves? Que nós estamos completamente falidos; nós não temos com o que pagar; nós destruímos todo nosso capital. Portanto, se ele negociar conosco, de acordo com o rigor da lei; se ele cobrar o que Ele justamente pode, ele deverá ordenar que tenhamos as mãos e pés amarrados, e sejamos entregues aos atormentadores'.  


De fato, nós já estamos com as mãos e pés amarrados, através das correntes de nossos próprios pecados. Estes, considerados com respeito a nós mesmos, são correntes de ferro, e  algemas de bronze. Eles são os ferimentos, por meio dos quais, o mundo, a carne, e o diabo, têm nos atacado profundamente, e nos destroçado, por todos os lados. Esses são as enfermidades que esvaziam nosso sangue e espíritos, que nos trazem para as sepulturas. Mas considerados, como eles são aqui, com respeito a Deus, são débitos imensos e incontáveis. No entanto, embora vendo que não temos com o que pagar, que possamos clamar junto a Ele. para que Ele possa 'francamente perdoar'  a todos nós!


A palavra traduzida, perdoar, implica tanto em perdoar um débito, quanto em soltar a corrente. E, se nós alcançamos a primeira, a última evidentemente se segue: se nossos débitos são perdoados, as correntes soltam-se de nossas mãos. Tão logo quanto, através da graça de Deus em Cristo, nós 'recebemos perdão dos pecados', nós recebemos igualmente 'muitos, entre esses que são santificados, através da fé que está Nele'. O pecado perde seu poder. Ele não tem domínio sobre aqueles que 'estão debaixo da graça',  ou seja, no favor com Deus. Como 'não existe condenação para aqueles que estão em Cristo', assim eles estão livres do pecado, tanto quanto da culpa. 'A retidão da lei é cumprida'  neles, e eles 'caminham, não segundo a carne, mas segundo o Espírito'. 


14. 'Como perdoamos os que nos tem ofendido'. – Nessas palavras, nosso Senhor claramente declara, em que condição, e em que grau ou maneira, nós podemos buscar sermos perdoados por Deus. Todas as nossas transgressões e pecados são perdoados, se nós perdoarmos, e como nós perdoamos, aos outros. 


[Primeiro, que Deus nos perdoa, se nós perdoamos outros]. Este é um ponto da maior importância. E nosso abençoado Senhor é tão zeloso, para que, a qualquer tempo, não possamos divagar em nossos pensamentos, que ele não apenas a insere no contexto de Sua oração, mas presentemente depois, a repete mais duas vezes. 'Se', diz Ele, 'perdoarem aos homens suas transgressões, seu Pai celeste irá perdoar a vocês' (Mateus 6:14-15). 


Em Segundo Lugar, Deus nos perdoa, assim como perdoamos aos outros. Assim sendo, se nenhuma malícia ou amargura; se nenhuma mancha de indelicadeza, ou ira, permanecerem; se nós não claramente e completamente, do nosso coração, perdoamos as transgressões de todos os homens, seremos impedidos de termos o perdão para os nossos: Deus não pode claramente e completamente perdoar a nós: Ele pode nos mostrar alguns graus de misericórdia, mas nós não experimentaremos dele o apagar nossos pecados, e perdoar todas as nossas iniqüidades.


Nesse meio tempo, enquanto nós não perdoamos, do fundo de nosso coração, as ofendas de nosso próximo, que tipo de oração estamos oferecendo a Deus quando exprimimos essas palavras? Nós, de fato, estamos colocando Deus em um desafio declarado: nós estamos desafiando a Deus que faça o seu pior. 'Perdoe a nós, nossas transgressões, tanto quanto perdoamos as transgressões deles contra nós!'. Que significa, em termos claros: 'Tu não nos deve perdoar, afinal; nós desejamos nenhum favor de tuas mãos. Nós oramos para que tu mantenhas nossos pecados na memória, e para que tua ira habite sobre nós'. Mas, você pode seriamente oferecer tal oração a Deus: E ele já não o terá lançado rapidamente no inferno? Ó não o tente mais! Agora, mesmo agora, pela sua graça, perdoa, assim como você seria perdoado!Tenha  compaixão agora do seu próximo, assim como Deus teve e terá piedade de você'!


15. 'E não nos deixa cair em tentação, mas livra-nos do mal', -- '[E] não nos conduza a tentação'. A palavra traduzida, tentação, significa experimentação de algum tipo. A palavra inglesa para tentação foi tomada antigamente, em um sentido indiferente, embora agora, ela seja usualmente entendida da solicitação para pecar. Tiago usa a palavra, em ambos esses sentidos; primeiro, em sua generalidade; então, em sua restrita aceitação. Ele a toma no primeiro sentido, quando diz: 'Meus irmãos, tende grande gozo, quando cairdes em várias tentações... Bem aventurado o varão que sofre a tentação, porque quando for tentado',  ou aprovado de Deus, 'receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. (Tiago 1:12-13). Ele imediatamente acrescenta, tomando a palavra em seu segundo sentido: 'Que nenhum homem, quando tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada homem é tentado, quando traído e engodado pela sua própria concupiscência', ou desejo, saindo de Deus, em quem apenas ele está salvo, -- 'e seduzido'; pego, como um peixe com a isca. E assim é, quando ele se aparta e é seduzido, que ele propriamente 'entra em tentação'.  Então, a tentação o cobre como uma nuvem; ela cobre toda sua alma. E quão dificilmente ele escapará da armadilha!  


Entretanto, nós suplicamos a Deus 'não nos conduzir à tentação', ou seja (vendo que Deus não tenta o homem), não consinta que sejamos conduzidos a ela. 'Mas livrai-nos do mal': Antes, 'do próprio mal'; é, inquestionavelmente, do diabo, enfaticamente assim chamado, o príncipe e deus desse mundo, quem opera com considerável poder nos filhos da desobediência. Mas todos que são filhos de Deus, pela fé, estão livres de suas mãos. Ele pode lutar contra eles; e assim fará. Mas ele não poderá conquistar, a menos que eles traiam suas próprias almas. Ele pode atormentar, por algum tempo, mas ele não poderá destruir; porque Deus está do lado deles, quem não irá falhar, no final, 'em vingar seu próprio eleito, que clama junto a Ele, dia e noite'.  Senhor, quando formos tentados, não permita que caiamos em tentação! Crie um caminho para que escapemos; para que o diabo não nos toque!


16. A conclusão dessa oração divina, comumente chamada de Doxologia, é uma ação de graças solene; um reconhecimento conciso dos atributos e obras de Deus. 'Porque teu é o reino' -- O soberano direito de todas as coisas que são, ou sempre foram criadas; sim,  teu reino é um reino eterno, e teu domínio persiste, através de todos os tempos. 'O poder' --  o poder executivo, por meio do qual, governas todas as coisas em teu reino eterno; por meio do qual fazes o que agrada a ti, em todos os lugares de teu domínio. 'E a glória' – o louvor devido de cada criatura, pelo teu poder, e a grandeza de teu reino, e por todas as tuas obras maravilhosas, que tu operas desde a eternidade, e deverá operar, do mundo sem fim, 'para todo o sempre. Amém'. Que assim seja!

 


[Editado por Vince Bos, estudante na  Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com correções de George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.] Web Server http://gbgm-umc.org/ 


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